04/04/20

Loucura (parte 3) Os gregos e os psiquiatras

3. Os gregos e os psiquiatras

      O louco sabe tudo menos que é louco. Se você achar que está passando do limite daquilo que pode ser e ter, procure ajuda de outra pessoa, não confie só em sua própria noção de consciência. O outro extremo, contudo, achar que não pode nada, também pode ser sintoma de alguma doença mental, mas seja megalomaníaco ou persecutório, um adicionando e o outro subtraindo, ambos os delírios podem indicar algum nível de insanidade. Existem várias espécies de loucura no ser humano, afetando áreas diferentes de sua vida, mas ainda que se iniciem em uma área, a loucura sempre acaba afetando todo o nosso ser, em todas as áreas, física, mental e espiritual. Nessa segunda parte do estudo sobre loucura, conheceremos um pouco sobre o que pensavam os antigos gregos e estudiosos como os do século XIX sobre o assunto. 

      “A loucura ou insanidade é segundo a psicologia uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados anormais pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psicopatologia. Algumas visões sobre loucura defendem que o sujeito não está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade. 
      Na visão da lei civil, a insanidade revoga obrigações legais e até atos cometidos contra a sociedade civil com diagnóstico prévio de psicólogos, julgados então como insanidade mental. Na profissão médica, o termo (loucura) é agora evitado em favor de diagnósticos específicos de perturbações mentais, a presença de delírios ou alucinações é amplamente referida como a psicose. Quando se discute a doença mental, em termos gerais, psicopatologia é considerada uma designação preferida.
      As significações da loucura mudaram ao longo da história. Na visão de Homero, os homens não passariam de bonecos à mercê dos deuses e teriam, por isso, seu destino conduzido pelas "moiras", o que criava uma aparência de estarem possuídos, ao qual os gregos chamaram "mania". Para Sócrates, este fato geraria quatro tipos de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. O ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.
      Philippe Pinel alterou significativamente a noção de loucura ao anexá-la à razão. Ao separar o louco do criminoso, afastou o aspecto de julgamento moral que constituía até então o principal parâmetro da definição da loucura. Hegel afirmou que a loucura não seria a perda abstrata da razão: "A loucura é um simples desarranjo, uma simples contradição no interior da razão, que continua presente". A loucura deixou de ser o oposto à razão ou sua ausência, tornando possível pensá-la como "dentro do sujeito", a loucura de cada um, possuidora de uma lógica própria. Hegel tornou possível pensar a loucura como pertinente e necessária à dimensão humana, e afirmou que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura, pois a razão humana só se realizaria através dela.” Fonte Wikipedia
      A loucura está inconsciente e existe em todos nós, loucos seriam os que sucumbiram à luta constante na sua relação com esse inconsciente, isso é o que diz Freud, pai da psicanálise, em outras palavras, de perto todo mundo é louco.

      Essas visões sobre loucura são mutuamente exclusivas? Penso que não, não pense que no século XXI a significação que usamos é a última, a mais recente, não, ainda podemos ler as loucuras mesmo conforme conceitos antigos. Penso que loucura é tudo isso que é citado nesse texto inicial e mais alguma coisa, assim vou usar as citações neste estudo (na 3ª parte), que não são de qualquer pessoas, são filósofos, estudiosos eruditos, cientistas da medicina e da psiquiatria, são conceitos que devemos considerar. “Se clamares por conhecimento e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus, porque o Senhor dá a sabedoria, da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento.” (Provérbios 2.3-6).
      Muitos clamam por sabedoria, oram, jejuam, mas não se dão ao trabalho de estudar, de fazer uma faculdade, de ler bons livros. A boca de Deus não fala só pela Bíblia ou pela voz direta do Espírito Santo, seja em nossos corações ou pelas vidas de outras pessoas cristãs, Deus usa muitos homens sábios neste mundo para nos ensinar sua sabedoria. Principalmente na ciência, podemos aprender mesmo com homens que nem tenham entendimento ou que não assumam que a sabedoria que possuem é verdade de Deus, no caso deles não do mundo espiritual, mas do mundo material. Assim estejamos abertos, com temor e devidos filtros, para aprendermos com médicos, psiquiatras, assim como com químicos, físicos, matemáticos e tantos outros estudiosos sábios de suas áreas.

03/04/20

Loucura (parte 2) Nem tudo que parece é

2. Nem tudo que parece é

       “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.” 
Jeremias 17.9-10

      Iniciando o estudo sobre loucura, uma reflexão sobre dois fenômenos psicológicos, entendimento interessante para quem quer conhecer mais a mente humana, uma parte do nosso ser que vai além de nosso cérebro físico, interface que liga nosso espírito ao nosso corpo. Seguem duas definições sobres esses fenômenos.

