sábado, março 15, 2014

Fazer a vontade de Deus (2a. parte de 14)

II. O que NÃO significa, necessariamente, ser a vontade de Deus para nossas vidas.

1º Fazer a vontade de Deus não é simplesmente fazer o bem.

Provérbios 30.2-3 diz: “Na verdade sou o mais tolo de todos, não tenho o entendimento do homem; não aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do Santo.” Nesses versos o escritor de Provérbios faz a mais honesta das constatações: nenhum de nós tem sabedoria espiritual, não naturalmente, para saber e fazer a vontade do Senhor.

Mais abaixo, no verso 12, ele diz: “Há quem se considere puro, mas nunca foi lavado da sua impureza.”. Quantos estão enganados com relação à justiça própria, cegos pela arrogância do coração que acha que conhece Deus e não conhece, mesmo que procurem fazer insistentemente o bem.

Leiamos também Isaías 64.6-7: “Todos nós somos como o impuro, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas maldades nos arrebatam como o vento. E não há quem invoque o teu nome, que desperte e te detenha, pois escondeste de nós o rosto e nos consumiste por causa das nossas maldades.”. O texto foi direcionado a Israel, num determinado momento de sua história, mas pode ser usado para todos que ainda não tiveram a experiência do novo nascimento.

Finalmente leiamos uma das versões do texto mais claro e objetivo que fala sobre a necessidade do homem nascer de novo, João 3.1-7:

Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, autoridade entre os judeus. Ele foi encontrar-se de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre vindo de Deus, pois ninguém pode fazer os sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade te digo que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo. Então lhe perguntou Nicodemos: Como um homem velho pode nascer? Poderá entrar no ventre de sua mãe e nascer pela segunda vez?
Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: Necessário vos é nascer de novo.”

Ser um bom cidadão, trabalhador, honesto, ter boa moral, não andar em adultério, consumir bebida alcoólica de forma moderada, se preocupar com a sociedade, com a natureza, com a vida, isso tudo não é necessariamente fazer a vontade de Deus. É claro que o Senhor abençoa de alguma maneira todos os que se esforçam para andar de forma correta, se abençoa os que não andam assim, quanto mais esses.
Contudo, o que identifica se essa correção é a vontade de Deus, não são os atos de bem que outros homens colhem através da vida do homem de bem, mas a glória que Deus recebe através disso. Fazer o bem de fato, significa fazer a vontade de Deus, quando a vontade de Deus é feita, o Senhor é glorificado em primeiro lugar através disso. Não é a religião que o homem professa que ganha honras, a filosofia de vida dele, sua convicção que fica célebre, isso tudo na verdade só glorifica o próprio homem, e em última instância, o diabo, não a Deus.
Essa ideia maniqueísta simplista que divide o mundo espiritual em bem e mal, vai muito além de sermos ou não cidadãos justos e benignos, conforme a moral desse mundo, os fins nunca justificam os meios, na vontade de Deus o bem nasce dele, é gerado através dele no homem e glorifica somente a ele, o que não for isso, mesmo travestido de bem, é mal.

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