sexta-feira, fevereiro 28, 2020

Deus ou placebo? A natureza responde

      “Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” Mateus 7.20-21

      Religião, é Deus ou é placebo? Será que isso importa? Mas aí teríamos que admitir que os fins justificam os meios, talvez o que o homem necessite seja só um lugar para colocar sua fé. Você, cristão protestante ou evangélico, se acha melhor? Acha que diferentemente de católicos e outros religiosos você coloca tua fé em algo superior, na verdade, em Deus? Pois nem é preciso um microscópio para aferir tuas crenças, a olho nu podemos verificar que muitos protestantes e evangélicos só seguem seitas, e não o autêntico evangelho de Jesus. Você discorda? Muitos creem porque não conhecem, não conhecem porque não gostam, não gostam porque não conhecem, e não conhecem porque acham que basta crer (não fui redundante, algumas pessoas é que são).
      Não confundamos as coisas, quem é incognoscível é Deus, não as religiões e seus líderes, quem se torna cada vez maior e mais profundo é Deus, não os homens, assim alegar que é preciso crer nas tradições, nas doutrinas, nos pastores e padres, sem fazer crítica, é um grande equívoco. Contudo, à medida que evoluímos no conhecimento de Deus, tudo o mais se torna menor, e aí, sim, podemos até fazer parte de religiões, de denominações e de igrejas, mas para abençoar as pessoas, não esperando que tudo isso tenha algo de fato excelente para nos guiar. Quem vive e adquire humildade compara teoria com prática e não se afasta de Deus, mas passa a não dar tanta importância a homens, aprende a diferenciar placebo psicológico de Deus, enquanto se fortalece ainda mais no altíssimo e se maravilha com sua verdade. Após essa palavra introdutória, vamos agora à reflexão.

      “Ouvi a palavra do Senhor, vós filhos de Israel, porque o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. Só permanecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar e o adulterar; fazem violência, um ato sanguinário segue imediatamente a outro. Por isso a terra se lamentará, e qualquer que morar nela desfalecerá, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar serão tirados.” “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” Oseias 4.1-3,6

      A um país como o Brasil, onde existe uma quantia enorme de religiosos protestantes e evangélicos (se não for a maioria, ainda que a mídia e pesquisas oficiais digam que não), cristãos que acham que elegeram (enfim) um presidente que lhes é “simpático”, onde templos se enchem com música, onde ser crente virou moda e ninguém mais tem vergonha de se admitir como tal, a esse país fazemos uma pergunta: de fato temos na prática vidas de reais filhos de Deus? (E digo filhos no sentido doutrinário protestante-evangélico, onde se torna filho só o realmente convertido a Cristo). 
      A violência e a criminalidade aumentam dia a dia, os sistemas públicos de saúde, ensino, segurança e infra-estrutura básica de água, esgoto e energia, estão em estado lastimável. Zilhões de reais foram e são roubados sendo que poucos respondem judicialmente por isso, e em todas as esferas, não só na federal, mas nas estaduais e principalmente nas municipais. Não, a realidade do Brasil não mostra um país de maioria cristã (e é maior se juntarmos aos protestantes-evangélicos os católicos), mas revela um povo que está sofrendo o pesar da mão de Deu, pesar que se evidencia na natureza.
      Não, Deus não vai descer do céu e mostrar sua vontade (não ao menos por enquanto?), mas as chuvas fortes corroem as encostas montanhosos, destroem encanamentos e invadem as cidades, as matas são queimadas, o ar é poluído, e o homem, que por egoísmo e ganância usou suas riquezas para prazer e ostentação pessoal, colhe a “vingança” das forças naturais da Terra que nunca esquece o mal que lhe é feito. Se o apocalipse ocorrerá será por meio da natureza, ela sim pode fazer desse mundo um inferno, até que depois de milhares de anos se recupere e faça de novo da Terra um paraíso.
      O que as pessoas querem, Deus ou só um placebo no qual elas creem e acham satisfação? Bem, placebos podem até consolar a alma, e até curar o corpo, pois colocam em ação leis universais e poderosas, mas eles não são o Pai dos Espíritos. Como tais, não oferecem o que só Jesus dá, um contato direto com o Deus santíssimo e altíssimo que permite conhecimento e experiência diferenciados, superiores, que de fato conduzem o ser humano não só a uma vida satisfatória no plano físico, em harmonia com a natureza e com a sociedade, mas a uma eternidade em paz com o melhor de Deus. 

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