sexta-feira, fevereiro 02, 2024

Apurando a ferramenta

      “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus CristoFilipenses 1.6

      Respeitando nossos limites e nossas capacidades todos podemos ser úteis e felizes, mas para que haja mais eficiência nisso Deus nos aperfeiçoa. Aquilo que o cristianismo protestante tradicional chama de “conversão” a Cristo não deve ser o fim, mas o início. Entendemos pelo Espírito Santo e por fé que Deus em Jesus nos perdoa, a paz que vem desse perdão maior nos fortalece para iniciarmos nosso caminho espiritual. Como seres especiais e específicos Deus nos aperfeiçoa nesse caminho para sermos ferramentas úteis na grande mecânica do universo. Uma ferramenta espiritual confronta um tipo específico de rebeldia contra Deus, e seu objetivo não é ferir ou matar o rebelde, mas anular a rebeldia. 
      Aquilo que mais nos afronta é o que devemos vencer do jeito certo para que fraqueza torne-se fortaleza. Para amarmos devemos aprender a dor que nos causam quando não nos amam, assim aprendemos a amar, em primeiro lugar, administrando do jeito certo a falta de amor alheio. Uma vez que passemos pela prova seremos usados como ferramenta de libertação e cura para os mesmos que tentaram nos ferir e matar, quem por uma arma foi ameaçado é o que mais sabe como se defender dela. Por que algumas pessoas, com suas palavras e atitudes, nos aborrecem mais que outras pessoas? Porque são parecidas conosco, têm limites e capacidades semelhantes aos nossos, mas elas são origem e fim de nossas missões.  
      Sempre que toco nesse assunto preciso deixar claro que ninguém precisa ter relacionamento tóxico por amor, principalmente em se tratando de relação de namoro e casamento. Mas filhos, pais, irmãos, sogros, cunhados, genros, noras, são parentes com que precisamos conviver, pelo menos educadamente, assim amá-los e orar por eles, ser de alguma forma influência positiva em suas vidas, isso é missão que Deus nos dá. Ferramenta se apura com uso, guardada na gaveta, só para ser exibida de vez em quando a quem só quer ver, não usar, não tem utilidade. Aprendemos a amar amando e amamos vivendo próximos às pessoas, pelo menos no mínimo que Deus orienta, não fugindo delas ou desprezando-as.

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