15/06/13

Mentiras satânicas

Dou testemunho a todo que ouvir as palavras da profecia deste livro, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas escritas neste livro” (Apocalipse 22.18).
O verdadeiro satanismo tem origem, razão de ser e objetivos de subversão, em cima do cristianismo genuíno. O mais perigoso dos satanismos é aquele, não que nega o cristianismo, mas que o aprova, concorda com ele, contudo, oferecendo uma leitura que vai além, a decifração de mistérios, criados e revelados por ele, obviamente.
Revelações de mistérios antigos, possíveis apenas a um grupo seleto, dentro de uma ordem secreta, eis aí uma forte sedução para eruditos arrogantes e viciados em conhecimentos, que se sentem acusados pelo cristianismo verdadeiro.
A maior mentira não é a que nega a verdade, mas aquela que acrescenta a ela outras "verdades". Contudo, quanto mais sofisticado for o conhecimento, quanto mais sutis forem as diferenças e quanto mais abrangente for a abordagem, mais maléfica é a origem, mais cínica é a intenção e mais perdição traz ao homem.
Só o homem simples conhece a Deus, pois renuncia à vaidade de querer e poder saber tudo, e anda com Deus num caminho estreito, mas de paz sem igual. Essa paz nenhum “hierofante” tem através da ordem secreta que for, iniciações que na verdade só amarram o homem ao grande inimigo de nossas almas. A grande sabedoria, a sabedoria oculta, Deus revela aos simples através de Jesus, esse é todo o mistério.
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14/06/13

O jejum que Deus quer

"Sacrifício aceitável para Deus é o espírito quebrantado; ó Deus, tu não desprezarás o coração quebrantado e arrependido.” (Salmos 51.17).

Tolo o cristão que alia à abstinência de comida e bebida, de descanso do corpo e dos prazeres materiais, à santidade e intimidade de Deus. Os espiritualistas, ocultistas e idólatras também fazem isso, e com muita convicção e contrição, não sendo isso o que lhes entrega legitimidade e facilidade para se aproximar de Deus. O jejum que agrada a Deus é o de um coração humilde, que pratica a justiça e refreia seus instintos carnais para que o Espírito de Deus apareça em sua vida.
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13/06/13

Elogie sim!

"Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra." (Romanos 13.7).

Com a desculpa de que o elogio infla o ego, deixamos de incentivar as pessoas, já foi provado, pela área da psicologia, que grande parte dos problemas dos homens, suas carências e inseguranças, vem de uma infância sem incentivos, sem elogios, só de nãos e de silêncios de severidade. 
        Algumas pessoas dizem que quem elogia está sendo usado pelo diabo, isso até pode acontecer, mas a possibilidade é menor, já que se as pessoas querem prejudicar de alguma forma aquelas que desempenham um bom trabalho, seja por inveja ou por outro motivo, elas não vão elogiar. 
        Pensar assim é princípio do reverso, quando se acha melhor privar a pessoa de tudo, do que ensiná-la a conviver com algo. Na verdade, muitos que adotam o princípio de não elogiar são pessoas frias, que nunca foram elogiadas e que não sabem, elas sim, conviver com o elogio.
Elogie sim, mesmo o pregador ou o levita. Isso alegra, motiva, e tenha certeza, o ego não produzirá novamente um trabalho digno de elogio, não na Igreja, se deixar-se levar pela vaidade. Se a pessoa se equivocar com o elogio, aprenderá a valorizá-lo, e não mais que aquilo que Deus quer e pensa dela.

Elogie sempre!!

12/06/13

Vítima ou agressor?

Sei que o cristão enfrenta pessoas que se colocam como suas inimigas, isso é uma realidade, mas se trata principalmente de inimigos que não são cristãos e que perseguem os cristãos por causa de Cristo. Veja bem, por causa de Cristo, todavia não são todos os conflitos que ocorrem na vida do cristão que são motivados por isso, acreditar nisso, então, pode ser uma psicose, ou no mínimo uma irresponsabilidade.  
O ponto desta reflexão é o seguinte: preocupa-me a maneira como as pessoas usam a palavra que prega que Deus vai lutar pelos cristãos e destruir aqueles que se colocam contra ele, que diz que o cristão é uma vítima de perseguições e Deus é seu defensor. Meu temor está no fato de muitos usarem essa palavra como desculpa para continuar como vítimas, e não assumir a responsabilidade por seus erros, pela sua atitude, não de vítima, mas de agressor.
Equilíbrio está na consciência de que todos nós, de alguma maneira, somos vítimas, mas também somos agressores. Só nesse equilíbrio é que existe humildade, para pedir perdão, e amor, para perdoar. Essas iniciativas devem ser executadas pelo cristão, e não ser tomadas como responsabilidade de um Deus vingador.
Não menosprezemos a humildade e o amor, podem ser armas poderosas, se usadas, não para destruir, mas para construir uma relação de amizade e fraternidade entre os homens. Em muitas questões que cristãos imaturos estão pedindo a vingança de Deus, essa vingança não ocorrerá, pois a vontade de Deus é que humildade e amor sejam experimentados.
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11/06/13

Deixa a ira

"Deixa a ira e abandona o furor, não te aborreças, pois isso só lhe trará o mal." (Salmo 37.8)

Ira é espada do coração ferido, amor, escudo do coração curado, o que se apressa para a vingança, acaba tropeçando e caindo sobre a própria espada, mas aquele que espera, com a espada abaixada e com o escudo levantado, enfraquece a ira, fortalece o coração e segue em paz.

10/06/13

Sabedoria: saindo e voltando

"A sabedoria grita nas ruas e levanta sua voz nas praças." (Provérbios 1.20).

Só se adquire sabedoria saindo, para fora da gaiola das ideologias dos outros, da zona de conforto da aprovação dos outros, da cama do conhecimento feita pelos outros, libertando-se da infantilidade de simplesmente considerar tudo questionável.

