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14/12/12
O milagre de um dia comum
Quando o coração é humilde
Leia a passagem toda de Lucas 15.11-24 para entender todo o
contexto da parábola do filho pródigo, um dos textos mais conhecidos da Bíblia.
Nessa reflexão me atenho somente aos dois versículos acima para dizer: como
mudam as coisas quando o coração do homem chega, enfim, aonde Deus quer chegue.
Quando enfim entendemos o nosso lugar, lugar de homem, falho,
imperfeito, limitado, pecador, injusto, rebelde, quando chegamos a esse ponto,
paramos de fazer exigências, de querer barganhar bens e valores, abrimos mão da
vaidade, de qualquer posição ou honra. Enfim, aceitamos qualquer coisa para
ficarmos perto de Deus, para termos a sua atenção, o seu carinho, a sua proteção.
Mas a grande bênção disso, é que quando nos postamos assim, o
Senhor nos agracia com honra, e como nosso coração se alegra com isso. Nesse
momento damos valor às coisas pequenas, e glorificamos a Deus pela sua misericórdia,
pelo seu amor, nesse momento, enfim, aprendemos o que é gratidão, humildade, e
como é bom estar perto do Pai.
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13/12/12
Conhece-te a ti mesmo
Segundo algumas
fontes a frase é atribuída a primeira pitonisa deste oráculo, Femonoe. É uma
pedra-angular da filosofia de Sócrates e do seu método, a maiêutica, e é muito
citado pelo filósofo nos relatos de Platão (Alcibíades, 128d-129) e Xenofonte
(Memoráveis, IV, II, 26).
O oráculo do templo
teria proclamado Sócrates o homem mais sábio na Grécia, ao que Sócrates terá
respondido com a célebre frase: "Só sei que nada sei".” (Fonte: Wikipédia).
E nós cristãos, o que podemos aprender com isso? Sim, porque é
preciso humildade para aprender não somente com textos bíblicos, mas com tudo o
que há no mundo que está debaixo da mão de Deus. Conhecer a nós mesmos é saber
o que cremos, no que cremos e porque cremos. Em Deus não há sombras ou
incoerências, mas como há nas religiões e igrejas. Conheça sua fé, critique-a,
ponha-a a prova, você se aproximará mais de Deus e se afastará mais da manipulação
do homem enganoso que só deseja as riquezas e poderes desse mundo, e não as coisas
de Deus.
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Espiritualidade equivocada: privações desnecessárias
Essa “espiritualidade” invertida, também pode ser vista como consequência
da “cultura” que a Igreja Católica Romana impôs e ainda impõe a muitos homens. Quando
essa igreja deixou de acreditar em Jesus como único intercessor, passou a aliar
a salvação a outras coisas, pessoas, ritos ou estilos de vida. Todo o princípio
do sacerdote romano, que incluí castidade, vestes diferenciadas, privação de
vaidades, ensina que santidade é obtida por meio de abstinências e abnegações.
Tira de Cristo e joga no homem o trabalho de purificação, daí, compartilhar
algo de bom, parece nessa ótica equivocada, ter orgulho, se mostrar para aos
outros.
Que grande engano, que rouba das pessoas a alegria das coisas
simples, que escraviza o homem a uma falsa espiritualidade, que cobra dele
esforços e sacrifícios que Deus nunca cobrou. Muitos não sabem que tudo isso é
trabalho em vão, para nada serve, somente para glorificar o próprio homem e
mantê-lo longe da maravilhosa graça de Deus. Jesus já fez todos os sacrifícios, nosso único trabalho é crer nEle.
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12/12/12
Cristão: cidadão do reino dos céus
“Nosso desafio não é o de
criar cristãos, mas de criar pessoas honestas, humanas, solidárias,
compassivas, respeitosas da natureza dos outros. Se conseguirmos isso é o sonho
de Jesus realizado”.
As palavras precisam ser redimidas de seus preconceitos, não é
difícil entender como algo tão impactante como o cristianismo, que mudou e
direcionou o mundo ocidental por centenas de anos, também tenha sido corrompido
pelos homens com relativa potência. Daí o termo cristão ter adquirido outros
sentidos, sentidos equivocados, ligados principalmente ao
"cristianismo" da Igreja Católica Romana (bem, nem vou me estender
nesse assunto...).
Mas quem experimentou o cristianismo primitivo e verdadeiro, o dos
Evangelhos e das Epístolas do Novo Testamento, não entende o termo cristão como
entende, por exemplo, o sábio Boff, um homem lúcido, super relevante, contudo
mais um filósofo que um teólogo, se é que seja necessário ser teólogo para se
experimentar o cristianismo genuíno.
Os atributos que o filósofo cita acima, são qualidades que devemos
ter como cidadãos, você pode ser espiritualista, esotérico ou mesmo ateu, e ter
essas virtudes, e elas são louváveis e necessárias para a vida num grupo social
aqui nesse mundo (diga-se de passagem, a Teologia da Libertação de Boff tem
haver com justiça nesse planeta, biblicamente falando, Boff comete o mesmo erro que os judeus contemporâneos de Jesus, quando encarnado, cometeram, supor que o Evangelho é pra fazer justiça nesta terra, e não estou dizendo que não devemos fazer a nossa parte aqui, ajudando os menos favorecidos como bem ensina o Sermão da Montanha). Jesus tem bem mais que isso para o homem já
que Ele prepara o ser humano para o reino de Deus, o reino dos céus.
Com relação às cisões e à "fé" que Deus tem em todos os
homens, em Jesus não há divisão, o que está nEle vive isso, por isso não prega
religião, mas somente Cristo, e sim, Deus espera que todos os homens sejam
salvos, se aceitarem a salvação que há em seu filho Jesus.
Zé Osório
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11/12/12
Dê lugar à ira de Deus
Para que isso aconteça você deve abrir mão de fazer justiça com as
próprias mãos, mesmo que seja por uma causa justa, se você agir, a glória será
sua. Glória do homem nunca deixa paz, provoca dor, visto que é roubo, roubo da
glória que deveria ser de Deus. Um roubo não pode deixar no coração do ladrão
um sentimento bom, mas remorso.
