quarta-feira, abril 01, 2020

Loucura (parte 1) Introdução

      A partir de hoje e indo até o final deste mês, às segundas, quartas, sextas-feiras e aos sábados, o “Como o ar que respiro” estará compartilhando uma série de dezesseis reflexões sobre o tema “Loucura”. Segue hoje uma introdução, se puder, acompanhe este estudo, considero o texto mais profundo e verdadeiro (como testemunho pessoal) que já compartilhei aqui no blog, além de ser um assunto para lá de relevante a todos. 

1. Introdução

      Este é um estudo especial comemorando a entrada do blog “Como o ar que respiro” em seu 10º ano de existência, pela graça do Deus altíssimo. É uma série de dezesseis reflexões sobre o tema “Loucura”, ou Transtornos Mentais, o termo mais técnico, várias discussões serão feitas, abrangendo vários aspectos da insanidade, em várias áreas. Não é para esgotar o assunto, mas para nos ajudar a pensar mais nele. Se você acha loucura falar nesse assunto, saiba que ele está mais próximo de todos nós que achamos ou que queremos assumir que está, e se não de nós, de pessoas próximas a nós, que podem estar sofrendo numa enorme e injusta solidão.

1. Introdução 
2. Nem tudo que parece é
3. Os gregos e os psiquiatras
4. Deuses e monstros 
5. Ciência e religião 
6. Podemos saber? 
7. Morte e espíritos 
8. Loucura de Deus
9. Espírito Santo, o diabo e a mente
10. Origem da loucura
11. Processo da loucura
12. Podemos escolher?  
13. Sobre medo
14. O mal não entrará em ti
15. Informações de profissionais 
16. Conclusão 

      Não quero de maneira alguma tratar este tema de forma leviana, contudo, ele também não precisa nos assustar, ninguém necessariamente precisa, nos dias de hoje, ser internado e estigmatizado, por ter algum transtorno mental, com descanso, medicação e aconselhamento de profissionais sérios, todos podemos conviver com nossas características não normais. Alguns de nós passam a vida flertando com a insanidade, admirando-a, falando com ela, e às vezes até permitindo que ela domine, ainda que seja só nós pensamentos, mas todos nós temos algum nível de anormalidade. Isso na verdade talvez seja o que mais nos faz normais, ou mais semelhantes a todos os demais seres humanos. 
    O termo loucura, que usarei neste estudo, não é tecnicamente o mais correto, mas é um jeito de chamar a atenção da maioria para o tema. O que precisamos aceitar é que nossa existência é muito mais mental que física, nossa vida real se passa muito em nossas cabeças, às vezes mais até que no mundo físico. Já se deu conta em tudo o que você pensa e sente, mas não realiza? Isso também é sua vida, e uma parte muito importante dela, consome tempo e energia, assim como cria registros de sua existência. Saúde mental pode ser mais importante que física, já que ela pode influenciar todo o nosso corpo, assim como distorcer as informações que recebemos em nossa comunhão espiritual com Deus. 
      Sempre que compartilho reflexões sobre este assunto, por responsabilidade, gosto de deixar bem claro que eu não sou profissional da área médica de doenças mentais, ou de qualquer outra especialidade, assim, se está precisando de ajuda nesse assunto, para você ou para alguém que conhece, procure um médico, neurologista, psiquiatra ou psicólogo competente, não use qualquer opinião ou declaração feitas aqui no blog como orientação de diagnóstico ou de tratamento. Mais uma coisa, não confie mesmo em religioso, seja pastor, pregador, missionário, profeta, ou qualquer outro título que se dê nas igrejas evangélicas atuais, não em qualquer um, no que se refere a problemas mentais deixe a ciência cuidar daquilo que é dela. 
       Repetindo, alguns termos usados neste estudo não tiveram o compromisso de estarem tecnicamente 100% adequados à psiquiatria, à psicologia ou à neurologia, o estudo não é feito por um profissional da medicina, assim termos mais simples e de uso mais popular foram preteridos, ainda que se tenha pretendido ser claro e correto. Dediquei, contudo, a reflexão “Informações de profissionais”, para compartilhar textos com informações profissionais sobre o tema, que nos dizem, por exemplo, que médicos não chamam pessoas com transtornos mentais de doentes, mas de portadores de certas características mentais consideradas não normais. Seja como for minha intenção é ajudar, sem mistificações mas com seriedade. 

José Osório de Souza, 08/03/20

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