21/10/19

O consolo do meu Deus

      “Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo. Não temas, tu verme de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel.Isaías 41.13-14

      Algo que nada pode substituir, que nenhuma religião, que nenhum conhecimento mágico, que nenhuma filosofia pode dar, é o consolo pleno, no tempo certo e afetuoso de um Deus que é pai. As religiões podem até nos confortar afetivamente, mas muitas crenças não são em Deus, mas em ídolos, em homens e mulheres mortos, em imaginações que trabalham muito mais as carências com soluções psicológicos que com realidade espiritual. 
      Outras experiências ocultistas podem oferecer explicações de mistérios, mesmo revelações do outro plano, contatos com entidades, mesmo uma realidade espiritual, mas tudo coberto de complicados rituais, que se não forem feitos do jeito e no tempo corretos podem virar o feitiço contra o feiticeiro. Filosofias, por outro lado, podem trazer algum alento intelectual, baseadas na ciência, na racionalidade, na matéria, mas são frias respostas do vazio da alma que nega a Deus, ainda que razoáveis e lógicas. 
      Só Deus dá aquele consolo que enche nossa alma de alegria, no exato momento que precisamos e que s que não temos mais ninguém e nem nada para nos ajudar, e isso de uma forma humana, pessoal, paternal, como o abraço puro e sincero de mãe. Deus é maravilhoso por isso, o capítulo 41 de Isaías é um desses consolos, que por mais que a gente leia, que por mais que nos preguem, que por mais que ouvimos e lemos, sempre soará como uma brisa fresca, limpa e nova, que nos levanta e nos faz seguir em paz. 
      “Não temas porque eu o Senhor tomo pela mão a você, que se sente tão pequeno, fraco, desprezado, injustiçado, você que se sente um pequeno verme dentro de uma goiaba, insignificante, não temas, eu, Deus, sou teu redentor, mais ninguém, estou vivo, atento e nunca te deixarei“. Por isso amamos ao Senhor, por isso Jesus é tão especial, por isso quem começa a andar com Cristo pode passar por muitas provas, mas nunca desistirá de segui-lo. 

20/10/19

O poder pertence a Deus

      “Grandes homens não buscam o poder, o poder é colocado sobre eles”, ouvi essa frase num filme, como é verdade. Num momento quando todos buscam empoderamento (palavra da moda), quando a agenda anti-Cristo quer empoderar o indivíduo para tirar o poder de Deus, perde-se o conceito de ter por merecer, e afirma-se o ter simplesmente pelo querer. Não estamos dizendo que as pessoas não devam lutar por direitos e que não devam usufruir deles com liberdade, principalmente algumas minorias que foram tão escravizadas e impedidas por séculos de serem livres e terem os mesmo direitos que outras maiorias. Contudo, é perigoso dar poderes excessivos às crianças, passando por cima de pais, a afro-descendentes, passando por cima de estudo e trabalho justo, dar poderes a outros que podem de fato nem serem capazes de administrarem seus direitos visto que podem ser limitados mesmo por doenças mentais. 
      Sábio é temer a Deus e saber que mesmo que façamos nossa parte, mesmo que a sociedade seja mais justa, mesmo que o mundo seja mais tolerante, muitas potências não devemos receber de graça, por algum direito especial, todos são especiais e se todos são, ninguém é. Conceder um direito especial a alguém porque é minoria pode, em muitos casos, não ser tolerante, mas preconceituoso às avessas, visto que enfatizamos algo que faz de alguém diferente da maioria do contexto para dar a ele algo facilitado. Ser tolerante e não agir com preconceito é tratar a todos de maneira igual, assim qualquer espécie de cota é preconceito às avessas, que acaba sendo preconceito do mesmo jeito, pois a pessoa adquire um direito não por esforços próprios em um sistema igualitário, mas simplesmente porque é diferente. Se é diferente não é igual, se alguém é tratado como não igual então está sofrendo preconceito, ainda que esteja aparentemente sendo protegido por isso. 
      O poder não é tomado, não num sistema justo (ainda que utópico em muitos casos), ele é dado aos merecedores, contudo, a maior das honras é receber algo não dos homens, esses podem ser sempre de alguma maneira convenientes, falsos, manipuladores. A honra maior é receber poder de Deus, e não me refiro a poder espiritual, esse Deus dá igualmente a todos, me refiro a poder intelectual, social, financeiro. Mesmo nas igrejas, células em que o evangelho deveria mandar, orientar, honrar, devemos esperar que o poder social nos seja dado por Deus, enquanto isso devemos andar em simplicidade e humildade, sem segundas intenções ou vaidades. Tantos almejam os púlpitos, principalmente nas pentecostais e neo-pentecostais onde o acesso é mais fácil, e para isso fazem de tudo para terem um microfone na mão, serem ouvidos e aplaudidos.
      Nas igrejas protestantes tradicionais existe um filtro de preparo acadêmico estabelecido que só autoriza acesso ao púlpito aos realmente preparados intelectualmente em faculdades e seminários, e não estou dizendo aqui que isso é melhor ou pior, é apenas diferente. Quantos, contudo, em todos os lugares, buscam um poder que não lhes é legítimo, que não merecem, que Deus não lhes quer dar. Que bom seria estarmos trabalhando, cuidando de nossas vidas, como os apóstolos, cada um no seu ofício, e Jesus nos ver e nos chamar, colocar sobre nós um poder, uma autoridade, uma missão, porque ele viu não em nossos discursos públicos, mas em nossas vidas privadas, em nossos corações, que estávamos preparados para receber tal potência. Que bom seria que nos sentíssemos surpreendidos nesse momento, e não andarmos amargos e nos sentindo injustiçados por não ganharmos dos homens o poder que achamos que merecemos. Na verdade, as melhores honras só ganham os que se acham absolutamente indignos delas. 

19/10/19

O que são as trevas?

      “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.Efésios 5.8

      Acostumamo-nos a dizer que fazer ou dizer isso ou aquilo é coisa do diabo, é coisa das trevas, mas o que de fato são essas trevas? Estar a vícios é estar nas trevas, facilmente aliamos as trevas a viciados em drogas, n bebida alcoólica, também enquadramos como nas trevas os adúlteros, os viciados em sexo, os presos a transtornas sexuais que não têm controle sobre obsessões na área da sexualidade. Trevas é ausência de virtudes, de valores morais e espirituais, é afastar-se do Deus verdadeiro e se aproximar de entidades, de anjos caídos, enfim, de maneira geral chamamos de trevas a falta do bem ou o excesso do mal. Mas será que é só isso que é trevas, só os criminosos, viciados, promíscuos é que estão em trevas?
      Fisicamente, andar em trevas é não saber onde se caminha e nem para onde se vai, enfim, é não ter um caminho reto e certo para andar, um objetivo para se alcançar, um bom objetivo. Ninguém que busca a Deus com boa sinceridade anda em trevas, ainda que a princípio esteja num caminho que muitos chamam de trevas, se há boa sinceridade Deus achar e encaminha. Já citei esse termo aqui antes, “boa sinceridade”, porque não basta ser sincero, tem que ser sincero com um bom objetivo. Muitos alegando sinceridade são estúpidos, maldosos, agridem e não abençoam, e ainda assim são verdadeiros, não são falsos. Mas não basta não ser falso, tem que ter um objetivo bom, um bom sincero, é a esse que Deus ouve.
      Contudo, mesmo dentro de igrejas, mesmo ministrando em templos, mesmo cantando louvores, mesmo profetizando, tem muitos que estão em trevas. Por quê? Porque só enxergam o que que querem, falam de Deus, cantam sobre Deus, mesmo se quebrantam emocionalmente, mas ainda como crianças espirituais, ainda que se considerem ungidos e maduros. Esses Deus ouve e deles cuida, mas ainda precisam de libertação para que conheçam e andem no verdadeiro caminho de luz. O caminho de luz só se vê de cima, só Deus o vislumbra, se queremos conhecê-lo temos que deixar que o Espírito Santo nos mostre, o Espírito é Deus em nós. O Espírito Santo não pode ser limitado, freado, controlado.
      Mas alguns podem argumentar, “mas eu dou liberdade para o Espírito Santo, eu choro, que clamo, eu danço...”, a esses dizemos, liberação emocional e física não representa necessariamente liberdade espiritual, e mais, liberdade do Espírito Santo em nós. Nos centros de afro-espiritismo as pessoas têm plena liberdade física, emocional e espiritual, dançam, cantam, se jogam ao chão, e experimentam um frenesi ímpar, que os coloca num transe profundo permitindo que se comuniquem com o mundo espiritual e tragam informações desse mundo para o plano físico. Ainda assim, tais pessoas, sinceras e sérias no que buscam, estão em trevas, trevas profundas. 
      Sim, alguns podem dizer, “mas minha interação é com o Espírito de Deus, não com espíritos malignos”, mas o ponto é que a verdadeira luz de Deus não se mede por experiências emocionais, ainda que essa luz possa nos impressionar emocionalmente de maneira profunda. Precisamos parar de medir causas pelos efeitos, achando que porque o efeito foi assim, a causa é legítima. Não podemos por a carroça na frente dos bois, como diz o ditado, isso é que muitas igrejas atuais estão fazendo, começaram buscando uma experiência maior com o Espírito Santo e acabaram buscando os efeitos da verdadeira experiência antes da causa. Por isso tanto descontrole, tanta vergonha, tanta “línguas estranhas” estranhas mesmo. 
      Por isso tanto emocionalismo que não muda a vida de fato, tanto choro, tanto louvor, mas que na prática não faz o evangelho genuíno ser vivido. Muitos estão em trevas achando que estão na luz, e a culpa é de muito pastor que prefere ter ovelhas equivocadamente espirituais que acabam sendo controladas com mais facilidade. Contudo, uma experiência espiritual verdadeira é substituída por um emocionalismo viciante, assim homens e mulheres buscam êxtases em congressos missionários, em vigílias, em “ungidões”, quando na verdade só estão vivenciado emocionalismo carnal. Repito, mesmo a esses Deus vê, ama, abençoa, mas acima de tudo Deus chama para que saia da primeira infância espiritual e cresçam espiritualmente. 
      Como sabemos se estamos na luz ou nas trevas? Não é pelo fato de não estarmos presos a nenhum vício carnal, aos prazeres físicos, aos excessos materiais, não só por isso. Podemos simplesmente estar trocando um vício por outro, outro que a princípio parece melhor, mas que no final será cadeia do mesmo jeito, assim como distanciamento de Deus. Ninguém pode ser criança para sempre, e quem só busca emoções está se prendendo numa periferia da vontade do Senhor que só é interessante enquanto somos crianças espirituais. Se quisermos ficar nessa posição para sempre, acabaremos nos afastando de Deus e sendo aprisionados por heresia humanas. 
      Luz é antes de tudo o centro da presença de Deus. Quem busca ao Senhor de todo o coração, sem amarras físicas, emocionais ou espirituais, tem uma experiência com a luz. A luz da presença de Deus em primeiro lugar nos revela como somos pecadores, assim o que anda na luz enxerga o próprio pecado, enoja-se dele e quer deixá-lo, imediatamente Andar na luz é amar a santidade de Deus, e isso é muito mais que querer obedecer a uma coleção de nãos. A santidade de Deus se deseja porque somos compungidos a amar a Deus, assim andar na luz é andar em amor pelo Senhor, não por medo, queremos obedecer porque amamos um pai de amor, não porque temos medo de um juiz vingador. 
      Luz é Deus, é santidade, é amor, mas acima de tudo, é adquirir uma consciência racional do que é melhor e querer praticar isso. A emoção vem depois, como efeito desse processo de iluminação divina, de conscientização, de conhecimento. Emoção não se entende, conhecimento sim, e sim, podemos entender muito sobre Deus depois, eu disse, depois, que cremos. Luz de Deus é santidade, é amor, é conhecimento de Deus e é prática de vida. Quer saber se de fato anda na luz de Deus? Na luz há frutos e frutos que permanecem, ainda que sejam frutos difíceis de serem colhidos e que podem levar anos para frutificarem. Mas não desistamos, na luz sempre há a verdade de Deus, que nos faz provar o melhor da vida. 
     Este espaço virtual, o blog “Como o ar que respiro”, tem um compromisso com a luz de Deus, com o centro da vontade do Senhor, com o amadurecimento espiritual dos cristãos através do conhecimento profundo do Altíssimo, através exclusivamente de Jesus e pela revelação pura e clara do Espírito Santíssimo de Deus. Essa luz está acima das religiões cristãs, das interpretações tradicionais do cânone bíblico, só essa luz prepara o homem para se encontrar com Deus, seja pelo arrebatamento ou pela morte física. Só essa luz pode vencer as últimas estratégias dos diabos, dos anjos rebeldes, das verdadeiras trevas. Glória ao pai da luz, ao Deus da iluminação maior, a Cristo Jesus, seu filho, e ao único Espírito iluminado, o Santo. 

