sábado, agosto 22, 2020

O diabo é um humanista (III) (parte 4/7)

      “Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.João 1.9-13

      Livre arbítrio, por que foi relevante a Deus dá-lo ao homem? Deus não poderia ter dado força moral para resistir à tentação? Então Deus fez originalmente um homem fraco? O mito da criação em sete dias, do Éden, de Adão e Eva, da serpente, da árvore do conhecimento do bem e do mal e da queda do homem, refere-se a verdades autorizadas por Deus para chegarem até nós, ainda que como metáforas, com um objetivo muito importante, esses conhecimentos estão bem acima de mitos de outras culturas e religiões. A Bíblia, dessa forma, entrega de uma maneira simples, para que a grande maioria dos homens possa entender, verdades eternas, mas é preciso captar a essência do ensino bíblico e não interpretá-lo ao pé da letra, é preciso entender com a iluminação do Santo Espírito.
      O que torna o homem imagem e semelhança de Deus é justamente o livre arbítrio, a liberdade para escolher um caminho, não é ter poder ilimitado, pelo menos não no plano físico, como muitos acham. Livre arbítrio é parte determinante de um processo no tempo que empurra o homem para evoluir e finalmente chegar ao altíssimo. Por algum motivo que Deus sabe, e se sabe tudo também sabia que o homem ia pecar, a expulsão do homem do Éden deu início a um demorado processo de evolução para toda uma humanidade, nesse processo o tempo ganhou relevância. Justamente o tempo, que não existe para Deus, e que no início da história humana relatada na Bíblia, parece que só foi ganhando importância aos poucos, já que os primeiros homens viviam centenas de anos.
      Com o passar dos séculos o tempo médio de vida do ser humano na Terra foi diminuindo, à medida que a população do planeta aumentou, que as condições de vida nas grandes cidades pioraram, enquanto que a Igreja Católica com medo de perder seu poder sobre o homem e distante do Deus verdadeiro, impedia a ciência de melhorar a vida dos homens. Contudo, isso mudou no último século, com o desenvolvimento científico, da medicina, da farmácia, com a produção de vacinas, assim como o melhoramento de saneamento básico, distribuição de água, e acesso de muitos a médicos e hospitais. Pois é, atualmente vivemos um momento que o homem tenta vencer o tempo, talvez seu maior inimigo, ele quer viver mais e melhor.
      Por isso tantas academias, tantos regimes alimentares, tanta preocupação com qualidade de vida para uma envelhecimento mais saudável, por isso ouvíamos coisas como os novos quarenta anos são os cinquenta anos, os sessenta são os novos cinquenta, e assim vai. Pessoas que há quarenta anos considerávamos velhas e para viverem vidas mais reservadas e afastadas, hoje querem se vestir, se apresentar fisicamente e se portar socialmente, se divertindo, namorando e usufruindo, como se fossem jovens, como se tivessem dez, vinte anos a menos. Hoje, o ser humano não quer morrer, mas também não quer se responsabilizar por família e filhos, o que constrói uma geração criada de maneira errada, sem referências, que poderá ser pior que seus pais. 
      Isso também faz parte da estratégia final das trevas, tentar vencer o tempo para adiar a morte e o consequente enfrentamento do juízo divino, da mesma maneira é com o planeta, cuidar melhor de florestas, rios, mares e ar, para estabelecer uma nova Babel no plano físico, que agora, com a internet, parece novamente reunir povos diferentes que falam a mesma língua. Talvez Deus precise executar outra vez uma “confusão com as línguas” para o homem parar de achar que pode chegar a Deus, ou pior, ser Deus, com suas forças, com suas construções, com seus conceitos de liberdade, justiça e tolerância. Interessante como tanto tempo passou, tanta coisa mudou, mas o homem e o diabo continuaram os mesmos. A diferença está em Jesus. 
      Se um dia o homem escolheu a serpente, hoje pode escolher a Cristo, isso não aconteceu só com Adão e Eva, mas acontece a todos nós, todos nós escolhemos a serpente quando pecamos, mas se optarmos por Jesus, Deus nos muda de dentro para fora e nos sela com seu Santo Espírito. “todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus“, isso não é só adotar uma religião, é nascer de novo, adquirir uma nova essência espiritual, sair das trevas e vir para luz e assim poder enxergar as coisas realmente como são. Nessa nova vida podemos dizer não à serpente, e à última estratégia do diabo, o falso humanista, contudo, é importante que entendamos que só em Jesus podemos dizer não do jeito certo e escaparmos das armadilhas que as trevas preparam para o final dos tempos. 

Esta é a 4ª parte de uma reflexão 
dividida em sete partes,
leia nas próximas postagens as outras partes.
José Osório de Souza, 30/06/2020

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