Nesta reflexão vou tocar em assuntos polêmicos, que muitos evitam.
Não pense você que busco menos santidade ou que estou menos cheio do Espírito
por levantar estes questionamentos, ao contrário, passo por uma fase de busca
de vida bem próxima a Deus. Também estou bastante envolvido com uma igreja
séria e oficialmente constituída, lutando pelos ministérios de música,
evangelismo e oração. Mas penso, com a idade que estou, com o tempo que tenho
convivendo com as igrejas evangélicas brasileiras, que não posso simplesmente
fingir que algumas coisas não acontecem. Acredito que cada um tem uma chamada
profética, indiferentemente das condições que tem e dos trabalhos que faz, eu
estou procurando desempenhar a minha, consciente de que terei de prestar a Deus
e somente a ele satisfação pelo que aprendi, vivi e me posicionei, diante dele,
do mundo e de mim minha própria consciência.
Até
quando algumas “teorias” serão gritadas nos púlpitos, à distância das ovelhas,
longe da realidade, diferentemente do que muitas vezes é falado nas salas
fechadas do aconselhamento pastoral?
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Enquanto
isso, jovens criados na igreja ou mesmo novos e sinceros convertidos, acabam
tendo uma vida sexual antes do casamento, muitos fazem filhos antes de uma
cerimônia oficial, tantos se casam às pressas e alguns se desviam ou fazem
alianças conjugais erradas, fadadas ao insucesso. Esse assunto precisa ser
falado de forma aberta e madura com os cristãos, principalmente com os jovens,
por outro lado é preciso deixar a hipocrisia nos púlpitos e parar de ficar
exigindo de casais que já estão juntos há algum tempo, que têm compromisso
sério, com eles mesmos e com Deus, algo, que muitas vezes não pode ser vivido,
não por pessoas sadias e cheias de energia.
Mas
para os que não querem concluir um processo físico e químico que tem início com
uma aproximação corporal, que começa com um simples toque ou com o beijo mais
fraco, o certo é nem dar início a esse processo. O pior é que em muitos casos a
hipocrisia chega a um ponto que para não chegar a uma relação sexual completa,
os casais fazem tudo, menos a penetração, e se consideram puros, por isso, para
se manterem “tecnicamente” virgens.
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Enquanto
as teorias são gritadas, muitos, mas muitos mesmo, bebem uma cerveja, ou tomam
um vinho, escondidos, sentindo-se culpados, já que a ordem do púlpito é que
bebida alcoólica nenhuma deve ser ingerida por cristãos verdadeiros. É claro que
existem muitas pessoas que têm problemas crônicos bem sérios com álcool, e
muito podem vir a ter se começarem a beber. Não, o ideal seria realmente que
não fossem consumidas bebidas com teor alcoólico.
A Bíblia diz em Efésios 5.18-19: “E não vos embriagueis com vinho, que leva à devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor no coração”, o enchimento do Espírito Santo sacia qualquer ansiedade e nos permite uma alegria real e plena. Quando se está cheio do Espírito simplesmente não se tem tempo para outras alegrias, mesmo as pequenas e mesmo inconsequentes, da carne.
A Bíblia diz em Efésios 5.18-19: “E não vos embriagueis com vinho, que leva à devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor no coração”, o enchimento do Espírito Santo sacia qualquer ansiedade e nos permite uma alegria real e plena. Quando se está cheio do Espírito simplesmente não se tem tempo para outras alegrias, mesmo as pequenas e mesmo inconsequentes, da carne.
Contudo,
não existe uma ordem taxativa nas escrituras de que não se pode consumir nenhum
tipo de bebida alcoólica, não existe essa lei. Se as pessoas fossem maduras e
tivessem as prioridades certas, elas poderiam, sim, beber de vez em quando.
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Enquanto
os teóricos esbravejam, muitos sofrem só... Nem vou falar sobre a questão
homossexualidade, tenho várias reflexões sobre esse assunto no blog, se quiser
lê-las acesse o link Homossexualidade
e Respeito. A única coisa que gostaria de dizer, novamente, é que quem
grita do púlpito, sem amor, que homossexualidade é pecado, nunca conviveu de
perto com alguém com a questão, nunca caminhou, por anos, com um homossexual
genuíno, que teme a Deus, que não é promíscuo e que gostaria, se pudesse, de
ser uma pessoa que não vivesse estigmatizada com preconceitos e chacotas.
Sim, também já vi milagres nessa área, pessoas que tiveram hábitos homossexuais e que conseguiram mudar, tornaram-se héteros felizes e cristãos de qualidade, mas será que isso é regra? Será que tem que ser?