18/10/19

Fraqueza grande exige consagração maior

      “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele.” I Coríntios 1.27-29

      A regra é simples, o que é mais fraco é o que precisa buscar mais a Deus e consequentemente terá uma intimidade maior com Deus. Ou aceitamos isso, essa regra que só é mais uma faceta do princípio fundamental do evangelho, onde tudo funciona de maneira oposta às regras do homem caído, ou nos fazemos prezas dos vícios, dos pecados, colocando a culpa nos outros, e até em Deus, mas não em nós mesmos. Assim, se caiu de novo e no mesmo erro, peça perdão, receba a purificação, mas medite profundamente no estado de reincidência, para não pecar de novo e de novo. 
      Enquanto neste mundo, sempre pecaremos, até nosso último suspiro como encarnados, mas o melhor é que o pecado diminua com o tempo, pelo menos o mesmos pecado. Para que isso aconteça não depende só de Deus, a parte dele ele faz, deixa-nos disponível o perdão em Cristo e nos dá o consolo do Espírito Santo para seguirmos perdoados. Deus não se cansa de amar, e sempre nos chama ao arrependimento, assim como neste mundo sempre nos espera para que acertemos as coisas, sempre. Não permita que nada e nem ninguém, nem você mesmo, te convença que não existe mais jeito, mais uma chance, mais um perdão. 
      Mas para que tenhamos uma libertação precisamos querer, e para querer é preciso se posicionar, pensar profundamente em porque certos pecados são tão reincidentes. Isso a princípio é uma atitude muitos mais racional que emocional, um posicionamento de fé, que depois então modifica nossas emoções, nossos desejos, nossas fraquezas. Quem acha a convicção aprende a vigiar, a andar no mundo com mais cuidado, com mais cautela, procurando ficar o mais longe possível daquilo que é para ele tentação, daquilo que ele sabe que se aproximar-se demais poderá fraquejar. 
      Contudo, o que se consagra, que busca, que vigia, adquire uma vida espiritual de mais qualidade, e assim, conhece a Deus de maneira diferenciada. Você pensa que os grandes homens de Deus, os da Bíblia e tantos outros, eram os homens mais fortes? Não, eram justamente o contrário, os mais fracos, e o episódio do espinho na carne de Paulo, que tantas vezes já refletimos aqui, é prova disso. Veja também a vida de Moisés, que teve que passar quarenta anos esquecido no deserto cuidando de ovelhas para aprender a ser manso, ou de Davi, que mesmo no auge de seu reinado adulterou, ou de Pedro que negou a Cristo três vezes antes de entender sua chamada. 
      Mas eles aprenderam a depender da misericórdia de Deus, grandes fraquezas precisam de uma fortaleza ainda maior para serem vencidas, e os fracos descobrem em Deus a maior das forças. Nessa ligação eles conhecem a Deus e consequentemente entendem mais a si mesmos e aos homens, esses, os fracos fortalecidos no Senhor, são os mais aptos a fazerem a obra de Deus neste mundo, são esses que Deus chama de maneira especial. Assim, levante-se, peça perdão, posicione-se de maneira diferente, cuide-se melhor, e obedeça a chamada que Deus tem pra você. 
      Não adianta ficar se remoendo em remorsos, o Senhor tem um plano maravilhoso para sua vida, ele só espera que você entenda isso. A fraqueza acaba sendo não uma limitação, mas uma oportunidade para conhecer mais a Deus, visto que os que se acham fortes, sãos, lúcidos, ou que não se arrependem de seus pecados, os orgulhos, não assumem seus pecados e não buscam o perdão do Senhor. Ninguém deve se gloriar por ser fraco, mas devemos nos sentir honrados por termos a noção que dependemos muito de Deus e que só nele podemos nos fortalecer, feliz o que é atraído por Deus e que responde com um humilde sim a essa atração de amor. 

17/10/19

Em que se baseiam nossas alianças?

      “O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança.Salmos 25.14

      É dito que somos as escolhas que fazemos, as alianças que estabelecemos, os amigos que nos aproximamos, assim, existem dois tipos de afinidades no mundo, num tipo as pessoas as têm apoiadas nas fraquezas das outras pessoas, no outro tem-se apoiando-se nas virtudes. Onde você se apoia quando faz uma aliança com alguém, nas fraquezas ou nas virtudes desse alguém? Em primeiro lugar é preciso entender que buscamos pessoas parecidas com a gente, com coisas em comum, porque isso é mais fácil. 
      É muito mais cômodo obter auxílio, empatia, apoio, de gente com os mesmos objetivos que nós, assim o ocioso buscará companhia de ociosos porque esses não cobrarão dele que saia de sua ociosidade. Por outro lado o trabalhador fará aliança com o trabalhador que cooperará com ele em seu objetivo de trabalho. Essas afinidades ficam bem claras principalmente no meio profissional, nas empresas, mas também existem nos casamentos e mesmo em igrejas. 
      Quem se apoia nas fraquezas buscará o pior dos outros, o lado negro, e achará nisso algo em comum para estabelecer uma comunhão. Quem se apoia nas virtudes buscará o lado melhor, construirá uma aliança de benefício mútuo fundamentada naquilo de bom em comum, de construtivo, que alguém tem. O covarde sempre busca o pior e através de manipulação tira proveito disso, assim um inimigo em comum pode unir dois estranhos que no fundo só têm ódio como afinidade que os una. 
      Muitos se unem por terem os mesmos medos, as mesmas inseguranças, as mesmas doenças de alma e de espírito, esses não querem cura, mas alguém que lhes ajude a alimentar um mal que acabou sendo uma identidade, uma bandeira. Esses querem continuar se destruindo e destruindo os outros. Quem faz aliança baseada em virtudes busca cura, manter-se curado e ainda poder compartilhar de forma produtiva essa cura com outros. Quem se apoia nas fraquezas se esgueira por caminhos sombrios, faz as coisas às escondidas.
      Quem sem apoia nas virtudes, todavia, ama a luz e nela se constrói, mas que aliança é mais iluminada que a que fazemos com Deus? Deus joga limpo, faz as coisas às claras, não tem nada a esconder, nessa aliança o nosso melhor aparecerá e aumentará. Nessa aliança não temos nada a temer e tudo que precisamos saber nos é revelado, na aliança de luz do Senhor há verdade, e a verdade é rocha e escudo para os justos. Quem faz uma aliança em Deus conhece os segredos do altíssimo e dele é amigo.  

16/10/19

Por Cristo estamos de pé!

      “A minha alma está pegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra. Eu te contei os meus caminhos, e tu me ouviste; ensina-me os teus estatutos. Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim falarei das tuas maravilhas. A minha alma consome-se de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra. Desvia de mim o caminho da falsidade, e concede-me piedosamente a tua lei. Escolhi o caminho da verdade; propus-me seguir os teus juízos. Apego-me aos teus testemunhos; ó Senhor, não me confundas. Correrei pelo caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração.salmos 119.25-32

      O salmista sentia sua alma moída, dolorida, pesada, já que a via presa ao pó, isso é um estado profundo de tristeza. O que sabemos do salmista Davi, e através dos salmos que ele escreveu (Davi não escreveu todos os salmos do livro), é que ele era muito perseguido, e a história nos conta isso, antes de sua assunção como rei. Depois que recebeu a promessa de Deus de um reinado legítimo, ainda teve que aguardar um tempo, e enquanto isso foi perseguido pelo rei Saul, deposto por Deus, mas ainda reinando sobre Israel. A perseguição levou Davi a viver como pária, com marginais, escondido e sempre com a morte à espreita. Essa talvez fosse a razão principal da tristeza de Davi tão poeticamente revelada em muitos salmos, mas o tempo de espera ensina mais que isso. 
      No início desse momento de espera até colocamos a culpa nos outros, uma culpa que é verdadeira, sem dúvida, mas com o tempo começamos a olhar para nós mesmos e então entendemos o objetivo mais profundo desse tempo. Esse tempo é para nos preparar, nos deixar realmente prontos para receber a grande bênção, no caso de Davi, um reinado. Nesse tempo o futuro rei aprendeu que um homem comum e muitas vezes injustamente perseguido só está de pé pela misericórdia de Deus, também aprendeu que nosso principal inimigo não é um “Saul” teimoso em não ceder seu lugar a quem tem direito, mas nós mesmos, o nosso pecado. No tempo solitário de viver escondido nas cavernas de Adulão da vida, temos que aprender que só estamos de pé, ainda que com todos os direitos legítimos de reis, pelo sangue do cordeiro que nos purifica de todo o pecado e nos faz dignos de sermos protegidos por Deus. 
      O que nos mantêm de pé é o sangue de Cristo, que nos purifica de todo o pecado, mesmo daqueles que não temos consciência que existem ou que nos negamos a assumir. O amor de Deus nos escolheu e limpou antes do início dos tempos, por motivos que nos são mistérios, nele Jesus veio ao mundo, nasceu, viveu e morreu sem pecado, por ele temos direito à paz, ao perdão, à esperança. Assim, não desfaleçamos, sigamos crentes e de pé, ainda que humildes diante de Deus, quebrantados, dependentes, vamos em frente. O passado Deus perdoou, o presente agradecemos ao Senhor e o futuro ao pai de amor pertence. De pé sigo, não caído e estagnado, mas vivo e caminhando, erguendo-me todos os dias no fundamento de minha fé que é Jesus, ele é a verdade, ele é a única religião perfeita que me liga ao Altíssimo, a ele todo o louvor. 

