quinta-feira, dezembro 01, 2022

Jesus é Deus (1/2)

      “E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer.” 
João 5.17-21

      Jesus voltar ao mundo como homem, respeitando os parâmetros de sua primeira vinda, é algo que com certeza não vai acontecer. A civilização hoje é outra, a ciência existe, o ser humano está diferente, assim a revelação espiritual mais elevada de Deus para o mundo contemporâneo tem outras prioridades. Jesus veio como homem no tempo certo, para que influenciasse a humanidade da melhor maneira possível, não poderia ter vindo nem antes, nem depois. Se a humanidade aproveitou ou não essa oportunidade, isso é outro assunto, mas a luz mais alta foi apresentada, quem quiser que se coloque sob ela e seja “salvo”. 
      Muitos cristãos amam romantizar a passagem de Deus-homem na Terra, pelo menos baseados na versão católica-protestante do que seja essa passagem, que pode não bater com a verdade, esses religiosos gostam de se achar melhores que muitos religiosos judeus do primeiro século. Entretanto, numa suposição, se Deus permitisse que seu “filho” encarnasse hoje, dizendo-se o próprio Deus, Jesus seria no mínimo ignorado, e no máximo, não torturado e morto, mas internado como maluco, provavelmente pelos mesmos cristãos que defendem o falso cristianismo, como defendiam religiosos judeus a velha aliança desviada. 
      Jesus não nasceu na realeza, ainda que da raiz de Davi, não era rico ou tinha alguma proeminência na sociedade de sua época, era só um professor da religião judaica, um rabino itinerante. Assim escolheu alunos (discípulos) e saiu andando com eles enquanto os ensinava, como era costume na época. Aos poucos foi sendo percebido como alguém especial, pelas palavras, pela prática do amor e principalmente, como sempre é aos olhos humanos das massas, pelos milagres físicos e exorcismos. Ainda assim, a percepção que a religião sacramentou do Cristo e que chegou a nós, foi construída depois, não durante a vida de Jesus. 
      Os que andavam com Jesus não o entenderam enquanto andavam com ele, tanto que o abandonaram durante sua prisão e sua crucificação. Foi a vinda do Espírito Santo que abriu a mente de apóstolos e discípulos? Eu gostaria de pensar que sim. Foi o mesmo Espírito Santo que guiou os escritores do novo testamento a se lembrarem das palavras do mestre com as relevâncias corretas, escrevendo os evangelhos e orientando as novas igrejas através das cartas? Eu queria muito acreditar que sim. Contudo, depois que uma gota d’água cai ao chão, ainda que nascida pura no céu, mistura-se com a terra e outros elementos e suja-se.
      Neste mundo nada fica imune à corrupção, nem o cristianismo ficou, aceitem isso cristãos católicos, pentecostais e protestantes. Entretanto, Jesus foi aceito e ensinado como Deus. Talvez porque o ser humano tivesse necessidade de crer assim, talvez porque tenha sido conveniente a homens que se colocaram como donos do cristianismo e que queriam usa-lo para manipular outros homens, ou talvez porque a verdade mais alta tenha se imposto pela inclinação do Espírito Santo. Importa é que, Jesus ser Deus e poder conduzir-nos de maneira especial a Deus, são ensinos que permanecem vivos até hoje, graças a Deus. 

Leia na postagem de amanhã
a 2ª parte desta reflexão

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