Sim, também já vi milagres nessa área, pessoas que tiveram hábitos homossexuais e que conseguiram mudar, tornaram-se héteros felizes e cristãos de qualidade, mas será que isso é regra? Será que tem que ser?
Para
entender isso teremos que interpretar direito várias passagens bíblicas sobre o
assunto, e entender principalmente a sociedade da época em que homossexualidade
parecia ser realmente algo proibido. Para entender isso teremos que nos dar ao
trabalho de pensar e de amar, eis aí duas coisas que muitos cristãos não gostam
de fazer, pensar e amar, eles querem milagres imediatos e sempre.
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Outra
questão delicada é o desprezo que os púlpitos têm com as provas científicas
de que existiram seres, animais ou humanos, que não se encaixam nem na condição
de macacos, nem na de homens. Continuamos ensinando aquilo que se ensinava há
duzentos anos sobre a criação e dando motivos para que materialistas, ateus e
tantos inimigos do cristianismo, falem mal e desprezem o único caminho para a
salvação dos homens. Será que é difícil entender que, sim, houve uma evolução
nos animais, sim, existiram várias tipos de seres antes que o, definido pela
ciência como homo sapiens sapiens (o termo mais moderno usa sapiens duas vezes)
aparecesse, e sim, Deus fez isso tudo, seja em uma semana de sete dias de vinte
e quatro horas, ou em sete eras de milhões de anos.
Não,
o processo evolutivo não tira de Deus qualquer mérito, não nega a fé, a Bíblia.
A narração no livro de Gênesis foi apenas uma maneira didática que Deus usou
para explicar a criação para homens de todos os tempos, principalmente
para aqueles de três mil anos atrás, que tinham pouquíssimo conhecimento
científico. Mas estamos no século XXI, aliás, a evolução foi postulada no
século XIX, os cristãos, e não seus inimigos, é que precisam ter a humildade e
a sabedoria para buscar em Deus um entendimento que aceite a realidade provada
pela ciência assim como a verdade atemporal ensinada pela Bíblia.
Agora
vou compartilhar uma opinião pessoal, você aceita se quiser, uma opinião que
responde uma pergunta: quem foi Adão? Adão não foi, necessariamente, um homem,
pode até ter sido. Mas ele foi um momento, o momento exato que a evolução criou
o homo sapiens sapiens, o primeiro deles. Nesse momento uma criatura, à imagem
de Deus, apareceu neste planeta, então o sopro de Deus foi colocado nele, e o
primeiro Adão surgiu. Simples? Bem, eu continuo acreditando na Bíblia, mas não
serei arrogante, como são os incrédulos com relação ao evangelho, a ponto de
desprezar provas científicas, só por ter preguiça espiritual de buscar em Deus uma
convicção lúcida e coerente com a realidade que vivo hoje, em pleno século XXI.
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Sexo
antes do casamento, bebida alcoólica, homossexualidade e evolução, feridas que
tantos púlpitos evitam em por o dedo, até quando? Bem, não espere pelos
púlpitos, busque uma posição pessoal, e acima de tudo, respeite quem pensa
de outro modo ou quem não quer se dar ao trabalho de simplesmente pensar. O
mais importante é e sempre será Jesus, ele sim, é o caminho, a verdade e a
vida.
Penso
que seja qual for a interpretação que se dê aos assuntos tratados aqui, seja
a tradicional ou alguma mais “moderna”, são todos coisas desse mundo, da carne,
que se não forem pecados são inconveniências, e que se foram e são tratados por
muitos até hoje, e talvez continuem sendo tratados assim pela maioria até o
fim, pela sábia permissão de Deus, é porque tanto faz.
Só usei
uma citação bíblica nesta reflexão, a de Efésios 5.18-19, porque é justamente aí
que reside a solução, a única solução para se vencer nossa natureza pecaminosa
que nos acompanhará até o arrebatamento ou à morte do corpo físico, que se não
nos fazem pecar diretamente nos colocan em situações desconfortáveis, nos enchem
de culpa e nos roubam a paz. Mas como já foi dito uma vez, Jesus não veio
filosofar sobre a doença, veio trazer o remédio e pronto, tome-o quer quiser.
Para
terminar mais um texto de Paulo com o mesmo espírito (ou Espírito com e maiúsculo...),
Gálatas 5.16-18: “Mas eu afirmo: Andai
pelo Espírito e nunca satisfareis os desejos da carne. Porque a carne luta
contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne. Eles se opõem um ao outro, de
modo que não conseguis fazer o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito,
já não estais debaixo da lei.”.
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