Achar tudo questionável é tão questionável quanto achar tudo inquestionável, achar tudo questionável é se enclausurar na gaiola do próprio egoísmo, os humildes entenderão com o tempo que algumas coisas são, sim, inquestionáveis.

Sair é conhecer coisas novas, decidir em cima do que se experimentou com a própria alma e assumir os riscos por isso, sem partida não existe conhecimento, já que o verdadeiro conhecimento é novidade, novidade só se acha escapando do conhecido e entrando no desconhecido.

Contudo, sair não é para todos, tantos são felizes dentro da gaiola, onde dia a dia são alimentados e protegidos, vendo o mundo por trás das grades, e mesmo que lhes abram a porta, eles continuarão lá, satisfeitos com o que têm, mas nesses, de pouco conhecimento, também há sabedoria.

Muitos estão na gaiola, não porque têm medo de sair, mas porque já saíram uma vez, e então, retornaram, para esses sabedoria é se contentar com o pouco e com a simplicidade da gaiola, esses já foram lá fora, viram o que havia e agora estão em paz, debaixo da proteção do criador de tudo, deles mesmos e da gaiola, que não é humana, mas espiritual.

"Quem é simples, volte-se para cá. E ela diz aos insensatos: Vinde, comei da minha refeição e bebei do vinho que tenho preparado." (Provérbios 9.4-5).
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09/06/13

Medidas extremas

Quando vejo as cracolândias na TV, espanto-me com o nível baixo que o ser humano pode chegar. Não, religião, filosofia ou esoterismos de butique, não podem mudar as vidas desses viciados em craque. Só Deus pode, aquele Deus emocional que os racionais tanto criticam. Alguém que foi fanático pelo mal só terá cura se fanático pelo bem, para esse não existe meio termo (e  no fanatismo que me refiro não cabe qualquer tipo de violência ou extremismo, mas apenas uma paixão real e pessoal por aquilo que se acredita e vive). Mas será que existe meio termo para algum de nós?

Na imagem ao lado, a pessoa vendendo água com a bandeira do Brasil sobre os caixotes, é algo muito significativo, representa o descaso, não só das autoridades, mas das pessoas em geral, com a essência da vida humana. Água não mata a fome de quem está morrendo com falta do pão da vida, Jesus é o pão da vida.
E Jesus lhes declarou. Eu sou o pão da vida; quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.” (João 6.35).
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08/06/13

Tome uma posição

Criticar os que propõem soluções e que como seres humanos podem cometer erros nesse processo, muita gente gosta, principalmente aqueles que ficam em cima do muro, como semideuses, analisando tudo do alto de suas “pseudos” sabedorias, e que querendo isentar-se de erros acabando não acertando nunca, não tomando posição alguma e não ajudando ninguém.
Tenho percebido, contudo, que os que mais criticam as instituições, as religiões e os governos, são pessoas intimamente mal resolvidas, solitários que não tem a coragem sequer de viver um grande amor. Nada pode "horizontar" mais a alma humana, permitir a ela humildade, que aventurar-se num relacionamento a dois.
Bem, o maior relacionamento a dois que existe é o relacionamento com Deus, não com os “deuses” (e os covardes amam usar esse termo, num plural helênico) e não com o ecumenismo, isso seria uma espécie de poligamia. Mas se é necessário coragem para se viver com outra pessoa, muito mais coragem é necessário para se viver com Deus, conhecê-lo, respeitá-lo, abrir-se com ele e segui-lo.
Tome uma posição, pode ser que ela não seja a mais certa, pode ser que ela o leve a um beco sem saída, você só saberá disso se posicionar-se e seguir em frente. A verdade, porém, é que quando existe sinceridade e vontade de encontrar Deus, nenhuma tomada de posição é inútil, Deus conhece o sincero e a esse Ele se revela.
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07/06/13

Integridade ao orar

Começar a orar a Deus, num falar desenfreado, jogando para fora tudo o que se sente, é remédio, é cura, é preciso. Contudo, como seres racionais e mais complexos que somos, que possuem além da faculdade de sentir as coisas, de armazenar e analisar sentimentos, uma mente, que pensa, armazena e verifica informações, é preciso orar também de uma maneira racional.
Pense antes de começar a falar com Deus, em primeiro lugar porque ele conhece o que realmente está em seu coração, portanto se você falar uma coisa e sentir outra, ele saberá de sua incoerência e uma oração incoerente dificulta a resposta de Deus. Por quê? Porque Deus sabe que se existe incoerência haverá inabilidade nossa de receber e aplicar sua resposta.
Quando não se sabe o que se quer, não se dá valor ao que se tem e ao que se possa receber, tudo fica confuso. Esse é o segundo motivo de porque devemos pensar antes de orar, conhecimento interior e aquisição de capacidade de agir de forma eficaz.
Então pense, realmente, veja o que existe em seu coração, não fale uma coisa, sentindo outra, e não tenha medo de falar exatamente aquilo que está sentindo. Temos medo quando vemos que nosso sentimento não é tão puro assim, não agrada Deus, não é aquilo que Deus deseja que sintamos e não é aquilo que nós queremos sentir para agradar a Deus.
Mas não importa, diga o que sente, com temor a Deus, e mesmo que o sentimento seja muito forte, demonstre a intenção sincera de ver modificado seu coração, de forma a agradar a Deus, contudo, seja sincero. Na verdade a cura e a libertação que a oração pode dar começam aí, só de posse dessa verdade é que Deus pode e começa a agir.
Muitos de nós não temos nossas orações respondidas simplesmente porque não sabemos orar, porque na verdade nunca oramos, encenamos um personagem de alguém que gostaríamos de ser para agradar a Deus, mas que não somos, como se pudéssemos enganar a Deus sobre qualquer coisa.
Olhe para dentro de você, com calma, com razão, veja o que você é, o que você quer, mesmo que pareça errado, verbalize isso, depois então coloque as coisas diante da vontade de Deus, pedindo para que ele mude aquilo que tem que ser mudado. Todavia, deixe que Deus mostre o que precisa ser mudado, através da presença do Espírito Santo na oração, através dos textos bíblicos que você lê e estão em sua mente, e através das lições aprendidas nas pregações e estudos bíblicos.
Ao orar tenha calma, poucas palavras sinceras, valem muito mais que longos períodos de declarações emocionais, mas incoerentes, querendo esconder a verdade sobre nossos corações. Isso é ser íntegro, se mostrar por inteiro, ser o mesmo, na mente e no coração, sem falsidade, é a esse homem que Deus responde e faz o impossível.

