terça-feira, dezembro 17, 2013

Desisto, não de Deus...

Ó SENHOR, ouve a minha voz quando clamo; compadece-te de mim e responde-me. Quando meu coração me diz: Buscai a minha presença, buscarei, SENHOR, a tua presença.
Não escondas de mim o rosto, não rejeites com ira o teu servo, tu que tens sido a minha ajuda. Não me rejeites nem me desampares, ó Deus da minha salvação. Se meu pai e minha mãe me abandonarem, o SENHOR me acolherá.
SENHOR, ensina-me teu caminho e guia-me por uma vereda plana, por causa dos que me espreitam. Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois as falsas testemunhas e os que respiram violência levantaram-se contra mim.
Creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes. Espera pelo SENHOR; anima-te e fortalece teu coração; espera, pois, pelo SENHOR.
Salmos 27.7-14

Desisto, não de Deus, mas de fazer concessões para quem não toma uma iniciativa para me amar, não, não desisto de amar, mas de me desgastar por causas inúteis. 
Desisto, não de Deus, mas de tentar entender pessoas que fazem o que bem entendem, machucam, desprezam, se distanciam, e não se incomodam com isso.
Desisto, não de Deus, mas de apoiar ministérios anões, que já deveriam ser adultos, mas que continuam pequenos e imaturos, não que pouca quantidade seja defeito, mas nenhuma qualidade, isso sim é.
Desisto, não de Deus, mas de tentar convencer pessoas que o verdadeiro amor é sincero, confronta, se abre, enquanto essas pessoas veem inimigos nos amigos reais, enquanto fazem alianças com volúveis, enquanto encontram na falsidade suas verdadeiras religiões.
Desisto, não de Deus, não de minha família, mulher e filhas, muito menos dos poucos amigos sinceros que possuo, mas de todo o resto, principalmente de me dar ao trabalho de me entristecer com aquilo que realmente não importa.
Insisto em orar, insisto em trabalhar, insisto em ensinar à minha família o caminho do evangelho e os ensinamentos bíblicos, insisto em crer num Deus que pode fazer aquilo que aos meus olhos é impossível, simplesmente por amor, sem pedir absolutamente nada em troca.

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Senhor, tu me conheces

"Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; conheces de longe o meu pensamento. Examinas o meu andar e o meu deitar; conheces todos os meus caminhos. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu, Senhor, já a conheces toda. Tu estás ao meu redor e sobre mim colocas a tua mão. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno."
Salmos 139.1-5 e 23-24

domingo, dezembro 15, 2013

O salmo 23

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz deitar em pastos verdejantes; guia-me para as águas tranquilas.
Renova a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Quando eu tiver de andar pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; tua vara e teu cajado me tranquilizam.
Preparas para mim uma mesa diante dos meus inimigos; unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.”

Jesus é nosso pastor, ele nos guia, portanto não seguimos sozinhos, não estamos perdidos, ele nos orienta para onde ir e nos protege nesse caminho, de maneira que nada nos falte. Jesus sacia nossa sede, mata nossa fome, material e emocional, ele nos dá tudo o que precisamos para sermos felizes.
Mas mesmo que o físico e o psicológico se cansem, o espiritual se renova, eles não só nos mantém saudáveis, mas em crescimento espiritual, as virtudes morais e éticas são aprimoradas em nós.
Jesus é o nosso abrigo, a nossa rocha, e também o nosso vingador, nada se passa longe de seus olhos se andamos com ele. Jesus nos deixa satisfeitos e completos, e isso será até o final de nossas vidas nesse mundo quando então estaremos com ele na eternidade, portanto, nunca se contente com pouco, com menos do que aquilo que te deixa em perfeita paz.

sábado, dezembro 14, 2013

Insensatez nos púlpitos

Em minha opinião, no temor que eu tenho de Deus, na proporção de minha fé e na experiência que tenho em minha caminhada com Jesus, acredito que a Bíblia deva ser interpretada, sim, considerando-se muitas orientações em relação ao tempo, à cultura, ao contexto histórico que foram registradas. Obedecer a Bíblia de maneira cega, sem levar tudo isso em consideração, e principalmente sem buscar em oração a vontade de Deus, é afastar-se da comunhão do pai e colocar-se debaixo de legalismos heréticos. Pensando assim quando lemos o texto como o abaixo, entendemos que para uma sociedade como a de Israel, que tinha sua prosperidade baseada em conquistas militares, em guerras, e tinha sua integridade religiosa mantida através de uma total separação dos costumes dos outros povos, era relevante que os inimigos e rebeldes fossem mortos no fio da espada.

