quarta-feira, agosto 13, 2014

Unção (parte 2 de 8)

II. O perfume que vem do óleo

Vários produtos eram utilizados para unção com óleo na Bíblia. Antes de falarmos sobre a unção espiritual, vamos ver alguns aspectos citados na Bíblia sobre a unção feita com óleo (esse texto, especificamente, sobre óleo físico, foi retirado do site “Luz para o caminho” da Convenção Batista Brasileira, escrito por Walter Andrade Campelo, link: http://www.luz.eti.br/es_uncaocomoleo-parte1.html)

1. Azeite: o azeite de oliva simboliza uma vida útil e vibrante, sendo símbolo de regozijo, saúde e de qualificações de uma pessoa para o serviço do Senhor: "Porém tu exaltarás o meu poder, como o do boi selvagem. Serei ungido com óleo fresco." (Salmo 92:10 ACF)

2. Ungüento: gordura misturada com perfumes especiais que lhe davam características muito desejáveis. Era utilizado para ungir os pés dos hóspedes, simbolizando a alegria pela chegada daquele hóspede, e desejando-lhe boas vindas: "E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo." (João 11:2 ACF). Também como era utilizado no cuidado pessoal com o corpo, pois, é um excelente hidratante: "Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas. (3) Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas." (Daniel 10:2-3 ACF). "Lava-te, pois, e unge-te, e veste os teus vestidos, e desce à eira; porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenha acabado de comer e beber." (Rute 3:3 ACF)

3. Óleos curativos: o óleo tem poderes curativos, permitindo amolecer feridas e purificá-las. O óleo quando misturado a certas ervas, pode proporcionar medicamentos poderosos para vários males. Não é de surpreender que os médicos em Israel tivessem desde tempos antigos conhecimento destas ervas e da forma de utilizá-las no processo curativo de doentes. "Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo." (Isaías 1:6 ACF). "E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;" (Lucas 10:34 ACF)

4. Ungüento fúnebre: este ungüento era utilizado na preparação do corpo para o sepultamento, como parte de um processo de embalsamamento: "Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento." (Mateus 26:12 ACF). "E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento." (Lucas 23:55-56 ACF).

Esses diversos tipos de óleos podiam ser aplicados em lugares diversos para finalidades diversas:

1. Na cabeça: o derramamento de óleo sobre a cabeça de um homem indicava que este homem havia sido separado para uma determinada tarefa a serviço do Senhor. "Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança?" (I Samuel 10:1 ACF). "Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda." (Salmo 23:5 ACF). "Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça." (Eclesiastes 9:8 ACF).

2. Na cabeça com efeitos cosméticos: "Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça." (Eclesiastes 9:8 ACF).

3. No rosto: a unção do óleo no rosto tinha como objetivo a hidratação, e a proteção contra as forças da natureza: "E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem." (Salmo 104:15 ACF).

4. Nos pés: como já foi dito, este ato estava normalmente relacionado com uma recepção digna e alegre de um hóspede bem-vindo: "E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento." (Lucas 7:38 ACF).

5. Sobre as feridas: neste caso o óleo é utilizado como medicamento, sendo que através de suas propriedades curativas próprias, ou em combinação com ervas ou outros produtos era deitado sobre as feridas. Há muitos relatos deste tipo de procedimento na literatura talmúdica1, e alguns na própria Bíblia Sagrada, os quais já foram anteriormente citados. "Volta, e dize a Ezequias, capitão do meu povo: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do SENHOR. E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos. E a tomaram, e a puseram sobre a chaga; e ele sarou." (II Reis 20:5-7 ACF).


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