“E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão. Ali não haverá leão, nem animal feroz subirá a ele, nem se achará nele; porém só os remidos andarão por ele. E os resgatados do Senhor voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.” Isaías 35.8-10
Nesta quarta reflexão sobre Isaías 35 vemos com clareza uma menção a Jesus, um caminho santo, como citado em João 14.6. A versão NVI diz “os impuros não passarão por ele, servirá apenas aos que são do Caminho, os insensatos não o tomarão”, Atos 19.9 refere-se ao evangelho como religião no primeiro século como o Caminho. O que há de importante e distinto nessa denominação? Ela mostra vida com Deus não como uma posição fixa, mas como um processo, uma jornada. Na velha aliança de Israel a posição era fixa, circuncidado e obediente à Lei de Moisés o homem tinha uma posição especial diante de Deus e para sempre. No evangelho qualquer ser, israelita ou outro, homem ou mulher, pode caminhar com Deus.
Esse caminho não será reconhecido pelos insensatos, só pelos remidos. Eis outro entendimento que precisamos reavaliar conforme o novo testamento, não de acordo com a visão de um profeta que esperava que sua nação voltasse do cativeiro para Canaã terrena. A diferença principal é que em Cristo proximidade com Deus é opção pessoal para qualquer um, não direito de nascença de um povo, e nessa relação a aproximação é gradativa. Temos que tomar cuidado para não confundirmos simbologia temporária com a verdade maior. A Sião física era para Israel do antigo testamento, a Sião celestial é espiritual, muito mais gloriosa, contudo, não baseada em referências materiais, mas em espirituais e muitas ainda misteriosas.
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