      “pareidolia é um fenômeno psicológico que envolve um estímulo vago e aleatório, geralmente uma imagem ou som, sendo percebido como algo distinto e com significado. É comum ver imagens que parecem ter significado em nuvens, montanhas, solos rochosos, florestas, líquidos, janelas embaçadas e outros tantos objetos e lugares. Ela também acontece com sons, sendo comum em músicas tocadas ao contrário, como se dissessem algo. A palavra pareidolia vem do grego para, que é junto de ou ao lado de, e eidolon, imagem, figura ou forma. Pareidolia é um tipo de apofenia.” Fonte Wikipedia 

      “Apofenia é um termo proposto em 1959 por Klaus Conrad para o fenômeno cognitivo de percepção de padrões ou conexões em dados aleatórios. É um importante fator na criação de crenças supersticiosas, da crença no paranormal e em ilusão de ótica. Inicialmente descrita como sintoma de psicose, a apofenia ocorre no entanto em indivíduos perfeitamente saudáveis mentalmente. Do ponto de vista da estatística é um Erro do tipo I, ou seja, tirar conclusões de dados inconclusivos. Em um exame pode levar a um resultado falso positivo. Psicologicamente é um exemplo de viés cognitivo. Ocorrências de apofenia frequentemente são investidas de significado religioso e/ou paranormal ocasionalmente ganhando atenção da mídia como a impressão de ver Jesus em uma torrada.“ Fonte Wikipedia 

      Experimentar os fenômenos acima não é sinal de psicose, ou necessariamente de algum transtorno psiquiátrico, é na verdade algo comum e útil. Revela a capacidade que o cérebro humano tem de “arredondar”, digamos assim, a interpretação de certas informações para chegar a conclusões de percepção mais rapidamente economizando tempo e energia. Mas essa capacidade precisa de cuidado, há de se ter discernimento para saber quando estamos vendo, ouvindo ou sentindo, coisas que na verdade não existem ou que não condizem com a realidade. Conclusões precipitadas podem levar a grandes enganos, e crer nesses enganos pode levar, sim, à instalação de doenças mentais, algumas de difícil reversão.
      Por que levantei esse tema aqui no blog? Porque em assuntos religiosos e na vida espiritual, que viajam em planos ainda não comprovados cientificamente e que são deveras subjetivos, variam de interpretação de pessoa para pessoa, é onde mais podemos provar pareidolias e apofenias (acho que muitos nunca tinham ouvido falar desses termos antes de ler aqui no “Como o ar...”, ainda que provem esses eventos o tempo todo). Sempre acredito num homem em harmonia com todos as suas áreas, física, emocional e racional, e espiritual, enfim, ter corpo, alma e espírito equilibrados, um ajudando o outro a entender e praticar o que é real de acordo com cada plano, creio que essa é a plena vontade de Deus para nós.
      As coisas na vida não são tão claras, como quer nos fazer crer a ciência, e nem tão relativas e infinitas, como quer nos fazer aceitar sem discussão as metafísicas (ainda que sejam, sim, relativas e infinitas). Na harmonia entre corpo, alma e espírito, achamos o equilíbrio, escapando da insanidade, evitando as diabrices, e nos libertando dos vícios, ou qualquer extremos que nos conduzam a alucinações. Se admitirmos que nós somos mais que matéria e mente, acharemos essa harmonia e seremos equilibrados, como sempre o critério de avaliação para isso é checar os frutos, plante certo e colherá bem. Chegaremos a nada delirando, assim conhecer a Deus, a nós mesmos e ao resto, é caminho que nos livra da ignorância e da loucura.

01/04/20

Loucura (parte 1) Introdução

      A partir de hoje e indo até o final deste mês, às segundas, quartas, sextas-feiras e aos sábados, o “Como o ar que respiro” estará compartilhando uma série de dezesseis reflexões sobre o tema “Loucura”. Segue hoje uma introdução, se puder, acompanhe este estudo, considero o texto mais profundo e verdadeiro (como testemunho pessoal) que já compartilhei aqui no blog, além de ser um assunto para lá de relevante a todos. 

1. Introdução

      Este é um estudo especial comemorando a entrada do blog “Como o ar que respiro” em seu 10º ano de existência, pela graça do Deus altíssimo. É uma série de dezesseis reflexões sobre o tema “Loucura”, ou Transtornos Mentais, o termo mais técnico, várias discussões serão feitas, abrangendo vários aspectos da insanidade, em várias áreas. Não é para esgotar o assunto, mas para nos ajudar a pensar mais nele. Se você acha loucura falar nesse assunto, saiba que ele está mais próximo de todos nós que achamos ou que queremos assumir que está, e se não de nós, de pessoas próximas a nós, que podem estar sofrendo numa enorme e injusta solidão.

