domingo, junho 16, 2024

Um Deus empático (2/2)

      “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar. Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.” Hebreus 4.13-14 

      Termos um Deus que foi homem tem duas implicações. A primeira é que nenhuma luta ou sofrimento que passamos são relegados por Deus ou tidos como menores por ele, isso na verdade é outra característica do singular amor de Deus. Nós, como seres humanos, gostamos de depreciar os limites dos outros, se vemos alguém com certas dificuldades dizemos, “é frescura, a pessoa está se vitimizando”. Deus não desconsidera ninguém, nunca, seja a dor de alguém mais ou menos legítima, aliás, se há dor, há necessidade de cura, seja a causa real ou ilusória, Deus entende isso. Cabe-nos, contudo, com humildade, buscarmos a Deus, recebermos sua orientação e acatá-la, ainda que ela seja, pare de sofrer por bobagens ou mentiras. 
      A segunda implicação de Deus ser empático, é que nada passa desapercebido dele, ninguém pode se esconder dele, ninguém pode enganar a Deus. Se tendo sido homem, Deus se compadece com nossas dores mais íntimas, ele também percebe nossas falsidades e melindres mais sutis, e nós, seres humanos, somos especialistas em fingir e dissimular. Contudo, há uma diferença entre como Deus age com os falsos e como nós muitas vezes agimos, nós apontamos o dedo, gostamos de publicar falsidade alheia, afinal, o erro do outro esconde o nosso erro. Deus não, nunca age para condenar ou destruir, mas muitas vezes ele faz hoje, como Espírito, o que Cristo fez como homem, silencia-se. Deus se cala diante do falso por amá-lo. 

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