Quanto a mim, tu me sustentas na minha integridade e me colocas para sempre na tua presença.” (Salmos 41.12).
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06/06/13

O topo do mundo

Diabo o levou ainda a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles; e disse-lhe: Eu te darei tudo isto, se, prostrado, me adorares. Então Jesus lhe ordenou: Vai-te, Satanás; pois está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto.” (Mateus 4.8-10).

Depois de jejuar por quarenta dias no deserto, Jesus foi tentado pelo Diabo, o inimigo tentou Jesus nas principais áreas da vida do ser humano. Primeiramente foi na necessidade física, aquilo que Jesus precisava de imediato naquele momento, a fome. Depois o inimigo sugeriu uma saída sobrenatural, através não de uma solução material, mas de uma intervenção espiritual, os anjos.
Por último, após Jesus negar ajuda do mundo material e do mundo espiritual, que poderiam ter vindo de Deus, conforme o Diabo, esse ofereceu a sua ajuda direta, tentando aquilo que talvez seja a maior fraqueza humana, a vaidade, uma fraqueza a que o homem pode sucumbir no final de um processo, quando já venceu todas as outras fraquezas. Mas esta solução, toda a glória do mundo, teria o preço maior, a adoração do próprio Diabo por Jesus.
A todas as três tentações, Jesus respondeu com textos bíblicos, aniquilando completamente a intenção do Diabo. Jesus, no “topo do mundo”, foi tentado com aquilo que poderia ser sua maior fraqueza, assim acontece com todos nós, cada um de nós tem um topo do mundo, a realização de nosso maior sonho. O Diabo, de alguma maneira, talvez estudando nossas vidas, não o que temos no coração, pois isso só Deus sabe, mas vendo nossas ações e reações, consegue essa informação, e ele vai usá-la contra nós.
Qual é topo do mundo pra você? É um casamento? São bens materiais, dinheiro, casa, carro? É uma faculdade, uma profissão, uma posição? São valores intelectuais, viagens, cultura, conhecimento, arte? São valores espirituais, ter uma vida santa, ter um ministério?
Qualquer coisa pode ser usada pelo inimigo se o coração quiser as coisas, qualquer coisa, mesmo as aparentemente certas e espirituais, para os fins errados. Qual é o fim correto? Uma vida simples, humilde, vencedora, sim, mas sem extremismos, e acima de tudo uma vida que dê a Deus, e somente a Ele, a glória, a honra, o primeiro lugar. A glória pertence a Deus não só porque Ele é o criador e mantenedor de tudo, mas porque nosso coração humano não pode, não sabe e não precisa administrar essa glória, nós não devemos ter essa glória e muito menos o Diabo.
Qual é o topo do mundo pra você?
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05/06/13

"...e o rei estava nu"

A velha história se repete diante dos nossos olhos, roupas de intelectualidade, de religiosidade, mesmo as físicas, “científicas”, não cobrem, não protegem a alma humana, culpada pelo maior e principal pecado, caminhar longe de Deus.
Tantos se gabando, nem pelos bens materiais que possuem, pois os maiores arrogantes se acham no caminho da espiritualidade, se acham pensadores profundos e sérios da existência, se veem vestidos de lucidez, de inteligência e de coerência, estão nus. Se não acreditam no Deus dos textos bíblicos, se não tiveram uma experiência de novo nascimento através de Jesus, estão como o rei da historinha, nus e não sabem.
As roupas da filosofia e da erudição estão sempre se renovando, são sempre novas, estão sempre na moda. Quanto a mim prefiro a velha roupa do cristianismo, surrada, porém limpa, branca, lavada pelo sangue de Cristo. Ela é a única que pode me levar a viver a eternidade com Deus, uma eternidade de paz, de regozijo que a mente humana sequer imagina.

(Se não conhece, leia a fábula no link.)
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04/06/13

Aceitação pode ser a única solução

E quem não toma a sua cruz, e não me segue, não é digno de mim. Quem achar a sua vida irá perdê-la, e quem perder a sua vida por causa de mim a achará.” (Mateus 10.38-39).
Insisto no ponto de que Deus trabalha mais em nosso caráter quando é preciso aceitar certas realidades como imutáveis do que quando é necessária fé para crer no impossível. Isso de forma alguma representa diminuir o poder de Deus, mas representa a diminuição de nosso próprio ego, atingindo a verdadeira humildade, insisto nesse ponto...
Parar de se confrontar e aceitar algumas situações que realmente não poderão ser mudadas, aceitar as coisas como são, nessa aceitação há desgaste das vaidades e assentamento do espírito na humildade. Nessa aceitação aproximamos nosso homem interior de Jesus, foi aceitando, e não lutando com uma força que ele até tinha para escolher outro destino, que Cristo se deu pelo homem, concedeu vida através de sua própria morte.
O homem atual, neste positivismo desenfreado, nesta prosperidade obrigatória, num sistema competitivo e que exige de todos o nível máximo de sucesso, não quer perder, não aceita sua própria humanidade. Achando-se semideus, ele coloca no lugar de Deus as coisas, as pessoas, a si mesmo, e nega-se o direito de ser frágil e dependente.
Os fortes não precisam de Deus, não querem Deus, os fracos colocam os pés no chão, pegam a mão do Pai e caminham ao seu lado, protegidos, acarinhados, como filhos amados.
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03/06/13

Culpa e ganância

"Nisto conheceremos que somos da verdade e tranquilizaremos nosso coração diante dele; pois, se o coração nos condena, Deus é maior que nosso coração; ele conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, pois guardamos seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista." (I João 3:19-22).

