Somos fortes no centro da vontade de Deus

        A desobediência nos enfraquece, e aqui não me refiro ao pecado diário e comum com que todos nós somos confrontados, no dia a dia de nossos cotidianos, as chamadas aflições deste mundo. Me refiro, porém, à chamada principal que cada um de nós tem em sua vida, desobedecê-la nos tornará frágeis mesmo para pecados, considerados por nós e não por Deus, mais pequenos. Não adianta querermos vencer o mundo, ter uma postura moral e religiosa, desobedecendo nossa chamada principal.
        Em outras palavras, na periferia da vontade do Senhor, não há vitória, não para aqueles que já se conscientizaram que é periferia. Para os imaturos, para as crianças espirituais, a periferia ainda recebe certo cuidado de Deus, contudo, aqueles que já obtiveram conhecimento do que Deus quer pra eles, aqueles que já provaram as águas que sobem e levam o profeta (Ezequiel 47.1-5), esses precisam estar em absoluta obediência, senão submergirão e se afogarão, tem que aprender a nadar. Na obediência há vitória, então deixe-se levar pelo Espírito Santo e esteja no centro da vontade de Deus para sua vida.

Levemos mais a sério a vida

        Levemos mais a sério Deus, levemos mais a sério a chamada que ele nos fez, levemos mais a sério as vidas das pessoas, levemos mais a sério as nossas próprias vidas. Sim, na vida há lugar e momento para alegria, para diversões sadias, para arte, contudo, a ótica espiritual da existência precisa ser prioridade, e essa ótica nos diz que essa vida é, com tudo o que possa ter e mostrar, com tantas possibilidades, prazeres, sonhos, realizações, apenas um segundo na eternidade, quando Deus nos pede que façamos a escolha certa. A escolha é ele, não é religião, moralidade, trabalho, prosperidade, isso tudo até pode existir, mas o principal é respondermos de maneira certa à pergunta: Jesus faria assim? Ou conforme diz aquele velho livro, "em seus passos, o que faria Jesus"?

        Escrevo esta reflexão com certa tristeza, soube da morte de um amigo, alguém que conhecia há muito tempo, um músico, como eu, um excelente músico, com quem convivi por dois períodos em momentos diferentes, mas sempre no serviço musical dentro do reino de Deus. Alguém que eu sabia viver uma vida dupla, pelo menos durante um tempo, alguém que foi criado na igreja, mas que tinha um pé no mundo, alguém que me levou a confrontar líder para que esse confrontasse a vida dupla que eu sabia que ele vivia. Não, não posso julgar de maneira algum, nem quero, não sei como estava o coração dele na partida, contudo, o que acontece, da maneira como aconteceu, com quem aconteceu, não pode me deixar de tentar fazer uma séria reflexão sobre a vida.

        Não podemos brincar com o pecado, e isso agora digo para mim mesmo, principalmente nós, que servimos no "altar" de Deus, e ponho a palavra altar entre aspas porque no novo testamento o altar não é a frente de um templo, onde se colocam pastores e ministros, mas o altar é o nosso coração, é nele que o Espírito Santo habita. Mas voltando ao ponto, temos que levar a vida mais a sério, a morte é real, na verdade a única a maior certeza de todos nós, temos que nos preparar para ela. Por outro lado, a morte não vem antes do tempo de Deus, e a vontade de Deus que todos vivamos muito, bem, e sendo bênçãos, essa é a regra. Santidade ao Senhor, santidade ao Senhor, essa é a vontade de Deus, e cuidado para aqueles que conseguem enganar a tantos, não enganam a Deus, e se querem saber, nem a si mesmos. Algumas enfermidades, se não todas, são males escondidos, pecados não confessados, maldades disfarçadas de todos, às vezes com um sorriso bonito, com uma vida social simpática, mas que não engana o próprio corpo.

        Quanto aos profetas, o Espírito Santo diz, se Deus mandar, fale, não se cale, nem tenha medo de violência, de cara feia, nem de cara bonita, nem se intimide com o que se faz de coitado, nem com o que sobe às alturas, ostentando poder, status, obedeça a Deus, pois breve é esta vida, e cada um dará satisfação de seu caminho, diante do Senhor.

