“Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apocalipse 14.7
O ser humano tem perdido o medo de Deus. O lado positivo é que o humanismo libertou as pessoas do medo de um “Deus” imposto por religião, mais que isso, medo de conhecimentos pseudo-científicos que religião impunha por não discordarem de suas interpretações de seus textos sagrados. Mas diferente do que pensam ateus, o humanismo não “matou” Deus, matou a religião infantil que pregava um "Deus" limitado. Agora o ser humano está livre, ainda que aprendendo na religião o básico sobre Cristo, para ter uma experiência pessoal e interior com o Espírito do Deus verdadeiro, sem imposição externa. O lado negativo é que muitos, não sabendo administrar a liberdade, simplesmente desconsideram Deus, sua elevação moral, seu juízo que virá a todos.
Vamos supor que você resida em Ribeirão Preto, São Paulo, e tenha que fazer uma viagem até São Paulo, capital. Se você for uma criança, a orientação é: faça a viagem com seus pais ou responsáveis, eles te levarão ao destino. Se você for um adulto poderá ir de ônibus ou de carro. De ônibus terá que chegar antes numa rodoviária, pegar o transporte e chegar em outra rodoviária. Já de carro poderá sair na hora que desejar, poderá parar no caminho para um café num lugar da tua escolha, e viajar, não só até a rodoviária do destino, mas exatamente até o endereço do destino. Dos dois jeitos o trajeto principal é feito, dos dois jeitos o destino não muda, mas como adultos temos certos direitos, até mais escolhas, mas também mais deveres.
Com todos os erros, violências, manipulações e enganos que catolicismo e protestantismo cometeram, ainda assim eles pregaram e pregam a Cristo, posição espiritual mais elevada, que nos dá acesso direto ao Altíssimo, através do Espírito Santo, em quem não há mentira ou desvio. Para isso vale textos como o inicial, exortando sobre um Deus único e todo-poderoso que avaliará a trajetória de todos os seres humanos neste mundo. Os princípios principais do texto nunca mudarão, mas, adulto, o ser humano hoje pode saber detalhes e assumir responsabilidades que como criança não podia. Por isso insisto tanto na necessidade urgente do ser humano conhecer Deus além de religião, do cristianismo, da infantilidade. É hora de pegarmos o carro e dirigi-lo.
Quem aprende mais com a viagem, o que dirige o próprio carro, que conhece as estradas, o trânsito, outros motoristas, mas que também sabe dos restaurantes e postos do trajeto? Ou a criança sentada no banco de trás do carro, dormindo em grande parte do trajeto, que não precisa fazer escolhas, só ficar quieta e confiar naquele que dirige o carro em que está? O motorista do carro da criança poderá até estar fazendo um caminho mais longo, poderá não parar para lanchar, ainda que chegue ao destino, contudo, nesse caso a criança não poderá reclamar, aliás, poderá nem saber que pode reclamar ou sobre o que pode reclamar. Não preciso explicar mais a metáfora, foi suficiente para entender. O destino não muda, mas é você quem faz o trajeto.
Mas voltemos à afirmação inicial, o homem não teme mais a Deus. O medo que me refiro aqui não é ficar aterrorizado diante de alguém, só porque sabe que esse alguém é maior que você e pode puni-lo, caso você desobedeça-o ou desagrade-o. Isso é medo que criança tem de pai prepotente. O bem não pune ninguém, mas quem se afasta dele já sente-se e está punido. Diferente de tribunais humanos, onde são necessários longos processos, ouvir testemunhas, fazer dramáticos discursos, para convencer juiz e jurados sobre um ponto de vista, à luz basta brilhar. Quem por mais tempo andou nela no mundo, na eternidade naturalmente será atraído para ela e será recompensado, quem não, se afastará envergonhado e será punido.
“Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações.” Salmos 82.8
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