15/10/19

Conhecemos a Deus?

      “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.” João 17.3

      O que sabemos de Deus é aquilo que refletimos dele em nosso corpo, em nossa alma e em nosso espírito, assim o conhecimento que dizemos que temos e que ensinamos aos outros é mero reflexo daquilo que Deus é, reflexo limitado. Pode ser mais acurado, caso estejamos limpos pelo sangue de Jesus e o espelho estiver mais claro, mas ainda assim sempre seremos só espelhos e o conhecimento humano de Deus, reflexos. Se quiser conhecer mais a Deus, você deve ler a Bíblia? Sim! Deve orar mais? Sim! Deve participar de mais cultos coletivos? Sim! Mas acima de Deus, deve conhecer mais a Jesus. 
      Leia toda a Bíblia, mas aprofunde-se nos quatro evangelhos, na vida de Jesus encarnado, nas palavras registradas como ditas diretamente por ele. Repito, toda a Bíblia é bênção, toda ela, mesmo textos relacionados a uma cultura e a um tempo, ou outros, mais metafóricos e que não precisam ser interpretados ao pé da letra. Mas Jesus é o centro, dele não abro mão, ele é o único caminho que nos leva diretamente a Deus, e sua vida encarnada nos dá o ensinamento mais exato de como podemos viver neste mundo, nos relacionando com as pessoas, e esperando a outra vida, nos relacionando com Deus. 
      Quer refletir um conhecimento mais nítido de Deus? Permita que Jesus se reflita em você, e mais ninguém. Num momento onde as heresias se multiplicam nas igrejas evangélicas e muitas delas baseadas no antigo testamento, na antiga aliança judaica, nos símbolos do templo de Jerusalém, no sacerdócio dos levitas, é preciso entronizar Jesus como o Cristo. Ainda assim, e isso não é defeito, por melhor que for nossa intenção e mais esforço tivermos para sermos melhor por Deus e em Deus, ainda assim, somos espelhos, e espelhos diferentes. 
      Somos seres sociais e por isso viver em igreja é importante, para conhecer mais a Deus? Sim, mas através dos outros, do que os outros refletem de Jesus neles. Nossas experiências mais profundas com Deus temos sozinhos? Desculpe-me se você pensa diferente, mas eu penso que as coisas mais importantes aprendemos sozinhos, experiências conhecidas só por nós e por Deus, contudo, temos que nos dar ao trabalho de nos confrontarmos com as diferenças alheias. Isso não é fácil, mas é necessário, e é o que mais nos molda, não necessariamente pelo conhecimento que adquirimos, mas pelo amor que aprendemos a compartilhar. 
      Precisamos ter a humildade para conviver, para ouvir, mais que falar, para entender, ainda que não sejamos entendidos, para amar, ainda que nem sejamos notados. Só Deus se basta, nós, homens, dependemos dos outros, ainda que precisamos aprender a viver como se não dependêssemos de ninguém, essa é a realidade. Mas se tivermos cuidado, sabedoria, respeito, os outros poderão nos ensinar muitas coisas, mesmo que muitas vezes sem que tenham noção disso. Conhecer a Deus é conhecer as pessoas à medida que aprendemos a conviver em paz com diferenças, assim um espelho de uma só face se torna um diamante multifacetado, refletindo em muitos lados e ângulos a multiforme sabedoria de Deus. 

14/10/19

Pode até não doer, mas faz mal do mesmo jeito

      “E, estando ele ainda falando, rogou-lhe um fariseu que fosse jantar com ele; e, entrando, assentou-se à mesa. Mas o fariseu admirou-se, vendo que não se lavara antes de jantar. E o Senhor lhe disse: Agora vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade. Loucos! Quem fez o exterior não fez também o interior?Lucas 11.37-40

      Dente com canal tratado não dói, mas pode cariar do mesmo jeito e ser perdido. O processo todo começa aos poucos, um dente é exposto à sujeira e não é cuidado, então a cárie se instala e na insistência do descuido a cárie se aprofunda até que atinge o nervo. O dente está lá, exteriormente, mas por dentro está comido pela sujeira, isso dói e muito. A dor extrema sempre nos leva a buscar solução, assim no caso da cárie procuramos um dentista que consegue resolver o problema, ele faz tratamento de canal, retira o nervo que dói e fecha o dente. 
      Contudo, se continuarmos descuidando do dente a sujeira volta e pode trazer cáries mais sérias, essas poderão destruir totalmente o dente. Essa segunda parte do processo, todavia, não dói, o dente não tem mais o nervo. Alguns pode até achar que isso é vantagem, mas não é, o dente será perdido de vez sem que dor seja sentida. Na verdade, depois do tratamento de canal o dente já está praticamente morto por dentro, só lhe resta uma aparência externa. O final é a perda total do dente, que ainda que seja substituído por um implante, é artificial, nunca mais a pessoa terá um dente verdadeiro. 
      Essa metáfora é tão boa que nem precisa de muita explicação, uma simbologia bem clara sobre uma convivência com o pecado sem busca de uma solução total e permanente. A metáfora do dente sem nervo é real na vida de muitos que de tanto errar acabam não sentindo mais culpa, culpa é o nervo moral que todo ser humano tem. Sua maior sensibilidade está diretamente ligada à nossa prontidão em não nos acomodarmos com o erro, mas em nos arrependermos, buscarmos perdão e fazermos uma aliança com Deus para não errarmos mais (e se errarmos buscarmos perdão de novo). 
      Muitos até buscam uma solução inicial quando dói muito, quando ainda têm o “nervo da culpa”, mas retirar o nervo não é solução, quem tem essa experiência já perdeu uma parte importante de sua alma, deveria, a partir disso, ter um racional muito mais cuidadoso para não pecar, visto que emocionalmente já está cauterizado. Infelizmente, a vida não é fácil, e muitos, por um motivo ou outro, acabam perdendo a sensibilidade à dor do pecado, assim se isso ocorre devemos nos guardar mais ainda, buscar mais a Deus, ouvir mais o Espírito Santo, que ainda que sempre nos fala. 
      O conselho é, se cuide, se limpe, higienize alma e espírito, e limpeza total só através do sangue de Jesus, quem não sente culpa ou está limpo, ou tão sujo que já fez morrer o “nervo da culpa”. Como tem pessoas vivendo de aparência, como os fariseus do texto inicial que só se importam com aparência exterior, com o dente lindo por fora, mas sem vida por dentro, ou pior, com dentes artificiais, implantados em sua natureza. Contudo, o mais maravilhoso é que em se tratando de espírito, através da conversão a Jesus, podemos ganhar “dentes novos e com nervos”, completos, vivos, lindos e limpos. 

13/10/19

Casa limpa e bem ocupada

      “Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro.Lucas 11.24-26

      Jesus ensina várias coisas nesses três versículos, mistérios do mundo espiritual:

- um demônio quer dominar o ser humano, seja por opressão, em maior ou menor grau, e isso todos nós sofremos, ou pela possessão total, quando ela é autorizada de forma bem clara por algumas pessoas, por algum motivo os demônios gostam disso, buscam isso, isso talvez confira a eles alguma qualidade ou capacidade que normalmente só como seres espirituais caídos eles não têm, assim, não é o homem que quer o poder do diabo, mas o diabo que deseja a potência humana;

- contudo, em nome de Jesus, o demônio é expulso, se há possessão a libertação é completa, mas com relação à opressão na nossa conversão temos libertação daquela de grau maior, mas ainda assim, depois de novos nascidos, enfrentaremos opressão demoníaca, uma oração nos protege, mas é preciso um constante estado de vigília e oração para estar sempre livre da opressão;

- mas como é grande a libertação e cura que recebemos na conversão ao evangelho, também será maior o ataque do diabo, a diferença é que agora não estamos mais sozinhos, temos a habitação eterna do Espírito Santo em nós que nos protege e nos arma para a batalha espiritual, tenhamos, todavia, o conhecimento que o demônio que nós nos atacou (e às vezes até nos possuiu um dia), voltará a nos atacar “sete” vezes mais forte depois que experimentarmos uma nova posição espiritual em Cristo e à medida que amadurecemos espiritualmente;

- à casa não basta estar limpa e enfeitada, deve estar bem ocupada também, casa bonita mas vazia só nos coloca mais em perigo para ataque de demônios, eu não creio que uma pessoa realmente convertida a Cristo possa experimentar uma recaída extrema, porque na conversão nossa habitação espiritual não é só limpa e enfeitada, mas ocupada também, pelo Espírito Santo, assim a lição que aprendemos é que nossa proteção contra o diabo não está na religião, na moralidade, na civilidade, na psicoterapia ou na meditação, isso tudo pode limpar e até enfeitar, mas só Jesus sela com o Espírito Santo e ocupa nosso homem interior de maneira que o diabo e seus demônios nunca mais poderão nos possuir. 

