terça-feira, novembro 07, 2023

Peça perdão

      “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.I João 1.8-9

      Se magoamos alguém e pedimos perdão exercemos duas restaurações de paz, a nossa e a do outro. Se pedimos perdão é porque reconhecemos nosso erro e não queremos cometê-lo mais, assim restauramos a nossa paz, mas se pedimos perdão damos oportunidade para o outro restaurar a paz que ele pode ter perdido quando ficou magoado. Contudo, se não pedimos perdão, continuamos sem paz e jogamos para o magoado um trabalho que deveria ser prioritariamente nosso, o outro terá que tomar a iniciativa que não tomamos e nos perdoar, ainda que não tenhamos solicitado seu perdão. Nesse caso além de magoarmos alguém ainda exigiremos dele a grandeza de nos perdoar, o prejudicaremos duplamente.
      Quem é maduro espiritualmente não necessitará nem que o outro peça perdão por ter-lhe magoado para perdoar, e se for ainda mais gracioso procurará quem o magoou e buscará restaurar a paz do agressor. Isso não é tão fácil de ser feito, temos a tendência de nos acomodar na posição de vítima e achar que por sermos vítimas a responsabilidade de acertar as coisas é do agressor, não nossa como agredido. É claro que existe a possibilidade de pedirmos perdão e não sermos perdoados, mas aí o problema não está mais em nossas mãos, fizemos a nossa parte e podemos seguir em paz, ainda que sem o perdão do magoado. O humilde confia que o perdão de Deus está acima de tudo, não se faz presa de mal alheio. 
      Contudo, existe uma outra situação, magoarmos alguém e nem termos noção que magoamos, estarmos endurecidos de tal forma que achamos que o que fizemos era nosso direito, que o outro merecia nossa atitude dura e que é ele quem deve administrar a questão, não nós. Já tive oportunidade de conviver com gente assim, que diz o que pensa, quando quer, magoa-nos, mas não volta para pedir perdão, ao contrário, segue convivendo conosco como se nada tivesse ocorrido. Pessoas assim devemos perdoar, com toda nossa alma, não maquinar nem a mais sutil vingança, entregá-las nas mãos de Deus e pedir a ele orientação para conviver com elas com sabedoria, sem mágoa, mas com educada distância. 

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