Moisés indignou-se contra os oficiais do exército, chefes dos milhares e chefes das centenas, que vinham da guerra, e lhes disse: Deixastes viver todas as mulheres? Estas mulheres foram as que, por conselho de Balaão, fizeram que os israelitas pecassem contra o SENHOR no caso de Peor, o que causou a praga na comunidade do SENHOR. Agora matai todos os meninos entre as crianças e também todas as mulheres que conheceram um homem na intimidade, deitando-se com ele. Mas preservareis vivas para vós todas as meninas que não conheceram homem, deitando-se com ele.”
Números 31.14-18

Isso não é a vontade de Deus para seus filhos, debaixo do novo testamento, ligados a ele através de Jesus. Hoje a separação não é física, não em primeira instância, mas espiritual e emocional. É claro que como consequência, os filhos de Deus procuram fazer suas alianças, de negócio e de afeto, com semelhantes. Por favor, entenda que o amor e o respeito devem ser compartilhado com todos, principalmente com os diferentes, mas nas alianças feitas com pares existe a sabedoria e proteção de Deus (II Coríntios 6.11-18).
Para uma sociedade que matava literalmente seus inimigos, uma sociedade que convivia com a violência física de forma tão próxima, talvez fosse útil a disciplina dos filhos através de vara, como orienta o texto abaixo.

Não retires a disciplina da criança, pois, se a castigares com a vara, ela não morrerá. Castigando-a com a vara tu a livrarás da sepultura.”
Provérbios 23.13-14

Mas na sociedade atual, isso não é mais necessário. A autoridade verbal de um pai, se feita de maneira correta, basta. Um não firme vale muito mais que a aplicação de dor física, às vezes feita com ira e sem qualquer explicação dada para aquele que está sendo punido. Hoje vivemos numa sociedade que busca o diálogo, essa é a ferramenta de gente civilizada, e principalmente, de verdadeiros filhos de Deus.
Se esse exemplo do Antigo Testamento não bastou, veja o texto abaixo, registrado no Novo Testamento:

as mulheres devem permanecer caladas nas igrejas. Porque não lhes é permitido falar. Mas estejam submissas como também a lei ordena. Se quiserem aprender alguma coisa, perguntem em casa ao marido, porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.
I Coríntios 14.34-35

Alguém acha que esse costume deva ser seguido nas igrejas cristãs atuais? Não deve e nem é, não na maioria, pelo menos. Mas é uma orientação do apóstolo Paulo, semelhante a tantas outras que obedecemos dogmaticamente. A verdade é que o povo de Deus, infelizmente e deste os primeiros séculos, usa a Bíblia de maneira conveniente. Seguem o que interessante seguir, exigem dos outros, aquilo que lhes convêm. Mas Deus nem leva isso em consideração, se fosse levar não existiria uma igreja ou um filho de Deus com a presença do Espírito Santo. O que é sensato, contudo, deve entender essas coisas e agir com sabedoria.

Tendo em vista tudo isso, muita coisa precisa ser repensada na Igreja Cristã do século XXI, mas para isso é preciso coragem, primeiramente dos líderes, aqueles que se preocupam com o que Deus pensa deles, a pagam o preço de perderem apoio de muitos, apoio intelectual, emocional e financeiro. Louvado seja o nosso Deus, que tem tanta misericórdia, e nos abençoa e nos guarda mesmo sendo nós, tão duros de coração, tão preguiçosos para crer, pensar e viver o evangelho verdadeiro, louvado seja Deus por sua graça infinita e pelo seu maravilhoso amor.

sexta-feira, dezembro 13, 2013

Incoerência nos púlpitos

As pessoas não são o que falam, mesmo o que sentem, em última instância são o que vivem. Mesmo que queiramos ser algo, que façamos o maior marketing de uma imagem que achamos tão legal ser, é preciso lucidez e verificar o que realmente fazemos no dia a dia de nossas vidas. Isso, o que realizamos, é quem somos de fato.
O louco, ao contrário do que muitos pensam, dramatizam ou romantizam, é o que perde a relação com a realidade, esse não precisa ser necessariamente alguém não produtivo, alienado socialmente ou que toma remédios. Tem muito louco trabalhando, produzindo, sendo educado e mesmo ministrando em igrejas.
Contudo, o que os loucos falam não bate com o que eles vivem. O livro de Provérbios usa o termo louco, às vezes traduzido por tolo e outras vezes por insensato, várias vezes, e o alia àquele que age sem sabedoria, sem temor a Deus, vejamos as citações no capítulo 26, versos 4 e 5:

Não respondas ao insensato de acordo com a sua insensatez, para que não sejas semelhante a ele. Responde ao insensato conforme merece a sua insensatez, para que ele não seja sábio aos próprios olhos.”.