1. Introdução 
2. Nem tudo que parece é
3. Os gregos e os psiquiatras
4. Deuses e monstros 
5. Ciência e religião 
6. Podemos saber? 
7. Morte e espíritos 
8. Loucura de Deus
9. Espírito Santo, o diabo e a mente
10. Origem da loucura
11. Processo da loucura
12. Podemos escolher?  
13. Sobre medo
14. O mal não entrará em ti
15. Informações de profissionais 
16. Conclusão 

      Não quero de maneira alguma tratar este tema de forma leviana, contudo, ele também não precisa nos assustar, ninguém necessariamente precisa, nos dias de hoje, ser internado e estigmatizado, por ter algum transtorno mental, com descanso, medicação e aconselhamento de profissionais sérios, todos podemos conviver com nossas características não normais. Alguns de nós passam a vida flertando com a insanidade, admirando-a, falando com ela, e às vezes até permitindo que ela domine, ainda que seja só nós pensamentos, mas todos nós temos algum nível de anormalidade. Isso na verdade talvez seja o que mais nos faz normais, ou mais semelhantes a todos os demais seres humanos. 
    O termo loucura, que usarei neste estudo, não é tecnicamente o mais correto, mas é um jeito de chamar a atenção da maioria para o tema. O que precisamos aceitar é que nossa existência é muito mais mental que física, nossa vida real se passa muito em nossas cabeças, às vezes mais até que no mundo físico. Já se deu conta em tudo o que você pensa e sente, mas não realiza? Isso também é sua vida, e uma parte muito importante dela, consome tempo e energia, assim como cria registros de sua existência. Saúde mental pode ser mais importante que física, já que ela pode influenciar todo o nosso corpo, assim como distorcer as informações que recebemos em nossa comunhão espiritual com Deus. 
      Sempre que compartilho reflexões sobre este assunto, por responsabilidade, gosto de deixar bem claro que eu não sou profissional da área médica de doenças mentais, ou de qualquer outra especialidade, assim, se está precisando de ajuda nesse assunto, para você ou para alguém que conhece, procure um médico, neurologista, psiquiatra ou psicólogo competente, não use qualquer opinião ou declaração feitas aqui no blog como orientação de diagnóstico ou de tratamento. Mais uma coisa, não confie mesmo em religioso, seja pastor, pregador, missionário, profeta, ou qualquer outro título que se dê nas igrejas evangélicas atuais, não em qualquer um, no que se refere a problemas mentais deixe a ciência cuidar daquilo que é dela. 
       Repetindo, alguns termos usados neste estudo não tiveram o compromisso de estarem tecnicamente 100% adequados à psiquiatria, à psicologia ou à neurologia, o estudo não é feito por um profissional da medicina, assim termos mais simples e de uso mais popular foram preteridos, ainda que se tenha pretendido ser claro e correto. Dediquei, contudo, a reflexão “Informações de profissionais”, para compartilhar textos com informações profissionais sobre o tema, que nos dizem, por exemplo, que médicos não chamam pessoas com transtornos mentais de doentes, mas de portadores de certas características mentais consideradas não normais. Seja como for minha intenção é ajudar, sem mistificações mas com seriedade. 

José Osório de Souza, 08/03/20

30/03/20

Solidariedade

      “Solidariedade: caráter, condição ou estado de solidário; compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas.”, “solidário: em que há responsabilidade recíproca ou interesse comum; que depende um do outro; interdependente, recíproco.” 
Fonte Dicionário Google

      “O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade“ 
Romanos 12.9-13

      “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
  Filipenses 2.4-8

      Solidariedade, talvez seja o que o ser humano, enfim, aprenda a ter, numa situação de pandemia como esta, quando ninguém é intocável ou invencível, quando a Covid19 pode atingir a qualquer um. Mas isso pode ser a única salvação para a maioria, não só as orientações dos profissionais da medicina, não só as medidas econômicas dos governos, principalmente para os menos favorecidos financeiramente, mas a ajuda que cada um possa dar a seu próximo. Esse próximo não precisa ser conhecido, ligado à você de alguma maneira, seja como família, amigo ou irmão em Cristo, mas é simplesmente aquele que podemos ajudar agora. Você conhece seu vizinho de rua, de condomínio ou de andar de prédio? Sabe se ele está bem? Se não está precisando de nada? Se está tendo o mínimo para sobreviver? Se não sabe, informe-se e faça algo, o momento é aqui e agora! 
      “Não sejais vagarosos no cuidado”, seja rápido no amor, e no amor prático. Precisamos orar pelo mundo? Sempre, mas pare de orar e faça, doe alimento, ajude com algum dinheiro, faça compras de mercado e de farmácia para idosos e pessoas de grupos de risco, enfim, mostre que é cristão, não seja tímido nem lento para isso. Atentemos para o que é dos outros, pensemos nos outros, começando com isolamento social que não permite que a doença chegue aos outros. Sejamos solidários e entendamos, isso é bem mais que obrigação religiosa, é entendimento do funcionamento do universo. Como o universo funciona? Com tudo e todos numa interação de troca, assim o mal de um, é o mal de outro, o bem de um, é o bem de outro, somos todos interdependentes, ligados, física e espiritualmente. Por quê? Porque estamos todos em Deus e Deus está em todos, sempre.

