domingo, fevereiro 18, 2018

Unguento e lágrimas

      "E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento, e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça e beijava-lhe os pés e ungia-lhos com o unguento." Lucas 7.37-38

      A melhor palavra, a que cura, a que abençoa, é aprendida na luta, na dor, na fornalha da aflição. 
      Se você não quer sentir dor, não quer ser mudado, se não acha que precisa de melhoras, que já está bom como está, bem, poderá até aprender e entender palavras, lições, intelectualmente. Contudo, não será uma palavra sentida, vivida, experimentada em toda a sua profundidade e extensão. 
      Assim, não espere que essa palavra tenha total eficiência na cura de outras pessoas quando você compartilha-la. Comida velha e fria até pode alimentar algum faminto, mas não com a eficácia e o sabor de uma comida nova, caseira, quente, que acabou de ser feita.
      Que ligação tem a reflexão com o texto inicial? A mulher lavou os pés de Jesus com dois de seus bens mais valiosos. O primeiro é o unguento, mas ela juntou a esse um bem ainda mais precioso, lágrimas de arrependimento sincero.
      Outras pessoas, com vidas ainda não curadas, religiosos e orgulhosos, que talvez já se achassem bons, não ofereceram a Jesus tamanha prova de adoração e respeito. Não pagaram o preço pelo unguento, estavam secos, sem lágrimas de arrependimento sincero.
      A palavra que cura pode nos custar um preço amargo, assumir a responsabilidade das tristes consequências dos próprios erros. Contudo, ela gera um unguento precioso, cheiroso, raro, que pode abençoar as pessoas e agradar a Deus de maneira especial.

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