sábado, abril 04, 2020

Loucura (parte 3) Os gregos e os psiquiatras

3. Os gregos e os psiquiatras

      O louco sabe tudo menos que é louco. Se você achar que está passando do limite daquilo que pode ser e ter, procure ajuda de outra pessoa, não confie só em sua própria noção de consciência. O outro extremo, contudo, achar que não pode nada, também pode ser sintoma de alguma doença mental, mas seja megalomaníaco ou persecutório, um adicionando e o outro subtraindo, ambos os delírios podem indicar algum nível de insanidade. Existem várias espécies de loucura no ser humano, afetando áreas diferentes de sua vida, mas ainda que se iniciem em uma área, a loucura sempre acaba afetando todo o nosso ser, em todas as áreas, física, mental e espiritual. Nessa segunda parte do estudo sobre loucura, conheceremos um pouco sobre o que pensavam os antigos gregos e estudiosos como os do século XIX sobre o assunto. 

      “A loucura ou insanidade é segundo a psicologia uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados anormais pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psicopatologia. Algumas visões sobre loucura defendem que o sujeito não está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade. 
      Na visão da lei civil, a insanidade revoga obrigações legais e até atos cometidos contra a sociedade civil com diagnóstico prévio de psicólogos, julgados então como insanidade mental. Na profissão médica, o termo (loucura) é agora evitado em favor de diagnósticos específicos de perturbações mentais, a presença de delírios ou alucinações é amplamente referida como a psicose. Quando se discute a doença mental, em termos gerais, psicopatologia é considerada uma designação preferida.
      As significações da loucura mudaram ao longo da história. Na visão de Homero, os homens não passariam de bonecos à mercê dos deuses e teriam, por isso, seu destino conduzido pelas "moiras", o que criava uma aparência de estarem possuídos, ao qual os gregos chamaram "mania". Para Sócrates, este fato geraria quatro tipos de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. O ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.
      Philippe Pinel alterou significativamente a noção de loucura ao anexá-la à razão. Ao separar o louco do criminoso, afastou o aspecto de julgamento moral que constituía até então o principal parâmetro da definição da loucura. Hegel afirmou que a loucura não seria a perda abstrata da razão: "A loucura é um simples desarranjo, uma simples contradição no interior da razão, que continua presente". A loucura deixou de ser o oposto à razão ou sua ausência, tornando possível pensá-la como "dentro do sujeito", a loucura de cada um, possuidora de uma lógica própria. Hegel tornou possível pensar a loucura como pertinente e necessária à dimensão humana, e afirmou que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria através dela.” Fonte Wikipedia
      A loucura está inconsciente e existe em todos nós, loucos seriam os que sucumbiram à luta constante na sua relação com esse inconsciente, isso é o que diz Freud, pai da psicanálise, em outras palavras, de perto todo mundo é louco.

      Essas visões sobre loucura são mutuamente exclusivas? Penso que não, não pense que no século XXI a significação que usamos é a última, a mais recente, não, ainda podemos ler as loucuras mesmo conforme conceitos antigos. Penso que loucura é tudo isso que é citado nesse texto inicial e mais alguma coisa, assim vou usar as citações neste estudo (na 3ª parte), que não são de qualquer pessoas, são filósofos, estudiosos eruditos, cientistas da medicina e da psiquiatria, são conceitos que devemos considerar. “Se clamares por conhecimento e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus, porque o Senhor dá a sabedoria, da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento.” (Provérbios 2.3-6).
      Muitos clamam por sabedoria, oram, jejuam, mas não se dão ao trabalho de estudar, de fazer uma faculdade, de ler bons livros. A boca de Deus não fala só pela Bíblia ou pela voz direta do Espírito Santo, seja em nossos corações ou pelas vidas de outras pessoas cristãs, Deus usa muitos homens sábios neste mundo para nos ensinar sua sabedoria. Principalmente na ciência, podemos aprender mesmo com homens que nem tenham entendimento ou que não assumam que a sabedoria que possuem é verdade de Deus, no caso deles não do mundo espiritual, mas do mundo material. Assim estejamos abertos, com temor e devidos filtros, para aprendermos com médicos, psiquiatras, assim como com químicos, físicos, matemáticos e tantos outros estudiosos sábios de suas áreas.

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