sábado, julho 11, 2020

O poder da verdadeira santidade (2/2)

      “Porque tu não és enviado a um povo de estranha fala, nem de língua difícil, mas à casa de Israel; Nem a muitos povos de estranha fala, e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviara, certamente te dariam ouvidos. Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não me querem dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração. Eis que fiz duro o teu rosto contra os seus rostos, e forte a tua fronte contra a sua fronte. Fiz como diamante a tua fronte, mais forte do que a pederneira; não os temas, pois, nem te assombres com os seus rostos, porque são casa rebelde. Disse-me mais: Filho do homem, recebe no teu coração todas as minhas palavras que te hei de dizer, e ouve-as com os teus ouvidos.” Ezequiel 3.5-10

      Hoje compartilharei a segunda parte da reflexão que se iniciou na última postagem, se possível leia a primeira parte para melhor entendimento. O que ocorre hoje em dia é que as pessoas têm conhecimento das coisas, e assim pensam que sabem como elas funcionam. Muitos mistérios espirituais já foram revelados, contudo, por causa disso, muitos conhecimentos espirituais são banalizados. Os homens sabem que santos provam coisas tremendas de Deus, assim querem ser santos para provarem coisas tremendas de Deus, mas não é assim que funcionam as coisas com Deus. Não que Deus não queira que todos os homens sejam santos e que todos tenham vidas no mais alto nível de espiritualidade, mas só ele pode realizar essa excelência, com um propósito dele, isso não pode ser construído pelo homem, ainda que ele tenha uma grande vontade e uma fé enorme.
      O engano, contudo, que as pessoas mais cometem é não entenderem (ou não aceitarem) que provar a verdadeira santidade de Deus é algo que glorifica a Deus, sendo assim experimenta-la não levará, necessariamente, as pessoas a terem honra humana, e quando digo humana não me refiro aos humanos do mundo, mas aos das igrejas. Alguém tem alguma ilusão achando que homens como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Elias, foram aprovados e honrados pela nação de Israel, que não era um povo estranho, mas o povo a que esses homens pertenciam, o povo de Deus? Não, não foram e tenha certeza, esses homens provaram uma santidade real em Deus, uma santidade singular, foram separados e limpos antes de serem usados.
      A verdadeira santidade é a iluminação mais alta que um homem pode ter, mas ela é cara, ninguém pense em tirar vantagens dela, desejar ser reconhecido por homens, por cristãos, por tê-la. A chamada de Ezequiel é muito significativa, ele provou uma santidade real, mesmo porque alguém com uma chamada tão poderosa como a dele não tem tempo para outra coisa. A santidade verdadeira acontece simplesmente porque se entende a vontade de Deus, se põe a realizá-la e então se acha prazer nisso, uma satisfação que supera não só toda tentação da carne, mas também toda oposição social e espiritual. Só consegue ser santo quem está trabalhando em Deus e para Deus, mas isso, repito, não significa ser visto pelos homens e pela igreja, não o tempo todo, pelo menos. Muitos são chamados, são santificados, são preparados e permanecem anos desconhecidos, muitos até à morte.
      Enquanto homens quiserem ser santos para serem aquilo que eles acham que é o melhor que Deus quer deles, baseados em estereótipos bíblicos, enquanto muitos quiserem santidade para ter uma fé que move montanhas para encherem templos, enquanto quiserem santidade por vaidade espiritual, não experimentarão a verdadeira santidade e muito menos os frutos dela. E sim, eu disse vaidade espiritual, pois no espírito também existem pecados, e os piores, os grandes e antigos seres espirituais que se rebelaram contra Deus não tinham corpos físicos e portanto não podiam ser tentados por desejos e prazeres materiais, mas ainda assim pecaram e tiveram o maior afastamento que alguém pode ter da santidade de Deus. Contudo, o mais belo fruto da santidade, junto de uma adoração pura a Deus, é o amor, desinteressado e igual, para com todas as pessoas. 
      Só ama quem perdoa, só perdoa quem abre mão de si mesmo, se santidade é um lindo campo que se renova às margens do rio de águas vivas que saem diretamente do trono de Deus, o amor são as flores que nascem nesse campo, em meio à grama verde e baixa e árvores frutíferas e altas, lugar onde o vento é suave e fresco e os raios de Sol na temperatura certa, do início das manhãs, que não ferem nem incomodam. Essa é a grande iluminação experimentada por aqueles que provam a verdadeira santidade de Deus, a melhor eternidade com Deus, o novo e eterno jardim do Éden, o céu de paz, luz, vida e amor. Na santidade não há pedras, espinhos ou abismos, nem Sol escaldante ou tempestades, o santo não constrói o mal por isso não o colhe, o santo obedece, glorifica a Deus e ilumina os homens, em paz e com amor. 

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