12/10/19

As maiores mentiras do diabo

      “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito.” Mateus 24.24-25

      As maiores mentiras do diabo são construídas de verdades incontestáveis, isso poderia desviar até os sinceros? Não, elas não existem para nos confundir, com a finalidade de nos fazer errar o alvo, os que conhecem a Deus de fato não podem ser atingidos por elas. Elas são para estreitar nosso caminho e purificar nossas intenções, quem as contempla aprende mais sobre Deus, entende a profundidade e extensão da verdade divina. As grandes mentiras do diabo são permissões de Deus que nos levam focar no centro de sua vontade, e não em periferias convenientes aos homens. Elas, ainda que também sejam verdades em partes, são degraus e não o topo, parar num degrau e celebrá-lo é criar uma heresia, usá-lo como base para pisar e seguir em frente é buscar o verdadeiro conhecimento de Deus. 
      Mas o que são essas mentiras? São as ilusões da carne? É a fé na fé que só tem objetivos materiais e não espirituais do bem? É a crueldade e a injustiça egoístas que fazem guerras e destroem nações com a finalidade de conquistar e crescer? Não, são muito mais que isso, o melhor exemplo delas está na tentação que Cristo teve no início de seu ministério, e aí já percebemos em Jesus uma grande diferença em relação às nossas vidas assim como em relação às vidas de homens que se consideram hoje “ungidões” e verdadeiros servos de Deus. Ser tentado pelas maiores mentiras do diabo é privilégio dos maduros, dos experientes, de gente que andou muito tempo com Deus e se preparou para enfrentar tais artimanhas. 
      Jesus, porém, as enfrentou no início de sua missão, não no final, por quê? Porque ele só começou sua missão quando estava preparado. Nós, por outro lado, começamos sem preparo, pregamos e acontecemos sem ter de fato noção do que estamos fazendo, por isso tantos pastores se perdem, tantos pregadores caem, pela vaidade de iniciar algo sem ordem de Deus, apenas para ter honra de homens. Esses nunca conhecerão a verdade de Deus em sua profundidade, passarão a vida sendo tentados como meninos na fé, sem estarem preparados para as grandes mentiras do inimigo. 
      Alguém pode dizer, “mas eu quero lá saber dessas mentiras”, pois é, talvez muitos não queiram saber, mas é com essas mentiras que o diabo está arquitetando sua estratégia derradeira para dominar o mundo e anular o cristianismo no planeta. Muitos estão ocupados com as mentiras menores, em vencer vícios e apetites carnais, em viver debaixo de legalismos infantis, achando que o diabo perseguirá a Igreja como fez nos primeiros séculos, que o mal se revelará mal de uma maneira óbvia e panfletária. Enquanto isso o diabo levanta contra a Igreja um povo que se considera não agressor, mas vítima, vítima de uma cristianismo preconceituoso e retrógrado. Como eu já disse aqui, muitos estão esperando um diabo agressor, enquanto ele virá como vítima, contra um agressor todos se levantam, mas de vítimas todos têm dó, e repito, o diabo é um humanista, e é assim desde o início. 
      O diabo não quer destruir o cristianismo matando Cristo, mas se colocando como um “cristo” melhor e mais legítimo para a humanidade. Enquanto as igrejas condenam toda expressão homoafetiva como pecado, o diabo se mostra como amigo dos homoafetivos, mesmo dos falsos (e sempre faço essa distinção aqui), que usam o homossexualismo só como prazer diferente daquele de suas naturezas. O evangelho ensina que devemos amar a todos? Sim, isso é uma verdade, o evangelho ensina que devemos amar o pecador e odiar o pecado, contudo, mesmo que se apoiem nessa verdade muitos cristãos acabam colocando pecadores ou aqueles que eles julgam como pecadores, numa situação inferior, assim na prática muitos odeiam o pecador também. 
      O inimigo, porém, diz que não existe pecado, assim além de amar todos não faz distinção de ninguém, ele se coloca como um “messias” superior, e é assim desde o princípio, vemos isso com clareza na versão bíblica de Prometeu em Gênesis quando ele dá ao homem o conhecimento do bem e do mal levando Adão e Eva a comerem do fruto da árvore. Mas como o diabo diz isso ao mundo? Ele diz isso através da mídia, das organizações, governamentais ou não, do cinema, da música, da internet, da TV, dos livros, dos jornalistas, dos partidos políticos, enfim, escondido, mas ativo para tentar anular o cristianismo que ele chama de velha ordem para que possa estabelecer através de toda essa agenda anti-Cristo uma nova ordem mundial. 
      Os falsos profetas piores, preditos no texto inicial, não estão dentro de igrejas, ensinando heresias, o cristianismo sempre conviveu com heresias internas, desde o início, ou alguém ainda tem a ilusão de achar que uma denominação, uma igreja evangélica, é menos herética que a outra? Que a protestante tradicional é melhor que a pentecostal, que a pentecostal é melhor que a neo-pentecostal, que a neo-pentecostal é melhor que a católica? Todas existem em alguma espécie de sectarismo do cristianismo primitivo, todas são seitas, todas! E se quer saber isso nem importa tanto, Deus salva sinceros do bem em todas essas seitas, na minha, na tua, na deles. 
       Contudo, o diabo está levantando falsos profetas no mundo, de um jeito como nunca antes, alguns são só adolescentes meigos defendendo ecologia, esses serão a voz sedutora do inimigo nos últimos tempos, com esses devemos ter muito cuidado pois esses sim podem desfocar até cristãos lúcidos. Eles dizem muitas verdades, eles nos alertam sobre relevâncias mundiais, mas o objetivo final é afastar a humanidade da verdade pura de Deus e negar a importância d salvação de Jesus. Não, as verdades finais do diabo não são mentiras, só não têm a prioridade que o inimigo quer dar, não prioridade sobre a necessidade que todo ser humano tem de se aproximar de Deus através de Cristo para se livrar de uma separação eterna de Deus. 

11/10/19

Um ser humano que não quer envelhecer

      “Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus.Mateus 19.14

      Temos vivido tempos em que o ser humano, mulher e homem, se nega a envelhecer, quer ser jovem para sempre, sem marcas no rosto, sem limitações físicas, mas acima de tudo com liberdade emocional para um prazer constante, diferente e sem compromisso. Como tem crescido o comércio de produtos de embelezamento, de cremes para a pele, de vitaminas para o copo, assim como o número de academias e de salões de beleza, para mulheres e também para homens. 
      Por outro lado muitos passam pouco tempo casados com as mesmas pessoas, são relacionamentos de alta rotatividade, e muitos passa de relações heteroafetivas para homoafetivas, por terem assumidos suas verdades, mas só por diversão. O homem não quer rugas na cara nem culpas no coração, mas só crianças pode ser assim, o ser humano caminha no tempo, envelhece e acima de tudo, precisa amadurecer. Culpas podem ser perdoadas e marcas de expressão não são defeitos, mas medalhas, de quem viveu e aprendeu. 
      Sim, podemos e devemos nos cuidar, nosso corpo pode ter uma qualidade de vida melhor mesmo na velhice. Mas o homem deveria estar mais preocupado com seu espírito, é esse que vai vivenciar a eternidade, não o corpo físico. Casamentos, por sua vez, podem ficar melhores com o tempo, vencer tédio e mudanças hormonais com amor verdadeiro e mesmo com relações físicas satisfatórias, basta que o ser humano se tore maduro emocionalmente, responsável fiel a alianças. 
      Quem ganha com casamentos completos e duráveis são os filhos, que precisam e sempre precisarão de relações estáveis e adultas para crescerem com referências e amor verdadeiro, caso contrário, adultos que querem ser crianças para sempre gerarão crianças que não querem crescer nunca. Infelizmente esse é um outro objetivo do mal, produzir uma humanidade onde todos são filhos e ninguém é pai, todos têm direitos, e ninguém deveres, todos são crianças, e ninguém envelhece. 
      Quem não envelhece não sente culpa, não se vê como pecador, e consequentemente não precisa da salvação que há somente em Cristo. Não, isso não é teoria de conspiração, é só mais uma faceta da estratégia do diabo para os últimos tempos. A humanidade sempre teve fases em que a promiscuidade atingia um topo, mas depois sempre havia uma queda que de alguma forma permitia que o mundo seguisse. Contudo, a fase final que se inicia não terá solução e levará a humanidade a um fim cabal. 

      “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Timóteo 3.1-5

10/10/19

É o não que molda nosso caráter

      “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Filipenses 4.12-13

      Receber um não pode doer, principalmente quando estamos acostumados a receber o sim, mas enquanto o sim aprova o que somos, o não nos ensina que algo está errado com o que somos e devemos mudar. Continuar igual é mais fácil que mudar, ainda mais quando nos acostumamos a ser algo por muito tempo, mas mudar é preciso, na mudança há crescimento, há melhora. As últimas gerações, todavia, ainda que amem novidades estéticas, ainda que sejam viciadas em saber e compartilhar tudo em tempo real, não gostam de mudanças, não quando elas dizem não a prazeres e gostos que elas se acostumaram a ter sem pagar um preço maior. 
      Contudo, temos que saber quando dizer não, principalmente a crianças e jovens, eles precisam aprender a conviver com negativas, com privações, com o preço do tempo, e diante de tudo isso mudar para melhor. São os nãos que moldam nosso caráter. Equilíbrio é não nos sentirmos menores com o não e nem maiores com o sim, mas aprumarmos nosso ego no Espírito Santo e sempre darmos louvor a Deus por tudo. O sábio, todavia, é humilde, está sempre preparado para o não, não permite que ele o desestabilize, assim se está feliz com o não será bem-aventurado com o sim, pois não pensa que o universo tem o dever de dizer-lhe sim sempre, mas sente-se agraciado quando o recebe. 

09/10/19

Todo mundo tem problemas

      “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.Filipenses 4.6-7

      Nós sofremos porque achamos que o nosso problema é grande, é sério, é de solução difícil? Mas tem gente com problema maior, mais grave e impossível de ser resolvido e ainda assim consegue ser mais feliz que nós. Eis a verdade que vemos o tempo todo nessas reportagens de superação que a televisão gosta de passar, que sabemos porque o pastores dizem isso nos púlpitos, que sabemos porque os psicólogos, mesmo os amadores, nos dizem. Contudo, ainda assim isso não nos faz sofrer menos, o nosso problema é nosso, nos causa dor, e ninguém tem noção do quanto temos dificuldade para conviver com ele, mesmo que saibamos o óbvio que existem pessoas mais felizes que nós e com problemas piores. 
       O mais sensato é guardarmos o nosso problema o quanto for possível, o compartilharmos com o menor número de pessoas possível, e se der só com Deus, se der. O mais sadio é não nos vitimarmos por causa do problema, não o usarmos como álibi para sermos frágeis, fracos, e isso o quanto for possível. É claro que tem problemas que de fato nos debilitam, e nos temos todo direito a uma debilitação justa e verdadeira, contudo, sem exageros, sem fazer do problema um bichinho de estimação, que não queremos ver resolvido, mas que desejamos cuidar e até fazer crescer. 
      O importante é que continuemos sendo nós mesmos, o nosso melhor, e não o problema, mantendo nossa identidade e não fazer do problema nossa identidade, nosso “melhor” às avessas. É difícil, mas é necessário que tenhamos equilíbrio, não fazer de conta que o problema não existe e nem jogarmos ele na cara de todo mundo como se tivéssemos direito a isso só porque temos problemas. Outra coisa óbvia que sabemos é: todos têm problemas, assim se temos dificuldades para conviver com o nosso, os outros também têm, e muitos não exigem nenhum tratamento especial por isso. 
      Humildade para seguir, apesar do problema, e na humildade boa parte do problema é resolvido. Respeito para com os outros, que também têm problemas, isso faz amigos e com amigos os problemas ficam menores. Mas acima de tudo, confiança em Deus, que sabe que temos problemas, que não resolve as coisas do jeito que queremos ou no tempo que desejamos, e que ainda assim merece nossa confiança, nossa aceitação sincera e profunda de que o Senhor sabe o que faz conosco e com os nossos problemas. 

