A
igreja, principalmente os líderes, às vezes até bem intencionados, querendo
abrir as portas e manter os bancos cheios, precisa parar de fazer as coisas por
conveniência, com segundas intenções, por politicagem. Deixando de confiar no
poder e na vontade de Deus, muitos desempenham funções, apropriam-se de cargos,
fazem a obra, não por terem uma chamada legítima de Deus, mas como participantes
de um tráfico de interesses. Recebem status de seus líderes para que se sintam úteis,
para que sendo assim permaneçam na igreja.
Ouço
muito a frase: “mas se não fizermos assim
eles se desviam”. Mimamos os membros, como pais irresponsáveis, damos
presentes para que eles continuem sob os nossos olhos, como se isso pudesse
comprar o coração, ou mais ainda, o espírito. Só a carne é agradada com esse
tipo de atitude e mesmo assim, como é segurada pelos motivos errados, um dia
também se afastará.
Essa
desculpa se usa muito com os jovens, lhes permitimos algumas coisas, outras
vezes simplesmente passamos a mão sobre suas cabeças, depois deles
desobedecerem princípios que ensinamos na palavra mas que não vivemos na prática.
“Mas se formos duros demais eles vão para
o mundo”, os jovens não são “burros”, eles se desviam porque percebem a
fraqueza que existe na incoerência dos adultos, daqueles que se colocam como
seus professores. É a incoerência que lança fora, não a palavra dura.
Enquanto
isso, muitos, com uma chamada legítima de Deus, por não se enquadrarem num
perfil estabelecidos pela tradição humana, pela religiosidade, são desprezados.
Mas a esses eu tenho uma palavra: se a
chamada de vocês é realmente de Deus, Deus fará acontecer.
Deus
dará a vocês a palavra certa, de autoridade, com a sensibilidade e direção que
só o Senhor pode dar. Deus dará a vocês a oportunidade, no tempo certo, e Ele
aparecerá em suas vidas. Deus dará a vocês a honra, aquela que se sente no
fundo do coração, aquela que ninguém pode tirar porque não é dada por homem
algum, mas pelo altíssimo.
Agora
vai uma palavra que você pode não concordar, mas que eu tenho toda a convicção
do Senhor que devo dá-la: não aperte parafuso que Deus está soltando. Não
entendeu? Alguns, infelizmente, é necessário que se desliguem mesmo, que sejam
levados pela Babilônia, que passem um tempo cativos, como aconteceu com Israel.
Só assim terão o coração quebrantado, para poderem experimentar a misericórdia
e o poder de Deus, e, enfim, desempenharem suas missões, não por conveniência,
mas por chamado.
Aos
líderes um conselho, tenham sempre a coragem de obedecer a Deus, doa a quem doer,
disciplinem quando for necessário, não se deixem seduzir pela aparência, pelo
carisma, mesmo pelos bens, de alguns. Não procurem segurar com as próprias mãos,
um dia acabarão perdendo e sendo envergonhados. Confiem em Deus, com amor, sim,
com paciência, sim, virtudes indispensáveis a pastores, mas com santidade e
temor, para que Deus possa sempre fazer sua vontade através de seus ministérios
e realmente ser glorificado.
Se
você quer um texto bíblico, vou compartilhar um, um que exorta-nos de maneira
bem dura sobre os falsos, aqueles que pode fazer tantas coisas e mesmo assim
nenhuma delas terem sido feitas realmente em Deus: Mateus 7.15-23.
“Cuidado com os falsos profetas, que vêm a
vós disfarçados em pele de ovelha, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos
frutos os conhecereis. Por acaso colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos de
plantas com espinhos?
Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém, a árvore má
produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má
dar frutos bons. Toda árvore que não produz fruto bom é cortada e lançada no
fogo. Portanto, vós os conhecereis pelos frutos.
Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! entrará no reino do céu, mas
aquele que faz a vontade de meu Pai, que está no céu. Naquele dia, muitos me
dirão: Senhor, Senhor, nós não profetizamos em teu nome? Em teu nome não
expulsamos demônios? Em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi
claramente: Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.”
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