terça-feira, maio 28, 2013

Precisa nascer de novo

Membros da genuína Igreja cristã, não são porque frequentam cultos ou missas, porque são pessoas honestas e trabalhadoras (não só por isso), ou mesmo porque desempenham cargos ou funções nas reuniões. Membros da Igreja cristã (com letra maiúscula, significando não as igrejas locais, denominações (com minúscula), mas o corpo invisível de Cristo) são aqueles que tiveram uma experiência real de conversão ao Evangelho.
Jovens ou adolescentes que frequentam uma igreja cristã, não são necessariamente evangélicos, não se eles ainda não nasceram de novo. Da mesma forma, adultos que seguem em sua religião porque foram ensinados assim por seus pais, sem conversão não se faz parte do corpo da noiva do cordeiro. Nessa ótica, todavia, existem muitos membros da Igreja que podem até não fazer parte de uma igreja local, gente convertida que ainda frequenta mesmo outras religiões.
Mas ter carteirinha de igreja, usar roupa e cabelo de crente, ser líder de ministério ou auxiliar de sacerdote, não significa que é membro da Igreja espiritual que subirá ao céu com Cristo. “Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade te digo que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” (João 3.3).
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segunda-feira, maio 27, 2013

Mais ensinadores e profetas

Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas e as afugentastes, e não cuidastes delas. Eu vos castigarei pelo mal que cometestes, diz o SENHOR.
Eu mesmo reunirei o remanescente das minhas ovelhas de todas as terras para onde as tiver expulsado e as levarei de volta à sua pastagem; então elas se tornarão férteis e se multiplicarão. Porei sobre elas pastores que as conduzam. Elas nunca mais temerão, nem ficarão apavoradas, e nenhuma delas se perderá, diz o SENHOR.” (Jeremias 23.1-4).

A Igreja atual tem muitos e bons pastores, que abraçam as ovelhas e enchem os templos. Também temos visto excelentes avivalistas e ministros de música, que fazem o fogo do Espírito tocar de forma poderosa os crentes, declarando que o milagre e o impossível de Deus estão acessíveis a todos os homens. Contudo, são necessários mais ensinadores da palavra e profetas, que são quase a mesma coisa, já que a palavra registrada de Deus, a Bíblia, traz sempre uma exortação profética, quando ensinada de forma correta.
Ensinadores que conheçam a Bíblia de forma séria e plena, não somente cortes fora do contexto usados de forma convenientes, mas um ensino que fale sobre o centro do evangelho, não só da periferia, um evangelho maduro que transforma o coração e não somente permite bênção materiais e exteriores.
Acredito, porém, que sejam os profetas que mais fazem falta, e não me refiro a profetas para o mundo, esses são evangelistas e não profetas, mas profetas para a Igreja, para os evangélicos. Profetas que proclamem com coragem que a hipocrisia, superficialidade e escapismo devem sair do meio cristão de forma que a vida com Deus seja vivida de maneira séria, dando frutos de misericórdia, de perdão, de amor e principalmente de salvação de vidas.
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domingo, maio 26, 2013

A luz é mais forte nas trevas

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo de um cesto, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu.” (Mateus 5.14-16).

A vida espiritual que aprendemos a ter, ouvindo a palavra, orando e adorando dentro das quatro paredes da igreja, tem um único objetivo: salvar vidas. Contudo, como salvaremos outras pessoas se toda a nossa vida social é apenas na igreja ou entre cristãos? Se nossa vida se limitar a isso é apenas fuga e egoísmo, vaidade “espiritual”.
Tenha amigos não cristãos, esteja próximo de família e de colegas de trabalho, não para acompanhá-los em seus excessos distantes de Deus, mas para trazê-los para a igreja, para mais perto de Deus. Se não for assim, tudo o que você acha aprender dentro das quatro paredes do templo não tem sentido, é inútil.
Jesus não passava todo o seu tempo dentro das sinagogas ou no templo, ele andava, conversava e testemunhava, entre os homens, entre os pecadores, entre aqueles que mais precisavam de Deus. A luz brilha mais forte no meio das trevas, e não entre outras luzes.
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sábado, maio 25, 2013

"Religião é o ópio do povo"

"A religião é o ópio do povo" (em alemão "Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes") é uma citação da "Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" (em alemão, Kritik des hegelschen Staatsrechts) de Karl Marx, obra publicada em 1844 (fonte Wikipédia).

O mais patético é que muitos evangélicos, expostos a uma experiência real de Deus culto após culto, exortados pelo Espírito Santo a experimentar mudança de mente e de coração, fundamentados no princípio do evangelho de receber e dar perdão, continuam, ano após ano, vivendo uma vida de religioso, como outro religioso qualquer. Falam como crente, se vestem como crente, não faltam aos cultos, lideram ministérios, mas continuam vivendo somente a casca da vontade de Deus, como os fariseus tão confrontados por Jesus a dois mil anos atrás.

E, por se multiplicar a maldade, o amor de muitos esfriará. Mas quem perseverar até o fim será salvo.” (Mateus 24.12-13).
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sexta-feira, maio 24, 2013

Ritualismo ou respeito?

Os protestantes de maneira geral, evangélicos, tradicionais, pentecostais, neopentecostais, seja lá qual for a denominação que se dê, gostam de criticar os católicos romanos, arrogantemente se acham no direito de se sentir melhor que eles. A maioria dos evangélicos não conhece fatos e história, se fosse assim não idolatrariam nomes famosos do seu meio, os fundadores, os avivalistas, os evangelistas, como Lutero, Calvino, Spurgeon, os Wesley, Billy Graham, Paul Yonggi Cho e Benny Hinn, entre muitos. Aliás, a idolatria, que tantos evangélicos veem nos católicos, também existe nos meios protestantes, idolatria de líderes, de visões, de doutrinas, mesmo de Deus, sim pode-ser idolatrar uma concepção de Deus, muito parecida com Deus e Jesus, mas que não é nem Deus, nem seu filho. A idolatria é sempre uma forma de projeção da vaidade humana já que se venera uma ótica humana da divindade, portanto uma visão egoísta e equivocada, e não a verdade.
Outra coisa que criticamos nos católicos é a maneira como eles tratam seus templos. Bem, é preciso lembrar que na doutrina romanista, a cerimônia católica da eucaristia, cerimônia da morte e ressurreição de Cristo (um dos sete sacramentos), funciona como um ritual dotado de poderes. Para os católicos, Cristo está presente de forma real na hóstia, portanto a ceia não é somente uma lembrança. A frente interna das capelas e catedrais também adquire função de altar, no sentido de que algo está sendo sacrificado lá. Por isso o respeito que os romanistas têm pelo templo e pelo altar, fazendo o sinal da cruz, quando passam em frente ao templo, evitando dar as costas para o altar, e assim por diante. (Lembro que essa é uma visão pagã da religião.)
No cristianismo puro e primitivo proposto pelo protestantismo, um cristianismo com bases exclusivamente bíblicas, isso não é feito e muito menos necessário. A Bíblia ensina que o sacrifício de Jesus foi feito uma vez por todas, isso não precisa ser ritualizado periodicamente. Por outro lado a frente interna da nave do templo é apenas um lugar onde deve ter a visibilidade do púlpito e dos levitas musicais, um local com qualidades acústicas e visuais, para que o louvor seja ministrado, e principalmente, a palavra seja pregada. Como numa sinagoga judaica, a exposição da palavra escrita, é o centro do culto, pelo menos deveria ser. A ceia evangélica é apenas um “fazei isto em memória de mim” (I Coríntios 11), uma lembrança de que o filho de Deus se fez carne, sem pecado entregou-se por toda humanidade e depois ressuscitou.
Todavia, e este é o ponto desta reflexão, por não delegar aos ritos e lugares qualquer capacidade divina, caímos no extremo de faltar com o respeito para com o culto. Seguindo a visão do novo testamento, o altar onde Deus deve habitar é o coração do homem. Sendo assim, em todo lugar, templo ou não, em que o cristão estiver, deve haver santidade no cristão, já que Deus está com ele no altar de seu coração. Um desses lugares é a frente do templo, do auditório que é usado para que os cristãos se reúnam, orem, adorem e estudem a Bíblia. Sem fazer idolatria nenhuma e sem delegar ao lugar qualquer espécie de poder, o cristão precisa respeitar o local do culto. E diga-se de passagem, um local separado para o ajuntamento e comunhão com Deus sempre tem uma presença especial do Espírito Santo, nós sentimos isso quando entramos num templo de uma igreja local séria, santa e ungida por Deus.
Para terminar gostaria de deixar uma orientação aos músicos levitas: sem idolatria, sem ritualismos, mas com respeito, em primeiro lugar pelas coisas de Deus e depois pela situação social que representa um culto, é conveniente que tenhamos cuidado com o som que produzimos. Levitas músicos procurem chegar antes no templo, antes mesmo que os outros participantes do culto cheguem, de modo que os instrumentos, microfones e outros equipamentos sejam afinados e ajustados de forma a não atrapalhar a reunião. Procurem, músicos levitas, estar prontos quando os primeiros participantes estiverem chegando, de maneira que vocês possam com seus instrumentos e vozes dar um suporte de culto, de oração, de adoração aos demais cristãos. Um prelúdio musical num volume baixo através da execução de uma música tranquila cria o ambiente perfeito para as pessoas se prepararem para o culto.
Começo de culto não é momento de ensaio, mas já é culto. Tantos chegam cansados, estressados, agitados pelo dia a dia, um som adequado abençoa as pessoas. Bem, se começo de culto não é momento para ajustar equipamentos, para ensaios, muito menos é momento para isso durante o culto, antes e mesmo durante a palavra. Aproveite cada instante do culto, músico levita, para buscar a Deus, ouvir a Deus, e como ministradores, para permitir que os outros busquem e ouçam a Deus, isso não é ritualismo, catolicismo, isso é respeito, é temor a Deus.
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quinta-feira, maio 23, 2013

