quarta-feira, novembro 14, 2018

Somos nós que precisamos ser convencidos

      “Louvarei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.” Salmos 34.1
      “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.Mateus 7.7
      “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” Mateus 24.13
      “Orai sem cessar.I Tessalonicenses 5.17
      
      Não é Deus quem precisa ser convencido, o Senhor sabe tudo e sempre, mas somos nós, que prometemos hoje e amanhã nos esquecemos do que prometemos que precisamos. Por isso a insistência no pedido, a repetição da oração, a renovação do louvor, a persistência na consagração. Se soubéssemos de fato o que estamos falando, se vivéssemos de verdade o que sabemos que é o melhor pra nós, se prometéssemos e cumpríssemos nossas promessas, se créssemos no Deus para o qual oramos, uma vez bastaria. Depois viveríamos santos e adorando a Deus num momento eterno, isso, contudo, só ocorrerá na eternidade. Na eternidade não haverá esquecimento porque não haverá tempo, e não haverá tempo porque não haverá morte.
      Por que nos esqueçemos? Por causa da morte que recebemos quando o pecado, a partir do original, mas também aquele de cada um de nós de cada dia, mata nosso corpo e nossa alma. Mesmo os convertidos, cujos espíritos receberam vida eterna do e no Espírito Santo, seus corpos físicos e almas humanas, os centros das emoções e dos pensamentos, envelhecem a cada dia, envelhecimento é o processo de morte. Esse envelhecimento nos faz fracos, cansados, e a princípio nem é um enfado físico, mas espiritual. O jovem tem paixão, tem forças, mas se deixar-se levar pela natureza se afastará de Deus, se esquecerá dos princípios de vida do Senhor. Assim, é preciso insistir em querer ser espiritual, em querer ouvir e obedecer ao Senhor, em crer.
      O que acha que fazer corrente de oração, promessas, subidas ao monte, séries se cultos, jejuns, ou qualquer ritual repetitivo como maneira de acumular crédito diante de Deus para então ter direito de receber resposta de algum pedido, na verdade só enfatiza mais a própria incredulidade. Ao que crê, uma vez basta, uma segunda talvez para tentar fazer Deus mudar de ideia ou para abrir os ouvidos para entender uma resposta que Deus já deu. Deus responde na primeira vez que oramos, quando insistimos ou é porque não concordamos com a resposta ou porque não a ouvimos direito. É claro que o processo humano da insistência, que chamamos de tantos nomes, é espiritualmente salutar, e repetindo, para o homem não para Deus. 
      Na insistência nos consagramos mais e isso nos deixará mais prontos para ouvir a vontade de Deus, seja ela qual for. O Senhor, também, em sua misericórdia, aceita nosso “trabalho”, o Senhor entende nossa fraqueza, o Senhor é pai de amor, e esperará com paciência até que estejamos prontos para entender ou para aceitar. Mas mais que isso, conhecedor de nossa humanidade, Deus sabe que o tempo neste mundo é diferente, que o processo é mais lento, e que na nossa insistência em nos levantarmos sempre que cairmos, adorarmos, mesmo quando tantas vezes nos esquecemos de agradecer, e crermos, mesmo já tendo visto o Senhor responder nossas orações tantas vezes, nessa persistência, o espírito vence a carne, o diabo é envergonhado, e o nosso caráter é construído.

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