Ao invés disso entregue sua causa nas mãos de Deus, permita que
Ele faça justiça, assim a glória será dEle. Além disso, Deus é o único que pode
fazer as coisas do jeito certo, o injustiçado é honrado, e o que provocou a injustiça
é disciplinado, não pelo homem, mas pelo Senhor.
Na hora em que a dor pela injustiça apertar seu coração, use toda
essa força negativa para orar e deixar aos pés de Jesus a sua causa, perdoe o
que te foi injusto, e não tome mais qualquer atitude para colocar sua mão na
questão, deixa que Deus ponha a mão e apenas espere.
“Meus amados irmãos, tende
certeza disto: todo homem deve estar pronto a ouvir, ser tardio para falar e
tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.” (Tiago
1.19-20).
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10/12/12
Vire a página
Por pior que pareça, Deus pode te dar forças para você virar a
página, desde que você realmente queira isso. Remédios, bebidas e drogas não
vão aliviar sua dor, você precisa virar a página. Acredite, algo muito bom pode
acontecer em sua vida, não para fazer a dor que você passou
deixar de existir, isso não, ela sempre estará guardada em algum canto do seu
coração. Contudo, o que pode vir te dará forças para olhar para outra direção,
para seguir em frente e virar a página.
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Te agradeço Senhor pelas pequenas coisas
Nessa ótica, a visão das músicas cantadas nas igrejas exalta a
atuação poderosa de Deus, dando o que os homens não podem ter, fazendo o que
eles tanto desejam e não podem fazer. Acredito que seja isso que essa geração
precise ouvir... acredito...
Contudo, e esse é o desejo de um cinquentão que se converteu nos
anos 1970, sinto falta de músicas cristãs que simplesmente agradecem a Deus por
Ele existir, por Ele cuidar de maneira fiel e tranquila das vidas de seus
filhos. Sinto falta de um louvor que agradeça, não pelos milagres poderosos que
foram realizados no deserto, mas simplesmente porque a figueira deu fruto, na
terra de Canaã.
Sinto falta de uma simplicidade madura, realista, nos louvores,
fruto de corações agradecidos pelas pequenas coisas. Sinto falta de encontros
emocionais mais nivelados, onde o racional também é abençoado, encontros que
permanecem muito tempo no coração, visto que falam de maneira profunda a homens
espirituais e não somente aos jovens da fé.
Segue uma das passagens mais poéticas da Bíblia, define exatamente
o clima dessa reflexão:
“Quando eu o ouvi, meu
ventre se comoveu, meus lábios tremeram diante do seu ruído; a fraqueza entrou
nos meus ossos, os meus passos vacilaram; aguardarei em silêncio o dia da
angústia que há de vir sobre o povo que nos oprime.
Ainda que a
figueira não floresça, nem haja fruto nas videiras; ainda que o produto da
oliveira falhe, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja
exterminado do estábulo e não haja gado nos currais; mesmo assim, eu me
alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a
minha força! Ele fará os meus pés como os da corça e me fará andar sobre os
meus lugares altos.
Ao regente de
música. Para instrumentos de cordas.”
Habacuque 3.16-19
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09/12/12
Cristianismo: testemunho pessoal
Isso deixa claro que comunhão com Deus se faz através de amizade,
de caminhar junto, é um conhecimento, não somente de si próprio, mas dEle, não somente
uma ligação que tem como consequência o autocontrole e a vitória sobre a carne,
mas isso tudo é possível à medida que Deus vive na pessoa, caminha através
dela, realiza o seu reino no homem interior dos seres humanos, o tanto quanto
isso for possível.
Sendo assim, Jesus trabalha em nosso coração, naquilo que temos de
mais íntimo, privado e pessoal. O cristianismo não é filosofia para entreter a
mente, ciência para saciar a sede de entendimento, meditação para devaneio do
espírito, antes de tudo isso ele é remédio. A ênfase não está em explicar e “viajar”
na doença, mas em oferecer a cura para a alma.
Portanto é impossível não ser pessoal quando compartilhando Jesus.
É preciso se desproteger, se revelar, para poder testemunhar de Deus. Pregador,
antes de dizer aos outros, o que eles precisam fazer, fale do que Deus fez em
sua vida. Um testemunho real vale mais que mil ensinamentos de sabedoria, mas
faça isso de maneira pessoal.
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08/12/12
Liderança espiritual do marido
Dele deve partir, como responsabilidade, a iniciativa para servir
a Deus, para participar de uma igreja, para ensinar esposa e filhos sobre a
Bíblia e o caminho de Jesus. Isso de maneira alguma representa qualquer espécie
de machismo, é apenas uma questão de hierarquia, hierarquia estabelecida por
Deus. Se o lar é uma pequena igreja, o marido é o pastor, que dará satisfação a
Deus sobre como liderou suas ovelhas, esposa e filhos.
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Culto: cada segundo dele é importante
Pode ser através da palavra, da pregação principal, seja ela
ministrada por um experiente pastor ou por um irmão mais leigo, seja através
das palavras secundárias compartilhadas pelos irmãos, pelo louvor, por um
testemunho. Contudo, Deus pode falar através de uma frase dita por alguém
dentro do templo, em ocasiões variadas.
Pode ser um verso de uma música, um versículo, que não seja o tema
da pregação, e principalmente uma revelação percebida durante qualquer
ocorrência durante o culto. Se houver seriedade da igreja e por nossa parte,
atenção, cuidado, temor, Deus falará.
Portanto, não perca um segundo, quando no templo vigie, preste
atenção à voz do Espírito Santo, evite brincadeiras desnecessárias, conversas
paralelas, principalmente enquanto alguém estiver usando o púlpito. Tenha
certeza, Deus sempre fala com você durante um culto.
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07/12/12
Humildade para estar casado
Quando decidimos isso, crescemos de verdade, amadurecemos,
passamos a perdoar o companheiro, a ter mais paciência, a parar de trocar o
amor pela vitória egoísta de um ponto de vista, bem, quando acontece isso a paz
passa a ser mais importante que tudo. Só quando decidimos isso é que o
casamento passa a valer, passa a existir de fato, como em tudo na vida, é
preciso humildade para viver junto.