28/03/20

O justo sempre se levanta

      “Não armes ciladas contra a habitação do justo, ó ímpio, nem assoles o seu lugar de repouso, Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal. Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar; Para que, vendo-o o Senhor, seja isso mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira.Provérbios 24.15-18

      Esse trecho maravilhoso da Bíblia fala sobre quedas, não necessariamente físicas, mas morais e espirituais. Em quatro versos Salomão nos dá várias lições sobre vários aspectos de quedas que os homens podem ter na vida. O primeiro ensino é que tentar provocar a queda de alguém é trabalho inútil, o ímpio anda em trevas, não sabe para onde vai, assim, mesmo sem querer, tropeça no mal, esse não precisa que homem lhe faça armadilha ou que o empurre, seu estado normal já é tragicamente caído. Já o justo sempre se levanta, e se alguém intenta derruba-lo terá que dar contas a Jesus, o cordeiro de Deus que justifica aqueles que confiam em Deus e fazem dele seu prazer, assim não ouse atentar contra ele.
      A queda do justo é por escolha, até isso é um privilégio que só o justificado em Cristo tem, sua queda não é acidental, quem anda na luz sabe para onde vai, se cai é por rebeldia ou displicência sua, não porque sucumbiu a mal de homem ou do diabo. A diferença é que o estado natural do justo é de pé, é nisso que ele se sente bem, ele não tem prazer em ficar caído, assim será levantado, pelo Espírito Santo de Deus que o habita e o sustenta. Salomão dá ênfase a isso, ainda que caia por sete vezes, um número que na Bíblia significa uma quantidade indefinida ou infinita, o justo sempre, sempre se levanta, a tempo de estar de pé para se encontrar com seu Senhor na eternidade. 
      Mas me chama a atenção o início da passagem, que cita habitação e lugar de repouso do justo, interessante que não diz ciladas contra a vida do justo, contra sua pessoa física, mas contra sua residência. Isso mostra a importância e a necessidade de orarmos de forma especial por nossas casas. Muitas vezes oramos na igreja, pelos ministérios, pelas pessoas, mas não damos a ênfase necessária para que haja cobertura espiritual sobre nossos lares. Se nosso lugar de descanso maior, de harmonia, de proteção, nosso “castelo”, onde habita as pessoas mais importantes de nossas vidas, nossas famílias, não está devidamente protegido, nossa paz maior está desguarnecida, seremos enfraquecidos em nossa base para enfrentar a vida.
      Orar pela casa é mais que orar pelas vidas de cônjuges, filhos e outros que moram conosco, o que é a primeira intercessão a fazer. Mas depois temos que orar pelo espaço físico de nossas residências, sala, cozinha, quartos, banheiros, área de serviço, garagem, quintal e outros lugares e cômodos. Não, isso não é exagero, mas é tomada de posse espiritual de toda a extensão geográfica de nossas casas. Depois de expulsar o mal desses locais, peça proteção para que o mal não volte e não entre, seja pelas portas, janelas e qualquer outros espaços, seja por cima, por baixo, pelos lados etc. Visualize os lugares da casa em sua mente, enquanto intercede com fé e convicção emocional, sempre pelo poder do nome de Jesus.
       A passagem nos dá também um último ensino, não nos alegremos com a queda de alguém que se posta como nosso inimigo, eu digo alguém que se posta, assim a inimizade ainda que venha da outra parte não deve ser recebida pelo justo, o justo, nele mesmo, não tem inimigos. A orientação de Salomão revela um segredo, "para que, vendo-o o Senhor, seja isso mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira", quando se zomba do que cai, se a queda for por disciplina de Deus, a disciplina sai do que caiu e passa para quem zombou, sim, é isso que diz o texto. A queda de alguém, mesmo de quem nos quer mal, não nos dá direito de satisfação, ou de qualquer espécie de sentimento de vingança. Andemos em temor a Deus sempre!

27/03/20

CORONA VÍRUS e COVID 19 (3)

