Que amargo é o
choro de quem percebe que se traiu, que se contradisse, sim, porque a profunda
tristeza de Pedro não era com Jesus, mas com ele mesmo.
Ele que tinha
jurado que não deixaria Jesus sozinho, naquele momento maior de dor, ele que
tinha jurado que até de violência usaria, se fosse preciso para defender seu
mestre.
É um choro amargo,
mas muitas vezes é necessário que aconteça. Pode ser a única maneira que existe
para que nos conheçamos, para que tenhamos uma visão real do que realmente
somos.
A ilusão de que
existe em nós alguma qualidade, algum merecimento, cai por terra, após essa
experiência, fica de pé somente a glória e a graça do Senhor.
Depois desse
pranto, que não é um desapontamento com os outros, com Deus, mas consigo mesmo,
havendo humildade, existe um crescimento, um amadurecimento, que era o que
Pedro precisava para seguir em frente e cumprir o plano maior de Deus.
Deixa o choro doído
sair, então arrependa-se, entregue sua vida a Deus e descansa, o melhor ainda
está por vir.
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