    Perdoe-me, mas farei nesta reflexão uma interpretação pessimista da vida, materialista, que existe em todos, mas bem mais nas vidas daqueles que não experimentam Deus.

    Percebo que a vida é dividida em fases, a primeira, por nossa inexperiência e imaturidade, a culpa é muito forte. É ela quem nos motiva a criar preconceitos por aquilo que os outros fazem de certo. Como não conseguimos (não queremos, não podemos ou nem precisamos) por em prática a visão de vida equilibrada dos outros e por isso nos sentimos incomodados, nós adotamos conceitos equivocados, achamos um jeito de usar uma ótica ruim da visão alheia para nos proteger, deixar-nos longe daquilo que faz com que nos sintamos de alguma maneira errados. Esse preconceito é notadamente forte com relação à vida espiritual, à religião, e principalmente ao cristianismo, já que esse prega sem medo, ser o único caminho para se alcançar perdão e vida com Deus.
Contudo, com o tempo, a culpa, que não desaparece totalmente, ameniza-se. Nosso coração se esfria e as coisas não fazem mais com que nos sintamos assim tão culpados. Com isso, uma consequência aparentemente positiva, surge, paramos de ser tão preconceituosos com as diferenças, infelizmente aquilo que nos deixa compreensivos com o bem dos outros também nos deixa condescendente com o nosso próprio mal.

Na segunda fase a vida passa a objetivar de forma mais direta os bens materiais, então é a vez da ganância para obter esses valores se tornar nossa prioridade: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." (Mateus 6:24).
Pelo dinheiro traímos colegas, sonegamos impostos, sacrificamos o tempo que deveríamos passar com Deus e com família, prejudicamos nossa saúde, seja física, emocional ou espiritual. Passamos a ser animais cujo único objetivo é acumular riquezas, já que tudo o mais fica sem graça, sem prazer. Os sonhos, não morrem, mas ficam distantes, perdemos a pureza, a vontade de mudar as coisas, aquela, que mesmo que sob o ponto de vista egocêntrico da juventude, existir.

Só Jesus para nos dar uma visão absoluta da vida, já que a visão não é nossa, mas de Deus. Só Jesus para fazer com que vejamos as diferenças com amor, com misericórdia, não concordando com tudo, mas esperando em Deus a mudança. Só em Jesus podemos discordar sem sermos preconceituoso, ser diferentes sem sermos insanos ou arrogantes.
Também, só Jesus para permanecer grande e maravilhoso em nossos corações, mesmo com o passar dos anos, mesmo que nossos sonhos pareçam mais distantes e pequenos, mesmo com a realidade da sobrevivência neste mundo ditando prioridades tão diferentes das emocionais e espirituais. Só Jesus mantêm nossos corações jovens e vivos, mesmo que nossos corpos envelheçam e se cansem.
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02/06/13

Sobre palavra revelada

A palavra chamada de revelada, termo usado bastante pelos pentecostais (e é claro que não é posse exclusiva dos pentecostais, todos a recebem, pentecostais, tradicionais, etc, mesmo que não a nomeiem assim), é assim chamada porque é revelada, porque o Espírito Santo concede uma interpretação e uma aplicação não esperada, não descoberta pela inteligência e sentimento humanos, não facilmente, mas pela sabedoria de Deus.
Como tal, como revelada, não pode ser inventada, é uma atitude de humildade e de dependência do Senhor que permite que o homem a conheça. A palavra revelada não pode ser buscada de maneira obsessiva pelo pregador, como se ele tivesse a obrigação de compartilhá-la sempre, mesmo porque ela não é necessária sempre.
O estudo diário e sério da Bíblia, da palavra de registrada de Deus, deve ser a regra para encontrar alimento para a alma, já que pode se buscar a palavra revelada não porque já se buscou de todas as formas e não se achou uma palavra de conforto, de esperança. Muitos querem a palavra revelada por preguiça, porque já a provaram uma vez e sabem que ela “resolve”, muitos pregadores a procuram por saber que ela “mexe” com a congregação de maneira sobrenatural.
Leia a Bíblia, pregador, compartilhe um estudo bíblico, gaste tempo para produzi-lo, oração, trabalho não somente espiritual, mas racional, mas esteja preparado, pois quando menos esperar Deus pode surpreendê-lo com uma palavra revelada.
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01/06/13

Estamos realmente vivendo um avivamento?

Parece e muitos dizem, mesmo fora do nosso país, que o Brasil está experimentando um avivamento espiritual. Isso pode ser deduzido baseando-se no crescimento do número de igrejas evangélicas assim como do povo dito evangélico. Contudo, junto disso vemos uma sociedade perdida, de pais que se preocupam com bens materiais e se esquecem dos filhos, e de filhos que não dão nenhum valor às virtudes, ao estudo e ao trabalho, promovendo e fazendo parte de uma cultura bandida, onde o marginal (o traficante) é o herói.
Se a igreja evangélica, aqueles que mais deveriam dar o testemunho do evangelho no mundo, está crescendo, porque então não desempenha um papel mais modificador no Brasil (e no mundo)? Estamos realmente vivendo um avivamento, como proclamam o número imenso de “profetas”, sejam pregadores, pastores ou músicos?
Acredito que vai chegar um tempo, e está próximo, onde o povo de Deus na terra terá coerência, conteúdo, espiritualidade real, e isso, de maneira alguma significa perfeição, não mesmo, mas significa lidar com as fraquezas, limites e erros, com honestidade, com sinceridade, com humildade, medindo-se por Jesus e não por valores humanos, materiais e superficiais.
É claro que o joio acompanhará o trigo até o final e como diz a Bíblia, no final, o amor de muitos se esfriará. Mas a Igreja precisa amadurecer não só para dar um testemunho de mais qualidade no mundo como também para poder subir na primeira chamada, no arrebatamento, e se livrar do tenebroso e doloroso período que o mundo vai passar.
Eu acredito que antes do início do fim ainda provaremos um avivamento genuíno, no Brasil e no mundo.
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31/05/13

O motivo de nossa gratidão

Converteste meu pranto em dança, tiraste meu pano de saco e me vestiste de alegria, para que eu te cante louvores e não me cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre!” (Salmos 30.11-12).