      “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.Mateus 24.37-42

      Algo que me chamou a atenção neste gravíssimo problema que o Brasil e o mundo está enfrentando, é a postura de incredulidade de alguns, e não me refiro a gente sem cultura e sem religião, mas pessoas de classe média, bem educadas e bons religiosos, mas que trataram, e alguns ainda tratam, o problema com desdém. Isso nos leva a concluir o que já tantas vezes já refletimos aqui, as pessoas têm muita dificuldade para sair de suas zonas de conforto, e a pior zona de confronto é aquela que cria na mente da pessoa um conforto, parece óbvio? Mas é isso, principalmente o conforto que diz que elas estão protegidas em seus lares, com suas rendas financeiras, em seus empregos e mesmo com suas religiões, pessoas acostumadas e cercadas por décadas de tradições e de facilidades econômicas inerentes a quem nasce em berços privilegiados. 
      Muitas pessoas, boas cidadãs, boas religiosas, boas cristãs, no fundo pensam, “estamos protegidas com o que temos, somos e cremos, nada pode nos atingir”, mas pensam mais, “essa coisa de crise mundial, de fim do mundo, de diabo, é bobagem, coisa de gente ignorante”, e por incrível que pareça ouvimos isso de religiosos cristãos, principalmente de católicos de classe média e sem dificuldades financeiras. Aqui não vai qualquer declaração preconceituosa contra alguém, mas é uma constatação no Brasil, onde uma grande maioria da classe média tem as características que citei, principalmente nas regiões sul e sudeste. Essas se dizem seguidoras do evangelho, mas são absolutamente incrédulas com relação ao mundo espiritual, ao diabo, ao juízo se Deus, ao apocalipse, tive experiência com esse tipo de gente bem proximamente a mim, infelizmente.
      Entenda certo, também não estou querendo defender o outro extremo, acreditando em teorias de conspiração, apenas estou dizendo que nós seres humanos somos frágeis criaturas neste mundo e estamos sujeitos, sim, a muitos e surpreendentes males, como o Corona vírus e a Covid 19. O texto inicial descreve bem essa zona de conforto, na qual as pessoas sempre buscam estar, foi assim no tempo de Noé e Jesus diz que será assim no final, antes da vinda de Cristo, que teologicamente podemos entender como sendo, a do texto acima, aquela que ocorrerá no arrebatamento, não sendo ainda a volta antes do milênio nem a do juízo final (já refletimos aqui sobre os eventos dos últimos tempos em postagens como “Você será arrebatado?”). Mas descanse, esta pandemia que estamos enfrentando ainda não representa diretamente nenhum evento escatológico, contudo, pode ser um “ensaio” interessante.
      Se não é um ensaio, é um tapa na cara de muitos que insistem em dormir em suas zonas de conforto, acordemos! Busquemos a Deus, busquemos a Deus, nas igrejas? Sim, os templos cristãos ainda são os locais físicos mais adequados para buscarmos a Deus, e estarmos com pares nos fortalece, nos conforta, nos alegra, assim, se você frequenta uma igreja, firme-se mais ainda nela e leve toda sua família. Mas como sempre digo aqui, os melhores encontros com Deus fazemos nas madrugadas, sozinhos em nossos lares, é quando conseguimos nos livrar de todo tipo de vaidade religiosa e levados pela intenção mais pura buscamos ao Senhor, colocamos nossas vidas em ordem com Deus, e entregamos família e próximos no altar do Senhor. É tempo de levarmos a vida com Deus com aquela qualidade que sempre soubemos que devia ter, mas que dizíamos a nós mesmos, “deixa pra depois”, bem, o depois chegou.

Mais informações em

25/03/20

Melhor ou maior?

      “Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação.” 
Provérbios 15.16
      “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” 
Provérbios 16.18
      “A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará o humilde de espírito.” 
Provérbios 29.23
      “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.” 
Tiago 4.6b

      Se fazer algo te deixa arrogante, não faça, se falar algo te faz estúpido, não fale, se exercer uma função, liderar um trabalho, usando mesmo uma habilidade verdadeira que você possui, te enfraquecer, levando-o a pecar, a machucar alguém, é melhor se afastar e deixar outro fazer. Não, não estou dizendo que o mal deve te vencer e te impedir de fazer algo, mas se você orou, clamou, se consagrou, esperou, e ainda assim fazer algumas coisas, mesmo que nelas mesmas não exista nada de errado, que sejam coisas boas e úteis, te levam a pecar, é melhor não fazer. Isso pode exigir de nós mais espiritualidade que fazer e acontecer.
      Nada vale a pena se feito sem Deus e se você pediu forças para fazer algo e Deus não deu então não é para você fazer. Quando Deus quer que façamos algo, ele nos dá mais que habilidade intelectual, disposição física, nos dá capacidade espiritual para fazer em paz, com alegria, em santidade, em amor, com legitimidade moral, antes de outras. Eu pergunto, quantos teremos que machucar, a começar de a nós mesmos, antes que aprendamos que fins não justificam os meios? Quando aceitaremos que crescimento espiritual é o que mais importa nessa vida, mais que obtermos reconhecimento social e grana?
     Ainda que Deus aja com inteligência e economia, permitindo que as pessoas sejam construídas, em todas as suas histórias pessoais, mesmo antes de suas conversões a ele, que elas agreguem a suas vidas conhecimentos e experiências, que junto de talentos naturais e dons espirituais formam uma ferramenta útil, muitas vezes o melhor a fazer com tudo isso é guardar em nossos corações e nos recolhermos. Por isso é de suma importância, para termos de fato uma vida vitoriosa e feliz, que realmente abençoa as pessoas, que descubramos e façamos a real vontade de Deus para nossas vidas, não aquilo que achamos que é.
      Essa vontade não tem necessariamente a ver com talentos naturais e com as competências físicas, não se não tivermos forças espirituais e emocionais para exercer tudo isso. Temos que entender que a primeira pessoa que Deus quer abençoar através de nossas vidas é nós mesmos, assim não adianta tentar ganhar o mundo e nos perder. Orgulho e prepotência machucam os outros, mas ferem antes de tudo a nós mesmos. Quem não percebe isso a tempo acaba sendo humilhado e levado a um exílio, ministerial, profissional ou outro. Sejamos melhores e Deus nos usará, mesmo que diante das pessoas sejamos menores.
      Menores? Sim, abrir mão de habilidades, de talentos, de tudo que nos dá direitos a palcos e púlpitos para sermos maiores, entendendo que tudo isso nos faz pessoas piores, que tudo isso acaba fazendo mais mal que bem, é uma decisão, acima de tudo, de humildade, é uma escolha para sermos menores. Por quê? Porque a humildade verdadeira não honra homem, mas Deus. Mas qual é a vontade de Deus para todos os homens senão que glorifiquem seu nome acima de tudo? Assim abrir mão para ser humilde e glorificar a Deus não deveria ser opção, mas lei espiritual seguida por quem de fato se diz servo de Deus. 
      Louco é o que bate no peito e grita, “sou servo de Deus e nada vai me impedir de servi-lo”, esse não serve a Deus, mas ao próprio ego, esse não segue a Jesus, Jesus não agiria assim, tinha coragem para obedecer, mas sabia se calar, se ausentar, mesmo se recolher, não por medo, mas com sabedoria. Jesus mais se protegeu que se exibiu, guardava-se para o momento mais importante, ele conhecia o coração dos homens, a inveja e o ódio dos tolos, que não querem construir, mas só destruir quem é levantado por Deus para ser não o maior, mas o melhor, ainda que quando visto pelos homens seja o menor.

