sábado, abril 25, 2020

Loucura (parte 15) Informações de profissionais

15. Informações de profissionais

      Os textos a seguir foram retirados da matéria “Transtorno Mental” (Fonte Wikipedia), achei interessante compartilha-los aqui neste estudo sobre “Loucura”. Recomendo a leitura da matéria integral da página para um entendimento melhor sobre o assunto, mas ainda assim, cuidado, não faça diagnósticos ou conclua tratamentos baseados nesses textos, procure um profissional da área médica para uma opinião adequada sobre o assunto. 

      “Os termos transtorno, distúrbio e doença combinam-se aos termos mental, psíquico e psiquiátrico para descrever qualquer anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica e/ou mental. Os transtornos mentais são um campo de investigação interdisciplinar que envolvem áreas como a psicologia, a psiquiatria e a neurologia. As classificações diagnósticas mais utilizadas como referências no serviço de saúde e na pesquisa hoje em dia são o Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais - DSM IV, DSM V e a Classificação Internacional de Doenças - CID-10.
      Em psiquiatria e em psicologia prefere-se falar em transtornos, perturbações, disfunções ou distúrbios (ing. disturbs, alem. Störungen) psíquicos e não em doença; isso porque apenas poucos quadros clínicos mentais apresentam todas as características de uma doença no sentido tradicional do termo - isto é, o conhecimento exato dos mecanismos envolvidos e suas causas explícitas. O conceito de transtorno, ao contrário, implica um comportamento diferente, desviante, "anormal".”

      “Dentre os sistemas de classificação dos transtornos mentais o de Jaspers (1913) recebe, pela sua importância histórica, um lugar preponderante. Esse sistema é triádico, por diferenciar três formas de transtornos mentais:

1. Doenças somáticas conhecidas que trazem consigo um transtorno psíquico, em seus subtipos:
  • Doenças cerebrais;
  • Doenças corporais com psicoses sintomáticas (ex. infecções, doenças endócrinas, etc.);
  • Envenenamentos/Intoxicações (Álcool, morfina, cocaína etc.).
2. Os três grandes tipos de psicoses endógenas (ou seja, transtornos psíquicos cuja causa corporal ainda é desconhecida):
  • Epilepsia genuína;
  • Esquizofrenia, em seus diferentes tipos;
  • Distúrbios maníaco-depressivos.
3. Psicopatias:
  • Reações autônomas anormais não explicáveis por meio de doenças dos grupos 1 e 2 acima;
  • Neuroses e síndromes neuróticas;
  • Personalidades anormais e seu desenvolvimento.
      Dois termos desempenham assim um papel preponderante: neurose designa os "transtornos mentais que não afetam o ser humano em si", ou seja, aqueles supostamente sem base orgânica nos quais o paciente possui consciência e uma percepção clara da realidade e em geral não confunde sua experiência patológica e subjetiva com a realidade exterior.
      Psicose, por sua vez, são "aqueles transtornos mentais que afetam o ser humano como um todo", ou seja um transtorno no qual o prejuízo das funções psíquicas atingiu um nível tão acentuado que a consciência, o contato com a realidade ou a capacidade de corresponder às exigências da vida se tornam extremamente diferenciadas, e por vezes perturbadas, e para a qual se conhece ou se supõe uma causa corporal.
      Entre as neuroses costumam-se classificar: a perturbação obsessiva-compulsiva, a transtorno do pânico, as diferentes fobias, os transtornos de ansiedade,a depressão nervosa, a distimia, a síndrome de Burnout, entre outras. O tratamento das neuroses e psicoses pode ser feito com um psicoterapeuta, um psiquiatra ou equipes de profissionais de saúde mental. As equipes incluem sempre psicólogos e psiquiatras, e podem incluir também enfermeiros, terapeutas ocupacionais, musicoterapeutas e assistentes sociais, entre outros.
      Essa forma de classificação, apesar de muito utilizada ainda hoje, tem alguns problemas sérios: 
(a) a classificação limita o transtorno mental à pessoa (não correspondendo às exigências de uma análise bio-psico-social), 
(b) a diferenciação entre neurose e psicose endógena não é sempre tão clara como parece à primeira vista e 
(c) ambos os conceitos (neurose e psicose) estão ligados a uma etiologia psicanalítica dos transtornos mentais, tornando-os de utilidade limitada para profissionais de outras escolas.”

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      Vou aproveitar o espaço desta reflexão para compartilhar uma matéria do site Correio Braziliense (Ciência e Saúde), Mediunidade ou esquizofrenia?, é um estudo do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (NUPES) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) orientado pelo diretor Alexander Moreira-Almeida, que investiga diferenças entre experiência espiritual e transtorno mental, recomendo a leitura da matéria na íntegra. Apesar da pesquisa comparar a experiência de mediunidade com transtornos mentais, penso que os critérios de diferenciação usados podem ser utilizados também para outras experiências espirituais, de outras religiões. 
      Você, amigo evangélico, entenda isso como uma verificação médica, não pense que estou ponto no mesmo nível experiências de evangélicos com as de outros religiosos. Contudo, sob um ponto de vista técnico, digamos assim, ver demônios ou ver anjos, ver espíritos ou ter uma visão do Espírito Santo, é a mesma coisa, tudo se passa no plano espiritual, ainda que evangélicos entendam entidades espirituais e espíritos desencarnados como demônios. Às pessoas de bom senso cabe diferencia-las de transtornos mentais. Os pesquisadores identificaram nove critérios que podem ser úteis nessa diferenciação, se é experiência verdadeira, e não transtorno mental, as pessoas experimentam:
  • ausência de sofrimento psicológico;
  • ausência de prejuízos sociais e ocupacionais;
  • duração curta da experiência;
  • atitude crítica (ter dúvidas sobre a realidade objetiva da vivência);
  • compatibilidade com o grupo cultural ou religioso do paciente;
  • ausência de comorbidades (coexistência de doenças ou transtornos);
  • controle sobre a experiência;
  • crescimento pessoal ao longo do tempo;
  • uma atitude de ajuda aos outros.
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      Seguem outros links (Fontes Wikipedia) interessantes sobre transtornos mentais, recomendo leitura na íntegra de cada texto:



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