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Inveja: admita-a e deixe-a
Inveja pode ser um pecado difícil de ser perdoado porque a maioria
das pessoas simplesmente não admitem que a têm, sem confissão, não há perdão.
Admita, entenda que isso também não é assim um bicho de sete cabeças.
Transforme a inveja ruim em algo bom, no sentido de não odiar alguém por ter
algo que você não tem. Antes, quando reconhecer a bênção do outro, agradeça a
Deus por isso, então peça, com fé e com humildade, que Deus
também te dê essa bênção. Lembre-se: Deus quer abençoar a todos, todos mesmo!
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06/12/12
Fala profeta!
Acredito que um fator importante para discernirmos se a
manifestação é dom do Espírito Santo é que se é de Deus sempre abençoa, sempre
constrói, sempre casa com a realidade, mesmo que seja uma exortação dura e
revele coisas ruins. A palavra de Deus é sempre de amor e sempre se cumpre. Se
você tiver um dom, use-o, sem medo, não espere que as pessoas concordem ou
gostem, mas faça sua parte.
"Mas se o atalaia não
tocar a trombeta ao perceber a espada vindo, e o povo não for avisado, e a
espada vier e ferir alguém, este terá sido ferido por causa da sua maldade, mas
considerarei o atalaia culpado por aquela morte." (Ezequiel 33:6).
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O que você vê quando você olha?
Muitas vezes falamos uma coisa, mas sentimos outra, e sentindo
assim, vemos diferente. Nossa boca pode até falar de Deus, de bênção, de
milagre, mas nosso coração está desconfiado, amargo, incrédulo. Um coração
assim olhará errado, esse olhar revelará na face todo o desgosto que existe
pela vida.
Quem tem a oportunidade, o privilégio e a responsabilidade de
estar num púlpito, pregando e ensinando a palavra de Deus, pode vislumbrar
muitas coisas. Se percebe os vários olhares, alguns atenciosos, que sentem as
palavras em suas almas, que acompanham o púlpito com muito cuidado. Outros
distantes, com o coração longe, outros com desdém, desconfiados do que lhes é
falado, esses olham o homem e não veem o profeta, enxergam a carne, mas não
aprendem do Espírito. Outros ainda, nem olham, leem outra coisa, conversam,
riem, até zombam.
Quem olha com gentileza, que enxerga com misericórdia, quem presta
atenção com benevolência, é porque possui um coração bom. Olhos bons são consequência de um bom coração, e esse terá na boca palavras realmente boas,
palavras de esperança, palavras de amor, alguém assim é coerente, vive
realmente na luz. Quem olha certo sempre vê a Deus, a sua graça, a sua misericórdia, quem vê Deus sempre acha a felicidade e a paz.
.05/12/12
Fale em línguas estranhas!
Fale em mistérios, peça a Deus a tradução, derrame-se aos pés de
Jesus, depois leia a Bíblia e seja abençoado racionalmente, entendendo o texto, meditando nele.
O alimento de Deus é perfeito e completo, um banquete, tem tudo:
entrada, prato principal, água e sobremesa, isso para que você possa viver uma
vida satisfeita espiritualmente. Vivendo assim o Diabo correrá de você, o amor
e o perdão serão fáceis, e a paz, abundante. Deus seja louvado!
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Desprender-se do mal
O que significa sacudir o pó? É desprender-se de qualquer mal, não
levar consigo qualquer ódio, injustiça, rancor, mau entendimento, significa
seguir em paz, sem mágoa, deixar o mal com o mal, seguir bem, mas seguir mesmo,
sem qualquer resquício, sem nem o pó.
Quantas vezes levamos não só o pó do mal com a gente, mas sacos e
sacos de terra. Se alguém nos magoou, guardamos isso nos coração, e seguimos
pesados. O peso atrasa a viagem, adoece o coração, rouba a paz.
A solução é só uma: perdoar e desprender-se, totalmente, e seguir
leve e limpo.
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04/12/12
Segurança, mesmo consciente de tempos difíceis
2ª “E mandou-lhes
expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.”, Marcos
5:43.
3ª “E ordenou-lhes que a
ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam.”,
Marcos 7:36.
4ª “E admoestou-os, para que
a ninguém dissessem aquilo dele.”, Marcos 8:30.
5ª “E, descendo eles do
monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho
do homem ressuscitasse dentre os mortos.”, Marcos 9:9.
6ª “E seus pais ficaram
maravilhados; e ele lhes mandou que a ninguém dissessem o que havia sucedido.”,
Lucas 8:56.
7ª “E, admoestando-os,
mandou que a ninguém referissem isso,”, Lucas 9:21.
Naquele momento, conforme as passagens acima, os milagres deveriam
ficar em segredo, tanto quanto possível, senão o fim, que Jesus sabia que teria
na cruz, poderia ser apressado. Ele não queria isso por dois motivos: primeiro,
porque sabia que Deus tinha o tempo certo pras coisas, e segundo, porque vivendo
encarnado, como um homem, Jesus, com todos os temores e cuidados de um ser
humano comum, não iria propositalmente para um fim que lhe causasse mal.
Entenda que Jesus não pecou nessa intenção, já que no Getsêmani
Ele orou pedindo que se fosse possível que Deus o livrasse do fim que teria,
mas Ele estava pronto para cumprir esse fim: “E afastou-se deles a uma curta distância, e, ajoelhando-se, orava
dizendo: Pai, se queres, afasta de mim este cálice; todavia, não seja feita a
minha vontade, mas a tua. Então apareceu-lhe um anjo do céu, que o encorajava.
E, cheio de angústia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como
gotas de sangue, que caíam no chão.” (Lucas 22.41-44).
Em Lucas 9.22, após uma das vezes que Ele pediu segredo, ele
explica o que aconteceria com Ele, como que justificando porque estava pedindo
aquela discrição: “E disse: é necessário
que o filho do homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelas autoridades,
pelos principais sacerdotes e pelos escribas, seja morto e ressuscite ao terceiro
dia.”. (Mesmo que os discípulos não entendessem o que realmente aconteceria
com Jesus, conforme Lucas 9.45.)