23/03/20

Escolha bem que o bem vem

      “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Provérbios 3.5-6

      Faça as melhores escolhas e o bem virá a você, sem que você precise sair correndo atrás dele, será pedido de você só o que você pode compartilhar em paz, nada mais isso.

      Muitas vezes ouço de amigos queridos não cristãos, mas também vejo isso na vida de cristãos, ainda que neguem, eles dizem que não conseguem achar a felicidade, principalmente nas relações afetivas. Sofremos com amigos assim, que aos nossos olhos parecem (e são) gente boa, pessoas até fáceis de se conviver, mas que parece nunca acertarem em namoros (e mesmo em casamento). Escolhas, a vida é feita de escolhas, somos as nossas escolhas, e para escolher é preciso coragem e sinceridade do bem. Não vou falar de amor próprio nesta reflexão, de gostar de nós mesmos para escolher quem de fato gosta de nós, mas vou falar simplesmente de saber escolher. 
      Como é feita a melhor escolha? Às vezes a melhor escolha é a que espera mais tempo para ser feita, mas outras vezes a melhor escolha é a que se faz rapidamente, sem pensar muito. Alguns acertam de primeira, outros acertam na terceira vez, mas outros parecem não acertarem nunca, e quer saber? Não acertam porque no fundo não querem acertar, são auto-sabotadores que se especializam em ter granadas de mão desarmadas como bichos de estimação, um dia, relaxam a vigilância e a bomba explode. O segredo é escolher uma flor, ainda que em broto, mas que com o tempo se transforma em algo lindo que só precisa de amor para ser regado e permanecer lindo. Mas como saber o que é flor e o que não é?
     Deixando poesia de lado, ainda que a vida real seja feita de poesia, a melhor escolha, e que deveria ser a primeira, é Deus, em sincronia com ele conseguimos fazer, seja na vida profissional, na afetiva, um escolha certa, achamos, ainda que na semente, algo que se transformará numa linda flor. Não pense que escolher Deus é fazer parte de igreja, ser fiel a uma religião, ter a vida espiritual totalmente resolvida, não é isso não. Muitas vezes escolhemos Deus ainda no início de nossas caminhadas neste mundo, imaturos, meio que perdidos, mas fazemos uma escolha sincera e genuína. Se escolhemos Deus, Deus nos escolhe, e se isso acontece temos o pai das luzes, o Senhor de todas as almas, o criador dos espíritos do nosso lado. 
      Infelizmente, algumas pessoas que são ótimas amigas, boas cidadãs, gente honesta e esforçada, às vezes se fecha para o Deus verdadeiro, ainda que o respeite, mesmo que frequente igrejas, não permite Jesus no mais profundo de seus corações. É triste, fora da luz não se vê o caminho, bate-se a cabeça aqui e ali, se tem dificuldades para achar algo. Jesus é toda a luz que precisamos para saber qual escolha é melhor, ainda que feita num impulso, só por paixão. Quando escolhemos o bem em Deus, não nos cansamos correndo atrás de escolhas erradas, que nunca foram para nós, nessa escolha a única coisa que precisamos dar em troca é não vendermos nossa paz, a paz de quem faz a vontade de Deus, de que cumpre seu plano.

