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06/08/12
Deus nos livra de todas as solidões
05/08/12
Troque as máscaras por um elmo
Então, os que se
expõe demais, se fecham, os que choram demais, querem gargalhar o tempo todo,
os que se acham “burros”, fazem cara de intelectuais, de sábios, os que se
incomodam com tudo, se fazem de displicentes, os que se sentem culpados,
carnais, fazem panca de santarrões. As máscaras são "proteções", parte de uma
armadura que construímos no decorrer de nossas existências. Crianças não usam
essas armaduras, não precisam de máscaras, conseguem ser elas mesmas e
sentirem-se bem com isso. Mas mascaras, na verdade, não nos protegem de nada, elas só mutilam nossas almas.
A conclusão que
cheguei é que dificilmente mostramos nossa cara de verdade, e quer saber? Nem é
preciso quando nós a entregamos a Deus. Ele nunca estranha nossa cara, seja ela
brava, como é a minha na maior parte das vezes, devo confessar, ou outra
qualquer, Deus nos ama sempre. Mas aquele que se entrega a Deus, que dá a Ele
autorização para transformar e guiar sua vida, recebe dEle uma nova cara, o
rosto de Jesus. Essa cara não é uma máscara, mas um elmo espiritual, elmo é a
parte da armadura que cobre a cabeça. Melhor ainda, Deus não cobre só a nossa
cabeça, mas protege o nosso corpo todo.
Quer se livrar de máscaras?
Permita que Deus vista você com a sua armadura, ela sempre lhe conferirá um
brilho, um sorriso, uma segurança, verdadeira e sincera, com ela você se sentirá
feliz e satisfeito consigo mesmo, sem precisar usar qualquer tipo de máscara.
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04/08/12
Lidando com inconveniências
(Mateus 14.12-16)
Sabe a hora errada,
aquela hora que você não está preparado para ser social, aquela hora que você
quer ficar sozinho, no máximo com esposa e filhos? Sei lá se você acordou
torto, estressado, confuso, mas o que você mais precisa é de um descanso, de
algum tempo de reflexão, de ficar somente na sua presença e na de Deus.
O texto diz que Jesus
retirou-se para um lugar deserto, pode até ser que ele tenha feito isso ciente
de que as pessoas, muitas pessoas, se aproximariam dele e esse seria o melhor
local para recebê-las, pode ser que tenha sido isso. Mas vamos tentar refletir
em cima da possibilidade de que ele se afastou para orar, precisando mesmo de
um momento sozinho. Essa possibilidade pode ter sido a real, já que ele tinha
acabado de receber a notícia de que João, o que batizava, tinha morrido.
Sim, isso com
certeza deve ter apertado seu coração, já que ele sabia que seu fim seria
semelhante. Que se diga novamente, que Jesus, mesmo sendo Deus encarnado,
naquele momento era carne. Jesus sofria sim, com o medo do futuro, de seus
inimigos, tudo que eu e você poderíamos sentir num situação semelhante a dele,
ele sentiu. A diferença é que ele não pecou quando sentia isso (na verdade
nenhum homem vivenciou o sofrimento que Cristo experimentou, nenhum homem
carregou sobre si o pecado da humanidade inteira).
Mas num momento de dor, de apreensão, de
necessidade de estar só, a multidão o procurou, primeiramente para obter cura e
ensinamentos e depois para obter alimento. Na segunda necessidade, Jesus até
tentou delegar aos discípulos a solução, mas eles não tiveram fé para isso. Então,
novamente, Jesus teve que agir pessoalmente em prol das pessoas.
O ponto dessa
reflexão é o seguinte: que paciência, que amor, que diligência Jesus
demonstrava num momento que para ele poderia ser um grande inconveniente dar
atenção às pessoas. E digo mais, num momento tão dolorido, foi quando Jesus
realizou um de seus maiores milagres, a multiplicação dos pães e peixes. Novamente
Deus se mostra grande na fragilidade.
Se Deus deixar você
ser incomodado em um momento de fragilidade, se essa “inconveniência” for
permitida por Deus, não vire as costas, faça sua parte, Deus poderá estar
querendo realizar através de sua vida um feito espetacular.
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03/08/12
Não impressione, obedeça
Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e
seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?
E não estão entre nós todas as suas irmãs? Então, de onde lhe vem
tudo isso?
E escandalizavam-se por causa dele. Jesus, porém, lhes disse: É
somente em sua terra e em sua casa que um profeta não é honrado.
E não realizou muitos milagres ali, por causa da incredulidade
deles.”
Mateus 13.54-58
Sim, é bem mais difícil
testemunhar aos parentes, de que para outras pessoas, por dois motivos:
primeiro porque eles nos conhecem melhor, sabem de nossos pontos fracos, e no
meio de parentes sempre existe uma competitividade; segundo porque nós erramos
na dose, pelos mesmos motivos que eles desacreditam em nós, queremos sempre
mostrar mais do que somos, queremos impressioná-los.