Sem tamanho foi a dor que Jesus padeceu, ter que conviver o tempo
todo, mesmo em momentos de aparente paz e alegria, com a certeza de que teria
que viver um fim terrível de agonia física, psicológica e espiritual, de
absoluta solidão e abandono. A certeza de uma dor bem menor nos daria uma vida
cheia de ansiedades, de amargura, de frustração, absolutamente infeliz, que
poderia “somatizar” em nós tantas enfermidades. Mas a convicção de que Deus
estava no controle, de que o objetivo de Deus com a experiência era bom, era
maravilhoso, era o de salvar toda a humanidade, essa convicção conduziu Jesus em
segurança até o final.
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03/12/12
Comércio na Igreja: Deus se levantará contra
Essa atitude deveria ser tomada hoje em dia, contra tantos que
tentam tornar o Evangelho um comércio, comércio de falsa adoração e de falsas
palavras, com o objetivo de manipular as pessoas, visando riquezas materiais e
glorificação do ego. Às vezes enoja-me o que está sendo feito dentro da chamada
Igreja, mas ainda assim Deus tem guardado para si pessoas sinceras, que não se
renderam e nem se renderão à vaidade, ao dinheiro e ao inimigo de nossas almas.
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02/12/12
Meias mentiras acompanham meias verdades
"Portanto, todo aquele
que me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante de meu Pai,
que está no céu. Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei
diante de meu Pai, que está no céu.
Não penseis que vim
trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.
Porque vim causar
hostilidade entre o homem e seu pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a
sogra; assim, os inimigos do homem serão os de sua própria família. Quem ama
seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama seu filho
ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim."
Mateus 10.32-37
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01/12/12
A missão do músico do Senhor
O Espírito do Senhor se retirou de Saul, e um espírito mau da parte do Senhor o atormentava. E os servos de Saul lhe disseram: Há um espírito mau da parte de Deus te atormentando; Senhor nosso, dá ordens a teus servos que estão na tua presença, que tragam um homem que saiba tocar harpa; e quando o espírito mau da parte do Senhor vier sobre ti, ele tocará a harpa, e te sentirás melhor.
Então Saul disse aos seus servos: Procurai um homem que toque bem e trazei-o a mim. Um dos jovens respondeu: Conheço um dos filhos de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem; ele é forte, destemido, guerreiro, mestre nas palavras e de boa aparência; e o Senhor está com ele. Então Saul mandou dizer a Jessé: Envia-me teu filho Davi, o que cuida das ovelhas. Jessé pegou um jumento carregado de pão, um cantil cheio de vinho e um cabrito, e os enviou a Saul por intermédio de seu filho Davi.
Assim Davi veio e se apresentou a Saul, que se agradou muito dele e o fez seu escudeiro. Então Saul mandou dizer a Jessé: Deixa Davi continuar me servindo, pois eu me agradei dele. Quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi pegava a harpa e a dedilhava; então Saul sentia alívio e ficava melhor, e o espírito mau se retirava dele.
I Samuel 16.14-23
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Adoração Instrumental: introdução ao improviso de adoração
O que eu chamarei, a partir de agora, de “adoração instrumental”,
não é simplesmente fazer o acompanhamento instrumental para hinos e cânticos, também não é executar hinos e cânticos no instrumento, enquanto a pregação da palavra está sendo feito, é mais que isso. Em primeiro lugar é importante que se entenda qual é o trabalho do homem e qual é a função que somente Deus pode desempenhar. A eficácia de como somos
usados, depende inicialmente das ferramentas que temos. Essas ferramentas, aprendê-las,
é algo humano, claro, sempre feito debaixo da graça de Deus, mas é um trabalho
que compete a nós.
As ferramentas dos músicos são as técnicas, não somente a leitura
do código e a destreza nas teclas, cordas, sopros e baquetas, peculiares aos
músicos que somente leem partituras, mas também são os clichês harmônicos,
rítmicos e melódicos, que um músico que tem a facilidade para pegar a música de
ouvido, possui. Esses clichês são colecionados à medida que se estuda e que se
ouve, principalmente, música de qualidade, as raízes da arte musical, mais dos
que as misturas e fusões de estilos, que já são releituras.
Bem, de posse de todas essas ferramentas, podemos usá-las. Na
música instrumental, o jazz, o blues, o soul, dentre outros estilos, são
linguagens que se prestam à música de improviso. Utilizar clichês mais
sofisticados, no tempo e no lugar certo, dará à improvisação qualidade e
originalidade. Música de improvisação, o jazz, por exemplo, costuma-se dizer
que é música para músicos, só os profissionais, na maior parte das vezes,
conseguem ver relevância e desfrutar da criação feita em tempo real. Com
certeza, esse é o tipo de música é mais prazeroso para aqueles que tocam, e
sim, elas honram ao homem, já que o colocam no limite de sua inventividade. É
claro que na hora e no lugar certos, não existe nada de errado com isso.
Contudo, e isso tenho descoberto há alguns anos, essa improvisação
pode ser usada na adoração, então o instrumental passar a ser mais que
acompanhamento para o vocal, mas adoração em si, podendo ser usado de forma
poderosa e eficaz para exaltar a Deus, liberar o Espírito Santo, derramar a
poderosa presença do Senhor sobre as pessoas. Mas como separar improvisação
instrumental, jazz, de adoração instrumental, ferramenta espiritual?
Quem primeiro fez isso, nos tempos modernos, e ainda faz até hoje,
foram os negros das igrejas evangélicas norte-americanas. O blues e o soul
nasceram dessa “spiritual music”. Contudo, podemos acrescentar a esses estilos
americanos, o estilo de cada região e país. Mas é importante que se saiba que
essas técnicas, são apenas ferramentas. Elas somente poderão ser usadas para a
adoração quando o músico, munido de todas essas ferramentas, tiver uma real
experiência de conversão, consagração e batismo no Espírito Santo.
Tentarei agora dar algumas dicas práticas de como utilizar a
improvisação musical na adoração, usarei termos que serão entendidos por músicos
com algum conhecimento teórico, portanto, perdoe-me pelos termos técnicos.
