quarta-feira, dezembro 28, 2022

Coerência: equilíbrio

      “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.Tiago 1.22-24

      No trabalho de segurar virtudes com os princípios, coerência nos dá lucidez, casa teoria com prática, nos livra da hipocrisia. Ser coerentes também nos ensina a ser humildes, nos dá clareza para sabermos quem somos, o que podemos e o que não podemos fazer. Coerência nos livra da insanidade de nos acharmos deuses, mantém nossos pés no chão físico deste mundo. 
      Quem despreza a coerência que avalia nossa identidade no tempo, esquece quem é, pode se iludir com os momentos bons ou se amargurar com os momentos ruins. A coerência nos conduz a um equilíbrio humilde, nos protege de nos acharmos vilões ou heróis, mas só humanos, como tantos outros, e se nos vemos corretamente também olhamos certo o outro, com generosidade. 
      Incoerência gera diabos, prepotentes, egocêntricos, toda espécie de extremistas que se acham mais divinos que Deus, assim no direito de explorarem e serem venerados. Incoerência produz ídolos e idólatras, ainda que sejamos nós mesmos os únicos a nos adorarmos como aquilo que achamos que somos. Mas cuidado, quem não é humilde precisará ser humilhado para ser coerente.

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