“O Senhor disse a Moisés: Reúne as principais
especiarias: quinhentos siclos da mais pura mirra, e a metade disso, duzentos e
cinquenta siclos, de canela aromática e de cálamo aromático, quinhentos siclos
de cássia, segundo o siclo do santuário, e um him de azeite de oliva. Farás com
eles um óleo sagrado para as unções, perfume composto segundo a arte de
perfumista. Este será o óleo sagrado para as unções.
Ungirás com ele a tenda da revelação, a arca do testemunho, a mesa
com todos os seus utensílios, o candelabro com os seus utensílios, o altar de
incenso, o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com a sua
base.
Assim santificarás essas coisas para que sejam santíssimas; tudo o
que tocar nelas será santo. Também ungirás Arão e seus filhos, e os
santificarás para me servirem como sacerdotes.
E falarás aos israelitas: Este será para mim o óleo sagrado para
as unções, através de todas as vossas gerações. Não será usado para ungir o
corpo de outro homem; nem fareis outro, de composição semelhante. Ele é
sagrado, e será sagrado para vós. Quem vier a compor um óleo como este, ou com
ele ungir um homem comum, será eliminado do seu povo.”
Êxodo 30.22-33
O
processo de fabricação, o procedimento do uso e a ordem sobre a exclusividade
do óleo sagrado, eram semelhantes aos do incenso sagrado (versículos 34 ao 38
do mesmo capítulo).
Bem,
como podemos aplicar isso à vida cristã, ao culto da Igreja atual? Primeiro
temos que entender que tanto o óleo quanto o incenso sagrados eram produzidos
por pessoas separadas com materiais especiais, não era qualquer óleo ou
incenso. Em segundo lugar eles eram usados para um fim especial: a santificação
dos objetos e dos sacerdotes, incumbidos de fazer os sacrifícios no templo,
sacrifícios para a purificação do povo e adoração a Deus. Objetos e sacerdotes
precisavam estar ungidos com o óleo e perfumados com o incenso para
desempenharem suas funções. Fica fácil de entender o que figuram o óleo e o
incenso: o Espírito Santo.
Entendemos
que na igreja cristã atual, e esse entendimento é legítimo já que toda a religião
de Israel eram figuras da verdadeira (e única) religião que Deus daria ao
mundo, Jesus, o único caminho para levar o homem a Deus, entendemos que tudo o
que se faz em Deus, para Deus, em nome de Deus, deve haver a unção do Espírito
Santo. É o Espírito Santo que torna nossas vidas agradáveis, santificadas, perfumadas
espiritualmente para Deus.
Contudo,
o livro de Êxodo faz sérias exortações, tanto sobre o óleo (versos 32 e 33)
quanto sobre o incenso (versos 37 e 38): eles não deveriam ser fabricados por
qualquer pessoa e nem deveriam ser usados para outro fim. O óleo e o incenso
deveriam ser feitos somente por pessoas especiais e somente para santificação
do templo e dos sacerdotes. O que essa exortação pode ensinar a nós, noiva de
Cristo? Ela nos ensina que a verdadeira unção de Deus deve ser usada somente a
serviço de Deus.
Simular
a unção para manipular as emoções para levar as pessoas a sacrifícios e ofertas
materiais com a finalidade de enriquecer ministérios, isso é usar óleo e
incenso profanos. O Espírito Santo não pode ser reproduzido pelos meios humanos,
mas os homens tentam imitar as consequências emocionais do batismo do Espírito
Santo nas pessoas. Então vemos os efeitos, alegria, as línguas “estranhas”
(estranhas mesmo), os louvores, muito barulho, gente caindo, gente dançando,
gente correndo e gesticulando, mas que não foram causados por uma legítima
experiência com o Espírito Santo.
Deus
pede exclusividade, aquilo que o homem tem de mais precioso, de mais raro, de
mais caro, deve ser oferecido somente a ele. Então entendemos o texto de outra
maneira, mas igualmente relevante, ao invés de usar óleo falso para fins legítimos,
usa-se óleo verdadeiro, para fins errados. Vejo a entrega de algo puro e
sincero, que só deveria ser feita a Deus, feita, contudo, ao mundo, aos homens,
ao inimigo, ocorrendo principalmente na arte, notadamente na música. Canções
maravilhosas, letras profundas, arranjos sofisticados, mas enaltecendo as paixões
humanas, ao invés de serem usados para glorificar a Deus e aproximar os homens
de seu criador.
“Quem vier a compor um óleo como este, ou com
ele ungir um homem comum, será eliminado do seu povo.” “Quem fizer algum como este, para sentir o
seu aroma, será eliminado do seu povo.” (extraídos de Êxodo 30).
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