08/10/19

Na paciência purificamos nossas intenções

      “Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.Samos 40.1

      Se a bênção chegou não foi porque Deus, enfim, respondeu, Deus respondeu no primeiro momento que você orou a ele pedindo a bênção. Mas a bênção se realizou no plano físico, deixou de ser ordem de Deus e virou realidade no mundo material, porque você enfim estava espiritualmente preparado para recebê-la. Quem atrasa não é Deus em dar, mas nós em nos prepararmos para receber. Ainda que achemos, como o próprio salmista diz no texto inicial, que a nossa insistência apressa Deus, ela faz mais do que isso, a nossa insistência aperfeiçoa nossas intenções, nos esclarece sobre o que estamos pedindo, nos faz refletir profundamente sobre para que estamos querendo algo, à medida que nos ensina sobre paciência.
      Deus aguarda o nosso preparo para materializar a bênção, isso para que a bênção seja realmente bênção e não tropeço, porque mesmo bênção na hora errada não é de Deus e não é bênção. A nossa insistência não muda Deus, mas nós mesmos, assim o fato de que é Deus quem espera por nós e não nós por ele, deve nos levar a adorá-lo mais, já que assim entendemos que ele não é só um pai que mima filhos teimosos, mas um pai responsável que recompensa filhos pacientes. O sábio aprenderá a orar certo, de modo que não pedirá o que não está preparado para ter, clamará a Deus no tempo certo, e se receber depressa saberá que aprendeu a obedecer mais do que simplesmente a crer e pedir. 

07/10/19

Modismo, conhecimento e salvação

      “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.Salmos 19.1-3

"Deus é uno, eterno, criador de todo o universo. E semelhante a uma esfera, sem fim e sem começo. Deus governa este mundo por leis eternas e imutáveis. Você, mortal, não faça muitas investigações sobre a essência e a natureza do Ser eterno, nem sobre as leis pelas quais governa. É uma curiosidade tão inútil como criminosa. E suficiente para você contemplar dia e noite a grandeza de suas obras, sua sabedoria, seu poder e sua bondade. Aproveite-se disso."
“A chave dos grandes mistérios“ (Éliphas Lévi, 1859)

      As pessoas são tão preconceituosas hoje em dia que é só um texto começar com a palavra Deus que elas ignoram, já pensam, “é só Bíblia de crente burro”, muitos desses preconceituosos, que até são atraídos pelo esoterismo, que se vestem como bruxos, digerem arte embruxada, amam Harry Potter, nunca se deram ao trabalho de conhecer de fato a “antiga obra”, a “ciência” das ciências. Esses não sabem que um texto como o inical é de um livro de um dos maiores magos de todos os tempos, Éliphas Lévi foi um mestre da Alta Magia e da Cabala, um ocultista que conhecia Deus mais que muito cristão.
      Pouco da luz é melhor e mais eficiente que muito das trevas, assim cristãos com pouco conhecimento podem gozar da salvação que muito mago de alta ordem não vai gozar. Conhecimento por si só não salva, os diabos conhecem Deus e o universo muito bem, e ainda assim estão condenados ao inferno. O preconceito, todavia, existe dos dois lados, não cristãos acham que Deus, Bíblia e Jesus são coisas de gente ignorante e limitada, cristão, por sua vez, vê a Bíblia como um livro fechado de leis atemporais desprezando por completo a ajuda imprescindível do Espírito Santo para entender a Bíblia e viver o evangelho. 
      Muitos não cristãos se surpreenderiam com a sabedoria superior do cânone bíblico e muitos cristãos se surpreenderiam com quanto conhecimento genuíno existe em textos de outras religiões, como nos Vedas indianos. Sim, Jesus é o ponto, o caminho, a verdade e a vida, e creia, os magos, ocultistas, esotéricos e bruxos verdadeiros, mesmo eles, reconhecem isso, sabem disso, ainda que não queiram a salvação exclusiva de Cristo. O sábio, contudo, esteja no lugar que estiver, no nível que estiver provando de luz ou de trevas, esse mantém mente e coração abertos, prontos a aprender, sem preconceitos.  
      Você pensa que só existe picareta no cristianismo? Existe em todas as religiões, e mesmo no satanismo e na magia “branca”, assim como gente que gosta da moda, e não pratica a essência, fala, se veste, participa socialmente, mas só para ficar bem com os homens, não pela experiência espiritual real. Contudo, a multiforme sabedoria de Deus é revelada em toda a sua criação, no dia e na noite, nos “do dia” e nos “da noite”, e de novo repito, isso nada tem a ver com salvação eterna, conhecer não é salvar-se. O melhor seria vivenciarmos Deus em todas as instâncias, na aparência, no conhecimento intelectual e acima de tudo na espiritualidade que salva, o sábio entende isso. 

06/10/19

A paz de Deus

      “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus. Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim por em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, acha-la-á.Mateus 10.32-39

      A paz se conquista, através da guerra, uma guerra que se vence. Acha antagônico começar uma reflexão sobre paz falando em guerra? Pois não é, meditemos um pouco sobre isso. Quem fica parado, ou tenta assumir um posicionamento nulo na vida, quem acha que pode não escolher lado, e pensa que o centro é possível, enfim, quem quer isentar-se de lutar, e deseja se colocar na posição de plateia distante, de espectador, na verdade já escolheu um lado. Que lado? Lado nenhum, e lado nenhum também é um lado, e o pior deles, mas não importa, quem não escolhe lado se coloca como inimigo dos dois lados e terá uma derrota dupla, não ganhará os louros com os vitoriosos, nem terá, ainda que como derrotado, a companhia dos perdedores. Isentar-se de lutar não é ser equilibrado, é ser covarde, é ser morno. 
      Em se tratando de paz espiritual, aquela que transcende esse mundo, o corpo físico, a matéria, é imprescindível que nos engajemos numa batalha para conquistar a paz. Não era para ser assim originalmente no plano de Deus, mas o mesmo livre arbítrio que deu ao ser humano uma potência divina, a liberdade, o colocou numa guerra, uma guerra causada pelos próprios seres humanos, depois que eles escolheram comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus sabia disso de antemão, e eu pessoalmente penso que a humanidade nunca teve opção, não por ela mesma, ela estava fadada desde o início a pecar e se afastar de Deus. Isso sempre esteve no plano do Altíssimo, por mistérios que desconhecemos. 
      Assim a guerra começou, e dois posicionamentos se definiram, de um lado os anjos caídos e os demônios mostrando um caminho, e do outro lado, Deus, mostrando sua vontade primeiramente pela velha aliança mosaica e depois pela nova aliança do evangelho de Jesus. Se há guerra é porque existem dois lados que se antagonizam, mas esses dois lados não são Deus e o diabo, ainda que tenham posicionamentos opostos. Deus e o diabo não estão em guerra, nunca estiveram, o Diabo só tem a liberdade, permitida pelo próprio Deus, de agir a sua maneira e de apresentar isso ao homem. A guerra existe no coração do homem, entre fazer a vontade de Deus ou do Diabo, uma guerra que se extende para toda a humanidade, quando os homens se agrupam, por um motivo ou outro, e lutam por seus egoísmos. 
      Se todos os homens escolhessem obedecer a Deus não haveria injustiça, não haveria egoísmos, e portanto, não haveria guerras. Seja em seu coração ou com os semelhantes, o homem é que faz a guerra, e mesmo os que escolhem obedecer a Deus batalham, lutam para não serem egoístas, nem serem injustos, lutam consigo mesmos e com os outros homens. Mas os que obedecem a Deus não lutam para destruir a si mesmos ou aos outros, lutam para deixarem que Deus apareça, mostre sua vontade, seja glorificado acima deles, lutam para que a vontade de Deus seja feita, a luta do cristão ocorre de um jeito inverso. O cristão verdadeiro luta para perder, não para ganhar, ele só ganha quando perde, parece estranho? Mas não é, e isso também não significa que ser cristão é ser bobo ou covarde, sem opinião, nulo, se fosse assim ele não estaria em guerra. 
      Vencer a própria vaidade, a obsessão por prazeres carnais, os vícios, a ira, a vontade de dar a última palavra, de se vingar, de querer fazer justiça com as próprias mãos é a mais dura das batalhas, e só vence quem tem o Espírito Santo no coração e dá liberdade para que ele aja. Mas o resultado é a paz, uma paz que nada no universo pode dar. Entender e praticar o conhecimento de que só se ganha quando se perde em Deus, é um dos maiores segredos do evangelho, é a essência da obra redentora de Jesus. Só quem luta vence a batalha e ganha a paz, que luta? A luta que cada um de nós faz com nós mesmos, com mais ninguém, o Diabo não é nosso inimigo, muito menos os homens. 
     Alguém poderá argumentar, mas Paulo não ensina em Efésios 6.12 que “não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”? Sim, mas essa luta maior, que Daniel também teve quando orava por Israel, é um privilégio que poucos podem ter. Há de se ter um certo quilate como servo de Deus para fazer essa batalha. Primeiro temos que vencer a nossa carne e as tentações menores que o Diabo coloca diante de todos os seres humanos, para tentar derrotar nossas vidas pessoais como indivíduos. 
      Lutar contra potestades na obra de Deus, é outro nível de batalha espiritual, poucos estão de fato preparados para isso (e como tem gente despreparada ou sem ordem de Deus querendo fazer grandes batalhas espirituais). Mas paz pessoal é preciso lutar para ganhá-la, acomodado ou indiferente não conquista paz espiritual que Deus quer dar por Jesus. A vida é uma grande batalha pela paz pessoal, pela tranquilidade íntima, que quando é obtida e mantida dá forças para se conquistar outras coisas nesta existência. Um coração em paz é invencível, por isso o mal tenta antes de tudo, e de todos os jeitos, roubar nossa paz. Nessa batalha até nossas famílias poderão se colocar contra nós, mas vence o que perde, quem se posicionar dando testemunho de Deus ainda que perca o apoio dos homens. 

