sábado, abril 07, 2012

Quando o pior é melhor

Se o cristianismo fosse apenas obedecer uma série de leis e mandamentos, como muitos dizem que é e alguns até tentam fazer assim dele, na possibilidade de se poder obedecer todas as leis, a vida seria uma vitória só. Após a obediência teríamos direito a todo tipo de prosperidades materiais e de virtudes espirituais. Mas se fosse assim, nem haveria necessidade de se ter um relacionamento com Deus, de conversar com ele e de ouvir sua voz, poderia ser algo distante, bastando apenas as obediências.
Quando a Bíblia diz, de muitas maneiras, que o reino dos céus pertence aos fracos, aos pobres e aos simples, fala o contrário da possibilidade que foi levantada acima, isso porque esses mais fracos não conseguem obedecer, pelas próprias forças, todas as leis e mandamentos que podem colocar o homem num padrão moral e espiritual que agrade a Deus.
Contudo, os fortes, não os que se rebelam contra Deus, não os que nem acreditam em sua existência, mas aqueles que querem agradar ao Senhor, mas com suas próprias forças, esses conseguem obedecer às leis e aos mandamentos. Quando fazem isso se apostatam da fé, criam um cristianismo que dá glória ao homem, que exalta a capacidade humana de ser semelhante a Deus. Teve alguém que desejou fazer isso, no começo dos tempos, o nome dele é Lúcifer.
Então chegamos ao título dessa reflexão, quando o pior é melhor. Sabendo disso, dessa tendência do homem de querer fazer as coisas do seu jeito, com as próprias forças, e de desejar louvor por isso, Deus às vezes inclina as nossas vidas para caminhos onde as coisas dão errado, mesmo que nós façamos tudo certo. Isso faz com que nós não confiemos em nossas capacidades, nem na lógica de que fazendo certo vai dar certo.
Você quer entender alguma coisa sobre a vida? De por que às vezes fazemos o esforço pra tudo dar certo e mesmo assim acaba dando errado? Sabe aquelas situações que nos levam até a enfraquecer na fé, pois parece que nossa obediência foi em vão? Não, nessas circunstâncias não adianta procurar culpados, a culpa não está nas pessoas ou em nós, já que o objetivo desse tipo de tribulação não é revelar culpados. O objetivo de Deus é um só: fazer com que confiemos nele mesmo sem entender, de modo que a glória pela vitória seja somente dele.
Sim, às vezes o pior é melhor, quando quebra nossos corações, nos leva para mais perto de Deus, destrói qualquer argumentação ou lógica humana e tira do homem a honra. Mas veja que mesmo isso não é a vontade perfeita de Deus, é uma forma de quebrar nosso orgulho, a nossa arrogância, já que se recebêssemos sempre o melhor pelo melhor que fazemos a nossa tendência é nos afastarmos de Deus e ficarmos com a glória pela vitória.
Então agradeça a Deus se está passando por uma luta estranha, sem explicação, se uma tribulação veio justamente quando parecia que você estava fazendo tudo certo. Agradeça, pois Deus está querendo te ensinar algo a mais, algo que só os amigos íntimos de Deus aprendem. Dê glória a Deus e descanse, não procure entender, você verá como crescerá na fé quando essa luta acabar.
Muitos crescem na fé, se tornam homens e mulheres de Deus maduros, contudo param de crescer e mesmo se desviam do Evangelho porque quando são confrontados com esse tipo de luta não se humilham diante de Deus, antes exigem seus direitos, dizendo que fizeram tudo certo, como é que as coisas deram errado? Na verdade essa experiência é um divisor de águas nas vidas dos filhos de Deus. Quem passa por ela se aproxima de Deus como nunca tinha se aproximado, aprende realmente o que é depender do Senhor e o que é dar toda a glória a ele, somente a ele.
Essa experiência só pode provar os fracos, sim porque onde abunda pecado, superabunda graça, e quanto mais vazio o vaso mais ele pode ser cheio. Então tenhamos alegria pela humanidade que temos em nós, super-homens não precisam de Deus, os fracos sim, e são esses os que mais provam de sua graça.
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