(Abrindo aspas, ao
contrário de que muitos pensam, Maria, mãe de Jesus encarnado, teve mais filhos
além dele, gerados em seu matrimônio com José, diferente de Jesus que foi
gerado pelo Espírito Santo, Maria foi uma mulher escolhida por Deus, mas uma
mulher comum, como tantas outras, sem qualquer capacidade mediadora, capacidade
essa propriedade somente de Jesus Cristo, fechando aspas).
Voltando ao tema,
Jesus fez o contrário do que nós geralmente fazemos, ao invés de insistir,
tentando convencer as pessoas de sua cidade natal de que ele era o unigênito
filho de Deus, salvador da humanidade, ele se calou, não realizou muitos
milagres no lugar. Essa lição não serve apenas para os parentes, mas para todos
aqueles que teimam em não acreditar em nosso ministério.
Não, não insista, o
Evangelho não deve ser vendido barato, custou um preço alto demais. Entregue
nas mãos de Deus e siga, não alie sua paz à aprovação das pessoas, sejam
parentes, sejam quem forem, alie sua paz àquilo que Deus pensa de você. Deus
conhece sua sinceridade, para Ele você não tem que provar nada, apenas
obedecer.
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02/08/12
Amigo certo para a hora certa
Outros, não tão
amigos, sempre parecem sobrar ou apertar, nos deixam com frio ou
desconfortavelmente quentes, não é que eles não tentam, mas eles não conseguem,
não conseguem porque não podem, não podem porque são diferentes demais da gente.
Amigos cabem certinho, e nem são todos para todos os momentos, cada um tem seu
jeito certo de servir para determinado momento de nossa alma.
Mas um amigo
especial é aquele que serve para a maior parte de nossos momentos, são como uma
calça jeans velha, combinam com um tênis e uma camiseta em dia de verão, com um
sapato social e um blazer numa noite de inverno, até com pés descalços e sem
camisa, dentro de casa, vendo televisão. Eu tenho a sorte de ter amigos assim,
não são muitos, são certos para a hora certa, a hora que só minha alma sabe do
que precisa. Meu mais especial amigo é Jesus.
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01/08/12
Vá com calma
É simples, caminhe
com Jesus e compartilhe esse caminho com os outros, sem pressa, sem máscaras,
sem se achar melhor que os outros por isso, quando leio os evangelhos fico
imaginando como era o andar de Jesus encarnado entre os homens, onde ele ia,
com quem ia, como ia, o que falava, como tomava suas refeições, onde dormia,
como reagia, como orava, mesmo sabendo o fim que teria, era simples, sem
pressa, somente ia, ia com Deus.
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31/07/12
Curando-se do "complexo de super-homem"
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30/07/12
R-E-S-P-E-I-T-O
Contudo, esse falso
senso de justiça só revela como as pessoas são exageradamente sensíveis com os
seus problemas e indiferente com os problemas dos outros. Muitas condições
causam dor e vergonha às pessoas, não somente aquela de sexualidade “diferente”,
e isso principalmente nas pessoas que se converteram ao cristianismo, que se
apresentaram, diante de Deus, arrependidas, e que mediante perdão seguiram numa
vida diferente. (Essas sofrem porque sabe que mudaram, que têm outro presente,
mas que ainda são perseguidas por seus passados por pessoas insensíveis com a dor alheia). Muitas condições ainda são
estigmatizadas numa sociedade contemporânea, só quem vive essas condições sabe dessa
angústia.
Dizendo o que não
precisava ser dito, mas que muitas pessoas ainda teimam em não entender, ter
uma opinião diferente, e lutar por ela, e tê-la em amor, não se impondo seja lá
por qualquer espécie de violência física ou mesmo por qualquer tipo de constrangimento
emocional. Esse cuidado deve ter principalmente os evangélicos que creem em
cura para a homossexualidade, já que em ser evangélico está embutido o amor de
Cristo pelo pecador, mesmo que o pecado seja combatido, seja o conceito de
pecado o que for. Veja que pode ser considerada violência e constrangimento
simples chacotas que se fazem com as pessoas em condição de dor.
Todos, sem exceção,
têm suas peculiaridades em termos de dor e fraqueza, mas muitas vezes não
entendemos a dimensão dessa dor e dessa fraqueza. Você não sabe a batalha que
uma pessoa sincera e munida de caráter tem quando precisou enfrentar desde a
sua infância uma condição de homossexualidade, portanto não faça piadinhas
sobre gays, cuidado com termos como “bicha” e “sapata” (se alguém se
escandalizou, desculpe-me, podemos não gostar de ler, e de ouvir esses termos
em um púlpito, mas como os usamos nas rodinhas, como rimos deles nos programas
televisivos humorísticos, quanta hipocrisia a nossa...).
Você também não
sabe a batalha que pessoas que experimentaram casamentos quebrados tiveram e têm,
portanto, e isso digo principalmente aos evangélicos, cuidado ao declarar do
alto dos púlpitos que essa condição e de gente promíscua, que se o casamento não
durou foi culpa desse ou daquele. Sim, creio num casamento para sempre, mas
creio agora, que minha vida está no centro da vontade de Deus, o Senhor sabe as
lutas que enfrentei sozinho, nessa área, da tristeza que já vivi quando não via
esperança para a minha condição (desculpe-me novamente, agora por abrir o coração).
