Vemos atualmente muitos evangélicos fazendo viagens turísticas para Israel. Sim, o poder aquisitivo do brasileiro da classe média ou inferior, tem permitido esse luxo antes restrito aos mais ricos. Por outro lado, como informação cultural, histórica e mesmo teológica, esse passeio é bem interessante. Contudo, isso pode outra consequência dessa tendência de "veo-testamentarização" da palavra ensinada nos púlpitos atuais, onde temos que ser prósperos como os patriarcas e reis israelitas do antigo testamento, onde o culto é um ritual com sacrifícios, onde os outros são vistos como inimigos, e o "eu" como vítima.
Essa heresia tira o centro da Bíblia de Jesus e do evangelho onde só existiu uma vítima, Cristo, onde nenhum sacrifício é necessário além de crer no sacrifício de Cristo, onde a presença de Deus não é mais só testemunhada física e materialmente por uma nação com poderes bélicos e financeiros, como era com Israel, mas interiormente por uma Igreja humilde que não é igrejas ou instituições, mas o corpo de Cristo em todo o mundo cuja prática vai bem além das leis e mandamentos da velha aliança.
Lembro que a Igreja Católica surgiu de igrejas em pecado que perderam o Espírito Santo e acharam em ritos e rituais, mesmo que arquétipos do cristianismo original, objetos de adoração, e não no Deus vivo, muitas das igrejas evangélicas atuais caminham para o mesmo fim.
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