terça-feira, agosto 20, 2019

Salvos pela graça

      “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2.4-9

      Até que ponto de fato entendemos a graça de Deus? Até que ponto entendemos que somos salvos por ela, não por mérito próprio? Na maior parte das vezes somos seres orgulhosos que precisam ser frequentes em cultos só por acharmos que isso paga de alguma maneira o que Deus nos dá. Por que sentimos paz depois de participar de um culto, porque tivemos comunhão com o Senhor junto de semelhantes ou porque cumprimos uma obrigação religiosa? Por que nos sentimos mal quando deixamos de ir um dia a um culto? Deus não vai nos recriminar por isso, mas nossas consciências nos recriminam porque achamos que ficaremos em débito com Deus, ou que os homens vão pensar que somos menos cristãos por termos faltado em um culto. 
      Só a graça de Deus pode nos libertar dessa barganha que mesmo inconscientemente queremos fazer com Deus. Muitas vezes podemos até dizer que somos salvos pela graça, mas quantas vezes nos postamos na prática como merecedores de bençãos por créditos pessoais acumulados em nossas vidas. Quando entendermos de fato a graça do Senhor administraremos religião, igreja, dízimos, e tantas e tantas obras materiais, externas, de maneira diferente da maneira que normalmente administramos. Entender e aceitar a graça de Deus deixa a vida mais leve e permite que estabeleçamos uma aliança espiritual de fato com Deus, não com os homens. Por outro lado entenderemos que temos responsabilidades com a administração material dos ministérios, no auxílio aos necessitados, mas isso como postura social de seres humanos civilizados, não como favores espirituais para ter retornos espirituais. 
      Entender a graça de Deus nos dá discernimento para dar a Deus o que é dele, e a “César” o que é de “César”, simples assim. Salvação não se compra, proteção de Deus não se troca, o amor de Deus não se explica, não pelos pequenos e limitados valores humanos. Contudo, aquele que fizer sua parte neste mundo terá o retorno justo neste mundo também, e nesse mundo nada é de graça ou fica sem “feedback”, para toda causa sempre haverá um efeito. Com Deus, todavia, não funciona assim, com Deus basta fé, Deus de graça dá e nada exige em troca, a não ser a nossa gratidão, e isso não porque Deus precise de gratidão, de adoração, Deus não precisa que lhe adicione ou lhe subtraia nada, Deus é imutável, incorruptível, completo e perfeito sempre. Quem precisa ser grato, contudo somos nós, todo o nosso ser precisa adorar a Deus e louva-lo por sua imensa graça. 

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