Às vezes, as maiores bênçãos e milagres que provamos de Deus, devem ficar em segredo, guardados no fundo de nossos corações, muitas pessoas não entenderiam ou não acreditariam em algumas ações de Deus necessárias em nossas vidas.
Mas não tem problema, por essas bênçãos e por esses milagres, nós agradeceremos a Deus para sempre, adoraremos o seu nome com toda a nossa força, as pessoas podem não saber o porquê, mas nós sabemos o motivo de nossa gratidão.
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30/05/13

Jesus é o único que transforma

A diferença das religiões em geral com relação ao cristianismo, é que no caso das religiões, são as pessoas que as escolhem, dessa forma escolhem interpretações e soluções próximas às suas interpretação e soluções humanas, portanto as religiões de maneira geral não transformam a pessoa, apenas as aperfeiçoam.
O cristianismo, porém, é Deus salvando o homem, é Deus chamado o homem, é Deus escolhendo o homem, e é Deus mudando completamente o homem.
 Intelectuais preferem religiões racionais, que explicam as coisas sobrenaturais de maneira científica. Abnegados e introspectivos preferem as religiões de auto-sacrifício, de fuga dos prazeres e valores carnais. Pessoas que naturalmente gostam de fantasia, de escape da realidade por meio de uma ótica do espírito, da alma, preferem as religiões espiritualistas, esotéricas, mágicas.
Jesus escolhe a todos, para mudar a essência de cada um, fazer o homem não um humano centrado e melhorado, mas mais que isso, a imagem e semelhança de Deus. Chamem como quiserem, mas o cristianismo se coloca como o único caminho para mudar o homem, a única salvação e a única verdade.
Se você acha o contrário, que toda religião salva, que toda religião leva a Deus, que as religiões são apenas maneiras diferentes para um mesmo objetivo, seja lúcido e analise onde você chegou pensando dessa forma, que frutos você conquistou, que melhoras realmente teve.
Jesus promete e cumpre, mas crer nele significa estar preparado para grandes mudanças, transformação de mente, de coração, de corpo, alma e de espírito.

Portanto, irmãos, exorto-vos pelas compaixões de Deus que apresenteis o vosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos amoldeis ao esquema deste mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo mais do que convém; mas que pense de si com equilíbrio, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Romanos 12.1-3

29/05/13

A Bíblia: digna de confiança

Vejo algo triste nas redes sociais, basta que se poste uma reflexão assinada por qualquer filósofo, escritor, poeta ou celebridade, seja ela qual seja (e muitas vezes a autoria alegada nem é verdadeira), que todos gostam, concordam, levam a sério. Textos milenares, muitas vezes ligados à mitologia e outras religiões, são considerados dignos de crédito.
Todavia, bastar colocar uma citação bíblica que o texto é simplesmente desconsiderado, é visto como algo ultrapassado, coisa de gente ignorante e “tapada”. Com isso muita gente perde o conselho sábio e amoroso de um Deus que deixou para a humanidade o testamento de um povo, Israel, no antigo testamento, e os registros daqueles que testemunharam ao vivo a vida encarnada do salvador Jesus, no novo testamento.
Não tenha preconceito da Bíblia, de Jesus, de Deus, só porque o cristianismo nestes quase dois mil anos de existência já se desviou tantas vezes, foi usado por gente equivocada e mau para manipular as pessoas em proveito próprio para obter poderes neste mundo. Isso aconteceu justamente porque o cristianismo é relevante, só se falsifica o que é melhor, o que é ruim ninguém quer falsificar.
Entenda, porém, que mesmo que os opositores não divulguem, Jesus tem feito milagres nas vidas de muita gente, abençoado de forma sobrenatural, dando paz e liberdade, isso não é coisa de religião, mas do Deus único e verdadeiro. A Bíblia tem mantido sua real profundidade e sabedoria por milhares de anos, e assim será até o fim do mundo como o conhecemos hoje. Leia a Bíblia, conheça a Deus, e creia, Jesus pode transformar tua vida.
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28/05/13

Precisa nascer de novo

Membros da genuína Igreja cristã, não são porque frequentam cultos ou missas, porque são pessoas honestas e trabalhadoras (não só por isso), ou mesmo porque desempenham cargos ou funções nas reuniões. Membros da Igreja cristã (com letra maiúscula, significando não as igrejas locais, denominações (com minúscula), mas o corpo invisível de Cristo) são aqueles que tiveram uma experiência real de conversão ao Evangelho.
Jovens ou adolescentes que frequentam uma igreja cristã, não são necessariamente evangélicos, não se eles ainda não nasceram de novo. Da mesma forma, adultos que seguem em sua religião porque foram ensinados assim por seus pais, sem conversão não se faz parte do corpo da noiva do cordeiro. Nessa ótica, todavia, existem muitos membros da Igreja que podem até não fazer parte de uma igreja local, gente convertida que ainda frequenta mesmo outras religiões.
Mas ter carteirinha de igreja, usar roupa e cabelo de crente, ser líder de ministério ou auxiliar de sacerdote, não significa que é membro da Igreja espiritual que subirá ao céu com Cristo. “Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade te digo que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” (João 3.3).
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27/05/13

Mais ensinadores e profetas

Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas e as afugentastes, e não cuidastes delas. Eu vos castigarei pelo mal que cometestes, diz o SENHOR.
Eu mesmo reunirei o remanescente das minhas ovelhas de todas as terras para onde as tiver expulsado e as levarei de volta à sua pastagem; então elas se tornarão férteis e se multiplicarão. Porei sobre elas pastores que as conduzam. Elas nunca mais temerão, nem ficarão apavoradas, e nenhuma delas se perderá, diz o SENHOR.” (Jeremias 23.1-4).