Parece incoerente esse texto, cortado assim, já que um verso diz uma coisa e o outro diz exatamente o contrário (e os versos estão seguidos na Bíblia, Deus permitiu que eles fossem registrados assim, um atrás do outro). Mas a sabedoria reside justamente aí, em não viver debaixo de leis, obedecendo cegamente isso ou aquilo, mas debaixo da sensatez, o sensato pensa, raciocina, usa de inteligência.
Às vezes algo deve ser feito, às vezes não. Como saber quando fazer? Temendo a Deus, estando em comunhão com ele, dando-se ao trabalho de orar, meditar, pensar, ouvir outras opiniões, antes de sair fazendo ou falando, para que se possa decidir pelo mais correto, sem se preocupar em agradar a homens, mas só a Deus.
Isso que fazemos, temendo a Deus e somente a ele, é o que somos de espiritual, e é essa parte nossa que levaremos para a eternidade, a parte que o próprio Deus construiu em nós. Que não sejamos loucos, mas sábios, temendo a Deus e somente a ele, só assim poderemos ter uma vida coerente, reta, agradável a Deus.

Também falamos dessas coisas, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais. O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois lhe são absurdas; e não pode entendê-las, pois se compreendem espiritualmente. Mas aquele que é espiritual compreende todas as coisas, ao passo que ele mesmo não é compreendido por ninguém.” (I Coríntios 2.13-15).

Mas só percebe coerência no espiritual aquele que é espiritual, o louco nunca entenderá isso realmente e quanta loucura se vê nos púlpitos. Pregadores falando coisas e vivendo outras, declarando ser contra certas doutrinas, mas apenas para agradar alguns, na prática eles executam outras, que agradam à maioria. Vejo isso com relação à doutrina da prosperidade, muitas igrejas já entenderam que a garantia de prosperidade material não é a visão de vitória do evangelho, não em todo o tempo e não em tanta abundância e para todos. Uma vida equilibrada, isso sim é bíblico. 

        "Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me apenas o pão de cada dia; para que na fartura não te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou, empobrecendo, eu não venha a furtar e profane o nome de Deus." (Provérbios 30.8-9).

     Contudo, como os púlpitos no lugar de cura emocional, de vida de perdão, de testemunho de justiça, de experimentação real em receber o amor de Deus e dá-lo às pessoas, prometem dinheiro, emprego, casa própria, carro e curas físicas que eu nunca vi acontecer em quase 40 anos de igreja evangélica (cego ver, aleijado andar, etc). Essa é a incoerência que mais vejo nos púlpitos, uma incoerência que se faz marketing interessante para aqueles que dizimam, faz um marketing terrível para os que estão de fora.

quinta-feira, dezembro 12, 2013

"Profetada" nos púlpitos

Que dois ou três profetas falem, e os outros julguem o que foi dito.” (I Coríntios 14.29).

O texto acima nos dá autoridade bíblica para julgar as palavras proféticas, sejam quais forem, ditas por quem sejam. Nossa autoridade máxima e final sempre será a palavra escrita, dentro do escopo dos 66 livros que compõe o cânone bíblico, baseado nesse princípio é que farei a reflexão a seguir. Como em outras vezes, leia o texto com cuidado, leia mais de uma vez se for necessário, se encontrar alguma palavra que não sabe o significado, use o dicionário. Reflita de forma racional e debaixo do temor de Deus, e lembre-se, esse blog é apenas a opinião de um homem, sujeito a falhas, mas que deseja sinceramente concorrer para que o povo de Deus tenha uma vida santa, coerente e de real impacto na sociedade atual.

O termo “profetada” é usado para definir a ação de homens que “profetizam” conforme seu coração e não conforme o coração de Deus, enfim quando dizem que ele disse quando ele não disse. É claro que isso é mais comum entre os pentecostais, onde o dom de profecia é exercido de maneira explícita.
(O dom de profecia, o autêntico, também é usado no meio chamado tradicional, mas sabiamente por muitos que proferem a profecia como um estudo bíblico, e não de uma maneira mais enfática, e porque não dizer, dramática. Quem disse que essa maneira de entregar uma profecia não é a mais madura? Não que seja errada a outra, mas não seria mais coerente dar à palavra profética uma roupagem mais racional, sem que ela perca seu objetivo, obviamente, isso em pleno século XXI, depois que o homem experimentou tantas revoluções científicas e filosóficas? Essa pergunta eu deixo para que cada um responda.)

