Há nela uma conspiração de seus príncipes como um leão que ruge ao despedaçar sua presa, devoram pessoas, apanham tesouros e coisas preciosas e fazem muitas viúvas.
Seus sacerdotes cometem violência contra a minha lei e profanam minhas ofertas sagradas, não fazem distinção entre o sagrado e o comum, ensinam que não existe nenhuma diferença entre o puro e o impuro e fecham os olhos quanto à guarda dos meus sábados, de maneira que sou desonrado no meio deles.
Seus oficiais são como lobos que despedaçam suas presas, derramam sangue e matam gente para obter ganhos injustos.
Seus profetas disfarçam esses feitos enganando o povo com visões falsas e adivinhações mentirosas. Dizem: ‘Assim diz o Soberano Senhor’, quando o Senhor não falou.
O povo da terra pratica extorsão e comete roubos, oprime os pobres e os necessitados e maltrata os estrangeiros, negando-lhes justiça.
"Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na brecha diante de mim e em favor da terra, para que eu não a destruísse, mas não encontrei nem um só.
Por isso derramarei a minha ira sobre eles e os consumirei com o meu grande furor, sofrerão as consequências de tudo o que eles fizeram, palavra do Soberano Senhor".
Ezequiel 22:23-31
Deus não estava punindo a nação de Israel por causa de um pecado coletivo, vendo o povo como um grupo, sem rostos e individualidades. O pecado era pessoal, de cada homem e mulher, sacerdote e príncipe, profeta e soldado. São nas pequenas coisas, muitas vezes camufladas, disfarçadas, escondidas na intimidade do ser humano, no dia a dia, dentro do lar, nas relações com as pessoas, com o dinheiro, onde se encontram os pecados que realmente desagradam a Deus.
Não adianta dizer que está acertando nos assuntos que considera maiores, prioritários, enquanto na privacidade das coisas miúdas existe tanta sujeira moral e espiritual que desagrada a Deus. Que Deus encontre em cada um de nós o homem que fique na brecha, intercedendo junto a ele por misericórdia, não somente pela própria vida, mas pelas vidas de todos os próximos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário