segunda-feira, maio 23, 2016

Finais felizes, existem?

      Quando me converti, em 1976, aos dezesseis anos, comecei a acreditar em histórias com finais felizes, principalmente nas vidas dos convertidos. Se foi por ingenuidade, por direcionamento equivocado de outros ou como antítese da minha realidade até então, tão infeliz, não sei. Essa crença criou um grande conflito na alma de alguém que absolutamente não conseguia por em prática aquilo que lhe ensinavam.
      Hoje sei que não estava sozinho, quarenta anos depois, tenho conhecimento de tantos, que na época, eram jovens crentes, não tiveram, pelo menos até o momento (e alguns com certeza, já que experimentaram finais extremos e antes do tempo), não tiveram finais tão felizes. Muitos casaram e se separaram, outros nunca conseguiram se relacionar intima e afetivamente com o sexo oposto, e outros ainda, tragicamente, deram fins às próprias vidas. Quantos líderes, sim, pastores, de ministérios importantes, se perderam, alguns até para o suicídio. 
      Isso tudo me faz desacreditar em Deus? De maneira alguma, só me ensinou que o que muitos falam sobre o que é Deus, na verdade não é, nunca foi. Aprendi a não acreditar em homens, mesmo nos que juram falar em nome de Deus, e por outro lado, entendi que preciso me aproximar de Deus, diretamente dele, para saber a verdade.
      Quanto a mim, sofri e fiz sofrer, traí e fui traído, mas achei perdão eficaz, achei paz, e no final, mesmo cansado, machucado, rancoroso, sim, ninguém escapa de se tornar um pouco amargo, no final, achei um final feliz. Aí penso: aquilo que me ensinaram no início era verdade? Quer saber de uma coisa? Era sim, só não se torna real, só não é viável, rapidamente, existe um processo longo que precisa ser experimentado por todos aqueles que querem seguir a Jesus para conquistar o seu final feliz.

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