21/03/20

“O fim do mandamento”

      “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.I Timóteo 1.5

      Em meio a tantas heresias que o apóstolo-teólogo já enfrentava em sua época, que vinham principalmente dos judeus convertidos, que até queriam o evangelho, mas também queriam a lei mosáica ou outros ensinos baseados em textos judeus de livros considerados hoje apócrifos, Paulo resume a melhor religião numa simples frase. Novamente a sabedoria mais profunda é dita em poucas palavras, onde três virtudes são colocadas: amor de coração puro, boa consciência e fé não fingida. Em primeiro lugar aquele que de fato segue ao Deus verdadeiro mostra em sua vida amor, mas não qualquer amor, amor de um coração puro (para os que gostam, hoje o “Como o ar...” vai de estudo bíblico).
      Se tem uma virtude que é vulgarizada hoje em dia é o amor, que é usado tanto pelo extremismo religioso de se sacrificar pelas pessoas, praticando caridade a custo de se negar como indivíduo, como pelo outro extremo, a liberalidade sexual, que pode tudo e com qualquer um para achar prazer. Da espiritualidade pelas forças humanas à carnalidade sem culpa para o prazer humano, muita coisa é chamada hoje em dia como amor. Mas Paulo diz amor de um coração puro, um coração puro não faz algo com segundas intenções, seja para alcançar algum nível de espiritualidade ou provar satisfação  carnal, só um coração de fato puro pode amar o amor de Deus, e só por Jesus temos um coração puro.

      Em segundo lugar o que anda com Jesus e conhece a Deus tem uma boa consciência, boa consciência não é ignorar o remorso, fazer qualquer coisa se sentir culpado por nada, estar em paz ainda que sem regras, sem leis. Existem, sim, regras na vida, morais, e leis, espirituais, mas não as dos homens das religiões, escritas em papel. Quem nos revela as leis universais atemporais e de fato espirituais é o Espírito Santo, se só ele mostra, só ele pode dar forças para praticar. Somente obedecendo as leis de Deus é que podemos ter uma boa consciência, e a primeira delas, a mais importante, base para tudo o mais é, “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna“ (João 3.16). 
      Naturalmente somos pecadores, todos nós, isso nos separa de Deus, só Jesus pode nos unir a Deus, através do seu perdão exclusivo. Boa consciência é um conceito que pode ser difícil de definir (já foi dito que toda definição é uma prisão), porque é subjetivo, porque o que acusa um pode não acusar o outro, o que é incoerência pra um, não é para o outro, assim se formos defini-la humanamente torna-se relativa e ilimitada. Só tendo o Deus verdadeiro como referência absoluta para saber o que é uma boa consciência e consequentemente vive-la, os ensinos do Espírito Santo nunca aprisionam, mas libertam.
      Tenhamos, contudo, cuidado como diz Jeremias 17.9-10, “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso, quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações”. Boa consciência se reflete em paz, mas muitas vezes podemos nos sentir aflitos ainda que nossas vidas estejam em ordem com Deus, nesse caso nos falta fé. Confiar só nas emoções pode ser perigoso, por outro lado a mente pode estar em paz e nossa consciência aparentemente boa, ainda que estejamos fazendo algo muito errado, nesse caso estamos pondo fé no lugar errado. Isso te deixou confuso? 
      Pois é, viver não é fácil, por isso acha paz de uma consciência de fato boa quem busca a Deus com todo seu ser, nos sentimentos, nos pensamentos e no espírito, no espírito a experiência é pela fé, e fé na palavra de Deus que nos ensina o Espírito Santo. Por fé acessamos as promessas de vitória de Deus, a verdade, mas isso depois (e não antes) deixa nossa consciência boa, nossa mente em paz, nosso coração feliz. Pise na rocha que é Cristo e você poderá até sentir os fortes ventos da emoção e da razão tentando te desestabilizar, mas eles não te derrubarão, e se perseverar, depois terá paz e uma boa consciência, limpa de todo engano. Creia para sentir, mas se sentir a Deus, creia sem titubear. 

