quinta-feira, junho 11, 2015

Humildade

        Até que ponto a nossa suposta "verdade" agride os outros, fecha portas para diálogos, mais atrapalha que ajuda? Até que ponto, ela não é apenas um esconderijo para almas covardes e inseguras, que gritam que sabem, que têm e que fazem, para se defenderem, de inimigos que na verdade nem existem, ou que são apenas fantasias delas mesmas? Até que ponto seres aparentemente experientes e maduros, mulheres e homens crescidos, não são apenas criancinhas com muito medo de assumir que são humanos, limitados e falíveis, como todos os outros? 
       A paz tem um preço, mas um preço tão pequeno que nós, por vaidade, muitas vezes não queremos pagar, já que isso nos colocaria igual a todo mundo, numa posição equilibrada, nem acima e nem abaixo. 
        Humildade, a chave para uma vida realmente vitoriosa, em todas as áreas, mas como é difícil vivê-la, de verdade, nós a assumimos pela manhã, quando saímos de casa, mas em poucos minutos nós a perdemos no banco do motorista de um carro, no meio do trânsito. Nós a reassumimos na hora do almoço, enquanto tomamos um cafezinho e descansamos um pouco, mas tornamos a nos esquecer dela durante uma reunião com colegas de trabalho. Nós pensamos profundamente nela, enquanto estamos retornando para casa, mas deixamos ela de lado quando chegamos ao lar, nos relacionando com a família, ou interagindo com os amigos virtuais nas redes sociais. 
        Sempre queremos gritar, em alto e bom som, a nossa "verdade", os nossos direitos, a nossa justiça, e com isso mais nos sentimos injuriados, injustiçados e desvalorizados. Quando conseguiremos entender que na perda é que existe ganho? No silêncio é que está a melhor resposta? No quebrantamento é que se encontra a exaltação? Eu digo e repito isso para mim mesmo, eu reflito e escrevo, eu compartilho aqui, neste blog, mas como é difícil pra mim realmente ser humilde. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário