quarta-feira, janeiro 09, 2019

Cinco coisas sobre o amor

        “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.I Coríntios 13.4

      

      O amor é sofredor: aquele que só quer alegria, que tem alma hedonista, mesmo maquiada de espiritualidade e moralidade, que recusa-se a perder, a sofrer em prol do direito alheio, mesmo que seja um direito injusto, esse não aprenderá sobre a profundidade do amor, do verdadeiro amor sacrificial de Cristo, e não nos iludamos, se fomos chamados para as honras do cordeiro, também fomos chamados para os seus sofrimentos neste mundo.

      O amor é benigno: sofrer por amor, só isso, não faz o amor completo, muitas vezes pode nem ser amor, mas só um sacrifício inútil, é preciso ver o próximo com bons olhos, não como um egoista insensivel, mas como um carente do afeto que nós temos o privilégio de poder ofertar, ofertar com benignidade, com a maturidade do que se coloca como pai, como irmão, e não como criança mimada que só quer receber e nada dar.

      O amor não é invejoso: antes, é grato e generoso, se alegra com a felicidade alheia, com a honra alheia, com o sucesso alheio, e que vê mesmo numa fraca esperança um futuro vitorioso, sonhando junto do esperançoso, do sonhador, em amor, incentivando a continuar, consolando na palavra que a espera terá fim, crendo mesmo estando vivendo uma falta ainda maior, no amor o outro tem lugar de destaque acima do nosso ego.

      O amor não é leviano: ele gosta com o coração, abençoa com emoção, não fala coisas boas só por educação, por política, por conveniência, não desvaloriza o sofrimento alheio, nem menospreza a dor do outro, arrogando no coração ter um problema maior, ter um direito maior de receber de todos atenção, antes é empático, se alegra com os que alegres estão e chora com os que choram, o amor leva a causa alheia a sério.

      O amor não se ensoberbece: se o amor valoriza mais o outro que a si mesmo, no coração de quem ama não há lugar para o palco, mas para a plateia, que o primeiro lugar seja do outro, que o momento seja do outro, que os aplausos sejam para o outro, então, enquanto amamos, por Deus somos amados, olhamos para fora de nós e aprendemos com a sabedoria dos outros, enquanto desfrutamos do amor de Deus onde existe a paz que permanece.

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