segunda-feira, julho 16, 2018

Sacrifício tem relevância espiritual?

      Muitos podem discordar da afirmação “sacrifício não tem relevância espiritual”. Leia esta reflexão como um adendo à reflexão de ontem, “The dark side of de moon”, se não leu, aconseho a ler. Você pode dizer, “mas Jesus não se sacrificou para nos salvar”? Com sua morte, sim, mas não com sua vida encarnada. Assim, quando ele viveu na simplicidade de filho de carpinteiro, não como um milionário patriarca israelista do velho testamento, nem como um rei judeu da linhagem de Davi e Salomão, nem mesmo como um líder e autoridade religiosa judaica, como um fariseu ou rabino, sem riquezas e sem poder político, Jesus não nos ensina a nos sacrificarmos para sermos mais espirituais. 
      O homem que entende de fato a espiritualidade não nega desejos, prazeres e valores carnais, mundanos, humanos, por achar que está comprando algum direito com sua abnegação, com a dor que a falta causa. O espiritual de fato não sente dor com a falta das satisfações carnais, assim isso não é sacrifício para ele, consequentemente não pode ser usado como objeto de barganha no mundo espiritual, Jesus sabia disso e vivia isso. Asssim, se a morte de um Cristo santo em todo o tempo foi um sacrifício perfeito diante de Deus para salvar a humanidade, sua vida foi o exemplo daquilo que devemos buscar como a melhor espécie de vida possível, não um sacrifício da carne, mas uma excelência espiritual.
      Muitas religiões foram e são construidas em cima de sacrifícios da carne para obter uma graduação espiritual, mas isso acontece com as religiões que nunca tiveram ou que perderam o privilégio da presença do Espírito Santo, só ele pode viver o cristianismo em nós, ele é a força de Deus que nos capacita à espiritualidade, isso é impossível ao homem por suas próprias forças. Sem o Espírito Santo, a tentativa de ser espiritual sempre será sacrifício, e se é trabalho do homem honra o homem, não Deus. Pra Deus, sacrifício de vida não tem relevância espiritual, não temos que nos sacrificar, mas obedecer para descobrir a satisfação, o prazer, a felicidade de viver o ideal de vida que Deus tem pra nós, com ele, nele e para ele.

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