Vozes

As vozes que nos falam do lado de fora de nossa cabeça, podem ser "expulsas", ou podemos simplesmente nos afastar de suas fontes. As vozes de dentro de nossas cabeças que nos falam, todavia, vão conosco a todos os lugares, elas não podem ser silenciadas, não facilmente.
O que podemos fazer, então, é redirecionar nossos ouvidos de forma que ouçam algo que nos faça bem, substituindo as "vozes do mal". Música, boa música, são vozes do bem, e a mais doce de todas as músicas é a voz de Deus.
Se as vozes te atormentam, pare um pouco com o que está fazendo, fique em casa, desligue a TV, relaxe, pare mesmo de lutar contra as vozes, de tentar não ouvi-las, não se desgaste com isso, mas permita que seus ouvidos ouçam outra coisa.
Coloque uma boa música para tocar, se for instrumental, melhor ainda, sem palavras, então pense em Deus, no amor dele, na graça dele, na paz, que somente ele pode dar, veja Deus no céu dos céus, em seu trono de santidade e luz.
Quando estiver bem, desligue a música e fale com um Deus amigo e pronto para te ouvir, poucas palavras, palavras certas, bem devagar, depois durma uma boa noite de sono, com a mente tranquila.

(Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos fazem com que a pessoa ouça vozes, vozes internas e externas. Caracteriza-se como enfermidade porque a pessoa não tem controle sobre essas vozes que perturbam e acusam. Na verdade nossos próprios pensamentos é que são amplificados dando a impressão, de maneira muito real, que são vozes de outros.
Para esses, medicação e acompanhamento médico são necessários, e mesmo que como cristãos saibamos que o diabo existe, que acusa as pessoas, e a que cura para isso é somente o perdão em o nome de Jesus, esse conhecimento e experiência não dispensam de forma alguma remédios e médico. Se alguém que você conhece ou você tem esse problema, procure um profissional da área médica, saiba que essa enfermidade tem afetado a muitos no mundo atual, mas ela pode ser tratada.)
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quarta-feira, maio 22, 2013

Não é só mais uma religião...

       As coisas seriam bem mais fáceis se o que tivéssemos fosse só uma religião, uma visão particular e relativa da vida, uma filosofia, um “espiritualicismo” qualquer, que todos respeitam, que todos têm e que não faz ninguém se sentir acusado.
Mas não é assim, temos mais que isso, somos cristãos, não podemos ficar em cima do muro enquanto muitos de nossos queridos, amigos e parentes, se perdem, mesmo que tenhamos que pagar o preço de sermos taxados de radicais, donos da verdade, ignorantes.
Nosso maior desafio, contudo, é compartilhar nossa experiência com Jesus com amor, com paciência e na maioria das vezes, em silêncio, sem usar o megafone dos loucos, dos estúpidos que se colocam no direito de se acharem deuses só porque pensam defender a causa de Deus, como se Deus precisasse de armas, de defensores, de qualquer instrumento da violência.
Não, o cristianismo não é só mais uma religião, nunca foi, é bem mais que isso...
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terça-feira, maio 21, 2013

Verdadeira espiritualidade

Vejo no meio da igreja evangélica gente falando de coisas espirituais, espiritualizando as próprias atitudes, querendo ser espirituais e parecendo que são, na reação parecem sempre “perfeitinhos”.
É gente que conhece bíblia e que já está há tanto tempo na igreja que acabou assimilando a cultura evangélica, o jeito de falar, de agir, de se vestir, gente que é facilmente reconhecida pelo mundo como membro de uma igreja evangélica.
Contudo, muitos, não são espirituais de verdade, são apenas religiosos, como quaisquer outros, católicos, esotéricos, etc. Sabe por que não são espirituais? Porque não assumem sua humanidade, escondem seus problemas maiores, disfarçam.
Eles respeitam coisas físicas, como o templo, o altar, as roupas, a aparência externa, mesmo a educação que se deve ter pelas coisas de Deus, mas não possuem um coração que quer aprender e mudar.
Gente assim escandaliza-se facilmente com a sinceridade, já que eles mesmos não são sinceros e qualquer verdade os incomoda, os acusa, gente assim pousa de superior, se acha no direito de julgar, mesmo que com sutiliza e discrição.
Que os hipócritas não se revelem joio, joio não viverá no céu, antes que os hipócritas tenham uma experiência real com Deus, de quebrantamento, de arrependimento, de batismo no Espírito Santo, enquanto há tempo.
Ser espiritual não é querer ser espiritual, mas assumir-se como carnal, quanto mais carnalidade vemos em nós mesmos, mas próximos da espiritualidade estamos, quanto mais sujos nos achamos, mais  nos limpamos.
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segunda-feira, maio 20, 2013

O fim não justifica os meios

        Se a tua causa é justa, é legítima, é certa, mas você não pode defendê-la em amor, com calma, na misericórdia, então é melhor você ficar quieto, entregar nas mãos de Deus e deixar que ele aja, enquanto você espera em silêncio. Na espiritualidade genuína, o fim não justifica os meios, na verdade muitas vezes o processo importa mais até que o objetivo.
         Bem, quanto a mim sigo humano e aprendiz...

domingo, maio 19, 2013

O uso da espada

"Maldito quem fizer a obra do Senhor de forma negligente! Maldito o que poupar a sua espada de derramar sangue!" (Jeremias 48.10).
A primeira frase do texto acima é fácil de entender, mas a segunda podemos preferir interpretar de maneira contrária, por ser essa interpretação mais política. Ela diz que maldito é o que poupar a espada, portanto, diz que é errado não usar a espada para derramar sangue, já que esse é o seu propósito.
Isso é um incentivo à violência? Não, mas é um ensinamento de que atitudes fortes e decisivas, mesmo que a custo de alguma dor, às vezes são necessárias. Isso significa que é preciso ter coragem para escolher um lado e não ficar em cima do muro.
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sábado, maio 18, 2013

Músico só quer aparecer?