Até quando se achará isso no coração dos profetas que profetizam mentiras e o engano do próprio coração?
Com os sonhos que relatam uns aos outros, eles planejam fazer o meu povo se esquecer do meu nome, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal. O profeta que tem um sonho, conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale fielmente a minha palavra. Que tem a palha em comum com o trigo?, diz o Senhor.
Não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como martelo que esmaga a rocha? Portanto, estou contra os profetas, diz o Senhor, os quais furtam uns dos outros as minhas palavras, cada um ao seu próximo. Estou contra os profetas, diz o Senhor, que usam a própria língua e declaram um oráculo: Ele disse.”
Jeremias 23.26-31

Acho que é o melhor caminho para se compartilhar uma coisa é ensinar a maneira certa de se fazer algo, ao invés, ou antes, de falar sobre as maneiras erradas. Bem, o contrário de “profetada” é entregar uma palavra que vem diretamente do coração de Deus. A grande característica de uma profecia de Deus é que ela é realmente espiritual, mesmo que seja palavra de disciplina ela é experimentada por aquele que a recebe como uma palavra de consolo. A profecia de Deus não machuca, pode até ser palavra dura, mas se recebida com humildade deixa no final uma esperança, uma saída, “deixo-vos a minha paz”.
Outra característica da profecia de Deus é que ela glorifica a Deus, não os homens ou as instituições. Deus não levanta um profeta para que os pastores sejam honrados, os homens sejam honrados, as igrejas locais sejam honradas. Esses até pode ser valorizados no final, mas como consequência do nome de Deus ser glorificado antes, de sua vontade ser feita e vivida. A profecia de Deus é de Deus e gera frutos que voltam para Deus.
A tal da “profetada” pode ser cometida por homens em uma única disposição, a de chamar a atenção de outros homens para si, para seus interesses, para suas vaidades. Essa comete a heresia de manipular a palavra de Deus, a autoridade de Deus, as pessoas, em prol do falso profeta. É claro que um profeta verdadeiro às vezes é usado para entregar uma palavra bem dura, mas a dureza máxima só é útil para os duros de coração ao extremo. Palavra dura, que não deixa cura e nem consolo, contra justos, fieis, escolhidos de Deus, é “profetada”.

Agora, a “profetada” mais séria é aquela feita no púlpito, a irresponsabilidade de quem a profere, munido de uma autoridade que é conferida inicialmente por Deus para quem sobe num púlpito, diante de ovelhas sedentas pela palavra de Deus, é enojada por Deus. (Antigamente chamávamos isso de "mensagem de encomenda", aquela que é feita para atingir pessoas específicas de acordo com interesses específicos.) Esses, que assim manipulam as coisas em seu interesse, sofrerão o pesar da mão de Deus. Lembro como textos do antigo testamento são usados fora do contexto pela insegurança de líderes que perderam a visão da vontade de Deus e que apossados de inveja e ira desrespeitam corações sinceros de ovelhas frágeis.

Eu te exorto diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino, prega a palavra, insiste a tempo e fora de tempo, aconselha, repreende e exorta com toda paciência e ensino.
Porque chegará o tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, desejando muito ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo seus próprios desejos; e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão para as fábulas.
Tu, porém, sê equilibrado em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista e cumpre teu ministério.

II Timóteo 4.1-5

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Irresponsabilidade nos púlpitos

Eu não recebo glória da parte dos homens; mas vos conheço bem, e sei que não tendes o amor de Deus em vós.
Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; mas, se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis. Como podeis crer, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus?
Não penseis que vos acusarei perante o Pai. Há outro que vos acusa, que é Moisés, em quem tendes esperança. Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque ele escreveu a meu respeito. Mas, se não credes no que está escrito, como crereis nas minhas palavras?
João 5.41-47