Os intervalos musicais e as escalas criam climas emocionais
diferentes e bem definidos. A maneira mais simples de entender isso é ouvindo
duas tríades (acordes de três notas), uma maior e uma menor (a diferença está
no terceiro grau desses acordes, na maior, o terceiro grau é maior, na menor, o
terceiro grau é menor). Qualquer pessoa com o mínimo de cuidado sensitivo (não
usei o termo talento, pois acredito que todos têm capacidade para sentir a música,
como acontece com a arte em geral, nem todos podem entender, mas todos podem sentir)
perceberá que a tríade maior passa um clima de alegria, enquanto que a tríade
menor, um clima de tristeza, de melancolia. A mesma coisa, em termos de notas
soltas, ocorre com a escala diatônica maior e com a menor.
(J. S. Bach (músico alemão, cravista, organista, compositor,
cantor, regente e criador de instrumentos, Eisenach, 31 de março de 1685 —
Leipzig, 28 de julho de 1750) fez um estudo minucioso dos 24 tons, 12 maiores e
12 menores, compartilhando esses vários climas que escalas diferentes criam,
essa experiência está registrada nos livros Cravo Bem Temperado, volume 1 e 2,
veja mais sobre isso no link).
Contudo, os acordes não se limitam às tríades, depois disso temos
as tétrades, onde o sétimo grau, menor e maior, é adicionado. Depois podemos
diminuir o quinto grau, acrescentar a nova, a décima primeira, a décima
terceira, e assim vai. Multiplicam-se as possibilidades de acordes e os climas
que eles criam. Isso tudo organizado em cima de escalas e de progressões,
fabricam frases musicais que reunidas criam uma música.
Esse conhecimento técnico e sensorial da musical, debaixo do poder
do Espírito Santo é que pode produzir uma adoração instrumental. Veja que sem
uma experiência poderosa com o Espírito Santo de Deus, repito, sem um temor do
Senhor, sem estar num espírito de oração e de consagração, a técnica de
improvisação será somente jazz. Contudo, temos experimentado nesses últimos
dias aqui nas igrejas evangélicas brasileiras, esse tipo de ministração para
acompanhar a palavra pregada. Nessa função acrescentamos à adoração
instrumental mais uma característica: sincronismo com a palavra que o Espírito
Santo está pondo na boca do pregador, obviamente, sincronismo espiritual.
Não existe qualquer espécie de competição ou de predominância da
música, ela caminha junto com a palavra pregada, como caminham o dom de línguas
estranhas e o dom de tradução dessas línguas. Eu me encorajaria a dizer que a
música poderia ser a “língua estranha”, a linguagem mais emocional, de
mistérios, e a palavra, a sua tradução. Nessa ótica confundem-se e se mesclam,
causa e consequência, assim como a música responde à palavra, a palavra é
inspirada pela música. Bem, quem é glorificado e compartilhado, de maneira
maravilhosa neste contexto, é o Espírito Santo de Deus. As pessoas são
abençoadas com uma interação completa entre emoção, razão e espiritualidade.
O grande segredo é fazer o instrumento conversar com as pessoas,
responder musicalmente aos apelos e ênfases da pregação. Quando o clima for de
derrota, de tristeza, usamos, por exemplo, escalas e acordes menores, quando for
de alegria, escala e acordes maiores. Quando a palavra evoluir, expressando uma
situação onde Deus atua e a condição melhora, podemos subir de tom, ou
simplesmente de altura. O reforço de notas graves mais espaçadas, e o uso de
repetições rápidas de notas agudas, também podem servir para aprovar um clima
criado pelo Espírito Santo.
Algumas progressões, simples e repetitivas, também podem
acompanhar determinados ambientes que o Espírito está criando pela palavra,
como ficar transitando entre os acordes no II grau menor e no III grau menor, criando
uma tensão temporariamente não resolvida. Não é preciso tocar uma música
inteira, apenas as progressões de acordes. Na verdade, na minha experiência, a
harmonia tem prioridade sobre a melodia, já que a melodia está sendo feito pelo
solista que é o pregador.
A simples execução de intervalos também pode recriar musicalmente
o ambiente que o Espírito Santo está produzindo. Uma 3ª maior que evolui para
uma 4ª justa, depois para uma 5ª justa, podem bastar para acompanhar o clima,
isso feito através de arpejos. Usei aí o termo certo: recria e não disputa ou
atrapalha. É claro, como já disse antes, quando a interação é prefeita, causa e
consequência, palavra pregada e música que acompanha, se misturam, e um passa a
inspirar o outro.
O instrumentista, porém, quando tocando com o pregador, nunca deve
perder a visão de acompanhador, a mesma coisa acontece quando alguém está
traduzindo línguas estranhas. Como em tudo na casa Deus, deve haver ordem e
decência, orientadas pela sabedoria do Espírito Santo.
Mas o que o instrumentista, na verdade, está fazendo, é dizer um
amém, um “glória a Jesus”, um “obrigado Senhor” ou um “tenha misericórdia de
nós, oh Deus”, através das sonoridades de seu instrumento. Aquilo que ele
poderia dizer com os lábios, diz com seu instrumento musical, a música se torna apenas um eco, um reflexo. Por isso é prioritário
que antes de músico ele seja um adorador, um instrumentista espiritual, já que
a música será apenas um eco daquilo que ele está deixando que o Espírito Santo
fale em seu coração. Adorar instrumentalmente é falar em mistérios através das
notas musicais.
Na experiência que tenho tido com o Espírito Santo, também tenho
sentido que os encadeamentos e tipos de acordes podem ser simples, certas
sofisticações, principalmente de acordes diminutos, não são usadas com tanta
frequência. Por outro lado, o baixo pedal, manter uma nota mais grave enquanto
os acordes variam, também é um recurso interessante e eficaz.
Tentei dar algumas dicas práticas, mas não tentei definir
fórmulas, isso não é espiritual, isso poderia ser manipulação emocional. O
segredo é estar no Espírito, manter-se ligado a Deus, prestando muita atenção
à pregação, e então dar liberdade aos dedos e ao coração para experimentar
emocionalmente a palavra que está sendo ministrada.