A Igreja atual tem muitos e bons pastores, que abraçam as ovelhas e enchem os templos. Também temos visto excelentes avivalistas e ministros de música, que fazem o fogo do Espírito tocar de forma poderosa os crentes, declarando que o milagre e o impossível de Deus estão acessíveis a todos os homens. Contudo, são necessários mais ensinadores da palavra e profetas, que são quase a mesma coisa, já que a palavra registrada de Deus, a Bíblia, traz sempre uma exortação profética, quando ensinada de forma correta.
Ensinadores que conheçam a Bíblia de forma séria e plena, não somente cortes fora do contexto usados de forma convenientes, mas um ensino que fale sobre o centro do evangelho, não só da periferia, um evangelho maduro que transforma o coração e não somente permite bênção materiais e exteriores.
Acredito, porém, que sejam os profetas que mais fazem falta, e não me refiro a profetas para o mundo, esses são evangelistas e não profetas, mas profetas para a Igreja, para os evangélicos. Profetas que proclamem com coragem que a hipocrisia, superficialidade e escapismo devem sair do meio cristão de forma que a vida com Deus seja vivida de maneira séria, dando frutos de misericórdia, de perdão, de amor e principalmente de salvação de vidas.
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26/05/13

A luz é mais forte nas trevas

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo de um cesto, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu.” (Mateus 5.14-16).

A vida espiritual que aprendemos a ter, ouvindo a palavra, orando e adorando dentro das quatro paredes da igreja, tem um único objetivo: salvar vidas. Contudo, como salvaremos outras pessoas se toda a nossa vida social é apenas na igreja ou entre cristãos? Se nossa vida se limitar a isso é apenas fuga e egoísmo, vaidade “espiritual”.
Tenha amigos não cristãos, esteja próximo de família e de colegas de trabalho, não para acompanhá-los em seus excessos distantes de Deus, mas para trazê-los para a igreja, para mais perto de Deus. Se não for assim, tudo o que você acha aprender dentro das quatro paredes do templo não tem sentido, é inútil.
Jesus não passava todo o seu tempo dentro das sinagogas ou no templo, ele andava, conversava e testemunhava, entre os homens, entre os pecadores, entre aqueles que mais precisavam de Deus. A luz brilha mais forte no meio das trevas, e não entre outras luzes.
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25/05/13

"Religião é o ópio do povo"

"A religião é o ópio do povo" (em alemão "Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes") é uma citação da "Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" (em alemão, Kritik des hegelschen Staatsrechts) de Karl Marx, obra publicada em 1844 (fonte Wikipédia).

O mais patético é que muitos evangélicos, expostos a uma experiência real de Deus culto após culto, exortados pelo Espírito Santo a experimentar mudança de mente e de coração, fundamentados no princípio do evangelho de receber e dar perdão, continuam, ano após ano, vivendo uma vida de religioso, como outro religioso qualquer. Falam como crente, se vestem como crente, não faltam aos cultos, lideram ministérios, mas continuam vivendo somente a casca da vontade de Deus, como os fariseus tão confrontados por Jesus a dois mil anos atrás.

E, por se multiplicar a maldade, o amor de muitos esfriará. Mas quem perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24.12-13).
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24/05/13

Ritualismo ou respeito?