05/10/19

O tempo de Deus

      “Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens. Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite. Tu os levas como uma corrente de água; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce.Salmos 90.3-5

      Costumamos dizer, “tudo acontece no tempo de Deus”, ou, “é preciso esperar o tempo de Deus”, mas Deus tem tempo? Se Deus não envelhece nem fica mais novo, então o tempo não altera Deus, não o modifica, ele foi, é e será, e tudo ao mesmo tempo, Deus é atemporal. Quem tem que esperar somos nós, nós sentimos o passar do tempo, temos referências de passado, presente e futuro, mas Deus não, ele existe num eterno presente, Deus é, sempre, sem início e sem fim. 
      O conceito de tempo está relacionado com o pecado, é o pecado que nos dá a ideia e a sensação do passar do tempo. Você já sentiu algo tão forte que dá a impressão que o tempo parou? Seja algo ruim ou bom, mas um instante que parece que não existe mais nada, só o sentimento, transcendendo tudo, é depois, quando a sensação passa, que medimos o tempo e as consequências. Mas ainda que nossa alma e nosso espírito experimentem flashes de eternidade, nosso corpo não para, ele está sempre envelhecendo, e um instante provado por ele não se repetirá jamais. 
      Deus não peca, por isso não tem passado nem futuro, eu penso que mesmo os seres espirituais do mal, anjos e demônios que se rebelaram contra Deus num momento do universo quando esses seres também tiveram livre arbítrio para escolherem obedecer ou não a Deus, penso que esses seres também sentem o passar do tempo, ainda que não tenham corpos físicos. O pecado no tempo cria rancores e nos faz construir realidades sem Deus, é essa realidade que envelhece, tanto homens como diabos e demônios. 
      O Espírito Santo, contudo, enviado para estabelecer o reino de Deus nos corações humanos que voltam para o Senhor através de Jesus, coloca a eternidade atemporal novamente em nossos espíritos. Através do Espírito Santo podemos conhecer Deus e sua referência de tempo, contudo, ainda assim, selados com o Santo Espírito de Deus, muitos insistem em viver o tempo do pecado, não o tempo da restauração messiânica. O tempo do pecado nos escraviza ao que não podemos ter nem ser, pelo menos não no presente.
      O tempo do pecado tenta negar o passado, não aceitá-lo, ou desejar o futuro, obsecar-se por ele, um gera mágoas, o outro, ansiedades, ambos não são o tempo do Espírito Santo. No tempo de Deus esquecemos o mal passado através do perdão de Jesus e nos apossamos das bênçãos futuras, mesmo sem ainda as termos usufruído, mas mais do que isso, no tempo de Deus, passado e futuro não fazem diferença, vivemos um presente em paz. 
      Isso não significa que não procuraremos curar o passado ou buscar um futuro melhor, mas enquanto isso, simplesmente vivemos, em Deus, por Deus, para Deus, o Deus do presente eterno para o qual o tempo não existe. Se entendêssemos, e mais, se vivêssemos o tempo verdadeiro de Deus, adoeceriam menos nossos corpos e almas, e se libertariam mais nossos espíritos, enfim, teríamos uma vida semelhante àquela que Jesus teve encarnado, bem, esse é o objetivo de todo cristão neste mundo. 

04/10/19

A alegria de Deus

      “Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras. Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol.Eclesiastes 9.7-9

      Os crentes podem ser felizes, mas só os humildes têm alegria. Explicando: pela fé somos felizes, temos perdão, proteção de Deus e a eternidade em paz, contudo, muitos têm uma felicidade teórica e ainda assim não vivenciam a alegria. A alegria é algo mais simples, pode ser até menor, mas ainda que intercalada com a realidade dolorida, pode ser experimentada todos os dias. Como? Em coisas pequenas, corriqueiras e muitas vezes mundanas, e com mundanas me refiro a coisas deste mundo, do plano físico, não coisas ruins ou diabólicas. 
      Alegria existe em aceitar a vida, ser simples nela e ainda assim se achar satisfeito, uma refeição com família e amigos, sentar-se num banco de praça e ver o tempo passar, caminhar sem pressa num parque, olhar a natureza, ler um livro, assistir um filme, ouvir música, viajar. Quem espera demais da vida, se desilude, que quer ser o que não é, se frustra, quem olha demais para si mesmo, se enclausura, quem olha demais para os outros, se perde, quem só olha para a Terra, bate a cabeça e não vê a Lua, quem olha demais paras nuvens fica atordoado e deixa de conhecer as pessoas. 
      A alegria de Deus neste mundo se acha com humildade e o humilde encontra equilíbrio, no equilíbrio ninguém é melhor que ninguém, todos são iguais e Deus é maravilhoso. O equilibrado sabe acordar cedo para trabalhar com o Sol que nasce, mas se guarda por um pouco ao meio-dia do Sol mais forte, sabe diminuir o passo e ainda assim dar seu melhor ao entardecer e pode para e descansar à noite, protegido sobre o chão de Deus, sob o teto do seu trabalho e entre as paredes de filhos e cônjuge. 
      A alegria de Deus prova o ser humano que reconhece sua humanidade, seus tempos, mas que acima de tudo confia em Deus, teme-o e se alegra com ele. Engana-se o que busca espiritualidade exageradamente, como se não tivesse corpo, e pior ainda, que acha que essa é a maior vontade de Deus para sua vida. Deus conhece nossos limites, como bem ensina o livro mais secular da Bíblia, Eclesiastes de Salomão, um livro que se entendêssemos melhor nos equilibraria e nos faria experimentar a alegria de Deus neste mundo. 

03/10/19

A vontade de Deus

      “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.” Oseias 6.6

      Nos comparamos com os outros tantas vezes, vemos alguém virtuoso, esforçado, trabalhador, assíduo na igreja e brilhante no púlpito e pensamos, “eu queria ser como essa pessoa”. Sim, temos que nos esforçar e muitas vezes estamos fazendo muito menos que poderíamos, mas algumas vezes já estamos fazendo o que precisamos e não sabemos, e ainda assim nos sentimos acusados. 
      Saiba que Deus não está interessado em quantidade, mas em qualidade, não em sacrifícios, mas em obediência, é o que diz o versículo inicial, uma das maiores verdades da Bíblia, que repetirei aqui tantas vezes quanto o Espírito Santo me orientar. Às vezes uma palavra simples e direta que você dá a alguém vale pela dificuldade que você teve de se relacionar com muitas pessoas. 
      Às vezes um gesto discreto e objetivo que você fez para uma pessoa, vale por todo o medo que te distanciou de outras pessoas. Às vezes uma oração que você fez, para alguém que não é de tua família ou de teu círculo de amigos mais próximos, é o clamor que o Senhor precisava ouvir sobre a vida de uma pessoa que não tinha mais ninguém que orasse por ela, que se colocasse diante de Deus por ela em oração. 
      A melhor, maior, mais importante atitude do mundo é a que se faz obedecendo a voz do Espírito Santo, uma atitude que muitos desconhecerão, que muitos nunca saberão e portanto nunca honrarão, mas que obedece a Deus e abençoa a alguém de maneira muito especial. Qual é a vontade de Deus para nossas vidas? Que o obedeçamos, só isso, sua vontade é sempre boa, perfeita e agradável. 

02/10/19

O perdão do Deus

      “Tem misericórdia de mim, ó Senhor, pois a ti clamo todo o dia. Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, levanto a minha alma. Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam.” Salmos 86.3-5

      Nos acostumamos, como cristãos, a pedir perdão a Deus, e sim, Deus nos ouve sempre, mesmo no perdão mais burocrático, digamos assim. Contudo, só entendemos de fato o poder e a necessidade do perdão do Senhor quando nos conscientizamos profundamente, com lágrimas, de um grande erro que cometemos, muitas vezes que machucou intensamente alguém que talvez nem fosse inocente, mas impotente para se defender de nossa atitude. 
      Darei meu testemunho, pessoal, meu arrependimento mais dolorido talvez tenha sido o de ter tratado de um jeito errado alguém que me machucou muito e injustamente. Mas se tal pessoa foi meu agressor, talvez o maior que já tive, por que me arrependi de agredi-lo, eu que fui vítima? Porque hoje sei que tal pessoa não podia ter sido melhor, ela recebeu muito mais agressão que eu, mas eu poderia ter sido melhor com ela, ter sido misericordioso. 
      Mas quem tem forças pra se melhor quando é agredido, principalmente por certas pessoas? Assim, o que me resta agora é me arrepender, diante de Deus, e pedir do Senhor o perdão, ainda que com lágrimas, ainda que diante do homem, um perdão tardio. Para Deus, enquanto vivemos neste mundo, há perdão, e o perdão do Senhor nos cura e nos dá a paz que precisamos para seguir vivos espiritualmente. O perdão do Senhor nos lava a alma, nos encontra e nos conduz, sem ele não há vida. 

