segunda-feira, maio 14, 2018

O que te preocupa?

      "Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem." Mateus 24.27

       Certa vez meu coração estava pesado, preocupava-me com certo evento social familiar, desses que a gente não pode faltar. Estava receoso de ter que me encontrar com certas pessoas cujo relacionamento sempre me foi difícil. Pela minha cabeça rodavam as possibilidades de reações e mais ainda, da ausência de reações, do distanciamento de gente que convive há tanto tempo conosco, com os quais temos laços de sangue, mas que ainda assim não têm uma cumplicidade amiga conosco.
      Enfim, dificuldades com parentes até Jesus teve, não falo aqui sobre algo que você não conhece, é um assunto comum a todos nós. A expectativa me consumia, me roubava a paz, fazia com que eu perdesse mais que o tempo real do evento que ainda nem tinha acontecido, eu sofria por antecipação e desperdiçava o dia anterior, no qual poderia estar passando um momento bom com quem realmente importa em minha vida. 
      Orei a Deus, querendo uma resposta objetiva, dessas palavras proféticas clichesadas como “vai e eu te darei vitória sobre teus inimigos”, mas o Senhor me respondeu com o texto acima. Pensei, "isso nada tem a ver com o meu problema", mas rapidamente o Espírito Santo me esclareceu, “tem sim, o que te preocupa? O que é mais importante pra você e merece dominar teu coração? Aquilo que as pessoas pensam de você, dão a você? Ou estar preparado para a volta de Jesus, volta que será rápida, que poderá ocorrer agora, enquanto você ocupa tua alma com um assunto menor?”.
      Foi um tapa de amor em meu rosto, novamente Deus não me disse o que eu queria ouvir, mas o que eu precisava ouvir, me lembrou da prioridade maior que o novo nascido em Cristo deve ter. Quando olhei para cima, imaginando um raio que corta o céu, a tal reunião familiar ficou pequena, a não correspondência de minhas expectativas, que certamente ocorreria, não pareceu assim tão importante. A dor da injustiça humana, da ausência de misericórdia do homem, do limite do ser humano ao não nos amar como nós queremos ser amados, perdeu a relevância. Deus foi sentido no meu coração, do jeito que ele merece ser, e eu achei forças e paz para seguir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário