sábado, maio 19, 2018

De tudo o que se tem ouvido

      "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem." Eclesiastes 12.13

       O que me chama a atenção nesse texto é a frase, de tudo o que se tem ouvido. Nos dias de hoje, quanta coisa temos ouvido. São justificativas de jovens e velhos para serem e falarem o que querem. São explicações sobre o que é e dá sentido à vida. São conselhos para sermos prósperos. São exemplos de superação, doutrinas de autoajuda, pregações de motivação, aulas de tolerância, enfim, palavras, ideologias e teologias têm sido derramadas sobre a sociedade. Como cristãos precisamos entender uma coisa, o mal, seja com o diabo ou com os homens, está usando novas estratégias contra o Deus verdadeiro nos dias atuais. 
      Até um tempo atrás, a estratégia consistia em dois pontos, dois extremos: o primeiro era dentro das igrejas, com o falso moralismo, o segundo era no mundo, com a busca de prazer carnal. Nesse tempo, os dois pontos conviviam com certa harmonia, o pecado era pecado, mas podia ter lugar na clandestinidade, em segredo. Na verdade esse dois aspectos são consequências um do outro, no pecado consciente, mas escondido, se prega um moralismo falso, que fala socialmente, mas que não vive na intimidade.
      Nos dias atuais, a estratégia mudou, não existe mais clandestinidade, tudo pode ser feito em qualquer lugar e a qualquer hora. Motel para os amantes e jovens antes do casamento terem relações sexuais? Não, divorcia-se com facilidade, e quanto aos jovens, têm relações dentro da casa de seus pais, com conhecimento e autorização deles. A estratégia hoje é: não existe pecado. Mesmo que oficialmente as igrejas ainda resistam com o falso moralismo, mesmo que os púlpitos afirmem certas coisas, a vida íntima de muitos membros de igrejas evangélicas é tão liberal quanto as vidas dos homens não convertidos. 
      Mas o pior é que a culpa sadia, sintoma de quem ainda tem sensibilidade espiritual do pecado, não existe mais, assim a hipocrisia dentro dos templos é maior, se convive com teoria e prática diferentes numa boa, sim, é o final dos tempos. "Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará." (Mateus 24.10-12). Se há prazer em demasia, há falta de amor, a consequência é o ódio, e qualquer diferença de opinião basta para gerar violência. Não nos iludamos, a tendência é piorar, bem, é isso que as profecias bíblicas dizem. Infelizmente, no meio de tanta coisa dita, as profecias bíblicas perdem a relevância, são só mais alguma coisa, sem relevância ou prioridade. Xeque-mate pro diabo? Parece que é, mas só parece.
      "E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.  Não há outro mandamento maior do que estes." (Mateus 12.29-31). Salomão, em um dos seus livros do cânone bíblicos, um dos meus livros prediletos da Bíblia, resume tudo sabiamente: teme a Deus e guarda seus mandamentos. Os mandamentos que resumem todos os outros do velho testamento, Jesus disse quais são, amar a Deus e amar o próximo. 
      Temer a Deus é simplesmente pensar antes de falar ou agir, ter a consciência que Deus tudo sabe, tudo vê e através da lei universal de causa e efeito, que ele mesmo criou, recompensa a todos conforme suas obras. O segredo é não cairmos na lábia de homens, seja na mídia, na televisão, na internet, seja no mundo, nos escritórios, nas lojas, nas faculdades, nos bares, seja nos púlpitos, tão afastados do Espírito Santo atualmente. Oremos mais, busquemos uma vida de real e profunda intimidade com Deus, independentemente de igrejas, pastores ou religiões, andemos com Jesus no estreito caminho do evangelho. 

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