É inadmissível que uma igreja que diz que prega Cristo, seu amor, sua misericórdia, trate a questão homossexualidade com falta de respeito. Começo repetindo que não vou nesta reflexão defender qualquer posicionamento, seja o cristão convencional, que diz que a questão pode ser mudada, seja o de outros, que diz que a questão deve ser aceita como é. Chamo atenção é para a incoerência, resultado da superficialidade com que muitos púlpitos tratam a questão. Direciono aos púlpitos porque o alerta é para líderes, que têm como responsabilidade direcionar ovelhas no caminho certo.
Será que quem trata o assunto com legalismo e com total desafeto, quando está pregando na paixão de suas almas e não no poder do Espírito Santo, pensa realmente na possibilidade de ter alguém sentado na igreja, assistindo o culto, estar enfrentando um terrível dilema no que se refere a sua sexualidade? E as ovelhas, realmente teriam coragem de convidar alguém com a questão para ouvir uma palavra assim, displicente e fria? Será que quem diz o que quer no púlpito está ciente de que pode estar machucando pessoas, não com seu posicionamento, repito, seja ele qual for, mas com a total ausência de amor em compartilhá-lo?
Acorda Igreja! Não para a modernidade ou pós-modernidade (termos que alguns usam no púlpito sem ter a mínima ideia do que signifiquem), acorda para viver realmente o amor de Cristo. Amor que confronta, sim, amor que não aceita o pecado, sim, amor que fala de coisas sérias sem temor, sim, mas amor QUE AMA, que respeita! O que é respeito senão sentir na própria pele a dor do outro? Quando experimentamos isso, temos cuidado com o que falamos, não confundimos amor com educação social ou com um carismático sorriso.
Os que falam o que querem nos púlpitos sem se preocupar realmente com o que os outros estão sentindo na verdade são pessoas imaturas, que não se conhecem e nessa condição nunca conhecerão o outro, suas mazelas, suas dificuldades. Quem se olha errado, nunca viu Deus e se equivocará com todos. Quem se acha infalível, exigirá dos outros, perfeição, quem se coloca em cima falará aos outros como menores, pois é assim que se vê tudo de cima. Lembro que essa é a postura almejada por Lúcifer, já que acima de tudo só Deus pode estar.
Enquanto o púlpito é usado por homens, e não por Deus, os lares desses mesmos que usam os púlpitos, são destruídos, filhos, parentes e amigos vivem seus dilemas, como a homossexualidade, na solidão. Não podendo confiar suas vidas aos próximos que se colocam como juízes antes do tempo (se é que o homem pode ser juiz em algum tempo), confiarão, muitas vezes, nas pessoas erradas, e ao invés de virem para o evangelho, abrigar-se-ão debaixo das asas do mundo, da marginalidade, do mal disfarçado de ético, politicamente correto e humanista.
Acorda Igreja para viver realmente o amor, que falemos menos e vivamos mais, e isso não nos púlpitos, buscando plateia e aplausos, mas em nossas intimidades, no meio familiar, entre conhecidos e colegas de trabalho, de estudo, vizinhos de nossas residências. Isso sim é fazer evangelismo, muito mais que empunhar um megafone nos palcos dessa vida. Acorda, senão as pedras clamarão e elas já estão clamando...
  
Pois a pedra clamará da parede, e a trave lhe responderá do madeiramento. Ai daquele que edifica a cidade com sangue e a alicerça com maldade! Acaso não procede do SENHOR dos Exércitos que os povos trabalhem para o fogo e as nações se cansem em vão? Pois, assim como as águas cobrem o mar, a terra se encherá do conhecimento da glória do SENHOR.
Ai daquele que dá de beber ao próximo, adicionando à bebida o seu furor, e o embebeda para ver a sua nudez! Terás fartura de vergonha e não de honra. Bebe tu também e expõe tua incircuncisão; o cálice da mão direita do SENHOR se chegará a ti, e a vergonha cairá sobre a tua glória.”
Habacuque 2.11-16

terça-feira, dezembro 10, 2013

Nada pode nos separar da graça de Deus

Cuidado para que ninguém se abstenha da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe e muitos sejam contaminados por meio dela." (Hebreus 12.15).