      Por último fé não fingida, eis outra virtude que muitos não entendem, principalmente hoje em dia. Mas por que as pessoas fingem ter fé, ou usam de uma falsa fé em suas crenças? Fé hoje em dia dá status religioso, e não importa no que ou em quem seja, o que importa é ter fé. As pessoas alcançam  seus objetivos com essa fé na fé, com essa fé genérica? Claro que alcançam. Mas Deus, o Deus verdadeiro está nessa história? Muitas vezes, se as pessoas agem, apesar de tudo, com alguma sinceridade, e sinceridade pode conferir fé não fingida, eu disse pode, mas não basta, não basta ser sincero para que Deus ouça e aja. 
      A verdadeira fé, como tantas vezes já dissemos aqui, é dom de Deus (Efésios 2.8), e é humilde, não quer bens materiais, prosperidade no plano físico, nem glória humana. A verdadeira fé quer experiência espiritual genuína, virtudes espirituais, e acima de tudo, glorificação de Deus, não do homem, de demônios, ou da própria fé. Fé não fingida é autêntica mesmo quando é pequena, aliás, a verdadeira fé não tem vergonha de admitir que é pouca, que não pode mover os montes, mas apresenta o homem com sinceridade diante do altíssimo e aceita qualquer coisa, mesmo a menor, a mais simples, desde que venha de fato de Deus. A verdadeira fé quer de fato a Deus, mais nada, ela resiste ao tempo e às vaidades.
      O filho pródigo quando quis retornar ao lar, sujeitando-se mesmo a ser tratado como menor pelo pai, entendendo que o menor com o pai é melhor  que o maior longe do pai, esse filho tinha fé não fingida. “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros” (Lucas 15.18-19). Muitos, todavia, agem não como o filho mais moço, que pecou mas aprendeu a lição da humildade, muitos agem como o filho mais velho, que nunca saiu de casa e que por isso achava que tinha mais direitos. Esse tinha uma fé fingida, porque tinha segundas intenções, porque achava que possuía mais créditos por causa de seus méritos humanos. 

20/03/20

CORONA VÍRUS e COVID 19 (2)

      Num momento ímpar como esse, de perigo para todos, é que veremos quem é quem, o principal é seguir rigidamente as orientações das autoridades, políticas e médicas, mas a mídia, programas de TV etc, também está fazendo um excelente trabalho, ouçamos com atenção e obedeçamos. 

1. Nos coloquemos em isolamento, e não em férias, é a melhor forma de prevenção e de não transmissão, e de restabelecimento para a maior parte das pessoas, ainda que aqueles com contágio mais sério devam ser internados e até colocados em UTI.

2. Cuidado com idosos, cuidado com idosos, cuidado com os idosos e com pessoas imunodeprimidas, isso é os com mais de sessenta anos e com alguma deficiência de imunidade, como recém operadas, HIV positivadas, e mesmo diabéticas e outras.

3. Só saia de casa se for estritamente necessário, e relembrando, idosos e pessoas imunodeprimidas evitem mais ainda, mas se sair higiene-se ao extremo, antes e depois de sair de ambientes, evite tocar nas coisas, em corrimãos, nas paredes dos elevadores etc, e de tocar o rosto, boca, nariz e olhos com as mãos, ao voltar pra casa troque de roupas e se lave.

4. Filhos e outros parentes, pegue a lista de mercado e de farmácia de idosos e façam as compras vocês, depois leve as compras para o idoso, mas evite fazer visitas a idosos, não leve crianças para visita-los, e se precisar ir a casas com idosos, como em tudo, mantenha distância, nada de abraços, apertos de mãos, beijos etc, seja rígido nisso.

5. Não viaje de cidade para cidade, não saia do estado e muito menos do país, e se chegar de viagem do exterior, coloque-se em auto-isolamento, o momento não é de férias, nem para passeio, não faça ou frequente festas sociais, bares, shoppings, bares, restaurantes, comércio em geral, farmácias, hospitais, a não ser que for estritamente necessário, respeitando sempre a higienização.

6. A Covid-19 passada pelo Corona vírus é só uma gripe para a grande maioria, e sem sintomas para muitos, mas ela é muito contagiosa, passa por gotículas de uma pessoa ou de materiais para outra pessoa rapidamente, e aí idosos e pessoas imunodeprimidas podem pegar a doença com facilidade e correrem risco de vida.

7. Não precisamos fazer grandes estoques em casa, de alimentos e bebidas, mas principalmente de máscaras e álcool em gel, esses últimos são indicados para pessoas com sintomas e para os profissionais da área médica, se acabarmos com o estoque desses, pessoas que não precisam poderão estar tirando máscaras e álcool em gel de quem de fato necessita.

8. Crente, evite aglomerações, não vá a cultos, pastores, fechem igrejas e se for possível façam cultos pela internet, fé ajuda e devemos orar com fé, mas nesse momento as orientações científicas são as que vão ajudar o mundo a sair dessa situação de pandemia o quando antes, não sejamos irresponsáveis nem caóticos.

9. Cristãos, a coisa é de fato séria, falamos tanto em caridade, em solidariedade, em pensar no próximo, e muito em viver situações mundiais de emergência, bem, esse é um momento assim, nunca vivido pela grande maioria, quando você viu escolas fecharem, governos decretarem quarentanas, e mesmo a redes de televisão interromperem transmissão de programação e de novelas? e isso em todo o mundo?? 

10. A situação pode ainda não parecer extrema, mas na China e na Itália já é, assim seguir as orientações é um meio do contágio não pegar um número máximo de pessoas em pouco tempo, o que congestionaria e inviabilizaria o sistema hospitalar.

11. Na verdade não poderemos evitar a doença aqui no Brasil, os esforços são mais para que ela se processe mais lentamente na sociedade com tempo de ser digerida pelos hospitais e salas de UTI e mesmo de uma vacina ser feita, já que no momento não existe nenhum remédio ou vacina para ela. 

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