(Já
postei esse texto, no dia 15 de julho deste ano, mas gostaria de refletir sobre ele
novamente.)
A voz do Senhor, que
voz suave, como contrasta com a violência da voz do homem, da minha voz.
Acalme-se minha
alma, que todos os sentimentos se nivelem, como as ondas se rebaixam em uma
tarde tranquila sobre o mar.
Que todos os meus
temores se dissipem, como uma nuvem pequena, em um horizonte tão maior, tão
azul.
Calem-se as minhas
vozes, todas elas, internas e externas, incrédulas, ingratas, loucas, fique o
silêncio do espírito, aquela parte minha que é imortal.
Quero me sentar, num
banco, na cama, no quintal de minha casa, enfim, quero o colo do silêncio e da
solidão, hoje eu quero solidão, para que? Para ouvir a voz do meu Senhor.
Ela não precisa
discursar, complicar-se, repetir-se, ele é única, direta, simples, mas profunda.
Só a voz de meu
Deus me dá paz, ah, que paz, só a voz de meu Deus me faz feliz, mesmo sem
respostas para as dores mais eminentes e presentes de minha existência.
A voz do Senhor não
precisa explicar nada, nada, basta apenas que ela me diga, “aquieta-se, descansa
e creia”.
Quando a voz do
Senhor fala eu consigo obedecer, mas eu preciso deixa-la falar, e ela só fala
num coração quieto.
Eu amo a voz do
Senhor, nunca desamparou-me, nunca me deixou, nunca.
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