O verdadeiro testemunho de um cristão

Qual o testemunho que importa, que mostra que somos realmente cristãos?

Muita coisa se prega por aí, muita coisa o mundo, o diabo, líderes equivocados e mesmo nossas consciências carentes de aprovação de grupos, dizem a nós com relação a como devemos agir, falar e pensar, sem dizer se vestir, comer e beber, para darmos testemunho de cristãos. Mas o que realmente importa? O que o evangelho ensina? Qual o ensinamento bíblico a respeito?

Em primeiro lugar está Deus, agradá-lo é o que mais importa, esse é o principal testemunho que um convertido dá. Mas para saber o que agrada a Deus temos que perguntar a ele, em oração, com intimidade, não distantes, mas como amigos, mais do que como servos, como filhos queridos no colo do pai. Deus pede uma adoração santa que se realiza não somente através de cânticos, mas de postura espiritual, daquilo que os homens não veem, mas o Senhor vê.

Em segundo lugar está o nosso próprio coração, o nosso corpo e o nosso espírito, sermos coerentes e íntegros com nós mesmos. Só conhecendo a Deus e que conseguimos conhecer a nós mesmos, aprendemos a não ser covardes e omissos, mas também a não exigir demais de nós, conhecer e respeitar nossos próprios limites, ser o que somos, não o que os outros querem que sejamos, e com certeza, isso é tudo o que Deus quer de nós.

Por último estão os outros, e nesse caso, seja em que esfera for, conjugal, de amizade ou profissional e financeira, a palavra é uma só: fidelidade com as alianças que fazemos e que fazemos por vontade própria. Se compramos, devemos pagar, se ganhamos, devemos trabalhar, se recebemos afeto, devemos retribuir. Fidelidade nos negócios, justiça nas amizades e amor no casamento, com isso daremos testemunho que somos cristãos.

E o resto? E algumas aparências, que nada têm a ver com o interior? E coisas materiais e passageiras? E tantas outras coisas às quais muitos aliam santidade, mas nada têm a ver com santidade? Isso devemos deixar pra lá, não se preocupar tanto com isso tudo.

Como será que Jesus, quando encarnado, se relacionava com as pessoas? Com legalismos, com julgamentos, com preconceitos? Não sinto isso quando leio o novo testamento, eu o vejo conversando com todos, mas se calando muitas vezes, vivendo em liberdade, mas se afastando para orar mais e sozinho, e sempre, dando mais que recebendo, de forma equilibrada, realmente espiritual, mas profundamente comprometido com a realidade que vivia, mais do que isso, com a realidade de todos os homens, em todos os tempos.