quarta-feira, junho 15, 2016

Antes de tudo, pai tem que ser pai

      O que temos feito com nossos jovens, que mesmo sem conhecimento, se acham no direito de criticar? No meu tempo, existiam os que não queriam estudar, mas esses ficavam quietos, cientes de sua condição. Hoje vejo ociosos erguendo-se em palanques, virtuais ou não, preguiçosos exigindo com petulância direitos que não possuem, gente que não estuda, não lê, mas que se acha artista, professor, cheios de opiniões, faltando com respeito não só com gente competente e experiente, mas com mais velhos, ou mais ainda, com seres humanos.
      O mínimo de educação não existe, o máximo de palavrões, é usado, violência verbal que sempre é argumento de quem não tem argumento, e o pior, vejo isso em meninos e em meninas. Desculpem, mas a culpa é da minha geração, que produziu uma  geração sem noção, sem cultura, mas que se acha na liberdade de dizer o que quer a quem quer que seja.
      Pai, em primeiro lugar, não tem que ser amigo, nem irmão, do filho, pai tem que ser pai e como pai preciso ter, em amor e sem violência, autoridade, saber dizer não, saber corrigir. O excesso de pais irresponsáveis, que nunca deixam de ser filhos e que não exercem autoridade, tem produzido uma geração de filhos mimados, rebeldes, ociosos e petulantes.
      Tenho amigos de 50 anos que ainda não se resolveram na vida, porque nunca receberam dos pais uma repreensão marcante, que os fizessem sentir dor pelos caminhos errados que escolheram ou que possam escolher. Bem, pais que são filhos e criam filhos como amigos, terão sempre filhos em casa para criar, esses filhos nunca assumirão independência e não se tornarão pais verdadeiros.

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