domingo, outubro 02, 2011

A vida não é filme

A vida não é filme, não é um romance com um fácil final feliz, contudo e apesar de tudo, vale a pena confiar em Deus, vale a pena esperar um milagre, vale a pena crer nas promessas do evangelho.
        Confesso que ainda não entendi as coisas, e parece que quanto mais vivo menos entendo. Luta-se para se chegar num momento, aquele que visualizávamos como o ideal. Quando se chega, ele dura pouco, também não nos parece tão ideal assim ao ser alcançado.
        Mas o mais surpreendente é que o tal momento rapidamente passa. De repente a mesa vira e uma situação totalmente nova se realiza. Então nos vemos num momento que não prevíamos, todas as nossas referências são abaladas, mesmo dissolvidas.
        Nós nos vemos fragmentados, aos pedaços e percebemos que temos que começar tudo novamente, plantando, regando, lançando de novo os fundamentos de nossa vida.
        Então nos reconstruímos, desta vez diferentes, Deus aparece em nós melhor, melhor que da última vez. Mas pensamos, precisava de tudo isso? Já não estava bom do jeito que estava?
        Não, não é para entender, mas para crer, continuar a aventura maravilhosa que é caminhar com Deus, expandindo o coração, afinando a alma, para caber mais da excelência do Espírito Santo em nós.
        Realmente a vida não é filme, daqueles que o protagonista passa por todo o tipo de peripécia, mas que no final tudo se resolve e ocorre um final extraordinário. Mas pode ser que achamos que o final não é bom simplesmente porque o final ainda não chegou.
         Em nossa ansiedade ficamos fantasiando nosso fim, antecipando um tempo que não pertence a nós, somente a Deus. Queremos fazer o resumo antes da hora. Na verdade, o resumo quem deve fazer é o Senhor, não nós.
        Vivamos um dia de cada vez, sem ficarmos contabilizando tudo, assim, obsessivamente. Todavia é conveniente que amadureçamos, deixando as ilusões de lado, e nos colocando de maneira mais madura ao lado do Senhor. Isso para que possamos descobrir a alegria, que é bem simples e viável, espalhada nas várias fases da vida que nos tem, como uma chuva leve de verão, em final de tarde.

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