Esse texto é um material introdutório sobre o assunto, e concordo
que se trata de um assunto extremamente subjetivo. Seu entendimento só será
feito diante de uma experiência real, o ideal é estarmos ao vivo, num mesmo
lugar, em oração, “tangendo nossas harpas” e assistindo o mover do Espírito
Santo através da boca dos homens e da sonoridade musical.
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30/11/12
O jovem rico dentro de cada um de nós
Sabes os
mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não darás falso
testemunho; honra teu pai e tua mãe. O homem disse: Tenho obedecido a todas
essas coisas desde a minha juventude.
Quando ouviu isso,
Jesus lhe disse: Ainda te falta uma coisa. Vende tudo quanto tens, reparte com
os pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. Mas, ouvindo isso,
ele ficou muito triste, porque era muito rico.”
Lucas 18.18-23
Recentemente meu pastor deu uma palavra sobre essa passagem, passagem
tão conhecida, de interpretação e aplicação, a princípio, tão óbvias, mas será
que são óbvias mesmo?
Vamos refletir um pouco mais sobre o jovem, ele não era uma pessoa
distante de Deus, ao contrário, era diligente em sua religiosidade, obediente
aos mandamentos, e mais que isso, tinha discernimento sobre quem era Jesus,
visto que o chamou de bom mestre. Jesus percebeu que havia algo de errado com o
moço desde o início, não aceitou o elogio, pois não sentiu nele sinceridade.
Vou me dar ao direito de imaginar algumas coisas sobre o jovem:
Jesus orientou-o a vender tudo o que ele tinha e repartir com os pobres. Será
que no dia a dia do rico rapaz, ele era uma pessoa gananciosa, preso ao
dinheiro, mesquinho? Eu acredito que não, ele devia inclusive ajudar os menos
favorecidos com suas posses. Mas talvez ele fizesse isso, e repetindo, eu estou
imaginando, com o que lhe sobrava.
Todavia, mesmo que ele ajudasse os outros com tudo o que possuía, como
acontece com aquilo que é feito pela carne e não movido pelo Espírito de Deus,
sua vida piedosa era para agradar a ele, mesmo que tivesse atitudes aparentes
de uma pessoa espiritual, em seu coração ele devia se envaidecer com o estilo
de vida que tinha. Não, isso não é só imaginação, não, já que é só a presença
muito forte de Deus, num coração realmente humilde, que pode fazer o ego humano
perder a evidência, permitindo que Deus receba a glória. Pela reação que ele
teve quando Jesus pediu para que ele abrisse mão de riqueza, essa tinha pra ele
um valor grande demais.
Quando Jesus orientou-o a vender tudo, tudo mesmo, ele sentiu que
perderia aquilo que ele usava para “barganhar” sua falsa espiritualidade, sua
religiosidade, que lhe dava um status no meio social em que vivia. É isso o que
um coração com o ego entronizado quer, receber glórias de seus semelhantes. O
que nos dá essa necessidade equivocada? Baixa autoestima, carência de elogios,
complexo de inferioridade? Chame a psicologia do nome que for, essa é a maior
vaidade humana, mais que querer ser mais rico ou mais bonito, mas querer ser mais
espiritual. Sim, querer ser visto como alguém espiritual também pode ser
vaidade e pecado, talvez o maior deles, foi essa vaidade que Lúcifer teve, foi
essa a glória que ele quis receber, a glória de Deus.
Não, nós não precisamos ser milionários para cair nesse erro, querer
mostrar para os outros que somos mais espirituais, o que podemos usar para
barganhar espiritualidade pode ser menos que uma grande fortuna assim como pode
ser coisas diferentes de poder material. Nossos talentos podem ser usados para
estabelecer uma superioridade diante das pessoas. Pergunte a um músico se ele
estaria disposto a deixar tudo por Deus, até seu talento. Muitos argumentariam
que o talento que eles possuem é para servir a Deus, Deus não o tiraria isso deles,
mas somente depois do talento ser entregue nas mãos de Deus, como um “isaque”, é
que a vaidade é deixada em segundo plano para que somente o Senhor seja
glorificado através desse talento.
Essa vaidade, porém, sempre gera incoerência. Enquanto um lado
nosso quer mostrar espiritualidade, o outro poderá ser escravo de coisas
materiais, de vezes pequenas e fúteis. Como saber se temos essa incoerência em nosso
coração? Faça uma autocrítica, responda a si mesmo: o que você não abriria mão?
E eu não estou me referindo a coisas grandes não, mas a pequenas. Existem
coisas que ninguém sabe, mas que nós dificilmente viveríamos sem, dificilmente
encararíamos as outras pessoas sem essas coisas. São muletas das quais ficamos
dependentes. Muitas vezes disfarçamos essas coisas dando a elas outros nomes:
“ah, esse é meu jeito de ser”, “é só uma pequena vaidade, não faz mal a
ninguém”, “não vou enfrentar o público sem isso”, “não, isso é o que tenho de
melhor, de mais importante, não posso viver sem”, etc...
Vou confessar uma fraqueza minha: cultura. Não me importo se minha
roupa ou mesmo meu carro, sejam mais baratos ou mais feios do que os dos
outros, mas não gosto de me sentir burro. Tenho a tendência de sempre me
nivelar, e isso é uma muleta, sentindo dentro de mim, em segredo, sem que
ninguém saiba, que eu sou mais culto, mais inteligente, mais “sacado”. Sim,
confesso, esse é meu pecado, minha vaidade, e já precisei ser humilhado várias
vezes para abrir mão disso.
(A psicologia diz que não existe complexo de superioridade, ninguém
se acha melhor que ninguém, é por nos acharmos piores que reforçamos certos
atributos e posses para nos colocarmos acima do outros. Tudo na verdade é
complexo de inferioridade, o que muda é a forma como reagimos. Uns se encolhem
de vez, inferiorizando-se, se sentido a pior das criaturas, outros se elevam,
bancando uma posição arrogante, achando-se superiores.)
Mas voltando a mim, para mostrar essa superioridade sempre quis que
os outros me vissem de posse de bons livros, com conhecimento de filosofia, de
ciência, e mesmo de teologia. Tenho várias Bíblias, sim, elas me são úteis para
fazer meus estudos e reflexões, Deus me abençoa e tem me usado nisso. Contudo,
até que ponto isso é vaidade e não necessidade? É vaidade quando eu gosto de expor
em público uma Bíblia diferente, melhor, mais nova, vaidade disfarçada de
espiritualidade.
