terça-feira, novembro 28, 2017

"O que eu fiz de errado?"

      "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53.4-5

      "O que eu fiz de errado", ou, "o que é que eu fiz para merecer isso?", são perguntas que muitas pessoas muitas vezes gostam de fazer. Esse tipo de questionamento reflete uma vida de falta de auto-análise, de auto-crítica, de humildade, que leve a um conhecimento honesto de si mesmo. Qualquer um que viveu de fato, que tentou, ousou, errou, mudou e aprendeu, sabe que a vida é simples colheita do que se planta.
      Isso não é consequência de um poder maior vingativo, nem da injustiça desse mundo, é lei natural do universo que vale para todos os seres humanos. Magoamos, ferimos, destruimos, por isso sofremos. Existem vítimas nesta existência? Sim, as crianças, os deficientes intelectuais e a natureza, flora e fauna terrestres sofrem por causa do egoísmo e da crueldade dos humanos.
      O resto de nós, mesmo que tenhamos sido vítimas em algum momento, somos agressores sempre em alguma instância. Pais egoístas e violentos podem colher na velhice, quando estão tão frágeis quanto eram os filhos que oprimiram em suas infâncias, a falta de afeto dos mesmos filhos, que agora crescidos e machucados, se distaciam, frios e sem mais lágrimas para chorar...
      A solução é o perdão que há no nome de Jesus, a única vítima genuína e plena em todo o universo, físico e espiritual. Jesus pagou o preço dos erros humanos, e quando acreditamos nele temos o direito à anulação das colheitas espirituais danosas daquilo que plantamos de ruins. (Obviamente, com algumas consequências materiais ou com confrontos de outras pessoas, teremos de conviver).
      Além disso, podemos perdoar o mal que outros nos fizeram, mesmo que esses nunca tenham nos solicitado perdão. Não, isso não livra os maus das conseqüências de seus erros, isso só acontece se eles pessoalmente pedirem perdão a Deus. Mas isso permite que nós caminhemos sem mágoas, livres de um pecado que não nos pertence.
      Cuidado com os questionamentos  "o que eu fiz de errado" e "o que é que eu fiz para merecer isso?", a grande maioria de nós nega o sacrifício que Jesus fez em sua vida e em sua morte ao dizer isso. Sejamos humildes, avaliemos as nossas condutas, peçamos perdão a Deus, a nós mesmos e aos homens. Façamos isso a tempo de nos livrarmos, não só de nossas mágoas, mas do rancor alheio que em muito pode deixar nossa caminhada pesada, e nosso fim, solitário, vergonhoso e dolorido.

José Osório de Souza, 15/11/17

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