Se
não tivermos libertação real, passaremos a vida trocando uma obsessão por
outra, mesmo que chamemos uma obsessão de vício e outra de religião. Obsessão
sempre gera extremismos e o extremismo não está no que se crê, mas em quem crê.
Uma experiência real com o Deus verdadeiro é a única coisa que pode nos dar
libertação e nessa libertação existe equilíbrio, só o equilíbrio pode gerar
paz.
Temos
paz quando sabemos conviver com a realidade, mesmo que crendo num Deus que pode
mudar a realidade, mesmo que não seja interessante que ele mude toda a
realidade. Aceitar esse limite, não do poder de Deus, mas do quanto é
interessante para ele agir com esse poder, é entender que algumas fraquezas e
conflitos são mantidos justamente para que dependamos mais de Deus.
O
obsessivo, em sua arrogância, não entende isso, busca uma disposição de
super-homem tentando viver num clímax espiritual o tempo todo. Mas essa utopia
só será possível na eternidade, neste mundo ser espiritual é justamente
conviver em harmonia com a humanidade carnal presente em todos nós, o tempo
todo, nessa ótica experimentamos humildade, e somente humildes temos equilíbrio,
paz e libertação de qualquer espécie de obsessão.
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