Os protestantes de maneira geral, evangélicos, tradicionais, pentecostais, neopentecostais, seja lá qual for a denominação que se dê, gostam de criticar os católicos romanos, arrogantemente se acham no direito de se sentir melhor que eles. A maioria dos evangélicos não conhece fatos e história, se fosse assim não idolatrariam nomes famosos do seu meio, os fundadores, os avivalistas, os evangelistas, como Lutero, Calvino, Spurgeon, os Wesley, Billy Graham, Paul Yonggi Cho e Benny Hinn, entre muitos. Aliás, a idolatria, que tantos evangélicos veem nos católicos, também existe nos meios protestantes, idolatria de líderes, de visões, de doutrinas, mesmo de Deus, sim pode-ser idolatrar uma concepção de Deus, muito parecida com Deus e Jesus, mas que não é nem Deus, nem seu filho. A idolatria é sempre uma forma de projeção da vaidade humana já que se venera uma ótica humana da divindade, portanto uma visão egoísta e equivocada, e não a verdade.
Outra coisa que criticamos nos católicos é a maneira como eles tratam seus templos. Bem, é preciso lembrar que na doutrina romanista, a cerimônia católica da eucaristia, cerimônia da morte e ressurreição de Cristo (um dos sete sacramentos), funciona como um ritual dotado de poderes. Para os católicos, Cristo está presente de forma real na hóstia, portanto a ceia não é somente uma lembrança. A frente interna das capelas e catedrais também adquire função de altar, no sentido de que algo está sendo sacrificado lá. Por isso o respeito que os romanistas têm pelo templo e pelo altar, fazendo o sinal da cruz, quando passam em frente ao templo, evitando dar as costas para o altar, e assim por diante. (Lembro que essa é uma visão pagã da religião.)
No cristianismo puro e primitivo proposto pelo protestantismo, um cristianismo com bases exclusivamente bíblicas, isso não é feito e muito menos necessário. A Bíblia ensina que o sacrifício de Jesus foi feito uma vez por todas, isso não precisa ser ritualizado periodicamente. Por outro lado a frente interna da nave do templo é apenas um lugar onde deve ter a visibilidade do púlpito e dos levitas musicais, um local com qualidades acústicas e visuais, para que o louvor seja ministrado, e principalmente, a palavra seja pregada. Como numa sinagoga judaica, a exposição da palavra escrita, é o centro do culto, pelo menos deveria ser. A ceia evangélica é apenas um “fazei isto em memória de mim” (I Coríntios 11), uma lembrança de que o filho de Deus se fez carne, sem pecado entregou-se por toda humanidade e depois ressuscitou.
Todavia, e este é o ponto desta reflexão, por não delegar aos ritos e lugares qualquer capacidade divina, caímos no extremo de faltar com o respeito para com o culto. Seguindo a visão do novo testamento, o altar onde Deus deve habitar é o coração do homem. Sendo assim, em todo lugar, templo ou não, em que o cristão estiver, deve haver santidade no cristão, já que Deus está com ele no altar de seu coração. Um desses lugares é a frente do templo, do auditório que é usado para que os cristãos se reúnam, orem, adorem e estudem a Bíblia. Sem fazer idolatria nenhuma e sem delegar ao lugar qualquer espécie de poder, o cristão precisa respeitar o local do culto. E diga-se de passagem, um local separado para o ajuntamento e comunhão com Deus sempre tem uma presença especial do Espírito Santo, nós sentimos isso quando entramos num templo de uma igreja local séria, santa e ungida por Deus.
Para terminar gostaria de deixar uma orientação aos músicos levitas: sem idolatria, sem ritualismos, mas com respeito, em primeiro lugar pelas coisas de Deus e depois pela situação social que representa um culto, é conveniente que tenhamos cuidado com o som que produzimos. Levitas músicos procurem chegar antes no templo, antes mesmo que os outros participantes do culto cheguem, de modo que os instrumentos, microfones e outros equipamentos sejam afinados e ajustados de forma a não atrapalhar a reunião. Procurem, músicos levitas, estar prontos quando os primeiros participantes estiverem chegando, de maneira que vocês possam com seus instrumentos e vozes dar um suporte de culto, de oração, de adoração aos demais cristãos. Um prelúdio musical num volume baixo através da execução de uma música tranquila cria o ambiente perfeito para as pessoas se prepararem para o culto.
Começo de culto não é momento de ensaio, mas já é culto. Tantos chegam cansados, estressados, agitados pelo dia a dia, um som adequado abençoa as pessoas. Bem, se começo de culto não é momento para ajustar equipamentos, para ensaios, muito menos é momento para isso durante o culto, antes e mesmo durante a palavra. Aproveite cada instante do culto, músico levita, para buscar a Deus, ouvir a Deus, e como ministradores, para permitir que os outros busquem e ouçam a Deus, isso não é ritualismo, catolicismo, isso é respeito, é temor a Deus.
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23/05/13

Vozes

As vozes que nos falam do lado de fora de nossa cabeça, podem ser "expulsas", ou podemos simplesmente nos afastar de suas fontes. As vozes de dentro de nossas cabeças que nos falam, todavia, vão conosco a todos os lugares, elas não podem ser silenciadas, não facilmente.
O que podemos fazer, então, é redirecionar nossos ouvidos de forma que ouçam algo que nos faça bem, substituindo as "vozes do mal". Música, boa música, são vozes do bem, e a mais doce de todas as músicas é a voz de Deus.
Se as vozes te atormentam, pare um pouco com o que está fazendo, fique em casa, desligue a TV, relaxe, pare mesmo de lutar contra as vozes, de tentar não ouvi-las, não se desgaste com isso, mas permita que seus ouvidos ouçam outra coisa.
Coloque uma boa música para tocar, se for instrumental, melhor ainda, sem palavras, então pense em Deus, no amor dele, na graça dele, na paz, que somente ele pode dar, veja Deus no céu dos céus, em seu trono de santidade e luz.
Quando estiver bem, desligue a música e fale com um Deus amigo e pronto para te ouvir, poucas palavras, palavras certas, bem devagar, depois durma uma boa noite de sono, com a mente tranquila.

(Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos fazem com que a pessoa ouça vozes, vozes internas e externas. Caracteriza-se como enfermidade porque a pessoa não tem controle sobre essas vozes que perturbam e acusam. Na verdade nossos próprios pensamentos é que são amplificados dando a impressão, de maneira muito real, que são vozes de outros.
Para esses, medicação e acompanhamento médico são necessários, e mesmo que como cristãos saibamos que o diabo existe, que acusa as pessoas, e a que cura para isso é somente o perdão em o nome de Jesus, esse conhecimento e experiência não dispensam de forma alguma remédios e médico. Se alguém que você conhece ou você tem esse problema, procure um profissional da área médica, saiba que essa enfermidade tem afetado a muitos no mundo atual, mas ela pode ser tratada.)
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22/05/13

Não é só mais uma religião...

       As coisas seriam bem mais fáceis se o que tivéssemos fosse só uma religião, uma visão particular e relativa da vida, uma filosofia, um “espiritualicismo” qualquer, que todos respeitam, que todos têm e que não faz ninguém se sentir acusado.
Mas não é assim, temos mais que isso, somos cristãos, não podemos ficar em cima do muro enquanto muitos de nossos queridos, amigos e parentes, se perdem, mesmo que tenhamos que pagar o preço de sermos taxados de radicais, donos da verdade, ignorantes.
Nosso maior desafio, contudo, é compartilhar nossa experiência com Jesus com amor, com paciência e na maioria das vezes, em silêncio, sem usar o megafone dos loucos, dos estúpidos que se colocam no direito de se acharem deuses só porque pensam defender a causa de Deus, como se Deus precisasse de armas, de defensores, de qualquer instrumento da violência.
Não, o cristianismo não é só mais uma religião, nunca foi, é bem mais que isso...
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21/05/13