Músico levita: se toca alto, é carnal, se toca baixo, é displicente, se toca sempre, é vaidoso, se não toca, é orgulhoso, mas mesmo assim tem que adorar a Deus no Espírito e ocupar-se somente com aquilo que Deus pensa dele, sem receber ou querer honra dos homens, lutando contra o Diabo, a inveja e o ego.
Isso tudo, além de ler partitura e letra, programar e ajustar instrumentos, falar, cantar, movimentar mãos, dedos e pés, administrar o "cara" da mesa de som, e sentir a música com todo o coração, diante de pessoas que às vezes não estão nem aí com a música e a adoração, e, na maioria das vezes, sem ter retorno financeiro. E ainda dizem que vida de músico é fácil, coisa pra quem quer aparecer.

sexta-feira, maio 17, 2013

O outro lado da moeda

        Palavras de Jesus numa ótica que não é assim tão "paz e amor" como muitos acham que é sempre o Evangelho:
"Pensais que vim trazer paz à terra? Não, eu vos digo; mas, sim, divisão. Pois daqui em diante cinco pessoas estarão divididas numa casa; três contra duas, e duas contra três; estarão divididos pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra contra nora e nora contra sogra." (Lucas 12.51-53).

Sim, o outro lado do Evangelho diz:
"Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22.37-39).

Contudo, mesmo Bíblia, interpretada fora de contexto ou enfatizando partes isoladas pode ser heresia.
Lembro aos não cristãos, aqueles preconceituosos, e esses sim, radicais, que o texto de Lucas acima não alia ao cristianismo qualquer espécie de violência. A divisão é estabelecida através da opção de cada ser humano e ela ocorre no campo espiritual definindo a eternidade, não motiva nem legitima qualquer forma de confronto belicoso.
O Evangelho nunca é imposto, mas apresentado em paz, o livre arbítrio de cada um é sempre respeitado.
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quinta-feira, maio 16, 2013

Milagres, sempre?

Não tenho dúvidas que muitos pregadores, principalmente os pentecostais, não concordarão com esta reflexão. Creio em milagres, mas acredito que temos que ter cuidado com a afirmação de que Deus cura tudo, não que Deus não possa curar tudo, mas Ele não o faz. Por quê? Não sei exatamente, talvez para trabalhar na alma do homem que precisa conviver com uma enfermidade, talvez por outro motivo.
A afirmação irresponsável de que Deus cura tudo e sempre, o que por mais que certos pregadores neguem é o que fazem constantemente e o fazem porque isso enche os templos, pode fazer mais mal do que bem, já que o crente que não prova isso, pode se sentir de alguma maneira culpado ou frustrado. Culpado por achar que está em pecado, por não provar o milagre, frustrado por achar que não tem fé suficiente para provar o milagre.
A generalização, como em tudo, é burra e cômoda, já buscar em oração a vontade de Deus em cada caso e por cada pessoa em especial, custa o esforço de ser íntimo de Deus. O que Deus deseja mais, mais até do que corpos sãos e enriquecidos materialmente, do que homens que vivam em comunhão íntima com Ele? Quando isso acontece tudo o mais fica menor.
Sim, penso que as pessoas precisam ter fé no Deus do impossível, mas acredito que elas precisam muito mais é de humildade para aceitar certos limites, para conviver com dificuldades, para fazer sacrifícios e abrir mão de certas coisas. Penso que isso, mais do que qualquer coisa, representa o centro do Evangelho, centro que muitos não querem aceitar e que outros tantos não querem pregar.
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quarta-feira, maio 15, 2013

Mesmo a paciência de Deus tem limite, cuidado

Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta às obras que praticavas no princípio. Se não te arrependeres, logo virei contra ti e tirarei o teu candelabro do seu lugar.” (Apocalipse 2.5).

Nossas limitações, mesmo nossas fraquezas, podem ser úteis aos propósitos de Deus no sentido de que seu nome é glorificado na dependência sincera que nós humanos e frágeis, temos do Senhor.
Contudo, há limites, se nossas humanidades começarem a atrapalhar a obra de Deus, se nosso orgulho foi maior que nosso temor, se nosso eu, mesmo disfarçando-se de espiritual, mesmo que com discrição e cuidado, impedir que o melhor de Deus seja manifestado para abençoar os homens, se isso ocorrer, Deus põe a mão, dá um basta, tira a posição, anula a função, chama outro para ocupar o lugar.
Com isso se perde tempo e oportunidade, e tudo na vida pode ser resgatado, menos o tempo, o nosso tempo, o tempo do homem, do nosso corpo, de nossas forças, portanto, cuidado, ninguém é insubstituível, Deus pode fazer do abatido um rei, e do rei um sem terra, e isso num instante.
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