quarta-feira, agosto 21, 2024

Para morrer basta estar vivo

      “Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.Romanos 6.7-11

      Só há um pré-requisito para morrer, estar vivo, nisso temos duas lições. A primeira é que ninguém escapa da morte, pobres ou ricos, graduados ou analfabetos, pretos, brancos, amarelos, de todas as cores, brasileiros ou estrangeiros, católicos ou evangélicos, crentes ou ateus. Se todos passarão por ela também todos enfrentarão o além, seja o que entendem que será esse além ou não, mas o certo é que levaremos o que somos, não o que temos. Na “mala” que o espírito carrega para a eternidade só cabem valores morais, não materiais, sejam vícios ou virtudes, maldades ou bondades, já aprovação e glória humanas ficam aqui. Mesmo assim muitos vivem como se não fossem morrer, negam a morte em suas paixões e escolhas. 
      A segunda lição é a ensinada pelo evangelho. Se vivos nós morrermos, estando mortos escapamos da morte, não da morte do corpo, mas da morte do espírito. O evangelho propõe espiritualidade diferente das propostas por muitas religiosidades, a troca de morte por vida. O exemplo maior é dado por Cristo, que não teve existência de vitória e honra no mundo, mas de morte, do início ao fim, durante sua vida como homem na matéria. Suas ideias morreram porque não foram aceitas e compreendidas, seus laços afetivos morreram porque o deixaram só no final, seu corpo morreu com requintes de crueldade, mas seu espírito vive para sempre numa posição espiritual elevada e exclusiva. Quer viver para sempre? Deixe teu ego morrer.

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