Verdadeira espiritualidade

Vejo no meio da igreja evangélica gente falando de coisas espirituais, espiritualizando as próprias atitudes, querendo ser espirituais e parecendo que são, na reação parecem sempre “perfeitinhos”.
É gente que conhece bíblia e que já está há tanto tempo na igreja que acabou assimilando a cultura evangélica, o jeito de falar, de agir, de se vestir, gente que é facilmente reconhecida pelo mundo como membro de uma igreja evangélica.
Contudo, muitos, não são espirituais de verdade, são apenas religiosos, como quaisquer outros, católicos, esotéricos, etc. Sabe por que não são espirituais? Porque não assumem sua humanidade, escondem seus problemas maiores, disfarçam.
Eles respeitam coisas físicas, como o templo, o altar, as roupas, a aparência externa, mesmo a educação que se deve ter pelas coisas de Deus, mas não possuem um coração que quer aprender e mudar.
Gente assim escandaliza-se facilmente com a sinceridade, já que eles mesmos não são sinceros e qualquer verdade os incomoda, os acusa, gente assim pousa de superior, se acha no direito de julgar, mesmo que com sutiliza e discrição.
Que os hipócritas não se revelem joio, joio não viverá no céu, antes que os hipócritas tenham uma experiência real com Deus, de quebrantamento, de arrependimento, de batismo no Espírito Santo, enquanto há tempo.
Ser espiritual não é querer ser espiritual, mas assumir-se como carnal, quanto mais carnalidade vemos em nós mesmos, mas próximos da espiritualidade estamos, quanto mais sujos nos achamos, mais  nos limpamos.
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20/05/13

O fim não justifica os meios

        Se a tua causa é justa, é legítima, é certa, mas você não pode defendê-la em amor, com calma, na misericórdia, então é melhor você ficar quieto, entregar nas mãos de Deus e deixar que ele aja, enquanto você espera em silêncio. Na espiritualidade genuína, o fim não justifica os meios, na verdade muitas vezes o processo importa mais até que o objetivo.
         Bem, quanto a mim sigo humano e aprendiz...

19/05/13

O uso da espada

"Maldito quem fizer a obra do Senhor de forma negligente! Maldito o que poupar a sua espada de derramar sangue!" (Jeremias 48.10).
A primeira frase do texto acima é fácil de entender, mas a segunda podemos preferir interpretar de maneira contrária, por ser essa interpretação mais política. Ela diz que maldito é o que poupar a espada, portanto, diz que é errado não usar a espada para derramar sangue, já que esse é o seu propósito.
Isso é um incentivo à violência? Não, mas é um ensinamento de que atitudes fortes e decisivas, mesmo que a custo de alguma dor, às vezes são necessárias. Isso significa que é preciso ter coragem para escolher um lado e não ficar em cima do muro.
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18/05/13

Músico só quer aparecer?

Músico levita: se toca alto, é carnal, se toca baixo, é displicente, se toca sempre, é vaidoso, se não toca, é orgulhoso, mas mesmo assim tem que adorar a Deus no Espírito e ocupar-se somente com aquilo que Deus pensa dele, sem receber ou querer honra dos homens, lutando contra o Diabo, a inveja e o ego.
Isso tudo, além de ler partitura e letra, programar e ajustar instrumentos, falar, cantar, movimentar mãos, dedos e pés, administrar o "cara" da mesa de som, e sentir a música com todo o coração, diante de pessoas que às vezes não estão nem aí com a música e a adoração, e, na maioria das vezes, sem ter retorno financeiro. E ainda dizem que vida de músico é fácil, coisa pra quem quer aparecer.

17/05/13

O outro lado da moeda

        Palavras de Jesus numa ótica que não é assim tão "paz e amor" como muitos acham que é sempre o Evangelho:
"Pensais que vim trazer paz à terra? Não, eu vos digo; mas, sim, divisão. Pois daqui em diante cinco pessoas estarão divididas numa casa; três contra duas, e duas contra três; estarão divididos pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra contra nora e nora contra sogra." (Lucas 12.51-53).

Sim, o outro lado do Evangelho diz:
"Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22.37-39).

Contudo, mesmo Bíblia, interpretada fora de contexto ou enfatizando partes isoladas pode ser heresia.
Lembro aos não cristãos, aqueles preconceituosos, e esses sim, radicais, que o texto de Lucas acima não alia ao cristianismo qualquer espécie de violência. A divisão é estabelecida através da opção de cada ser humano e ela ocorre no campo espiritual definindo a eternidade, não motiva nem legitima qualquer forma de confronto belicoso.
O Evangelho nunca é imposto, mas apresentado em paz, o livre arbítrio de cada um é sempre respeitado.
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16/05/13

Milagres, sempre?

Não tenho dúvidas que muitos pregadores, principalmente os pentecostais, não concordarão com esta reflexão. Creio em milagres, mas acredito que temos que ter cuidado com a afirmação de que Deus cura tudo, não que Deus não possa curar tudo, mas Ele não o faz. Por quê? Não sei exatamente, talvez para trabalhar na alma do homem que precisa conviver com uma enfermidade, talvez por outro motivo.
A afirmação irresponsável de que Deus cura tudo e sempre, o que por mais que certos pregadores neguem é o que fazem constantemente e o fazem porque isso enche os templos, pode fazer mais mal do que bem, já que o crente que não prova isso, pode se sentir de alguma maneira culpado ou frustrado. Culpado por achar que está em pecado, por não provar o milagre, frustrado por achar que não tem fé suficiente para provar o milagre.
A generalização, como em tudo, é burra e cômoda, já buscar em oração a vontade de Deus em cada caso e por cada pessoa em especial, custa o esforço de ser íntimo de Deus. O que Deus deseja mais, mais até do que corpos sãos e enriquecidos materialmente, do que homens que vivam em comunhão íntima com Ele? Quando isso acontece tudo o mais fica menor.
Sim, penso que as pessoas precisam ter fé no Deus do impossível, mas acredito que elas precisam muito mais é de humildade para aceitar certos limites, para conviver com dificuldades, para fazer sacrifícios e abrir mão de certas coisas. Penso que isso, mais do que qualquer coisa, representa o centro do Evangelho, centro que muitos não querem aceitar e que outros tantos não querem pregar.
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