domingo, janeiro 19, 2020

Exercemos de fato livre arbítrio?

      “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.João 3.18

      Até que ponto fazemos escolhas na vida, enxergamos com atenção as opções, as analisamos com calma para no final fazer a escolha de fato melhor para aquilo que de fato somos? Acho que não fazemos, pelo menos não na maior parte das vezes, para escolher é preciso que se tenha liberdade e nós, muitas vezes, escolhemos o que nos “cativou”. A palavra cativo significa escravo, bem, o escravo não é livre assim não pode exercer livre arbítrio. Eu não disse que não temos livre arbítrio, temos sim, entregue a todos nós pelo pai eterno e altíssimo de todas as almas, contudo, nós não o exercemos porque somos escravos. 
      Somos escravos do quê? Dos falsos prazeres da carne e das verdadeiras feridas da alma, isso mesmo, os prazeres são falsos, mas as feridas são genuínas, assim outra questão se levanta, não exercemos livre arbítrio e na verdade isso não importa muito, talvez não seja isso o que nos defina. Podemos escolher o melhor para sermos de fato felizes? Não, não escolhemos o melhor e muito menos precisamos ser felizes, não o tempo todo, não na maior parte das vezes, e muitas vezes, nunca. A vida é longa, mas passa depressa, nós somos sempre escravos de algo, mas ainda assim não devemos desistir de querer ser livres. 
      Escolhemos a Jesus? Essa é a melhor escolha que podemos fazer na vida e na qual todas as outras boas escolhas se basearão? Sim e não, escolhemos porque Deus nos escolheu primeiro, mas quem escolhe parece que já nasce escolhido, e quem não escolhe para que toda a sua vida foi um engano. Sem entrar na questão de que se Deus escolhe ele não dá oportunidade para alguns o conhecerem e serem mais felizes, principalmente na eternidade, sem entrar na polêmica “teologia da predestinação”, parece que algumas pessoas, por mais erradas que andem, amam a Deus, sempre voltam a ele para pedir perdão, e não fazem isso por causa de religião, como instituição ou tradição humana. 
      Por outro lado outras pessoas, mesmo que sejam boas cidadãs, prósperas materialmente, e muitas vezes boas religiosas, sempre se mantêm intimamente distantes de Deus, nunca se entregam de fato totalmente. Seja como for, Jesus é sim a melhor e mais importante escolha, seja lá por qual motivo a fazemos, talvez isso também não importe tanto assim. O que importa é seguirmos insistindo no melhor, talvez o que nos defina não seja o que fazemos mas o que tentamos fazer na maior parte das vezes, talvez o que importe sejam nossas boas intenções, por mais que, como dizem, “o inferno esteja cheio delas”, mas isso é só um ditado popular. 

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