A prova disso é que numa ocasião eu comprei uma Bíblia muito
especial, com a versão que eu queria, e no formato, tamanho e capa que eu
desejava. Então, na mesma tarde, Deus me mandou dar a tal Bíblia a um amigo. Se
Deus tivesse me mandado dar a ele um cheque de mil reais eu não me sentiria tão
mal, mas era uma Bíblia, um livro, do jeito que eu queria, algo que faz com que
eu me sinta especial. Sim, eu dei a Bíblia, foi bênção na vida de meu amigo,
mas a doação foi algo extremamente doloroso que me revelou algo muito
importante sobre mim.
Bem, no meu caso, aquela Bíblia foi a riqueza do jovem rico,
percebi como eu estava amarrado a coisas materiais, a coisas que me davam um
falso status, a coisas que poderiam me fazer sentir superior as outras pessoas.
Desculpe-me por contar essa minha privacidade, mas não achei um jeito melhor de
compartilhar essa reflexão com você.
E você, do que é que você não abre mão, o que é que te faz
sentir-se melhor, mais forte, mesmo superior, e que você não consegue viver
sem, diante dos outros? Para as mulheres pode ser um penteado de cabelo, uma
roupa, um calçado, uma joia, não, não estou dizendo que não temos o direito de
estarmos bonitos e bem arrumados, mas precisamos saber até que ponto esses
valores externos são mais importantes que os internos, os realmente
espirituais. Até que ponto o cabelo desarrumado nos envergonha mais que um
pecado não confessado?
Feliz é o homem que descobre que seu maior bem é Jesus, é a
presença de Deus em seu coração, é a opinião de Deus sobre a sua vida, e que o
resto, sejam coisas visíveis ou virtudes subjetivas, não podem dar a ele paz,
não podem fazer dele alguém melhor. Na verdade somos alguém melhor quando somos
templo do Espírito Santo, quando levamos em nós o doce cheiro do Evangelho,
quando nosso coração é um trono limpo e bem conservado para que Deus se assente
e reine. Quando é assim, não precisamos ter nada, nenhum bem, nenhum
reconhecimento humano, apenas a confiança de que Deus mora em nós e é
glorificado através de nossas vidas.
“Quem mais eu tenho no céu,
senão a ti? E na terra não desejo outra coisa além de ti.” (Salmos 73.25).
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29/11/12
Os fins não justificam os meios
Essa frase de Nicolau Maquiavel (Florença, 3 de maio de 1469 —
Florença, 21 de junho de 1527, historiador, poeta, diplomata e músico italiano
do Renascimento), também representa o princípio básico das religiões de maneira
geral, mas é o contrário do que prega o genuíno cristianismo. Não, não espero
que você concorde com isso, já que isso toca no cerne da maioria das crenças,
justifica o pensamento da fé na fé, que diz que se sincera, não importa a onde
esteja e de que modo seja executa. É por isso que o verdadeiro cristão tem
tantos inimigos, ele não pensa assim e tem coragem de dizê-lo.
O cristianismo diz que Jesus é a verdade e somente a fé nele é que
poderá salvar o homem, sinceridade somente, não salva ninguém. Bem, muitos nem
acham que precisam ser salvos de alguma coisa, isso também é com a consciência
de cada um, mas como eu disse, não espero que você concorde com isso...
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28/11/12
Cheios do Espírito!
Deus não precisa necessariamente de bons oradores, mas Deus usa
tanto bons quanto os não tão competentes oradores, desde que estejam cheios de
seu Espírito Santo. Claro que é muito prazeroso ouvir um orador competente e
cheio do Espírito falando, mas testemunhar e adorar é direito e dever de todo
filho de Deus, diferente de chamada específica para pastorear e ministrar o
louvor. Contudo, quem deve nos motivar sempre é Deus, mais nada!!
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27/11/12
Tem certeza?
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O mais perdoado é o mais grato
E havia uma mulher
pecadora na cidade. Quando soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu,
ela trouxe um vaso de alabastro com perfume;
e pondo-se atrás
dele e chorando aos seus pés, começou a molhar-lhe os pés com as lágrimas e a
enxugá-los com os cabelos;* e beijava-lhe os pés e derramava o perfume sobre
eles.
Mas, ao ver isso, o
fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este homem fosse profeta,
saberia quem o está tocando e que espécie de mulher ela é, pois é uma pecadora.”
Lucas 7.36-39 (leia até o verso 50 para um entendimento melhor)
O fariseu olhou a mulher, trouxe à tona o pecado dela, é assim o
arrogante, olha pra baixo, vê o homem, procura o pior no homem. É assim aquele
que não assume seus erros, ou que nem os cometeu, não por temer a Deus, mas
pelas próprias forças, e obra assim sempre glorifica o homem, não a Deus. Mas o
fariseu, em sua arrogância, não conhecia o principal, a Jesus, duvidou dele
quando disse que Ele não era profeta, não sabia quem era a mulher.
A mulher, chamada de pecadora porque devia ter uma reputação ruim,
provavelmente uma prostituta, ela sim, sabia quem era Jesus. O texto diz que
ela chorava enquanto lavava os pés de Cristo com suas lágrimas e derramava
sobre eles o perfume do vaso de alabastro. Infelizmente, a maior sensibilidade,
a ótica correta da referência do certo, do santo, do divino, muitas vezes só é
aprendida depois de muito se pecar, depois de muito se sujar, depois de ser
muito humilhado.
Não despreze o pecador arrependido, aquele que errou, que foi
marginalizado por isso, envergonhado, assim como entenda que muitas vezes o
maior temor e sabedoria não estão naquele que aparentemente nunca cometeu
grandes deslizes. Quantas vezes usamos de preconceito com pessoas que chegam
machucadas e estigmatizadas na igreja, ex-viciados, divorciados, gente que já
teve uma vida promíscua e mundana. Esses, depois de lavados e sarados, podem
ser os vasos mais usados por Deus dentro de sua casa.