01/10/19

O amor do Deus

      “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.I Coríntios 13.12-13

      Ah o amor de Deus, o infinito amor de Deus, que se manifesta em Jesus, sim, em Jesus, e por mais ninguém. Um amor que não se entedia, não se cansa, não desiste, porque não está preso à matéria nem à carne, e elas são coisas distintas, apesar de estarem intrinsecamente ligadas em nós homens a partir do pecado original. Nós somos materiais e também carnais, o Diabo é espiritual e ainda assim é carnal, Deus e os seres espirituais que não se rebelaram são espirituais e não são carnais. 
      O amor de Deus é tão especial porque nasce do lugar mais puro, mais santo, mais espiritual do universo, o coração de Deus, o nosso amor é imperfeito e fraco porque tenta, insistentemente, permanecer num local inapropriado para ele, o nosso coração, e não há nada mais volúvel que nosso coração. Contudo, ainda assim, temos a tendência de comparar nossa experiência de amor com o amor de Deus, nossa experiência tão carnal, e que confundimos com paixão e sexo, portanto, achando que amor é prazer quando é justamente o oposto. 
      Como Jesus mostrou o maior amor do mundo? Sofrendo, sendo injustiçado, sendo desprezado, e morrendo um morte terrível na cruz, isso revela a essência do genuíno amor, devíamos aprender com isso, mas não aprendemos. Assim deveria ser em nossas vidas, quando declaramos à esposa que a amamos devia ser porque nos comprometemos a sofrer por ela, a abrir mão de egoísmos e preguiças para a servirmos com carinho, dando a ela o nosso melhor. 
      Sempre abro parênteses quando falo em sofrer por amor para que ninguém entenda errado, sofrer é bênção quando sofremos com justiça, no caso de casamento, numa relação saudável, equilibrada e nunca doentia que leva muitos a se sacrificarem desmensuradamente por alguém que só quer se aproveitar desse alguém, sem dar nada em troca, fecho parênteses. Mesmo Jesus sofreu sem limites, mas em troca salvou a humanidade, e todos os que aceitam isso o adoram por tal obra redentora tão exclusiva.
      Mas o amor de Deus é diferente do nosso, e como dependemos dele, todos os dias, até o fim de nossa existência aqui e mais, pois na eternidade por Jesus só haverá um amor inefável no qual viveremos, nos moveremos, conheceremos assim como somos conhecidos. Temos muita dificuldade para entender esse amor, e acho que neste mundo não o entenderemos totalmente, ainda que à medida que envelhecemos e amadurecemos entendamos um pouco mais. 
      Como não entendemos o amor de Deus, não entendemos a disciplina de um pai de amor, ainda mais mimados que somos nessas últimas gerações, assim não entendemos a necessidade da dor, do sofrimento, das privações para amadurecermos, não entendemos que deveres precedem aos direitos. Deus, contudo, segue conosco em amor, olhando o Cristo sobre nós que aceitamos como único salvador, e nessa experiência achamos cura, perdão, paz. Louvado seja o Senhor por seu tão grande amor! 

30/09/19

A grande pergunta

      “E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.Mateus 4.18-20

            Se você ainda não foi respondido pode ser porque não tenha feito ainda a pergunta certa. Quando a pergunta certa é feita o que tem a resposta encontra o questionador. Não é o aluno que busca o mestre, mas o mestre que busca o aluno. Jesus achou e chamou seus apóstolos, não o contrário. Alguns, todavia, continuarão no engano porque buscam mentiras, são abraçados por elas e nelas acham respostas, ainda que falsas. Mas quando a pergunta certa for feita, a melhor delas, um conhecimento superior nos achará. 
      Sabe qual a resposta para essa pergunta? Nenhuma, não no plano atual que existimos, assim ao que fez a grande pergunta convém contentar-se só em tê-la feito, não em ter achado a resposta. Contudo, a maior das perguntas não busca respostas, respostas amarram e encerram, o que quer o maior dos conhecimentos busca justamente o oposto, a liberdade e o infinito. A grande resposta é Deus altíssimo e quando o achamos não queremos entender pois não precisamos, só queremos viver, nele e por ele, a vida plena. 
      Vocês acham que Pedro e André estavam simplesmente cuidando de suas vidas e quando Jesus os chamou eles obedeceram assim, do nada? Não, eles já deviam estar vivendo existências questionadoras há muito tempo, não deviam estar aceitando as religiões tradicionais, a espiritualidade convencional que os sacerdotes de suas religiões ensinavam, já deviam estar sendo confrontados por suas vidas ineficientes para vencerem a carne e serem de fato espirituais. Pedro e André desejavam uma religião verdadeira e de fato divina. 
      Pedro e André já avaliavam teoria e prática e estavam insatisfeitos com a hipocrisia, o chamado de Jesus só respondeu aqueles que já tinham feito a pergunta certa, a grande pergunta sobre a vida e Deus. Assim, esse primeiro encontro foi só final de uma fase, e o início de uma outra, onde desfrutariam da companhia, do ensino, do carinho e da espiritualidade do único e verdadeiro Deus encarnado, Jesus. Não podemos responder as perguntas mais importantes da existência, mas devemos buscá-las, com todo o coração, quando fizermos isso Jesus nos achará. 

29/09/19

Granada desarmada

       “O homem mau, o homem iníquo tem a boca pervertida. Acena com os olhos, fala com os pés e faz sinais com os dedos. Há no seu coração perversidade, todo o tempo maquina mal; anda semeando contendas. Por isso a sua destruição virá repentinamente; subitamente será quebrantado, sem que haja cura.Provérbios 6.12-15

     Muitas pessoas vivem como que com uma granada desarmada, sem o pino, segurada na mão. Basta um deslize, um cochilo, e os dedos se abrem e a granada explode. Essa é uma metáfora, mas do quê? De alguns males, alguns problemas, que as pessoas não resolvem e insistem em continuar vivendo com eles, vou citar alguns, mentiras, vícios e negação de perdão. Reflitamos nessas três verdadeiras granadas desarmadas que um dia explodirão e matarão os que as levam, antes que a qualquer outra pessoa. 
      Muita gente é simplesmente viciada na mentira, constrói uma vida, relações afetivas, profissionais e até ministeriais, baseadas na mentira. Muitas vezes nem é a mentira usada para roubar, mas para poupar os outros de uma verdade que a pessoa acaba achando que é muito ruim para ser revelada, que se isso acontecer algo será perdido de maneira irremediável. Quando a mentira é usada assim, um problema inicial se transforma em dois, principalmente se for entre um casal, entre marido e mulher. 
      Ao problema que alguém queria esconder para não machucar o outro, adiciona-se o sentimento do outro se sentir enganado, não digno de confiança para encarar a verdade. Por pior que seja a verdade, compartilhe-a, principalmente com esposa ou esposo, senão no final, quando a granada explodir, e ela sempre explode, além de ter que resolver o problema que estava sendo escondido com a mentira, terá um cônjuge magoado por ter sido enganado, então, aquele ou aquela que poderia ajudar, poderá se distanciar, aí sim, de maneira irreconciliável.
      Vício não é ter um costume ruim de maneira obsessiva e descontrolada, mas é simplesmente ter um costume de maneira obsessiva e descontrolada, sim, estar preso a algo mesmo que a princípio seja algo saudável, também é um vício. Vício é tudo que nos controla sem que tenhamos controle sobre ele, em outras palavras, é tudo que toma um lugar que só Deus pode ter em nossas vidas, e eu disse Deus, não a religião ou busca de qualquer espécie de espiritualidade. Assim religião e busca se espiritualidade também podem se tornar vícios. 
      Seres humanos são seres intrinsecamente viciáveis, todos nós, é o lado ruim de sermos adaptáveis, o que a princípio pode nos causar náuseas, depois se torna objeto de prazer, ainda que nos leve a uma morte mais rápida. Mas vícios morais e mesmo espirituais, ainda que não prejudiquem o corpo, também nos afastam de Deus, criam ídolos e nos tornam seus servos e adoradores. Não adianta inventarmos desculpas, ou tentarmos esconder dos outros, dizendo a nós mesmos que não é algo tão sério assim, que não prejudica ninguém. Um dia essa granada explode, o Espírito Santo se afasta, as pessoas se afastam, e ficamos sozinhos, nós e nossos deuses, nós e nossos vícios. O vício é ciumento e não nos divide com mais ninguém. 
      Se você se diz cristão, convertido, e alguém pede a você perdão, ainda mais se esse alguém também for cristão, conceda-o, imediatamente. Dizer que perdoa mas precisa de um tempo para pensar, principalmente se for algo não tão grave assim, é demoníaco. Contudo, negar perdão, de maneira geral, é uma bomba relógio que explodirá em algum momento nas mãos de quem nega o perdão. Se alguém pede perdão, é porque já se arrependeu, assumiu o erro e portanto está limpo e desculpado, assim se negamos perdão a esse, a culpa volta para nós, não somos mais vítimas, mas agressores. 
      Ainda que num contato direto demos um perdão pela fé, é importante que depois, sozinhos, em oração, verbalizemos esse perdão com todo o sentimento e pensamento, a melhor maneira de sacramentar um perdão é orar abençoando o que nos feriu e nos pediu perdão. Mas orar pelos que nos perseguem, abençoando-os, é benção para quem ora mesmo se os tais perseguidores não tiverem se assumido como tais e solicitado perdão. Repito, não neguemos perdão, senão o mal do outro passa para nós à medida que abrigamos e mantemos mágoa em nossos corações. 

28/09/19

Pelo que você chora?

      “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” 
Romanos 8.26

      “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” 
Efésios 4.30

      “Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 
I Coríntios 6.18-20
 
      “E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.”
Gálatas 4.6

      Pelo que choramos, o que nos leva aos prantos de tanto nos machucar? Nada? Alguns nem choram mais, secaram-se as lágrimas, não têm forças mais para subirem do coração e desaguarem nos olhos. Muitos, por terem sido machucados demais, outros por terem machucado muito, alguns por terem sido tão reprimidos com violência e desrespeito aprenderam a segurar o choro desde crianças. Muitas pessoas, contudo, parecem chorar por tudo, mas quem chora por tudo não chora por nada, pois nada é tão importante que merece lágrimas especiais, pra essas o choro tornou-se algo vulgar, para o qual os outros nem ligam mais. O certo é que a maioria de nós chora quando se sente vítima, é vítima dos outros, contudo, o maduro olha para si mesmo, nesse aspecto, e reconhece que o maior agressor é ele mesmo, contra os outros? Sim, mas bastante contra si mesmo. 
      Um choro que agrada a Deus, que nos faz crescer é aquele que experimentamos quando reconhecemos nossos próprios erros, quando nos frustramos com a nossa repetição de pecados, que machucam os outros, nos machucam e ferem o Espírito Santo de Deus que nos habita. Como esse choro é impor, como pode mudar nossas vidas para melhor, sentirmos com todo o coração o quanto somos maus, injustos, invejosos, rancorosos, o quanto somos agressores. Foi dito que sempre que um cristão erra de forma mais contundente ele crucifica Cristo novamente, pois ele volta para uma posição do início de sua conversão, nega a aliança que fez com Deus logo que nasceu novamente, volta atrás com o pacto de arrependimento e deixar o erro. Mas somos assim, todos nós, e Deus é amoroso e fiel com sua promessa, que em Jesus sempre acharíamos perdão e paz. 
      Se você nunca fez isso, ou se fez há muito tempo, na próxima vez que orar e se entristecer com o mal que os outros fazem a você, pense no mal que você faz aos outros (e a si mesmo e ao Espírito Santo), mas pense com profundidade, sinta com todo o coração. Pare, respire fundo e clame por mudanças, não se acostume com seus erros, mude de ideia, volte ao primeiro amor, se fizer isso, com lágrimas, deixará de só ter que confessar todos os dias o mesmos pecado, mas será liberto dele, de uma vez por todas, enquanto vigiar e se colocar no centro da vontade de Deus para sua vida. Se achar que não sabe chorar, saiba que o Espírito Santo sabe, e isso é uma benção libertadora que os que priorizam um cristianismo só intelectual (como se isso fosse possível), que negam os dons espirituais para os dias atuais, os protestantes tradicionais, para ser bem claro, perdem. 
      Emocionalismo demais também não é certo, princípio quando simula espiritualidade ou é só manifestação imatura, mas se buscarmos a Deus com todo o coração seu Espírito nos conduzirá a um quebrantamento verdadeiro, profundo e de fato transformador. Muitos se emocionam com tantos coisas, mas nunca choram pelo mal que eles mesmos fazem, só rápidos para serem vítimas, mas lentos para se assumirem como agressores. Muitos riem enquanto o Espírito Santo chora, e muitos se alegram mesmo em cultos e períodos de música de louvor, enquanto deveriam chorar por si mesmos. Muitos se acostumaram com a prostituição, principalmente essa moderna, virtual, na frente de uma tela de celular ou computador, em segredo, que suja a alma do mesmos jeito é que machuca o Espírito do Senhor. É tempo de choro, e do choro melhor, antes que o mundo entre em seu tempo pior e derradeiro e o arrebatamento ocorra. 