Pouca gente entende
também a agonia que passa aqueles com problemas psiquiátricos, seja uma depressão
comum até transtornos mais sérios de personalidade. Esses, até pouco tempo,
eram trancafiados em manicômios, locais desumanos, sem afeto, sem higiene, visitei
um lugar desses, nos anos 1980, aqui no Brasil, nunca vi nada mais degradante,
nem em presídios, quando fazia evangelismo. Até os homossexuais, atualmente, são
tratados com mais respeito que esquizofrênicos e maníacos depressivos (usei esse
termo ao invés de bipolares, que é a maneira mais atual de chamar essas
pessoas, pra chocar mesmo, já que muitos não sabem o que isso significa). Como
dói para alguém com essas doenças ser chamado de louco, ser desprezado por ser
considerado sem consciência, sem inteligência, mesmo sem sensibilidade
espiritual, afinal “são loucos mesmo, quem dá bola para o que eles dizem?”. Preconceito,
preconceito, falta de informação, desrespeito, falta de amor, hipocrisia.
Sim, tudo se resume
a falta de amor, mas a tal da projeção, que a psicologia se refere, é o que
mais acontece, projetamos em outros, o que vemos em nós. Se não nos respeitamos
de fato, não podemos respeitar os outros. Quando medimos o tamanho da nossa dor
e da nossa vergonha, nós começamos a entender a dimensão da dor e da vergonha
do outro. Falta de conhecimento do próximo e falta de conhecimento de si mesmo, nada mais é que outra maneira de chamar falta humildade.
E aí vai, quem sabe
a luta que passa um fumante, um alcoólatra? Não, não estou diminuindo o poder do
Evangelho, tenho aprendido a crer, mais e mais a cada dia, e meus cinquenta e
poucos anos de muita desilusão e equívocos não conseguiram mudar isso, que há
poder sim em Jesus, há poder na oração, há muito poder na adoração, que junto
do amor é o que durará por toda a eternidade. Há poder que médicos e filósofos
não entendem, não provam, há poder, por meio da fé.
Para ter cuidado
com os outros é preciso cuidado consigo mesmo, para ter compaixão pela dor
alheia e necessária noção da amplitude da própria dor. O cristão maduro pensa
antes de falar, nivela-se por igual, nunca maior (e nem menor) que o próximo,
sabe que o seu problema é tão importante quanto o problema do outro, que sua
causa é tão prioridade quanto a causa do outro. Isso se aprende com o tempo, já
desconsiderei muito o meu próximo, já fui insensível com ele, já zombei e menosprezei
o problema alheio, mas fiz isso tudo porque desconsiderava a mim mesmo, era
insensível comigo mesmo, no meu coração, eu tratava com sarcasmo minha batalha
pessoal. Por quê? Eram maneiras de poder viver com o problema, de sofrer menos,
maneiras fáceis. Hoje sei que os problemas precisam ser enfrentados de frente,
com respeito, mas acima de tudo crendo no ilimitado poder de Deus.
Infelizmente tenho
aprendido a não tratar o problema do outro de forma irresponsável, depreciando-o,
depois de viver em minha própria carne problemas sérios, de risco moral, psicológico
e físico, não, não é exagero meu. Que você não precise passar por tudo isso
para simplesmente demostrar pelo outro o amor daquele que deu a própria vida
por você, Jesus.
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29/07/12
Deus é o centro
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28/07/12
Tome a iniciativa
Paremos de falar em
paz e sejamos pacificadores.
Paremos de falar em
amor e tomemos a iniciativa para amar.
Paremos de exigir
virtude dos outros e mostremos a nossa.
O que vale nosso
cristianismo se for apenas palavras, desculpas, álibis, justificativas e mais
justificativas para defendermos a tese de que somos bons, justos e os outros são
maus, não merecedores do nosso melhor, e no final das contas esse melhor nunca acaba aparecendo. Isso só nos deixará sozinhos, isolados de todos, presos
no buraco que nós mesmos cavamos.
Mas veja, fazer cara de bobo, não é ter humildade, ficar calado, simplesmente, não é ser pacificador, cumprimentar as pessoas com a paz não é amá-las, ter domínio sobre suas reações, somente isso, não é ser virtuoso, é preciso, mais que uma aparência, ter um coração transformado e sincero.
Mas veja, fazer cara de bobo, não é ter humildade, ficar calado, simplesmente, não é ser pacificador, cumprimentar as pessoas com a paz não é amá-las, ter domínio sobre suas reações, somente isso, não é ser virtuoso, é preciso, mais que uma aparência, ter um coração transformado e sincero.
Tomemos a
iniciativa agora mesmo, falemos com quem precisa ouvir nossa voz, telefonemos
se for preciso, mandemos uma mensagem, deixemos um recado no FB, mas ajamos. Quem
sabe qual dia será o último da vida daquela pessoa que nós nos afastamos por um
motivo bobo, ou da nossa própria vida, quem sabe. Se tivermos que errar, erremos pelo exagero, não pela falta, erremos por amar demais.
“É preciso amar as pessoas como se não
houvesse amanhã” (Renato Russo).
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