Tive uma experiência marcante com Deus no culto do último domingo, cheguei à igreja precisando de um grande consolo, já que estava com o coração partido, o inimigo havia usado gente “grande” para tentar destruir coisas sinceras e preciosas em minha vida. É, quando o ataque vem de ovelhas que não vigiam é mais fácil, mas quando vem de líderes, se não estivermos firmes em Deus, podemos nos desestabilizar, mas cada um tem o confronto que merece e precisa.
É incrível como o diabo sabe onde e como nos atacar, a gente sabe disso, mas ainda assim somos surpreendidos. Nessa experiência a falsa acusação veio de alguém importante, alguém que eu dou muito valor à palavra, alguém que eu não esperava ter tamanha incompreensão para comigo, portanto, o estrago causado foi grande. Mas se a dor é grande, a cura é maior ainda, e a verdadeira cura só Deus pode dar.
O versículo acima foi o texto básico de uma palavra realmente espiritual, que veio de um servo de Deus com um coração realmente de pastor, simples e coerente, aquela que disciplina, mas consola, abre-nos os olhos, mas desce como óleo precioso, fechando as feridas e nos refazendo. Sim, nada, nada mesmo, e nem ninguém, por maior e mais importante que seja, pode nos separar da graça de Deus. Que nossa vida cristã esteja fundamentada, antes que em igreja local, líder ou religião, em Deus.
Eu não estava entendendo como uma injustiça pode vir de alguém que eu considero tanto, alguém tão espiritual, mas o Senhor me disse que aquela experiência era para que eu fosse fortalecido, e aprendesse que não deveria basear minha paz e minha estabilidade no apoio de homem, seja o homem quem for. No final do culto, o Espírito Santo me falou de forma bem clara:

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Eu não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração nem tenha medo.” (João 14.27).

segunda-feira, dezembro 09, 2013

Bem-aventurados os homens de boa vontade

E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” (Lucas 2:12-14).

Em boas pessoas habitam bons corações e bons corações sempre nos fazem bem, são instrumentos de Deus mesmo sem saberem que são, sem almejarem ser, sem que tenham qualquer presunção ou vaidade, simplesmente fazem o bem, um bem genuíno, que muda nossas vidas de forma efetiva. Bem-aventurados os homens de boa vontade!

domingo, dezembro 08, 2013

Jesus: a única vítima verdadeira

Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha muda diante dos seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Foi levado por juízo opressor; e a sua descendência, quem a considerou? Pois ele foi tirado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo.
Deram-lhe uma sepultura com os ímpios, e ficou com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca. Contudo, foi da vontade do SENHOR esmagá-lo e fazê-lo sofrer; apesar de ter sido dado como oferta pelo pecado, ele verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
Isaías 53.7-10

Jesus foi o único que sofreu sem motivo, sofreu pelos outros, não por si mesmo. Só entendemos o valor do que Jesus fez por nós na cruz quando saímos da condição de vítima de tudo e assumimos a nossa real posição de agressor. Agressor de quem? Do Cristo crucificado por nossos pecados, para começar, e por aí vai...
Quando nos colocamos como vítimas, estamos nos pondo no lugar de Cristo e, portanto, assumindo que não precisamos de redentor, já que como vítimas, não pecamos, os outros pecam, não nós.
Muitas pessoas se negam a sair de sua condição de machucadas, negam-se a buscar e tomar posse da cura, para manterem-se assim, como vítimas. Nessa condição elas se eximem de qualquer responsabilidade, de qualquer iniciativa, esse orgulho amarra as vidas a uma eterna condição de fragilidade, uma falsa fragilidade.
Assumir-se como agressor é amadurecer, tomar para si a responsabilidade, só depois disso é que podemos ter um encontro real com Deus através de Jesus, só depois disso é que nos convertemos e experimentamos a salvação e a maravilhosa comunhão com o pai.

sábado, dezembro 07, 2013

Deus cumpre suas promessas

          "E Josué disse ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós. E Josué falou aos sacerdotes: Levantai a arca da aliança e passai adiante do povo. Eles levantaram a arca da aliança e foram andando adiante do povo. Então o Senhor disse a Josué: Hoje começarei a honrar-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, assim como estive com Moisés, estarei contigo."

Josué 3.5-7

sexta-feira, dezembro 06, 2013

Deus é real e usa os homens

"Eu dizia na minha perturbação: Todos os homens são mentirosos. Que darei ao Senhor por todos os benefícios que ele me tem dado? Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Cumprirei meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo. A vida dos seus seguidores é preciosa aos olhos do Senhor." (Salmos 116.11-15).

Depois de um culto como o último que participei tenho certeza de algumas coisas:

1º. Deus existe e age em prol dos que o buscam.
2º. Deus chama os homens para uma obra específica.
3º. A chamada é um mistério, não depende de qualidades ou vontades humanas.
4º. Se Deus chama ele capacita, com sua unção, com experiência e com autoridade.
5º. Se Deus chama, não fique na frente do chamado, é Deus quem vai abrindo espaço e usando.
6º. A igreja é bem mais que pessoas, seres humanos limitados e com problemas, a igreja, que são as pessoas salvas, é o templo do Espírito Santo e ele age de maneira maravilhosamente esplêndida.

