domingo, abril 06, 2014

Por chamada, não por conveniência

A igreja, principalmente os líderes, às vezes até bem intencionados, querendo abrir as portas e manter os bancos cheios, precisa parar de fazer as coisas por conveniência, com segundas intenções, por politicagem. Deixando de confiar no poder e na vontade de Deus, muitos desempenham funções, apropriam-se de cargos, fazem a obra, não por terem uma chamada legítima de Deus, mas como participantes de um tráfico de interesses. Recebem status de seus líderes para que se sintam úteis, para que sendo assim permaneçam na igreja.
Ouço muito a frase: “mas se não fizermos assim eles se desviam”. Mimamos os membros, como pais irresponsáveis, damos presentes para que eles continuem sob os nossos olhos, como se isso pudesse comprar o coração, ou mais ainda, o espírito. Só a carne é agradada com esse tipo de atitude e mesmo assim, como é segurada pelos motivos errados, um dia também se afastará.
Essa desculpa se usa muito com os jovens, lhes permitimos algumas coisas, outras vezes simplesmente passamos a mão sobre suas cabeças, depois deles desobedecerem princípios que ensinamos na palavra mas que não vivemos na prática. “Mas se formos duros demais eles vão para o mundo”, os jovens não são “burros”, eles se desviam porque percebem a fraqueza que existe na incoerência dos adultos, daqueles que se colocam como seus professores. É a incoerência que lança fora, não a palavra dura.
Enquanto isso, muitos, com uma chamada legítima de Deus, por não se enquadrarem num perfil estabelecidos pela tradição humana, pela religiosidade, são desprezados. Mas a esses eu tenho uma palavra: se a chamada de vocês é realmente de Deus, Deus fará acontecer.
Deus dará a vocês a palavra certa, de autoridade, com a sensibilidade e direção que só o Senhor pode dar. Deus dará a vocês a oportunidade, no tempo certo, e Ele aparecerá em suas vidas. Deus dará a vocês a honra, aquela que se sente no fundo do coração, aquela que ninguém pode tirar porque não é dada por homem algum, mas pelo altíssimo.
Agora vai uma palavra que você pode não concordar, mas que eu tenho toda a convicção do Senhor que devo dá-la: não aperte parafuso que Deus está soltando. Não entendeu? Alguns, infelizmente, é necessário que se desliguem mesmo, que sejam levados pela Babilônia, que passem um tempo cativos, como aconteceu com Israel. Só assim terão o coração quebrantado, para poderem experimentar a misericórdia e o poder de Deus, e, enfim, desempenharem suas missões, não por conveniência, mas por chamado.
Aos líderes um conselho, tenham sempre a coragem de obedecer a Deus, doa a quem doer, disciplinem quando for necessário, não se deixem seduzir pela aparência, pelo carisma, mesmo pelos bens, de alguns. Não procurem segurar com as próprias mãos, um dia acabarão perdendo e sendo envergonhados. Confiem em Deus, com amor, sim, com paciência, sim, virtudes indispensáveis a pastores, mas com santidade e temor, para que Deus possa sempre fazer sua vontade através de seus ministérios e realmente ser glorificado.
Se você quer um texto bíblico, vou compartilhar um, um que exorta-nos de maneira bem dura sobre os falsos, aqueles que pode fazer tantas coisas e mesmo assim nenhuma delas terem sido feitas realmente em Deus: Mateus 7.15-23.

Cuidado com os falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em pele de ovelha, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos frutos os conhecereis. Por acaso colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos de plantas com espinhos?
Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém, a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz fruto bom é cortada e lançada no fogo. Portanto, vós os conhecereis pelos frutos.
Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! entrará no reino do céu, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está no céu. Naquele dia, muitos me dirão: Senhor, Senhor, nós não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? Em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.

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