Conquistar é mais fácil que manter

       Temos que tomar cuidado com as portas que abrimos, nós as abrimos com sorrisos, com palavras, com certas ações e promessas, coisas que a princípio são mais fáceis de se fazer. Contudo, quem entra precisa ser bem tratado, para continuar presente, e é aí que podemos pecar. Deixamos entrar, mas depois abandonamos, ou continuamos com o mesmo tratamento educado social da recepção. Quem entra já passou do ponto da recepção inicial, agora quer intimidade, conhecimento, diálogo, ações realmente de amor. Agora, senão sabemos manter, é melhor nem receber, é preferível deixar que outro receba e trate, talvez com mais vontade, experiência e amor do que nós. 

       Com relação às igrejas, que têm recebido, mesmo de Deus, uma unção para evangelizarem e receberem, que têm visto o número de seus membros crescerem, antes de pensarem em aumentar templos, comprarem mais cadeiras, melhorarem o sistema de som, que aprendam, do mesmo Deus, a tratar essas pessoas que receberam, para poder mantê-las, vê-las crescer, amadurecer, continuar com Cristo no caminho estreito. Caso contrário, do mesmo jeito que vieram, irão embora, e a igreja que parecia crescer será como tantas outras atualmente, só sabem dar o leite espiritual, a salvação e milagres iniciais, enquanto não busca no Espírito Santo como curar emocionalmente as pessoas.
      Certos pastores, receberam de Deus um presente, possuem em seus rostos, corpos e tom de voz, um carisma natural. Essas características lhes fariam sair-se bem em muitas atividades profissionais, principalmente nas relacionadas a vendas e política, e não existe, a princípio, nada errado com isso. Contudo, como diz o ditado, "beleza abre portas", mas quem as mantêm abertas é a competência do conteúdo interno, não a aparência externa.
      Existe uma armadilha feita pelo inimigo que tem prendido muitos pastores, que no início começam bem, com humildade, com unção, mas que depois, acabam mal, quando começam a fundamentar seus ministérios somente no carisma e talento naturais. Então eles se esquecem de vida de oração, de estudo sério da palavra, fiados que podem falar qualquer coisa e em qualquer situação simplesmente de improviso. Um dia, contudo, "a casa cai", a máscara vem ao chão, e esses que porfiam nos meios errados, podem ser envergonhados publicamente.