Toda glória a Deus por seu manifestar inefável!

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Pseudo-intelectualismo nos púlpitos

Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo mais do que convém; mas que pense de si com equilíbrio, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e todos os membros não têm a mesma função, assim também nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo e, individualmente, membros uns dos outros.
De modo que temos diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, que seja de acordo com o padrão da fé; se é serviço, que seja usado no serviço; se é ensino, que seja exercido no ensino; ou quem encoraja, use o dom para isso; o que contribui, faça-o com generosidade; quem lidera, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria.” (Romanos 12.3-8)

É preciso mais cuidado com aquilo que se fala nos púlpitos, principalmente nos púlpitos pentecostais, onde a paixão humana muitas vezes toma a frente da razoabilidade e principalmente da unção do Espírito Santo. (Bem, eu creio que a verdadeira unção equilibra tudo: emoção e razão.) Quanta bobagem se fala por falta de conhecimento, quanta informação histórica e sociológica imprecisa é gritada como se fosse verdade absoluta, quanta superficialidade de filosofia e psicologia é declarada para apoiar teologia barata, e principalmente, quanto descaso com a língua portuguesa é feito.
Sim, e também existe muito desconhecimento bíblico, ausência de interpretação coerente com o contexto histórico e social, e mesmo de discernimento entre o que é metafórico e o que é real. Já vou pedindo desculpas por esta reflexão, mas ela é um desabafo de quem tem um espinho na carne, semelhante à experiência descrita pelo apóstolo Paulo, no meu caso, o espinho é pouca paciência com falso intelectualismo, ou sendo mais direto, com gente sem noção que se posta como sendo sem ser e nem querer realmente ser.
Talvez a pergunta mais correta a fazer seja: para que serve o intelectualismo? Na verdade, para a salvação das vidas, para a comunhão perfeita com Deus, para a cura de males espirituais e mesmo psicológicos e físicos, não serve. A oração feita com fé a Deus através de Cristo é eficaz para resolver muitos problemas da alma, do corpo e do espírito. Mesmo a medicina é um compreender de causas e efeitos, mau funcionamento do organismo humano é curado com medicamentos e tratamentos objetivos, nada de subjetivo existe nisso.
Mas nossa razão não pode ser desprezada, afinal de contas Deus fez o homem corpo, alma e espírito, existem prioridades nessa tricotomia, mas a alma que administra a razão e a emoção, que faz a ligação entre o espírito e o corpo, tem um valor importante nas relações interpessoais. É aprendendo e ensinando que se vive em uma sociedade que caminha para o desenvolvimento e a auto-sustentabilidade. Se fôssemos somente espírito passaríamos toda a nossa existência humana numa contemplação espiritual, adorando a Deus, sem precisar trabalhar, procriar, dormir ou se alimentar, isso só ocorrerá na eternidade.
Contudo, o calcanhar de Aquiles da intelectualidade é a vaidade, enquanto a verdadeira espiritualidade conduz à humildade e ao equilíbrio, a intelectualidade conduz à prepotência e ao egoísmo. Veja que isso não precisa necessariamente estar ligado à maldade, pode-se ser prepotente e egoísta e ser caridoso e indulgente ao mesmo tempo, a arrogância pode estar guardada a sete chaves dentro do coração, escondida de todos, muitos religiosos e espiritualistas existem assim.
Todavia, pior que a vaidade dos que são intelectuais legítimos é a vaidade daqueles que acham bonito ser intelectual, veem relevância nisso, mas não desejam pagar o preço para adquirirem essa intelectualidade. É nesse ponto que volto ao povo de Deus, às igrejas cristãs, aos púlpitos. Na arrogância de se acharem melhor porque são filhos de Deus, porque têm a “unção”, muitos pregadores menosprezam a filosofia e a ciência. Falam de tudo sem conhecimento, sem propriedade, por pura vaidade, para parecerem intelectuais, ou mesmo melhores até que eles. Nessa disposição é que se fala tanta bobagem na frente das congregações.
Mas ainda pior que tudo é que muitos que estão sentados ouvindo, frutos que são não só de uma igreja perneta e desfocada como também de uma sociedade que não dá valor aos estudos e nem à cultura e à arte, acabam achando que esses pregadores são intelectuais de verdade. Eis aí outra função, que não é a primeira, mas que é relegada pela igreja, a educação social, esse é o caminho mais correto e eficaz para bons empregos e consequente prosperidade material. A infeliz verdade, contudo, é que o povo não quer estudar, não quer ler, eles têm como exemplo muitos pastores que também pensam assim, então fica mais fácil pregar fé em milagres financeiros: esse é o dia a dia da igreja cristã atual brasileira, esperar que as coisas caiam do céu, pedem oração para irem bem numa prova, mas não abrem o livro para estudar.
Não, Jesus não precisa de faculdade e bons livros para salvar ninguém, muito menos de uma pregação falada num português corretíssimo, mas que isso não seja desculpa para a ociosidade. Primeiro temos que ser salvos, transformados espiritualmente, mas depois temos um longo e esplêndido caminho a percorrer nos tornando seres humanos melhores para fazer uma diferença plena e eficiente na sociedade como um todo.
Que os pregadores comecem dando o exemplo, deixando o pseudo-intelectualismo, a vaidade de invejar filósofos e humanistas, tentando imitá-los, mas de forma incompetente e enganosa. Para isso que estudem mais, que leiam mais, que escrevam mais, mas principalmente, que tenham a humildade de não se apropriarem de conhecimentos que eles realmente não têm. Se não houver vontade de aprender, que se limitem à Bíblia, bem, ela na verdade é auto-suficiente, mas que façam isso também com verdade.