Como agradecer?

A Deus seja a glória! 

"Como agradecer a Jesus o que fez por mim?
Sem eu merecer vem provar o Seu amor sem fim.
As vozes de um milhão de anjos não poderiam expressar
A gratidão que vibra em meu ser, por tudo devo a Ti.

A Deus seja a glória, a Deus seja a glória
A Deus seja a glória, pelo que fez por mim!
Com Seu sangue lavou-me, Seu poder transformou-me
A Deus seja a glória pelo que fez por mim!

Quero entregar, Senhor, a minha vida em Tuas mãos
E quero dar meu louvor pela Tua eterna salvação.
Com Seu sangue lavou-me, Seu poder transformou-me
A Deus seja a glória pelo que fez por mim!"

Andraé Crouch ("To God be the glory")

Música: o que é mais conveniente para a adoração

        "Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder!

Louvai-o por seus atos poderosos; louvai-o segundo a excelência da sua grandeza!

Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltérios e harpas!

Louvai-o com danças e tamborins; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas!

Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes!

Todo ser que respira louve o Senhor. Aleluia!" Samos 150

        A Bíblia diz que todo instrumento pode louvar ao Senhor, mas não diz que toda música pode. 

        Graças a Deus vivemos tempos em que a Igreja tem se libertado de preconceitos, e mesmo estilos musicais diferentes podem ser usados dentro do escopo de atuações do povo de Deus. Com certeza músicas com ênfase rítmica e com estilos mais modernos e regionais, são úteis, principalmente para evangelismo. Contudo, para adoração, para levar a congregação à presença de Deus, com equilíbrio para que atinja a maior parte possível de crentes, com culturas e gostos diferenciados, certos estilos são mais adequados que outros. 

        Se mesmo um cavaquinho, usado originalmente na música portuguesa e em rodas de pagode, pode ser usado para adoração, com a aprovação do Salmo 150, o estilo fado português ou o samba afro-brasileiro, podem não ser os mais convenientes. Lembremos que a música secular, especialmente a latina e a de procedência africana, é extremamente dançável, o balanço natural dessas músicas mexem com o corpo, principalmente com as cinturas, é algo quase que natural e bem sensual. Essa disposição com certeza não é a mais espiritual, os hebreus dançavam, mas era (e é, já que pode se verificar isso ainda hoje nas festas folclóricos e religiosas de Israel) diferente, pois o ritmo usado era outro. 

        O músico por sua vez, precisa ter esse discernimento, já que uma qualidade necessária a um bom músico é saber o que fazer na hora certa, é que estilo tocar para que a linguagem seja beneficiada de maneira que a proposta do momento seja mais eficiente. Como músico, já tive a oportunidade de tocar, tanto profissionalmente, em bailes, cerimônias e bares, quanto ministerialmente, em igrejas evangélicas, cada lugar pede um tipo de música, e apesar de podermos misturar as coisas às vezes, de maneira interessante, algumas coisas não são convenentes que serem feitas em certos momentos. 

        Mas para usar certo, é preciso conhecer, se conhece ouvindo coisas diferentes e de boa qualidade, mas principalmente estudando. 

Tu és fiel

-I-

Tu és fiel senhor, meu pai celeste,

pleno poder aos teus filhos darás,

nunca mudaste, tu nunca faltaste,

tal como eras tu sempre seras.

-coro-

Tu és fiel senhor, tu és fiel senhor,

dia apos dia com bençãos sem fim,

tua merce me sustenta e me guarda,

tu és fiel senhor, fiel a mim.

-II-

Flores e frutos, montanhas e mares,

sol, lua, estrela no céu a brilhar,

tudo criaste na terra e no ares,

todo o universo vem pois te louvar.

-III-

Pleno perdão tu dás, paz, segurança,

cada momento me guias Senhor,

e no porvir oh que doce esperança,

desfrutarei do teu rico favor.

José Osório de Souza ao piano Roland HP-107 

Templo da igreja A.D. Fonte de Esperança, Itu/SP em 14/07/2015

Ame quem não te ama...

        Já postei uma reflexão a respeito na última 2ª feira (Amor, ódio e medo), mas sinto que preciso falar novamente sobre isso, insistir, talvez nem com você que está lendo agora, mas comigo mesmo. 

        Só o amor pode nos libertar do ódio e nos curar do medo, é preciso segurar essa lição bem forte no coração, não deixar que ela se perca, orar com convicção abençoando a quem tememos e que podemos odiar, para nos mantermos protegidos, equivocadamente. 

        Ame, meu amigo, ame, minha irmã, se a pessoa te olha torto, ame-a, se ela fala de você pelas costas, ame-a, se ela é injusta contigo, ingrata, se ela não entende e não vê tua sinceridade, tua vontade de acertar, de ser um bom crente e uma boa cristã, ainda assim, ame-a. 

        Encha-se de amor no Espírito Santo, fortaleça-se com ele, só ele poderá guardar teu coração da ira, da mágoa, só ele poderá livrar tua mente de acusações e setas do diabo, ame e entregue quem não te ama nas mãos de Deus, mas faça isso com amor, não com vingança, aja assim e terá paz e cura.

        "Antes de tudo, tende profundo amor uns para com os outros, porque o amor cobre um grande número de pecados." I Pedro 4.8

Glória a Deus, um novo dia nasceu

        "Porque sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas o cântico de júbilo vem de manhã." Salmo 30.5

        "A bondade do Senhor é a razão de não sermos consumidos, as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade." Lamentações 3.22-23

Amor, ódio e medo

        O medo é algo potencialmente forte nas pessoas, temos medo daquilo que nos tira de nossas zonas de conforto, daqueles que destabilizam nossos centros, portanto temos dificuldades de lidar com críticas, com diferenças e muitas vezes com semelhantes, já que refletem tanto nossas qualidades, quanto nossos defeitos.
        Por uma questão de sobrevivência, as pessoas em média, as adequadamente "normais", precisam tomar uma atitude, quando intimidadas, quando amedrontadas, uma disposição que as tire da posição de inferioridade e as coloque no ataque. Infelizmente, sem Deus no centro das vidas, o ódio parece ser uma saída para que o medo seja vencido, um ódio muitas vezes inconsciente e não admitido. Um ódio que se verifica pelas palavras que ouvimos em nossas mentes, falamos a nós mesmos e falamos aos outros, tentando diminuir aquela pessoa que nos causou medo, portanto, o pai do ódio é o medo. O ódio, mesmo que de forma negativa, fortalece o medroso, mas ele é um grande engano, já que tem uma relação simbiótica com o medo, ele alimenta o medo, à medida que cresce, então quanto mais ódio sentimos, mais medrosos ficamos.
        Como lidar com o medo sem criar ódio? Simples, Jesus deu a resposta, através do amor. Quando amamos, aqueles que se colocam ou que nós vemos como inimigos, mesmo que na realidade não sejam, nós conseguimos as duas coisas: anular o medo e matar o ódio. Então é preciso que aprendamos uma lição, quando alguém nos incomodar de alguma maneira, ao invés de alimentar o medo e de usar o ódio, através de calúnias, fofocas e outros tipos negativos de confrontos, devemos amar essa pessoa.
        Uma maneira prática e objetiva, e que deve ser a inicial, a básica, para mostrarmos amor por alguém, é orar por tal pessoa, fazer uma oração com todo o coração pedindo que esse alguém seja abençoado, seja bem sucedido em tudo. Mas é importante orarmos do jeito certo, podemos fazer uma intercessão pedindo que todo o mal seja lançado para longe de alguém, contudo, se isso não for feito em amor, não funciona, o medo pode enganar, fazer mesmo que oremos por uma pessoa, mas vendo a pessoa do jeito errado, como inimiga, como um mal. É preciso amor, para que a fé seja respondida e o poder de Deus seja movido.
        Então, concluindo, e mais um vez lembrado o que já ouvimos tantas vezes: ame seus inimigos, é vitória pra você e pra ele, é agradar a Deus e realmente viver o evangelho.

Olhe pra Jesus

        Não permita que a injustiça dos homens, a falta de amor mesmo de alguns pregadores, a insensibilidade de líderes, ou a simples covardia de certos irmãos, que tudo isso crie em você uma dor que permaneça, e que te impeça de servir a Deus com o seu melhor, com alegria e com fé. Não podemos proteger totalmente nossos corações de certos ataques, nem precisamos, mas que a dor venha e vá, não fique. 

        Por isso é de suma importância entendermos porque estamos numa igreja local, porque temos que conviver com irmãos, muitos tão diferentes e distantes de nós. Precisamos de alimento espiritual das palavras de pregadores e pastores, do Espírito Santo que habita neles, mas não podemos depender de suas aprovações humanas para tudo que somos e fazemos, Deus deve ser a nossa rocha, a confiança maior que nos fortalece e consola. 

        Os homens erram e se enganam, e isso sempre acontecerá mesmo com os mais importantes, inteligentes, ungidos e famosos ministros, Deus porém, nunca erra e nem se engana, confiemos nele, se agirmos assim, Deus nos arrebatará das mãos dos malignos e nos livrará das mãos dos fortes (Jeremias 16.21).

Meu Jesus é diferente...

        Com certeza, na sua misericórdia com muitos pregadores, e no seu infinito amor, por tantos pecadores, Deus usa quem ele quer, e em muitas ocasiões, não na condição que Deus gostaria que certos pregadores estivessem, e nem falando a pecadores da maneira mais madura, mas Deus em nossos dias tem usado equivocados para falar com equivocados. Bem, se durante 1.300 anos a única igreja cristã oficial, que levava o evangelho à humanidade, era a igreja romanista, idólatra e profana, na sua base, em sua doutrina, por que Deus não usaria tantos pregadores equivocados nos dias de hoje? 

        Contudo, eu sei de duas coisas, a primeira é que tudo que é feito na alma, por mais que fale de Deus, que use a palavra e a fé, que faça milagre e abençoe a muitos, isso não dura, cansa, não dá fruto que permanece. Creio que uma palavra que realmente parta do coração do Senhor, terá que ser pregada para a Igreja do momento do arrebatamento, Deus fará um último mover poderoso e legítimo do seu Espírito Santo, antes de arrebatar a Igreja. Quando digo um mover legítimo, me refiro a algo que não tem como finalidade manipulara a emoção e o dinheiro das pessoas, algo tão santo e verdadeiro que fará sim, as pessoas se emocionarem e darem tudo o que têm na área material, se Deus pedisse isso e precisasse disso.

        A segunda coisa, é que mesmo maquiados de autoridade e de uma unção encandecedora, muitos pregadores andam e falam falsidade, e nessa falsidade eles perdem o amor, o temor a Deus, o cuidado em tratar a Noiva do Cordeiro. O "deus" desses pregadores não é Deus, e não é o Jesus manso e tranquilo que tem transformado a minha vida, cuidado de mim e de minha família, perdoado o meu pecado e me usado, mesmo sendo eu tão injusto e ingrato. Meu Jesus é diferente, e sinto que devo tratar esses equivocados diferente de como eles tratam a todos, colocando muitos como vítimas, e outros como inimigos, desdenhando do ímpio e do diabo. O ímpio é para ser amado até o último momento, aguardando que ele seja salvo, e o diabo não é para ser temido e nem menosprezado, mas como toda criatura de Deus e mais ainda, como todo ser espiritual, precisa ser respeitado.
        Sinto que Deus precisa levantar pregadores realmente maduros, que preguem mais que somente uma passagem bíblica de milagre, durante todo o tempo, e repito, não que Deus não os esteja usando, mas até quando isso acontecerá? Os que entenderam essa palavra, e tenho certeza que muitos não entendem e nem querem entender, a esses o Espírito Santo fala através dessa reflexão, a esses eu digo, vamos orar mais pela Igreja, e pelos ímpios? Também, mas muito por igrejas inchadas de cristãos itinerantes, que não param em suas congregações, mas que sempre estão atrás de espetáculos, aqueles que os pregadores equivocados são profissionais para criar. Oremos, porque na verdade a seleção de Deus tem muitas etapas, mas bem-aventurados aqueles que forem escolhidos na primeira, esses serão poupados de grande dor e sofrimento.