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26/11/12
As flores estão na terra
Preocupa-me quem não espera em Deus um futuro melhor, a resposta
para algo impossível, mas me preocupa também quem não vive o presente de
maneira satisfeita, agradeça a Deus por esse momento, pelo que você tem agora,
e faça isso todos os dias. Você pode até descobrir que o que mais pede já te
foi dado, está bem pertinho de você e você não viu. As estrelas estão no céu,
mas as flores estão ao redor de você, na terra em que você pisa.
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Voltar atrás, às vezes, a única saída
Por que Deus não nos avisou antes de errarmos? É claro que Deus
avisou, mas nós estávamos cegados por uma intenção às vezes correta, nesse caso
me parece que Ele nem insiste muito. Isso porque é somente vivenciando esse
erro, sentindo-o todas as suas consequências, no fundo de nossas almas, é que
aprenderemos determinada lição. Mas não se preocupe, quando entender isso,
volte atrás, sem medo, refaça o caminho, às vezes só ganhamos quando perdemos. Nada
é tão grande que Deus não possa recuperar, dinheiro, bens, relacionamentos? Deus
faz milagres, restaura e em dobro, como aconteceu com Jó, aliás, o maior
exemplo de alguém que parecia estar fazendo tudo certo e tudo acabou
desandando.
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25/11/12
Aos casados: namore
Aos músicos da igreja: notoriedade, é necessária?
Já vi também muito líder querendo ministério musical reconhecido,
vender CDs, emplacar hits nas igrejas e rádios, encher estádios com shows
mirabolantes. Então eu torno a questionar: é assim que a coisa funciona no meio
do povo de Deus? Bastar ter talento musical e querer notoriedade para que o
ministério aconteça?
Talvez a pergunta certa seja até que ponto tal notoriedade serve a
Deus? Não, por favor, não entendam errado, Deus chama, sim, pessoas especiais
para ministérios especiais, Deus prepara pessoas, com talento, unção e carisma,
para estar debaixo de holofotes e levar o Evangelho às multidões. Temos visto
isso, graças a Deus, no Brasil, ministérios de música de excelente qualidade
artística e aprovados com uma unção diferenciada do Senhor. Esses ministérios
têm sido divisores de água no trabalho da igreja evangélica em nosso país. Mas
eu torno a perguntar, precisa ser notório para ser útil nas mãos de Deus?
Claro que não, e notoriedade não é pra qualquer um. Já disse isso
outras vezes, mas não concordo com aquele ditado que fala que “Deus não chama
os preparados, mas prepara os chamados”, em minha opinião Deus prepara os
preparados para obras específicas. Quem é preparado? Todos, de alguma forma e
para um determinado fim. Portanto precisamos ter discernimento para entender o
que Deus quer de nossas vidas, mesmo sabendo do potencial que temos.
O problema é que às vezes pensamos assim: “tenho talento, tenho
convicção de minha chamada, então Deus tem grandes coisas pra mim”. Já tive a
oportunidade de compartilhar na postagem Síndrome
de super-herói minha opinião sobre sair da igreja local em carreira solo,
ter um ministério independente de uma igreja local, sem estar sob a liderança direta
de um pastor específico. Como disse nesse texto, respeito essa postura e
acredito que ela possa vir de Deus, contudo penso que ela é exceção, não regra.
As pessoas devem orar bastante quando sentem que esse deve ser o caminho para
seus ministérios. Em minha experiência, na maioria das vezes, nós músicos, e eu
sei disso porque sou músico, queremos é uma plateia maior, queremos mais
aplausos, queremos quantidade, e não realmente obedecer a voz do Espírito,
reinterando, essa é minha opinião e minha vivência.
Nessa atitude, que pode ser impulsiva, por faltar paciência para
esperar em Deus que Ele nos use dentro e através da igreja local, nos colocamos
numa liberdade perigosa que pode nos levar ao esfriamento e mesmo ao desvio.
Não basta querer e poder tecnicamente para fazer, Deus tem que querer e só Deus
pode fazer de um ministério musical uma bênção para as nações. Estendo essa
minha opinião aos pregadores, que também podem ter essa tendência de carreira
solo. Na verdade o que eu acredito é que a ligação com uma igreja local, que estar
debaixo da autoridade de um pastor, conviver com uma comunidade, com sua
hierarquia, com os departamentos, no dia a dia, é indispensável para que
recebamos o tratamento do Senhor em nossas vidas, tratamento esse que tem como
objetivo moldar nosso homem interior. O personagem de artista pode ficar mais evidente
que o servo de Deus, esse último não é personagem, não é uma capa, mas a
realidade do coração que obedece verdadeiramente a Deus em humildade e em
simplicidade.
Lembro-me de Johann Sebastian Bach (Eisenach, 31 de março de 1685
— Leipzig, 28 de julho de 1750), músico alemão. "Sua habilidade ao órgão e ao cravo foi amplamente reconhecida enquanto
viveu e se tornou legendária, sendo considerado o maior virtuose de sua geração
e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como
maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor seu mérito só
recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários
críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música
caiu no esquecimento após sua morte, mas sua recuperação iniciou no século XIX
e desde então seu prestígio não cessou de crescer." (fonte: wikipédia).
Bach trabalhou em várias cidades e desempenhar diversas funções
como instrumentista, cantor, compositor, professor e música e construtor de
órgãos, mas praticamente, na maior parte do tempo, Bach foi músico local alemão (cantor
chefe e organista) de igreja luterana, não um artista pop reconhecido em toda a
Europa como outros (Handel e Mozart, por exemplo). Hoje ele é considerado "um dos mais prolíficos compositores do
ocidente. O número exato de suas obras é desconhecido, mas o catálogo BWV
assinala mais de mil composições, entre elas inúmeras peças com vários
movimentos e para extenso conjunto de executantes. A vastidão de sua Obra fica
ainda mais óbvia quando se sabe que possivelmente metade dela se perdeu ao
longo do tempo." "Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o veem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu gênero." (fonte: wikipédia).
Não, fama e reconhecimento da maioria nada significam,
principalmente para um servo de Deus que só quer adorar ao seu Senhor através
de sua musicalidade, isso basta, só isso.
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