quarta-feira, julho 08, 2020

A santidade é agradável aos sentidos

      “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.Mateus 11.28-30

      É preciso dizer uma coisa sobre a santidade genuína, tema das quatro postagens desta semana, ela é agradável aos sentidos, e me refiro aos sentidos físicos e emocionais, nãos aos espirituais, que são aqueles que se beneficiam objetivamente dela. Não, ser santo não dói, não faz sofrer, não tira, mas também não acrescenta, não subtrai direitos mas também não adiciona deveres. Ela é leve, coloca o homem no centro da vontade de Deus e permite que ele prove no mundo, na carne, neste plano, um pouco daquilo que desfrutará com plenitude na eternidade melhor com Deus. Na eternidade desfrutaremos da santidade com muito prazer, a Igreja com seu noivo numa eterna lua de mel espiritual, pra tentar usar uma metáfora do plano físico.
      Por mais que o texto inicial seja conhecido e repetidamente usado para nos consolar em momentos que nos sentimos cansados de tudo, ele se encaixa muito bem no entendimento sobre verdadeira santidade. Numa primeira interpretação pode parecer que não, para os que acham que santidade é algo pesado e difícil, já o que o texto diz “vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos”. Descanso e santidade parecem não combinar, mas, repito, combina sim, com a verdadeira santidade, essa enche o coração de satisfação, vence o pecado não necessariamente porque é mais forte que ele, mas porque é mais agradável, mais prazeirosa, vence sem batalhar, vence porque aquele que a encontra a prefere, e não se interessa mais pelo pecado. 
      Contudo, prazer pela santidade é um prazer refinado, digamos assim, há de se ter alma apurada pelo tempo, numa trajetória persistente de querer conhecer e viver o melhor caminho, há de se convencer que o egoísmo e as vaidades são mentiras, e que no final nada trazem de prazeiroso. Infelizmente nosso coração só aprende com o tempo, só se liberta de vícios e se ganha prazer por agradar a Deus com o passar dos anos, para aprender que é melhor obedecer ao Senhor, abrir mão de certas coisas e de fato desejar as coisas do espírito, não as do corpo. Nossa história neste mundo é a desconstrução do ter e ser para que instalemos em nós o estar em Deus, sem gosto pelo pecado, sem mágoas e sem expectativas, só isso conduz à verdadeira santidade.
      Na verdade, nós nascemos santos, e ajudados por um corpo material ainda não desenvolvido, não temos necessidade de satisfazer certos instintos físicos e muitos menos de nos viciarmos neles. Contudo, a tal “idade da razão” chega, e todo ser humano tem a oportunidade de cometer seu pecado original, aquele mitificado em Adão e Eva no Éden, todos nós temos a chance de preferir comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Isso é tão inevitável, e para todos os seres humanos nascidos debaixo do Sol desde que o primeiro homo sapiens recebeu o sopro de Deus e passou a ser criatura à imagem do criador, que nos faz pensar se de fato pecar é escolha. Bem, o primeiro, de cada um de nós, não parece ser, somos destinados a pecar, neste mundo.
      Mas se pecar não é escolha, ser perdoado do pecado é, quando cremos em Jesus, isso pode ser feito de forma consciente, e só isso nos permite ser santos de novo. Talvez, o único motivo que nos traz a este mundo, seja isso, escolher o caminho melhor e mais rápido para o altíssimo Deus, o único caminho que nos livra do inferno, seja lá o que ele for, escolher a Cristo Jesus! Creiam todos, religiosos sinceros, monges abnegados, celibatários e desapegados da matéria, suas intenções são sinceras, mas só em Jesus há de fato libertação do plano físico. Jesus é maior que Krishna, que Buda, que Maomé, que São Francisco de Assis, que a virgem Maria, e não estou desmerecendo nenhum desses, mas só quem nasceu, viveu, morreu e ressuscitou santo, pode dar santidade verdadeira ao homem, Jesus o santo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário