17/10/25

Indivíduos diferentes (5/5)

      “E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor. E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear. Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor.” Isaías 2.2-5

      O mundo caminha para a individualidade, para a independência de diferentes. Não nego que haja um lado ruim nisso, mas sempre há no início das mudanças, até que os excessos sejam equalizados, que se ache equilíbrio. O pior lado da agenda progressista “liberdade para ser indivíduo, diferente e singular”, é a demonização de qualquer referência, assim de valores morais e de Deus. Também pudera, depois de escravizada por séculos, a humanidade ocidental cansou-se do cristianismo oficial, esse por suas vez não se mostrou digno do nome do Cristo que diz professar. Mas vemos um cristianismo equivocado insistindo em fazer escolhas erradas, sendo arrogante, não paciente, sendo trevas, não luz, condenando e não amando. 
      Se o cristianismo infantil e intimidador não soube conduzir uma humanidade temerosa do diabo e do inferno e mal informada cientificamente, que tinha que ocultar experiências espirituais e mesmo científicas em ordens secretas e esotéricas, mais dificuldade tem com uma “esquerda” que se libertou da utopia marxista e agora luta pelos direitos de mulheres, negros, l.g.b.t.q.i.a.p+ e tantos outros de serem o que são. O cristianismo perdeu o bonde e não tem humildade para pedir, por favor, parem que eu quero subir, antes tenta minar os trilhos para impedir que o bonde siga. O bonde da história não pode ser parado, e nos últimos tempos ele virou trem-bala. Mas sempre há tempo de mudar se há o despojamento visto no Cristo. 
      Se a humanidade caminha para a individualidade, a fala deve ser mais abrangente, respeitando o máximo possível, abraçando as diferenças e não obrigando-as a serem aquilo que um grupo acha ser normal e correto, aliás, o conceito de normal hoje é outro. Não é a igreja que deve adentrar o mundo, fazer escravos e trazê-los para dentro dos templos, são os de fato espirituais que devem levar suas luzes às trevas e lá ficarem, transformando trevas em luz. Contudo, triste é o juízo daquele que recebendo uma lanterna para guiar os cegos, transformou-a numa arma para surrar os cegos e condená-los. Na verdade o castigo do que usou mal sua luz é pior do que está procurando pela luz. Como temos usado a luz que recebemos? 
      Seres humanos, pelo menos grande parte deles, precisam subir ao próximo nível espiritual. Sei que como cristãos não estamos acostumados com essas palavras, parece mais entendimento de espiritualistas, mas o próximo nível é isso, como cristãos, pararmos de interpretar a existência só do jeito tradicional. A que nos levou o cristianismo tradicional? Àquilo que podia, e foi muito, temos acesso ao perdão Deus pelo nome de Jesus, assim à paz que nos fortalece para praticarmos virtudes morais e construirmos o céu em nós. Mas há mais, temos direito de nos conectarmos com o Deus Altíssimo pelo Espírito Santo, que pode nos ensinar sobre mistérios espirituais com a palavra de vida eterna. Mas há mais no próximo nível, creiam.

José Osório de Souza, 15/02/2023

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