27/09/19

A vida é longa - Precisamos uns dos outros

       “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedoresMateus 6.12

     A vida é longa, assim mudar de opinião se faz necessário, principalmente sobre posicionamentos contra ou de distanciamento que tantas vezes tomamos diante de alguém ou de uma situação que nos magoa. Não temos direito, como seres humanos imperfeitos e injustos, de condenar ninguém para sempre à impossibilidade de se relacionar conosco, a não ser quando todas as medidas foram tomadas e não houve, ainda assim, um entendimento. 
      As pessoas mudam e se são cristãs, convertidas, mudam para melhor, mesmo que demore algum tempo. A presença do Espírito Santo, quando ele de fato está presente nos corações, leva os seres humanos à humildade, a desejarem paz com todos, mas como foi dito, quando ele de fato está presente e é ouvido, já que alguns endurecem tanto o coração que acabam eternizando doenças que teriam cura caso eles ouvissem a voz do Espírito Santo. 
       Mas alguém, que já nasceu de novo de verdade pode resistir à voz de Deus? Eu creio que não, os que parecem resistir para sempre podem nunca de fato terem nascido de novo, ainda que frequentem igrejas e se portem externamente como evangélicos. Nós que conhecemos de fato a misericórdia de Deus, sejamos misericordiosos, o que recebemos de Deus, demos aos homens, e com certeza o perdão que Deus nos deu é muito maior que o que precisamos dar a qualquer um. 
      A vida é longa, mudemos de opinião, permitamos que os outros também mudem, e tenhamos sempre as portas de nossos corações abertas para que uma aliança de amizade exista, ou renasça, se um dia acabou por algum motivo. A vida é longa e precisamos uns dos outros, ninguém se basta, alguém para o qual estejamos talvez fechando uma porta, pode ser justamente a pessoa que Deus quer usar para nos trazer o milagre que tanto estejamos buscando. 

26/09/19

O que você fez hoje?

      Você já se arrependeu hoje?
      Já pediu perdão hoje?
      Já perdoou hoje?
      Há quanto tempo você não muda de opinião?
      Há quando tempo não aprende algo novo?
      Há quanto tempo não se emociona, não se encanta, não se apaixona? 
      Há quanto tempo não faz uma auto-análise?
      Ou só vê os defeitos dos outros?
      Você já orou hoje?
      Já agradeceu a Deus por estar vivo?
      Leu a Bíblia hoje? 
      Você pensou em tua igreja hoje?
      Intercedeu por ela hoje?
      Intercedeu pela família do teu pastor hoje?
      Você clamou por tua família hoje?
      Você amou teu esposo, tua esposa, teus filhos em teu coração?
      Você disse hoje ao teu companheiro ou companheira que ele ou ela é especial pra você?
      Você elogiou alguém hoje?
      Você pensou sobre a volta de Jesus hoje?
      Está preparado para o arrebatamento hoje?
      Está preparado para a morte hoje?
      Está preparado para o pior hoje?
      Está preparado para o melhor hoje?
      O que você fez hoje?
      
      Ou só levantou-se da cama entediado, pensando nas dívidas que tem pra pagar, reclamando do chefe, do salário, do cônjuge, esquecendo-se dos filhos, da igreja, criticando, se defendendo, se justificando, longe de Deus, calando o Espírito Santo, menosprezando o poder do perdão que há em Cristo e se esquecendo de sua chamada espiritual que te predestinou para fazer diferente, ser diferente, melhor, um servo, um filho, um amigo de Deus, todos os dias? 

25/09/19

Não repreenda o insensato

      “Deixai os insensatos e vivei; e andai pelo caminho do entendimento. O que repreende o escarnecedor, toma afronta para si; e o que censura o ímpio recebe a sua mancha. Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará. Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo e ele aumentará em doutrina.” Provérbios 9.6-9

      Muitas vezes temos a impressão, já que é o mais óbvio, que o certo não precisa de correção, e sim o errado, e isso está correto. Porém, o texto inicial aprofunda-nos nesse ensino, ele diz que devemos corrigir o sábio, naturalmente caso esse esteja errado em algum caminho, e não o escarnecedor. Escarnecer é zombar, zombar é não levar algo a sério, é rir menosprezando algo importante e que deveria ser observado com cuidado, com respeito, não com indiferença. O que despreza um ensinamento de Deus, é insensato, ainda que tente diminuir seu erro “matando o mensageiro”, tirando a legitimidade da mensagem à medida que tira do mensageiro o mérito, esse não será tido como inocente por Deus, e na hora certa terá seu juízo, de algum jeito.
      Na hora certa e por Deus, esse é o ponto, assim é sábio que não percamos tempo com zombador, com escarnecedor, com insensato, repreendê-lo só nos trará inconveniências, nos colocará em indisposição com alguém que pode nos causar problemas, e problemas desnecessários, já que nos colocamos como juízes sobre alguém que não nos foi dada autoridade para nos pormos como tais. Por outro lado, ensinemos o justo, peçamos orientação de Deus para saber quando, onde e a quem ensinar, dessa forma seremos eficazes em fazer a vontade de Deus, acharemos alunos de fato prontos para aprender e depois de tudo isso, faremos amigos, não inimigos. 
      O sábio, ainda que erre, que teime um pouco para escolher o melhor caminho, que precise como todos, depois de escolhas erradas e de dor, aprender a sabedoria, é um justo do Senhor, ele aceitará a exortação e crescerá. O sábio não matará o mensageiro, mas ficará amigo do professor, então não saíamos, muitas vezes de maneira até psicótica, querendo consertar o mundo, nos achando, como cristãos, que podemos e devemos repreender todo mundo. Simplesmente fazer o bem não é totalmente bom, obedecer a Deus é, pois Deus sabe a quem fazer, onde e quando, quanto aos insensatos, deixemos que sigam, não são problemas nossos, sejamos educados com eles, e não ganhemos inimigos desnecessários, mais do que aqueles que normalmente já se colocam assim contra nós.

24/09/19

Quatro verdades: todas por Deus

      "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus." Efésios 2.8

      Outro versículo poderoso, profundo e abrangente da Bíblia, revelado pelo apóstolo-teólogo Paulo, numa simples frase quatro verdades são ensinadas, salvação necessária ao homem, que vem da graça de Deus, adquirida pela fé, e fé que não é humana, mas dom espiritual de Deus.

- Salvação: temos a liberdade para aceitá-la ou não, todavia, não optar por ela implica em separação de Deus; Deus abençoa a todos neste mundo, mas bênçãos espirituais eternas só recebemos pela salvação; o homem precisa ser salvo, isso não é, como muitos dizem, só questão de administrar culpa com psicoterapia, pecado só o sangue de Jesus lava e só limpos estaremos na eternidade com Deus.

- Graça: Deus dá salvação, mais ninguém dá, e só por meio de Jesus Cristo, uma salvação que não nos custa nada; nesta vida materialista como temos dificuldade para entender a graça de Deus, ou queremos pagar preços, ou roubamos, para ter algo que é dos outros, não nosso; Deus dá sem cobrar nenhum preço, algo que ninguém teria condições de pagar, louvado seja o Senhor por isso!

- : a graça de Deus é acessada pela fé, não por sabermos ou sentirmos algo, mas por acreditarmos que podemos falar com Deus e sermos salvos; salvação pela fé foi algo que mudou essencialmente a visão de salvação por obras que o judeu tinha pela velha aliança, por isso tantos textos bíblicos para ensinar a respeito; o conceito da fé é algo que a humanidade teve que esperar milênios para entender.

- Dom: fé é mais que uma convicção emocional e racional humana, ela começa assim, uma iniciativa do homem é necessária, mas isso é só o primeiro passo, os outros passos é Deus quem dá; a fé que salva não pode ser construída pelo homem, por maior que sejam seus esforços e sinceridade, é presente que só Deus pode dar; entender isso é a chave que abre a porta de nossa filiação com o pai.

23/09/19

O Senhor nos recolhe

      “Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá.” Salmos 27.10

      Neste mundo não precisamos de pai, de mãe, de esposa, esposo, de filhos, enfim, de uma família para sermos felizes, ou pelo menos, para sermos menos infelizes, nós precisamos de Deus, isso basta. Não, não entenda errado, família é uma bênção, façamos tudo que está ao nosso alcance para termos e mantermos uma família, país e irmãos e muito mais a nossa própria família, cônjuge e filhos.
      Se você tem um família, louve a Deus por isso, contudo, você, que de alguma forma é sozinho, que não se encaixa nesse padrão social idealizado, que não conhece ou não se relaciona com pai ou mãe, por um motivo ou outro, que é solteiro ou solteira, mesmo já em idade adulta, ou que mesmo casado não pôde ter filhos, não se desespere, busque a Deus, de uma maneira especial, e somente através de Jesus. 
     Deus nos basta para sermos felizes, neste mundo de injustiças e maldades, e sob o livre arbítrio que o próprio Deus dá à humanidade. A vida não é filme, não tem um final feliz ideal, e ninguém é igual a ninguém. Mas o amor de Deus é o mesmo para todos, e ele, mesmo que todos nos decepcionem e nos abandonem, nos guarda, nos abraça, nos recolhe, nós e Deus já somos uma família feliz.