E, se o que alguém constrói sobre esse alicerce é ouro, prata, pedra preciosa, madeira, feno ou palha, a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada pelo fogo, e o fogo testará a obra de cada um. Se a obra que alguém construiu permanecer, este receberá recompensa. Se a obra de alguém se queimar, este sofrerá prejuízo, mas será salvo, como alguém que passa pelo fogo.” (I Coríntios 3.12-15)

          (Essa reflexão não é uma crítica à falta de intelectualidade já que conhecimento intelectual não é pré-requisito para que Deus abençoe ou use uma pessoa, também não releva o estudo e a formação acadêmica posto que Deus nos deu inteligência para que seja usada e desenvolvida, mas é uma palavra contra os falsos intelectuais que se postam como sendo algo que não são para manipular o povo de Deus e agradar suas próprias vaidades.)

quarta-feira, dezembro 04, 2013

Mudar é preciso sempre

E não vos amoldeis ao esquema deste mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2).

Algumas pessoas não mudam nunca, outras pessoas escolhem mudar para serem pessoas melhores, muitas só mudam depois de muito sofrer, mas existem outras que mudam por conveniência, para manter o poder, um falso poder que pensam que possuem.
É estranho como dentro da igreja cristã, onde se prega arrependimento e vida nova em tantos cultos, existe tanta gente que na prática simplesmente acha que não precisa mudar. Não, elas não admitirão isso com palavras, mas em seu dia a dia é isso o que vivem.
Não mudam quando não sabem admitir que estão erradas, quando não sabem pedir perdão, quando se fazem o tempo todo de vítimas sempre colocando a culpa nos outros ou no diabo, diabo esse que leva a glória na maioria das vezes sem fazer nada.

Por acaso não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?, declara o Senhor. Como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” (Jeremias 18.6).

Mudar tem um preço, e esse preço é a dor, a parábola do oleiro (Jeremias 18.1-6) é um texto que explica com perfeição o processo de mudança. A mudança começa com a desconstrução completa de algo que até então parecia perfeito, funcionar muito bem. Se não houver isso não terá como algo realmente novo ser reconstruído, não pode haver vestígios do que existia antes.
É isso que dói, a contemplação dos cacos, dos pedaços que restaram após a experiência do quebrantamento. O único consolo possível nesse momento é acreditar, sem saber, sem ver, que Deus pode fazer em nós uma novidade e que ela será melhor que aquilo que éramos.
Mas mudar é preciso e depois que o processo termina ficamos felizes, qual criança que ganha um brinquedo, rindo à toa, de felicidade, jubilosos com o milagre que só Deus pode fazer mudando os nossos corações de pedra para corações de carne.
Bem, um coração de carne é frágil, mas possui uma virtude que o coração de pedra não tem, ele sente, se sensibiliza, chora e ri, e acima de tudo, se importa, não só consigo mesmo, mas com os outros. Você quer um coração assim? Então precisa mudar, essa mudança leva tempo e ela só termina quando partimos desse mundo.
Na mudança temos duas oportunidades únicas, ambas relacionadas ao conhecimento: um é o conhecimento de nós mesmos, outro é o conhecimento de Deus. Esses são os únicos conhecimentos que nos fazem crescer espiritualmente, e são os únicos que levaremos para a eternidade.

"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste" (João 17.3).